Pentágono teme que caças russos possam atirar melhor que caças ‘stealth’ americanos

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Su-35BM

Su-35BM 2

Aviões de combate norte-americanos estão entre os mais rápidos e manobráveis jatos do mundo. Mas suas armas estão se tornando cada vez mais obsoletas, o que tem alarmado alguns na Força Aérea dos Estados Unidos

Dave Majumdar

Voando alto e rápido, o caça furtivo F-22 Raptor é de longe o caça mais letal que a América já construiu. Mas o Raptor e, na verdade todos os caças americanos têm um potencial calcanhar de Aquiles, de acordo com a opinião de meia dúzia de oficiais da Força Aérea atuais e antigos. Os mísseis ar-ar de longo alcance do F-22 podem não ser capazes de acertar um avião inimigo, graças às novas técnicas de bloqueio de radar (“jamming”) inimigas.

A questão veio à tona com as tensões que continuam a aumentar com a Rússia e um potencial conflito entre as grandes potências é mais uma vez uma possibilidade, mesmo que remota.

“Nós – os EUA [Departamento de Defesa] – não buscamos métodos adequados para combater o AE [ataque eletrônico] há anos”, disse um alto oficial da Força Aérea, com vasta experiência no F-22, ao The Daily Beast. “Então, enquanto nós somos furtivos, teremos um duro trabalho no nosso caminho através do AE para mirar num alvo [como um caça de fabricação russa Sukhoi Su-35] e nossos mísseis terão dificuldade de acertá-los.”

O problema é que muitos adversários potenciais, como os chineses e os russos, desenvolveram “jammers” avançados com memória de freqüência de rádio digital (DRFM – digital radio frequency memory). Estes “jammers”, podem efetivamente memorizar um sinal de radar de entrada e repeti-lo de volta ao remetente, prejudicando gravemente o desempenho dos radares do alvo.

Pior ainda, esses novos “jammers” essencialmente cegam os pequenos radares encontrados a bordo de mísseis ar-ar, como o Raytheon AIM-120 AMRAAM, que é a arma de longo alcance primária para todos nós e aviões de combate aliados.

Isso significa que será preciso disparar vários mísseis para abater um caça inimigo, mesmo para uma aeronave furtiva avançada como o Raptor. “Enquanto os números exatos de Pk [probabilidade de acerto] sejam classificados, vamos apenas dizer que eu não vou conseguir matar esses caras na proporção um para um”, disse o oficial sênior da Força Aérea. É o “mesmo problema” para versões anteriores dos caças americanos, como o F-15, F-16 ou F/A-18.

Outro oficial da Força Aérea, com experiência no novo caça furtivo F-35 Joint Strike Fighter concordou. “O AMRAAM teve alguns grandes melhoramentos ao longo dos anos, mas no final do dia, é tecnologia antiga e não foi realmente concebido com o AE (Ataque Eletrônico) significativo de hoje em mente”, disse este oficial.

Como pugilistas, cada míssil tem um alcance, uma distância, um limite que ele pode atingir. Em um futuro não muito distante, o AMRAAM também pode estar fora do alcance por novas armas que estão sendo desenvolvidos em todo o mundo. Particularmente, a Rússia é conhecida por estar desenvolvendo uma arma de extremo longo alcance chamada de K-100, que tem muito mais alcance do que qualquer arma do tipo atualmente existente.

O problema não é novo. Historicamente, o Pentágono sempre priorizou o desenvolvimento de novos caças ao longo dos anos do que desenvolver novas armas, o que é um ponto cego exclusivamente americano. Durante os anos 1970, o então nova caça F-15A Eagle levava o mesmo armamento antiquado do F-4 Phantom II da Era do Vietnã. Não foi até a década de 1990 que o F-15 recebeu uma arma adequada sob a forma do AMRAAM, que poderia tirar o máximo proveito de suas habilidades. O mesmo aplica-se ao míssil de curto alcance que não ocorreu até o início de 2000, com a introdução do AIM-9X, quando os EUA tinham uma arma de “dogfight” que poderia igualar ou superar o míssil R-73 Archer russo.

