Relatório canadense mostra que competidores do F-35 têm capacidade equivalente

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F-35A - foto via Code One Magazine - Lockheed Martin

Segundo relatório apresentado na Câmara dos Comuns, F-35, Typhoon, Rafale e Super Hornet têm poucas diferenças na capacidade de cumprir a grande maioria das missões previstas na Força Aérea Real Canadense, com exceção de um ‘conflito no estado da arte’

Reportagem do jornal Ottawa Citizen publicada na quarta-feira, 10 de dezembro, trouxe a notícia de que relatório de comissão governamental canadense apontou que há poucas diferenças, para a grande maioria de missões que deverão cumprir, entre os caças F-35 e seus três competidores para substituir a atual frota de caças do Canadá.

O relatório, há muito aguardado e apresentado na Câmara dos Comuns na quarta-feira, mostra que a única exceção seria uma guerra contra outro país, evento que o mesmo considera “bastante improvável” de ocorrer no futuro e que, ainda assim, “o governo não é obrigado a cumprir uma missão desse tipo.”

Espera-se que essas conclusões levantem uma nova leva de debates amargos na Câmara dos Comuns e nos círculos de defesa, a respeito do governo dever ou não seguir em frente com a compra do F-35. Em especial, os críticos da compra provavelmente usarão o relatório como prova de que o F-35 não é o único caça capaz de atender às necessidades do Canadá, e que uma competição justa e aberta é a única forma de garantir o melhor avião pelo melhor preço. Há três anos, quando o auditor geral Michael Fergunson apontou problemas na forma do governo lidar com o programa de aquisição do caça furtivo F-35, a administração conservadora apertou o botão de “reset” para o negócio.

Pessoal do ministério da Defesa, supervisionados por um painel independente de especialistas, passaram um ano reexaminando o F-35 da americana Lockheed Martin e outros três caças, o Super Hornet da também americana Boeing, o Rafale da francesa Dassault e o Typhoon do consórcio europeu Eurofighter. Eles buscaram determinar se as aeronaves poderiam substituir, adequadamente, a frota atual de caças CF-18 Hornet da Força Aérea Real Canadense.

Advanced Super Hornet - foto Boeing

Foram produzidas duas versões do relatório, uma para o governo, com detalhada análise das capacidades dos aviões, e uma versão para o público liberada na quarta-feira, em que foram retiradas informações sensíveis de natureza comercial.

O relatório identifica seis missões que o próximo caça do Canadá deverá cumprir, que incluem a defesa do espaço aéreo canadense, participação em missões ar-solo como as realizadas no recente conflito na Líbia, resposta a ataque terrorista e assistência em emergências humanitárias ou desastres naturais.

Segundo o relatório, historicamente as missões domésticas e do Norte da América representaram pelo menos 90% do trabalho feito por caças canadenses, sendo que “80% das missões voadas pela frota estão relacionadas à capacidade de proteger o espaço aéreo canadense de voos intrusos”. O relatório acrescentou que “essa função é prevista para continuar a ser o mais importante papel para a capacidade de caça canadense.”

Todas as quatro aeronaves analisadas são capazes de proteger o espaço aéreo canadense e realizar quatro das outras missões com risco mínimo, segundo o relatório, que também afirma: “Isso se deve ao fato de que a maioria dessas missões envolvem um nível relativamente baixo de ameaça e são menos onerosas para aviões de caça.”

Eurofighter da Força Aérea Austríaca - foto Eurofighter

A exceção é uma guerra com outro país, na qual alguns dos aviões estariam sob um risco maior que outros “devido ao nível mais alto de potenciais ameaças confrontando as aeronaves de caça nesse tipo de missão”, diz o relatório. Também há preocupações sobre outros países produzirem novas defesas de alta tecnologia.

O relatório não identifica, especificamente, qual dos quatro caças é o melhor ou o pior, apenas que pelo menos um deles enfrentaria riscos significativos numa guerra com outro país no período 2020-2030, e que pelo menos um enfrentaria altos riscos após 2030.

