Autoridades canadenses negam notícia sobre compra secreta de quatro F-35
Documento vazado, que o Pentágono informou ser autêntico, diz que o Canadá assinaria em meados deste mês uma carta de intenção, que permitiria receber quatro caças F-35 já em 2015 e iniciar mais rápido o treinamento de pilotos
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Segundo o jornal The Globe and Mail, autoridades do governo canadense negaram notícias recentes sobre uma compra do caça F-35 ter sido feita em segredo. As fontes afirmam que em nenhuma circunstância o país vai comprar o F-35 de forma acelerada, e que nenhuma decisão foi tomada sobre qual tipo de avião comprar.
A questão apareceu após o vazamento de um documento do Pentágono, classificado e com data de 27 de outubro, com relatório do general da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) encarregado do programa do F-35 ao secretário da USAF, com a informação de que o Canadá quer quatro F-35 no ano que vem e que o Governo Canadense deverá entregar uma “carta de intenção” assinada em “meados de novembro” para assegurar a compra.
Caso o Canadá assine uma carta de intenção, quatro aeronaves atualmente sendo produzidas para especificações dos EUA poderão ser entregues à Força Aérea Real Canadense em 2015, e o Canadá assinaria o pagamento de caças dentro do lote 9 de produção inicial em baixa cadência (LRIP 9) dois anos depois, conforme o documento vazado. Na semana passada, o Pentágono confirmou que o documento vazado é autêntico. Caso essa entrega de quatro aeronaves se realize em 2015, pilotos canadenses já poderiam ganhar experiência nesse sofisticado caça de quinta geração antes de uma entrega de dúzias de exemplares.
Segundo o jornal, as autoridades canadenses que negaram o negócio disseram que a falta de detalhamentos precisos sobre custos e capacidades não inspirou confiança, e que a Lockheed Martin, fabricante do F-35, não forneceu ao Canadá informações básicas suficientes para adquirir o caça, cujo preço estourou o orçamento e é o mais caro programa de aquisição militar na história dos Estados Unidos. A ausência do caça no evento aéreo de Farnborough (Reino Unido) no meio deste ano, devido a problemas técnicos, só aumentou a cautela do Governo Canadense, segundo uma das autoridades.
FONTE: The Globe and Mail (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: USAF (em caráter meramente ilustrativo)
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“A ausência do caça no evento aéreo de Farnborough (Reino Unido) no meio deste ano, devido a problemas técnicos, só aumentou a cautela do Governo Canadense, segundo uma das autoridades.” O governo canadense está tendo uma atitude sensata e prudente. Deixando as paixões de lado, o fato é que; o F-35 ainda é um projeto inacabado; seu custo de aquisição é alto; seu custo operacional é alto; ainda têm inúmeros problemas para serem solucionados; nenhum comprador terá acesso ao seu software; é incapaz de utilizar armas que não seja americana; ainda tem que provar que é uma aeronave capaz em… Read more »
Júlio,
Ele não só foi exportado como tem a participação direta de oito países.
Quanto a não poder operar armas que não sejam americanos, você está equivocado.
Ao que se sabe ele estará apto a operar as seguintes armas não americanas:
Meteor
ASRAAM
Iris-T
JSM
SOM
Spear
Storm Shadow
Brimstone 2
E muito provavelmente de Israel:
Spyce
Delilah
Python V e VI
Já falo tem anos e torno a dizer: caça para o Canadá é o F-35. O resto é conversa mole, despiste e tentativa (legítima) de obter desconto.