Todos os oficiais da Força Aérea dizem que alguns dos mísseis americanos vão acertar durante um combate, não há dúvida disso, mas gastariam muito mais mísseis do que qualquer um espera. O problema é que aviões de caça não carregam muitos mísseis.

First F-35 Live Fire Weapon Test with a AIM-120 AMRAAM
F-35 disparando AMRAAM

O F-22 Raptor carrega seis mísseis AMRAAMs e dois AIM-9 Sidewinder de curto alcance em suas baias de armas. No momento, o F-35 carrega apenas quatro mísseis AMRAAM no interior dos compartimentos de armas, mas que pode ser ampliado para seis no futuro. Caças mais antigos como o Boeing F-15 Eagle levam um máximo de oito mísseis enquanto o F-16 carrega geralmente não mais de seis mísseis.

Isso significa que, se um caça tem que disparar por exemplo, três mísseis para abater um único caça inimigo, o Pentágono está enfrentando um problema sério.

“Conseguir um primeiro tiro é uma coisa”, disse um antigo piloto de caça da Força Aérea, com uma vasta experiência em armas russas. “Precisar de um outro tiro quando você gasta a sua carga é outra, quando sua estrutura de força é limitada em termos de número de plataformas disponíveis para uma determinada operação.”

Existem algumas soluções potenciais, mas todos elas significam gastar mais dinheiro para desenvolver novos mísseis. O ex-chefe de inteligência da Força Aérea tenente-general Dave Deptula disse que é “crítico” que os EUA e seus aliados busquem “armas ar-ar que possam efetivamente lidar com ataque eletrônico adversário”.

Uma correção relativamente simples seria desenvolver um míssil que escolhe seus alvos usando radares em uma faixa de freqüência completamente diferente. Radares atuais de caças e mísseis operam na chamada banda X, mas eles não têm necessariamente que operar nela. “Sair da banda X é uma opção”, disse um alto oficial da Força Aérea.

O Pentágono também poderia desenvolver um novo míssil que combina vários tipos de sensores, tais como infravermelho e radar para a mesma arma, o que foi tentado sem muito sucesso no passado.

Agora, o Departamento de Defesa, liderado pela Marinha – está trabalhando para aumentar o alcance da versão AIM-9X do Sidewinder em 60 por cento, para dar à frota de caças do Pentágono algum tipo solução para lidar com o problema de interferência eletrônica. Mas, mesmo com o maior alcance, o Sidewinder modificado não chegará nem perto do alcance de um AMRAAM.

A outra opção é encher caças como o F-22 e F-35 com mais mísseis de menor tamanho. A Lockheed Martin, por exemplo, está desenvolvendo um pequeno míssil ar-ar de longo alcance chamado de “Cuda”, que poderia dobrar ou triplicar o número de armas carregadas por um ou outro caça stealth americano. “Buscamos uma nova geração de mísseis ar-ar norte-americanos, como o Cuda, para neutralizar qualquer potencial vantagem numérica do adversário”, disse um representante sênior da indústria do setor.

cuda_ultra_bvr_super_range

O representante da indústria disse que, apesar do tamanho pequeno, as novas armas como o Cuda podem oferecer um alcance extremamente impressionante, porque não têm uma ogiva explosiva nelas, apenas correm para o alvo e o destroem com energia cinética.

Mas o oficial sênior da Força Aérea expressou ceticismo profundo que tal arma poderia ser pequena e de grande alcance. “Eu duvido que você possa resolver o problema do alcance e a necessidade de mais espaço na baia de armas, com o mesmo míssil”, disse.

Este oficial acrescentou que as armas futuras serão muito melhores em enfrentar a interferência inimigo, a tal ponto que os caças futuros não precisarão ter a velocidade e a manobrabilidade de uma aeronave como o Raptor. “Eu acho que a velocidade final superior, super cruzeiro, e aceleração terão menor importância com o avanço no alcance e velocidade dos mísseis”, completou.