Os defensores do F-35, que incluem o governo conservador e autoridades de defesa, têm sugerido que ele é o único caça capaz de se contrapor a ameaças impostas por poderes militares avançados, devido às suas características furtivas. Porém, o relatório diz que “o engajamento do Canadá em futuros conflitos no estado da arte seria muito improvável”, e que o cenário mais esperado seria uma combinação de guerra com assistência humanitária, como vem ocorrendo no Iraque. Ao mesmo tempo, o relatório destaque que, ao contrário da proteção do espaço aéreo canadense, a participação do país em intervenções militares estrangeiras é algo que o governo pode escolher entrar ou não, levando em conta o fator de ter novos caças equipados para a missão.

A francesa Dassault, fabricante do Rafale, publicou pronunciamento no final da quarta-feira saudando o relatório, que para ela mostra “que todos os caças avaliados podem atender às missões da Força Aérea Real Canadense e trazer fortes benefícios econômicos para o Canadá.” O pronunciamento acrescentou que, “claramente, a única forma do Canadá prosseguir com a seleção de um novo caça é com uma competição total, aberta e transparente.”

Rafale - foto Dassault

O governo conservador, que já tem o relatório em mãos desde abril, não quis fazer declarações sobre os próximos passos, se serão uma concorrência aberta ou o prosseguimento da compra do F-35. A maioria dos analistas não espera uma decisão antes das próximas eleições federais, no ano que vem. O que o governo decidiu foi realizar uma modernização na frota de caças CF-18 para que operem até 2025, porém sem revelar o quanto essa atualização vai custar. Segundo o relatório, entretanto, o custo da mesma é de 400 milhões de dólares.

Enquanto isso, um outro relatório da indústria do país, também revelado na quarta-feira, diz que as quatro empresas estabeleceram planos para impulsionar a economia canadense, com empregos e outros benefícios, caso seus caças sejam escolhidos. O jornal trouxe a notícia, na terça-feira, de que um relatório separado da Defesa Nacional mostrou que, enquanto autoridades ainda esperam que o Canadá gaste cerca de 46 bilhões de dólares para adquirir e operar 65 caças F-35 até 2052, o custo da aeronave continua a crescer. O governo conservador impôs um envelope de orçamento de aquisição de 9 bilhões de dólares para as 65 aeronaves, quando o preço da compra subiu 266 milhões, ou 3%. A estimativa da Defesa é que seria necessário mais de 1 bilhão de dólares em fundos de contingência para proteção contra um dólar canadense mais fraco, inflação e cortes de encomendas de outros países.

FONTE: Ottawa Citizen (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Lockheed Martin, Boeing, Eurofighter e Dassault

NOTA DO EDITOR: os relatórios mencionados acima, nas versões originais em inglês liberadas na quarta-feira 10/12/2014, podem ser acessados no site do “National Fighter Procurement Secretariat” do Canadá, clicando aqui.

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joseboscojr

Nada de novo! Dentro de um contexto em que o Canadá pode se negar a participar de conflitos de alta intensidade e que o caça só serviria para se contrapor a bombardeiros russos que tentem invadir o espaço aéreo continental, sem capacidade ar-ar, eles estão certinhos.
Se fosse eles eu ficaria com o SH.
O F-35 é avião pra quem imagina que irá um dia ter que combater em uma guerra de alta intensidade.

Tadeu Mendes

Neste caso, citado por seu exemplo Joseboscojr, entao a compra do F-35 se aplica a caso dos EUA e de Israel, os que realemente tem altas possbilidades de combater uma guerra de alta intensidade e em estado de arte.

joseboscojr

EUA, Israel, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul, Turquia, Austrália, etc.
Todos esses países se beneficiarão com o F-35, independente do custo ser alto.
Mas para um país que antecipadamente já confirma que não pretende entrar em guerra contra ninguém, como no caso do Canadá, realmente ter o F-35 é jogar dinheiro fora.

Pangloss

Mas, peraí… O Canadá não é membro da OTAN? Ele não tem obrigações perante a aliança atlântica?

Ele poderia simplesmente fingir de morto, em caso de um hipotético conflito de proporções gigantescas, entre os EUA e a Rússia, ou entre os EUA e a China?

Não estou dizendo que o Canadá depende exclusivamente do F-35, mas essa desculpa pareceu-me totalmente descabida, e até covarde.

jairo boppre sobrinho

Bosco

Boa Tarde

Desculpe a pergunta, mas a Austrália tb? contra a China?

Abs

joseboscojr

Jairo,
Todo país planeja suas forças armadas imaginando cenários possíveis e prováveis. Na Austrália os cenários mais factíveis são envolvendo a China sim.

Pangloss

Nunão,

Concordo contigo.

O que eu consigo concluir dessa notícia é que o Canadá vai priorizar o preço, na escolha de seu caça.

E, nesse sentido, deverá escolher o Super Hornet, para o bem ou para o mal.

joseboscojr

Pessoal! Eu uso de uma certa dose de ironia quando digo que para se ir a guerra tem que ir de F-35.
Apenas de uma “certa dose”,

Victor Matheus

Eu também acho que a melhor opção para o Canadá seria comprar o Super Hornet visto que já opera a versão antiga desta aeronave, o que ao meu ver simplificaria bastante a adaptação e operação deste novo caça.
Abraços!

Vader

Claro que dá pra cumprir 90% das missões sem o F-35. A reportagem e o relatório estão cobertos de razão. O problema, entretanto, são os 10% restantes… Mas se quando a frota de Su-50 russos começarem (?) a invadir o espaço aéreo canadense eles vão levantar a bandeira branca ou pedir penico e chamar a cavalaria do Tio Sam (se esta, claro, estiver disposta a tanto) então de fato o F-35 é, como diria Nelson Jobim (ex-MinDef do governo do PT), “demais pra nós”. 😉 PS: pra mim tudo isso ainda é joguinho de cena pra baixar o preço. Por… Read more »

Pangloss

Vader, a lembrança do Nelson Jobim é sempre muito oportuna.

Ele deu nova acepção ao termo “Nelson’s touch”.

O que era exponencialmente bom (Horatio Nelson) tornou-se justamente o inverso (Nelson Jobim).

Mais um dos aspectos nefastos dos doze anos de poder do Perda Total.

Iväny Junior

Caros O próprio Ottawa Citizen já tinha publicado diversas matérias neste sentido antes. Já li todas, e pelo que vi dá pra tirar algumas conclusões: Todos os envolvidos nas matérias são favoráveis à renovação da frota de caças pela obsolência e não pela fadiga (esses hornets deles estão praticamente novos, seria uma boa pra marinha). Existem correntes favoráveis a todos os aviões citados. Para minha surpresa, apesar da grande influencia cultural, a facção pró-Rafale é a menos ativa e baseia sua defesa afirmando que ele é o mais flexível caça multimissão, é mais barato que o F-35, teria código-fonte aberto… Read more »

Corsario137

O Canadá é a Suíça das Américas. Jura que a comissão chegou a esse resultado? Até minha vó que já morreu sabe disso.

Acho bem provável que o Super Hornet emplaque naquelas terras de meu Deus. Daqui 20-25 anos vão querer um caça de 5a geração e acabarão comprando o 35 do mesmo jeito. Coisas do Canadá.

Baschera

Duvido que o Canadá, sob qualquer orientação ideológica e/ou partidária, abandone o projeto do F-35.

Não há qualquer “concorrência aberta”, mas apenas estudos qualificativos para uma futura decisão de continuidade da escolha anterior ou não.

Sds.

Grievous

Considerando a abertura da concorrência, a linha de produção do SH vai estar aberta até a decisão?
Era um problema para a nossa decisão demorada, então imagino que seja ainda pior para a decisão do Canadá. Eles esperam decidir em 2015, pra começar a receber em 2020, não é isso?