Para um militar que está comprometido com centenas de bilhões de dólares para caças avançados, esses desenvolvimentos podem não ser exatamente uma boa notícia.

FONTE: www.thedailybeast.com / Tradução e adaptação do Poder Aéreo

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joseboscojr

Esse tipo de artigo eu vejo como uma crítica normal e não tem nada de alarmista. E mais do mesmo. Apesar de ser um monte de mi-mi-mi sem citar o nome de ninguém. É todo ele baseado em opiniões pessoais, tipo os artigos das gazetas russas. Mas é melhor ter auto crítica do que achar que tudo é uma maravilha. Quanto a mísseis ar-ar com duplo seeker, IIR e radar AESA, está em curso uma versão do Stunner que deverá atuar também como míssil ar-ar de médio/longo alcance. Havia intenção de armas caças com o PAC-3, e que teria mais… Read more »

joseboscojr

Eu particularmente não entendo a dificuldade em instalar o seeker IIR do AIM-9X num Amraam.
Aliás, isso já tinha que ter sido feito há anos.
Quanto a ser necessário mais de um míssil para garantir a interceptação de um caça inimigo, ninguém nunca foi ingênuo em achar, por exemplo, que um F-22 iria abater 6 caças inimigos.
Esse artigo parece artigo feito por lobista de fabricante de míssil ar-ar.
Nesses tempos de vacas magras a propaganda (ou a contra-propaganda) continua a ser alma do negócio.

Alexandre Galante

Bosco, na verdade se o temor do Pentágono se confirmar, os EUA estão ferrados e todos os seus aliados também.

Porque o AIM-120 pode ficar cego no ar e não acertar nada.

A situação é séria, muito séria.

Os americanos vão voltar a ter PK de míssil dos tempos do Vietnã!

Melky Cavalcante

Acredito que isso realmente pode ser um problema, lembro de ter assistido alguns combates entre os F-16 e F-4 drones, onde os AIM-120 erraram os F-4 e o piloto teve que usar o AIM-9, mas acho que o pentagono só está apelando pra fobia de muitos pra ganhar umas arminhas novas 🙂

Editores, por favor apaguem o meu (dom meu gato) comentário anterior.

Alexandre Galante

Aliás, na prática, o AIM-120 nunca foi essa Coca-Cola toda que apregoam:

http://www.aereo.jor.br/2010/10/11/promessa-e-realidade-no-combate-bvr-abates-com-misseis-aim-120-amraam/

joseboscojr

Galante,
Essa impressão de que “o AIM-120 pode ficar cego no ar e não acertar nada” é passada no início do artigo, mas é logo depois a gravidade dessa informação é amenizada.
Se houvesse o risco dos mísseis ficarem cegos, seriam todos e não apenas alguns. Logo depois o artigo cita que os mísseis podem atingir seus alvos, só que será preciso mais de um para fazer o serviço.
Vamos ver o desdobramento desse alerta no correr dos meses.
Um abraço.

Alexandre Galante

Bosco, é bom não subestimar os russos nem os chineses, eles não são cachorro morto.

Iväny Junior

Bem, o índice de acerto dos mísseis guiados por radar sempre foi inferior ao dos mísseis IR.

Basta ver as próprias estatísticas de acertos dos EUA, publicadas pelo aéreo inclusive. O sparrow tinha um nível baixíssimo de acerto, foi melhorado pelo AMRAAM mas mesmo assim, muito inferior aos sidewinders.

É mais fácil construir jammers do que mísseis, e, por isso, acredito piamente que um combate aéreo entre forças equivalentes não deixar de ocorrer na arena visual WVR. E por isso que o Typhoon é o melhor do mundo 😀 é bom nas duas arenas.

Edcarlos Prudente

É fato que na Guerra do Vietnã era necessário múltiplos disparos para obter uma acerto efetivo, todo bem que as tecnologias eram recém desenvolvidas e precisavam ser aperfeiçoadas. Na primeira Guerra do Golfo houve caso de vários disparos para um acerto efetivo e isso contra um MIG-25 usando contra medidas que surtiram efeito, mas no final o MIG foi abatido no terceiro disparo eu acho. As tecnologias evoluíram muito nos últimos anos, no começo desse século mais ainda, e com aumento da capacidade de processamento de dados sistemas de guerra eletrônica podem fazer uma diferença muito grande no campo de… Read more »

joseboscojr

Galante, Eu não os subestimo e acho que muito menos as forças armadas americanas. Subestimassem não tinham desenvolvido a furtividade para caças, os radares AESA, os despistadores rebocados, etc. A capacidade de ECM dos russos e principalmente dos chineses está sendo vista com grande atenção e provocando preocupação, haja vista a integração de um IRST no Super Hornet e a intenção de dobrar o alcance do AIM-9X. O que vejo é que até que se tenha uma solução tecnológica, a doutrina e o treinamento deve assumir o imbróglio. Um caça não pode ficar com seu sistema de de auto-proteção ativo… Read more »

Alexandre Galante

Como alguém disse, o problema dos americanos é a sensação de invulnerabilidade por causa da tecnologia stealth.

Mas um Su-24 causou um pânico generalizado, ao cegar o destroyer Donald Cook. Parece que o ocorrido tem algo de verdadeiro.

Se o AIM-120 pode ser cegado também, voltaremos ao dogfight e nessa arena o F-22 e o F-35 não são bons como os Sukhoi.

joseboscojr

E o que o artigo alerta é que os hipotéticos inimigos estão a ponto de utilizarem tecnologia de ECM já usada pelo Ocidente.
Ou seja, os americanos sabem que funciona e se antecipam.
Isso é o mesmo que ocorreu com os mísseis sup-ar dos soviéticos/russos, que só nos últimos anos atingiu o nível de eletrônica de estado sólido que já estava sendo usado no Ocidente há muito tempo.

Claudio Moreno

Off topic – Video de lançamento de um missil Python IV por um Mike!

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=OBoS5UlkKK0

CM

Clésio Luiz

E os franceses operam o MICA IR a um tempão. Aliás, o R.530 tinha versão IR (mas nunca foi essas coisas nem com radar…). Os Soviéticos nunca deixaram de operar um míssil BVR IR. Só os americanos que nunca se interessaram em botar para operar um míssil desse tipo. Basta querer. Dinheiro e tecnologia eles tem mais do que qualquer um. Eu pessoalmente gostaria de ver um estudo para usar boosters em mísseis IR de baixo arrasto, como o ASRAAM e o A-Darter, para que seu alcance ultrapasse os 50 km. Na última dezena de kilometros, se acionaria o motor… Read more »

Clésio Luiz

Galante, cria um tópico para esse vídeo que tem coisa interessante para comentar.

Fernando "Nunão" De Martini

“Clésio Luiz em 06/12/2014 as 16:56
Galante, cria um tópico para esse vídeo que tem coisa interessante para comentar.”

Já está no ar, Clésio.

Marcelo

Há um estudo em andamento para integrar o sensor AESA japonês ao Meteor.
Quanto ao CUDA me parece impossível ter o mesmo alcance que o Amraam.

joseboscojr

Clésio e Marcelo,
Esse post do “Aereo” foi bem interessante:
http://www.aereo.jor.br/2012/12/10/novo-missil-cuda-da-lockheed-martin/

joseboscojr

Clésio, Sinto de informar que outros já tiveram essa ideia, rsrsss mas até onde se sabe ainda não a colocaram em prática. http://www.ausairpower.net/APA-NOTAM-200408-1.html Os israelenses e americanos parece que farão algo parecido com o Stunner, que tem dois estágios. Uma última versão do Sparrow (AIM-7R) teria um sistema duplo de orientação combinando IR e radar semi-ativo, mas foi cancelado com o fim da Guerra Fria. Esse sistema posteriormente foi adotado no míssil sup-ar Standard SM-2 MR Block IIIB. Antes dele se pensou em dotar o Sparrow com um seeker duplo radar ativo / IR (AIM-7Q) mas só chegou às fases… Read more »