JT
Gilberto Rezende

Se o Su-50 começar a invadir o Canadá o F-35 não fará qualquer diferença e os canadianos vão ter de chamar o Tio sam e os F-22. O F-35 é uma aeronave de 5ª geração de ataque e LOW, o que quer dizer que sua invisibilidade é mais no setor frontal (que é o que importa quando se ataca). Como patrulheiro e em superioridade ar-ar sua furtividade, capacidade de carga militar e velocidade é bem questionável em face a outras aeronaves mais capazes principalmente contra o Su-50 ou J-21… O F-35 é um LOW de 5ª geração que deveria substituir… Read more »

Gilberto Rezende

Ops o chinês equivalente do F-22 é o Chengdu J-20…

Clésio Luiz

Depois que comprarem o F-35, lembrem-se de pintar seus caminhões-tanque de branco, porque o coitado do bichinho não gosta de combustível quente não…

Luiz Paulo

Gilberto Rezende 12 de dezembro de 2014 at 10:43 # “Se o Su-50 começar a invadir o Canadá o F-35 não fará qualquer diferença e os canadianos vão ter de chamar o Tio sam e os F-22.” …. “Neste momento ainda prefiro um 4ª geração ++ que este 5ª geração não comprovado.” Gilberto, lógica esquisita a sua, não? Você tem certeza que o SU-50 (que salvo engano esta na 4º ou 5º unidade de testes) brinca com o F-35 (exagerando, eu entendi que a ‘orquinha’ praticamente se desmonta só de ver o SU 50). Depois diz que prefere um “4… Read more »

joseboscojr

Também deve discordar do Gilberto. Na verdade o F-22 é um caça pensado para ser letal contra caças de geração anterior e não levou em conta no seu projeto se opor a caças de 5ªG. Tanto é assim que ele não tem nenhum sensor específico para detectar aeronaves stealths. Diferente do T-50 que foi pensado desde o início para se opor ao F-22 e pra isso conta com IRST e com radares de baixa frequência. Tudo leva a crer que o nível de furtividade do T-50 é menor que o do F-22, o que levaria a um empate em termos… Read more »

Mauricio Silva

Prezados, boa tarde. Sem dúvida que as vezes é necessário um pouco de imaginação para pensar num TO ou num hipotético confronto entre aparelhos/nações. Confesso, no entanto, que fiquei confuso quando li “Mas se quando a frota de Su-50 russos começarem (?) a invadir o espaço aéreo canadense eles vão levantar a bandeira branca ou pedir penico e chamar a cavalaria do Tio Sam…” Ok, sei que se está discrevendo um cenário fictício/hipotérico. Agora, exatamente por ser fictício/hipotérico, tal cenário não pode ser usado definir aquisições de material bélico. O Canadá não tem “inimigos” imediatos que justifiquem uma preparação específica… Read more »

Grievous

Creio que o Gilberto estivesse se referindo à menor agilidade do F-35 frente à do Su-50 – se formos considerar que ele será um Flanker furtivo. E só considerando que ambos os oponentes se veem, entrando em dogfiht.
Neste caso, muito improvável, um 4ª geração se sairia melhor que a Orquinha.
Só que o 4ª geração não teria a chance de chegar tão perto…

Oganza

Tem uma variável para o Dogfighter que todo mundo se esquece de colocar na equação quando se trata do F-35. O AN/AAQ-37 electro-optical Distributed Aperture System (DAS). Variável essa que ninguém, repito, ninguém tem ou terá nos próximos 15 anos… e não vai importar o quanto uma aeronave vai manobrar mais que o Lighting, ela nunca será mais rápida que a cabeça ou a visão de um piloto dentro de um F-35, tal aeronave terá que executar o milagre de ficar fora da linha visual do DAS. Claro, isso se o DAS funcionar como o planejado. Mas se assim for… Read more »

Oganza

Verdade Nunão,

e isso é tipo de coisa que o BarsaBosco nunca esqueceria 🙂

o DAS e principalmente o problema que ele causará para as aeronaves oponentes do F-35 só ficou meio “perdido” no comentário.