joseboscojr

Num passado recente havia um programa que tinha como objetivo o desenvolvimento de um míssil ar-ar BVR com capacidade de ataque terrestre, principalmente com capacidade antirradiação. O programa foi cancelado, mas claro, como todo programa americano “cancelado”, continua em “banho maria”.
De qualquer forma houve uma mudança na direção da intenção de substituir o Amraam e o foco mudou em direção ao Stunner, numa parceria com os israelense.
http://hushkit.net/2012/05/18/israeli-stunner-the-future-of-us-aams/

Baschera

Onde há fumaça… há fogo.

Talvez a culpa seja do próprio Pentágono ao acreditar por demais na LM e seus caças stealth, descuidando do restante.

Talvez estejamos no começo de uma nova era de armas com a função de abater um alvo inimigo…a arma a laser.

Neste assunto, talvez a UsNavy esteja um passo a frente, pois já esta testando armas a laser em suas belonaves.

Sds.

joseboscojr

O que eu penso é que o artigo com tom alarmista é na verdade uma antecipação dos acontecimentos futuros que são observados hoje pelos analistas em sistemas de armas. Ou seja, com a visível capacitação de russos e chineses em ECM já se vislumbra o dia futuro em que os mísseis BVR guiados por radar ativo, em uso atualmente (e não só o Amraam, devo salientar), estão prestes a serem superados pelos sistemas de contramedidas. Esse tipo de artigo é comum, mas ele mesmo cita as alternativas e deixa claro que há tempo de reação. Ou seja, dependendo de quem… Read more »

Clésio Luiz

Dorgas Bosco, eu devia ter patenteado a minha idéia… Mas falando sério, na minha concepção não deveria haver tantos mísseis destinados à abater aeronaves. Imagine que um míssil como o ASRAAM, dotado de booster. – Sem ele, temos um míssil WVR; – Com um pequeno booster, temos um míssil BVR; – Com um booster avantajado, temos um míssil anti-aéreo. Ou seja, sempre teremos um míssil que em sua faze final, jamais será derrotado pelas manobras do alvo, o que não acontece com os postes telefônicos que integram muitas baterias AAe. De quebra temos um único míssil que será produzido em… Read more »

Lyw

Alguém sabe qual “jammer” será utilizado no Gripen NG da FAB?

joseboscojr

Lyw,
Não se preocupe não que o Gripen pode usar essa tecnologia terrível dos russos.rsrssss
http://www.aereo.jor.br/2013/11/07/novo-despistador-britecloud-da-selex-foi-selecionado-para-o-gripen/

Nick

“Eu acho que a velocidade final superior, super cruzeiro, e aceleração terão menor importância com o avanço no alcance e velocidade dos mísseis”,”

Isso pode definir a próxima geração de caças. Ficaria parecido com um X-47B ou um Delta hipersônico de grande alcance(+20000km). Armado com uma grande quantidade de misseis + armas de energia dirigida.

[]’s

Nick

Pensando bem os caças X-47 seriam os táticos, enquanto que os deltas hipersônicos voariam a grandes altitudes. Podem ser os dois. 🙂

[]’s

joseboscojr
joseboscojr

“Pentágono teme que caças russos possam atirar melhor que caças stealth americanos” Como a tecnologia de ECM de estado sólido DRFM que ser refere a matéria já é dominada e usada no Ocidente há pelo menos uma década e tem potencial para neutralizar a ameaça de mísseis guiados por radar dos “inimigos”, só podemos aferir que o título do artigo se refere à prática russa de usar mísseis BVR com orientação IR (notadamente o R-27 e provavelmente o R-77), que são imunes à técnica DRFM. OBS: No Ocidente apenas o MICA tem uma versão IR. Isso se explica pela confiança… Read more »

Clésio Luiz

Interessante é que foi Israel quem primeiro colocou em operação um míssil capaz de fazer frente ao R-73, em 1994, 5 anos depois do R-73. Acho que depois foram os franceses com o MICA IR em 1999. Só em 2003, 14 anos depois, é que os EUA tiveram um míssil comparável (e superior em vários aspectos).

joseboscojr

Clésio,
Agora justiça seja feita que foram os soviéticos que colocaram primeiro um míssil de quarta geração em operação mas que não foram eles que inventaram o conceito. Já haviam estudos e programas de desenvolvimento no Ocidente visando um míssil com as características do que hoje se chama de “quarta e quinta geração” muito antes do R-73 ser “descoberto”.
O Ocidente levou um susto não com o conceito em si do AA-11 mas sim em constatar que os soviéticos já tinham chegado nele muito antes.

Oganza

Clésio e Bosco, não sei o pq direito, mas acho que os caminhos “diferentes” tomados pelos “2 blocos” foram mais pela estratégia adotada do que uma “simples” corrida tecnológica. Acho que tal “corrida” foi ditada pela estratégia (adotada por cada um) do que o contrário. A estratégia da Ex-URSS no Fronte Oriental era diferente do Fronte Europeu. No Oriente, a grande ameaça aérea eram as hordas de bombardeiros, que seriam combatidas por grandes caças, com grande alcance, grandes radares e equipados com grande mísseis “super” BVRs. Já no Fronte Europeu, eles vislumbravam muitos embates contra caças médios e leves que… Read more »

Clésio Luiz

Depois do AIMVAL/ACEVAL, eles tentaram resolver as coisas na arena BVR, onde era possível um caça abater vários inimigos com vários mísseis, como o F-14 prometia fazer com o Phoenix. Foi demonstrado que uma vez que se inicie o dogfight, os piloto perdem parte da consciência situacional e os caríssimos F-14 e F-15 não conseguiam sustentar vitórias múltiplas que justificassem seu preço e compensassem uma desvantagem numérica. Mas no fim o AMRAAM não chegou a cumprir sua promessa. Nem os americanos e aliados tiveram que enfrentar chuvas de caças soviéticos e mesmo em condições favoráveis e a taxa de acerto… Read more »

Oganza

Clésio, exatamente. Os AMRAAM até tiveram um Pk melhor que o Sparrow, mas uns 75% desses disparos foram, digamos, quase WVR rsrsrs e apenas uns 20% foram de fato BVRs. Nos Bálcãs e no Southern Watch a regra era sempre disparar 2 AMRAAMs, só pra garantir. Mas tem um porem ai, todos eles ainda eram AIM-120 A e B, o C viu muito pouca ação… …no fim das contas, só se tivermos algum conflito com alguma oposição aérea para podermos ter uma noção real de como as coisas estão. E vc está certíssimo, o AMRAAM não cumpriu tudo, o enxame… Read more »

Lyw

Hehehe valeu Bosco. Este BriteCloud é o estado da arte no ocidente em termos de Expendable Active Decoy.

O do AMX eu já sabia, inclusive os italianos usam jammers desde que o AMX foi lançado na década de 1980, quando foi instalado um dos primeiros Jammers fabricados pela Selex (senão o primeiro). Os nossos que só vieram conhecer esta tecnologia no século XXI com o Sky Shield, claro já bem mais modernos que aqueles instalados no Ghibli.

joseboscojr

Os índices de sucesso do Amraam nunca foram aferidos após a introdução da tecnologia stealth e dos radares AESA. Sobre o artigo indicado pelo Galante: Foram lançados 17 mísseis e atingidos 11 aeronaves, o que se deduz que 6 erram o alvo, o que da um Pk de 0.65. Quanto ao fato dos caças atacados não estarem manobrando, não é nenhum demérito sendo sim a norma para engajamento BVR, que em tese deve pegar o alvo de surpresa. Se estivessem manobrando seria porque o ataque foi identificado,o que vai contra a doutrina de emprego da arma. Sempre se espera que… Read more »

juarezmartinez

Falou a nossa barsa dos sistemas de combate, o Jose Bosco.