Bosco, faltou uma uma referência ao seu comentário no meu post.

Desculpa Bosco.

Grande Abraço.

Vader

“O F-35 é uma aeronave de 5ª geração de ataque e LOW, o que quer dizer que sua invisibilidade é mais no setor frontal (que é o que importa quando se ataca).” Nossa Tigroso, e vc descobriu tudo isso sobre a “invisibilidade” do F-35 só de “zoiá” pra ele????? Cê é bão hein cabra? 🙂 Ou foi de ler as bobices do Carlo Kopp? Cidadão, até que o F-35 entre em combate o que se sabe sobre seu RCS é z e r o !!! Nada! 😉 No entanto se sabe muito bem que a tecnologia stealth (que é traduzida… Read more »

Vader

PS: até porque, salvo o “cancelamento ativo”, o “escudo de plasma” e outras bizarrices russas, basta um único “Fox Three” pra jogar o Palmito Russo “na chom”…

Vader

Mauricio Silva 12 de dezembro de 2014 at 15:30 # Caro Maurício, infelizmente para eles os canadenses são vizinhos dos russos pelo… Norte! Eles sabem disso e podes crer estão muito preocupados com isso. Aliás, tirando o fato de que eles pertencem à OTAN é provavelmente a única razão pela qual eles se preocupam em ter uma Força Aérea. Não fosse isso e provavelmente os canadenses deixariam o “trabalho sujo” para o Tio Sam e seu NORAD. A propósito: com o aquecimento global, o derretimento da calota polar ártica e a consequente abertura de vastos territórios árticos à exploração mineral,… Read more »

joseboscojr

Nunão e Oganza, A necessidade que um caça tem de manobrar no combate de curto alcance é para tentar enquadrar o caça inimigo no angulo de visão do seeker do míssil. E mantê-lo tempo suficiente para que ele “trave” no alvo. Os mísseis até a terceira geração operavam só do modo LOBL (trancamento antes do lançamento), e tinham um sensor com um ângulo de visão estreito, o que produzia uma reduzida capacidade de engajar alvos que estivessem muito fora de uma linha imaginária passando pelo longo eixo do míssil. Os mísseis de quarta geração ainda operam exclusivamente no modo LOBL,… Read more »

Guilherme Poggio

O SH cai como uma luva da Força Aérea do Canadá. O problema é o imbróglio político, tecnológico e industrial que o país já assumiu no programa JSF. Se o F-35 não for escolhido, alguém deverá dar muitas explicações.

Pangloss

Maurício Silva,

Certamente o Canadá é um país pacífico, e não tem inimigos imediatos.

Exatamente como a Bélgica e a Holanda, em 1914 e em 1940.

Talvez isso preocupe os canadenses.

Mauricio Silva

Olá Vader, bom dia. Mesmo sendo “vizinhos”, a distância entre uma base aérea russa e um possível alvo no Canadá é de mais de 4.000 km. Fronteira a fronteira, tem cerca de 3.000 km. No ponto de maior proximidade, tem o Alaska no meio. E em qual situação seria “atrativo” a Rússia uma invasão no Canadá? Não há disputas econômicas nem territoriais entre os dois países. Mesmo o fato de ser membro da OTAN não faz do Canadá um alvo de um possível ataque russo. Uma “ameaça” a exploração e defesa de recursos naturais afetaria muinto mais a Groenlândia. Ai… Read more »

Mauricio Silva

Olá Pangloss, bom dia. “Certamente o Canadá é um país pacífico, e não tem inimigos imediatos. Exatamente como a Bélgica e a Holanda, em 1914 e em 1940. Talvez isso preocupe os canadenses.” A situação política mundial atual é completamente diferente da que existia em 1914 e 1939/40. Da mesma forma que a posição do Canadá é completamente distinta da que fora para Holanda e Bélgica naquela época. Eu acredito e defendo que todo país deva ter suas FFAA preparadas para enfrentar, da melhor forma possível, as possíveis ameaças a nação, mas dentro de um cenário lógico e plausível. Para… Read more »

Mauricio Silva

Olá Bosco, bom dia.