Grande abraço

joseboscojr

Se o F-22 só é detectado em geral a menos de 20 km pelos radares correntes, porque ele precisa de um míssil com 80/100 km de alcance? A resposta é que sua superioridade se baseia no radar AESA com capacidade LPI (baixa probabilidade de detecção). Essa capacidade de não ser percebido pelo RWR só é possível a maior distância. Não sei ao certo, mas deve ser bem acima de 50 km de distância. Isso obriga que o F-22 tenha que ter mísseis com 80/100 km de alcance. A combinação de uma célula de muito baixa observação (VLO) com capacidade supercruise,… Read more »

joseboscojr

Dando uma olhada por aí deparei com esse artigo bem interessante:
http://tacticalmashup.com/amraam-deploying-developing-americas-medium-range-air-air-missile/

joseboscojr

Também achei essa discussão bem interessante:
http://www.russiadefence.net/t1526-counter-lpi

Reinaldo Deprera

Os comentários estão tão bons quanto ao artigo. Por isso, me limito à leitura. Porém, não resisto. Então lá vai: Adoro esse tipo de artigo. Mas eles levam a um tipo de discussão que no meu entendimento precisa sempre de um lembre. Estamos considerando o pior cenário do emprego de armamentos de um país confiável, no que se refere à veracidade das informações e qualidade de seus produtos, com o melhor cenário de emprego de armamentos semelhantes de países que contrapõem a essas qualidades de confiabilidade de informações. Ainda estou esperando por um artigo que trate do bom desempenho de… Read more »

Pangloss

Reinaldo,

Concordo inteiramente com seu comentário.

A prudência recomenda, mesmo, que seja considerado o pior cenário possível, superestimando as capacidades dos eventuais inimigos, em contraposição às mais baixas expectativas em relação ao próprio equipamento.

Mas, no que concerne ao F-35, receio que seus requisitos tenham sido estabelecidos em um grau tão excepcionalmente elevado, que a ele seja aplicável a célebre frase de Lévi-Strauss sobre o Brasil: ele corre o risco de ficar obsoleto antes de estar pronto.

joseboscojr

O problema desse tipo de artigo é que se não bastasse a falta de profissionalismo e a tática de desinformação da “Voz da Rússia” e assemelhados, é visível o alto teor alarmista, sensacionalista e parcial desse artigo que, diga-se de passagem, é feito pelos próprios americanos. Se o artigo introduzisse o assunto deixando claro que a Rússia está colocando em operação uma tecnologia que já é dominado pelo Ocidente há pelo menos uma década (e que nem por isso os russos se descabelaram com sua tecnologia de radar) iria melhor situar o leitor menos avisado. Em outros blogs é visível… Read more »

Oganza

Bosco,

Perfect

You Wins

🙂

Clésio Luiz

“de um país confiável, no que se refere à veracidade das informações”

Reinaldo, “there is not such a thing” de país confiável. Os EUA não são diferentes de nenhuma republiqueta comunista, quando se trata de mentir para aparecer bem na fita.

Se você estuda história militar a algum tempo sabe que não é porque algo está escrito num livro, significa que é verdade.

Qualquer país se esforça para distorcer as informações que não lhe são favoráveis. Não tem ninguém bonzinho por aí não.

Ronaldo de souza gonçalves

Acho que dinheiro tem .Levantou-se um problema sério,e a solução a meu ver e desenvolver misseis com outras características com outros envelopes de engajamento e claro ,que se fiar em dois modelos por conta de padronização e custo vale para área civil mas para a militar é outra coisa .Na doutrinas aérea tem disto,o engajamento próximo estava sendo largado de lado é vai voltar,e no caso dos canhoês ,tinha caça que os especialistas não achava mais necessário na guerra do Vietnam,e todos os caças vão ter que ter.No futuro vão ter que desenvolver o canhão a laser.Sou muito cético em… Read more »