Com relação ao capacete de visão sintetizada do F-35, não fora esse equipamento que apresentou problemas de desenvolvimento e foi cancelado?
SDS.

joseboscojr

Maurício,
Eu já li que o HMDS estava dando trabalho pra ser integrado ao DAS no tocante ao software, mas nunca li nada dele ser cancelado.
O HMDS junto com o DAS é a alma do F-35. Se esses sistemas forem cancelados o F-35 já era.
Um abraço.

Mauricio Silva

Olá Bosco, bom dia.

De memória, li que o HMDS, no formato que você descreveu, com visão 100% sintetizada e capaz de permitir ao piloto “enxergar” pelas estruturas do avião, havia sido cancelado em função de um modelo mais simples.
Pelo que lembro, o “novo” modelo seria integrado ao DAS, mas a visão do piloto seria “semi sintética”, mesclando “imagens reais” (que aparecem efetivamente na visada do piloto) com gráficos de apoio.
É o que me lembro de ter visto.
SDS.

Oganza

Mauricio Silva, na verdade o HMDS nunca chegou a ser cancelado… o que aconteceu foi que no final de 2011(?) a BAe foi contratada para fazer um Capacete alternativo mais simples. Esse sim da BAe é que foi cancelado em 2013, pois ele não podia coexistir com o HMDS pois precisava de uma “remodelagem” na cabine do caça. Mas tem um fato curioso, o HMDS por incrível que pareça sempre funcionou direito, na verdade funcionou perfeitamente no sentido de seu software/hardware para processar e interpretar as informações… O problema estava no Jitter de visualização, que é um lag de sincronização… Read more »

Mauricio Silva

Olá Oganza, tudo bem?

Legal, valeu pela explicação. Pelo jeito, troquei os cancelados.
Eu sabia do problema da condição de sincronização das linhas de formação da imagem. Será que uma simplificação gráfica será implementada, facilitando a renderização das imagens em RT? Algo como os videogames da década de 1990.
SDS.

Oganza

Maurício Silva, acho que só saberemos realmente quando for liberada alguma imagem/vídeo da “nova” simbologia sendo usada pelo HMDS “definitivo” ou algum relatório com o carimbo de 100%… …o único problema real que eu vejo ai é que no caso do HMDS a máxima de menos é mais não se aplica, pois ele foi concebido como um canal de Realidade Aumentada desde o princípio e qualquer coisa com alguma capacidade inferior ele deixará de ser o “Revolucionário HMDS do F-35” e passará a ser apenas mais um HMD. Acho que os conceitos para as capacidades do Lighting são tão exigentes… Read more »

Pangloss

Maurício Silva, Concordo contigo sobre a diversidade dos cenários de 1914 e 1940 e o atual. Em 1914, a Europa inteira acreditava que haveria paz e prosperidade duradouras. Não foi bem assim que os fatos se desenvolveram. Em 1940, ou melhor, em 1938, o vergonhoso Pacto de Munique produziu a sensação de paz entre muitos na Europa – OK, era necessário ter a ingenuidade de um escoteiro para acreditar nisso, mas o fato é que houve entusiasmo popular no UK e na França, após a entrega da Tchecoslováquia aos alemães. Hoje, por menores que sejam as possibilidades de um conflito… Read more »

Mauricio Silva

Olá Oganza. “Acho que os conceitos para as capacidades do Lighting são tão exigentes que os envolvidos se colocaram em uma situação de “não tem jeito”: ou funciona TUDO ou não funciona NADA.” Hummm… sei não, sei não… O projeto já tem muita gente e dinheiro envolvidos, além de estratégias militares de vários países baseadas no modelo(s). Alguma “coisa” terá de ser entregue, mesmo que não seja a “tão revolucionária e inovadora tecnologia” originalmente proposta. Valerá, creio eu, a máxima da indústria: o ótimo é inimigo do bom. Para mim, é o que ocorre quando o pessoal do marketing divulga… Read more »

Mauricio Silva

Olá Pangloss. Acredito que o momento de maior “tensão” foi na época da dissolução da URSS, com a crise de 1993 e a tentativa de impeachment do presidente Boris Yeltsin. De lá para cá, tirando a crise com a Ucrânia, tudo indica que a Rússia não tem mais aquela imagem de “inimigo do mundo livre ocidental” ou potencial para uma crise de proporções mundiais, por mais que o Vladmir Putin queira mostrar o contrário. Se é para ficar “de olho” em alguém, melhor focar na China… A “tensão” que existia na época da Guerra Fria acabou. E não deve voltar… Read more »

Vader

Maurício, malgrado suas pertinentes considerações, feliz ou infelizmente para os canadenses a minha, a sua e a opinião de todo mundo aqui pouco importa: o fato é que as FFAAs e a opinião pública de tal país se preocupam sim com a defesa de seu vastíssimo espaço aéreo no Ártico, e o “inimigo” natural nesse sentido é, como não poderia deixar de ser, a Rússia, que comumente testa a prontidão das defesas canadenses em tais altíssimas latitudes, com o envio de caças e bombardeiros. Tanto que um dos grandes argumentos contra o F-35 é que ele seria monomotor, não possuindo… Read more »

Mauricio Silva

Olá Vader, boa tarde. O Canadá deverá optar pelo aparelho que melhor lhe atenda as necessidades, que caiba no “bolso” e que seja fruto de negociações comerciais e políticas. Ou seja, tudo dentro da “normalidade”. Com relação a Rússia como “inimiga”, a própria reportagem descreve que o país (Canadá) não tem inimigos imediatos e não deverá entrar em guerra nos próximos anos/décadas. Então, por que “impor” a Rússia como potencial “inimiga”, com a qual o Canadá deverá basear sua estratégia de defesa? Seja qual for o TO que os canadenses escolherem como modelo para formatar sua (deles) estratégia de defesa,… Read more »

Pangloss

Maurício Silva,

Certamente o Canadá não deseja entrar em guerra, mas é necessário combinar isso com os eventuais inimigos.

E um complicador recente é o degelo do Ártico, que vem abrindo uma crescente fronteira econômica, onde o risco de choques entre interesses canadenses e russo é, para dizer o mínimo, bastante tangível, sobretudo se os preços do petróleo continuarem caindo, brochando aquela virilidade toda do Putin.

Mauricio Silva

Bom, melhor que ninguém, são os próprios canadenses quem tem as melhores condições de avaliar os possíveis cenários de atritos internacionais e necessidades das FFAA do Canadá.
Acredito na competência deles para tal. Se não, bem ai o futuro dirá.
SDS.

juarezmartinez

Caro Pangloss! O olho do urso no Artico está voltado para minerais e terras raras, urânio e outras cositas mas, doravante se eu fosse o comandante da FAC negociaria com a LM e dava um jeito de acordar com o F 35, pois o Putin tem se mostrado um oportunista, talvez não tão bom estrategistas, mas tático ele é, e a única copisa que ele costuma respeitar é a força do seu adversário.

Grande abraço

Iväny Junior

Os amigos foristas lembraram bem o DAS. Sendo que até agora, o que eu li sobre o assunto nas fontes oficiais foi que este plotter ominidirecional poderia detectar um alvo (míssil balístico) a 800 milhas náuticas e atingí-lo a esta distância.

Mas um míssil não é um caça inimigo. A força disso e de como se tornará operacional é o que vamos ver na prática. Se ele for o dobro do pirate, com certeza já vale a pena.