Dassault entregou à DGA francesa o primeiro Rafale M padrão F1 modernizado para F3
Exemplar de matrícula M10 da versão naval do Rafale, de um lote de 10 aeronaves em retrofitagem e modernização, foi entregue em 3 de outubro
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Em nota divulgada em 7 de outubro, a Dassault Aviation informou a entrega à Direção Geral de Armamento (DGA) da França o caça Rafale M10, o primeiro de um lote de dez exemplares da versão naval (M – Marine) sendo atualizados / retrofitados nas instalações da empresa em Mérignac. A entrega ocorreu na última sexta-feira, 3 de outubro.
Esse lote de dez aeronaves (de M1 a M10) foi produzido a partir do final da década de 1990 para substituir caças embarcados F-8 Crusader de origem norte-americana que a Marinha Francesa operava em seus porta-aviões desde 1964. Como essa substituição não poderia esperar a entrada em serviço das versões mais modernas do Rafale, nos padrões F2 e F3, esses 10 exemplares foram entregues no padrão básico F1, limitado a missões de defesa aérea e superioridade aérea.
Os demais caças Rafale atualmente sendo recebidos pela Marinha Francesa (Marine Nationale) e pela Força Aérea Francesa (Armée de l’air) vêm sendo fabricados no padrão F3, sendo que as aeronaves produzidas no padrão F2 têm sido facilmente convertidas ao F3. Já a transição do F1 para o F3 é mais complexa e requer um programa específico. Um contrato de retrofitagem foi recebido, para esse fim, envolvendo Dassault Aviation, Thales, MBDA, Sagem, o departamento da indústria aeroespacial francesa (SIAé) e a Marinha Francesa.
A transição do padrão F1 ao F3 envolve as seguintes mudanças:
- Novos computadores eletrônicos modulares
- Novas telas do painel
- Mudanças no cabeamento
- Atualização do sistema de contramedidas Spectra
- Mudanças no radar RBE2 PESA (varredura eletrônica passiva), intercambiável com a nova antena AESA (varredura eletrônica ativa)
- Mudanças nas estações de armamento
Por sua vez, o padrão F3 permite aos caças Rafale franceses:
- Combate aéreo e interceptação com uso de canhão de 30mm e mísseis Mica IR / EM (com entrada em serviço de mísseis Meteor a partir de 2018)
- Apoio aéreo (ar-solo) com canhão de 30mm, bombas guiadas a laser GBU-12/24 e Hammer (AASM) de guiamento preciso
- Ataques de profundidade com mísseis de cruzeiro Scalp
- Ataques marítimos com mísseis ar-mar Exocet AM39 Block 2 e outras armas ar-superfície
- Reconhecimento tático e estratégico em tempo real com o pod (casulo) Areos
- Reabastecimento em voo de um Rafale para outro (sistema “buddy-buddy”)
- Dissuasão nuclear com o míssil ASMP-A
A entrega dos caças Rafale Marine retrofitados deverá prosseguir, gradualmente, até 2017, segundo a nota da Dassault, que lembrou que desde meados do ano passado as aeronaves entregues novas de fábrica têm radar RBE2 AESA.
Ainda segundo a empresa, dos 180 caças Rafale encomendados até o momento pela França, 133 já foram entregues, e o desenvolvimento do caça visa uma racionalização e otimização das Forças Armadas Francesas, substituindo sete tipos de aviões de combate de gerações anteriores.A empresa destacou que, de acordo com o Livro Branco de Defesa da França de 2013, eventualmente a Marinha e a Força Aérea do país terão 225 aviões de combate, comparados aos cerca de 700 que possuía nos anos 1990.
A frota de Rafale, conforme divulgado pela Dassault, já acumulou 120.000 horas de voo, 16.000 das quais em operações, e desde a entrada em serviço foi empregado nos seguintes teatro: Afeganistão, Líbia, Mali, República Centro-Africana e Iraque.
A DGA (Direction Générale de l’armement) francesa também divulgou nota (no dia seguinte, 8 de outubro) sobre a entrega do Rafale M10, destacando que essa transformação das dez aeronaves do padrão F1 para F3 visa dotar a Marinha Francesa de uma frota homogênea, no padrão F3. Essas 10 aeronaves permitirão reforçar as flotilhas da Aviação Naval francesa, compensando a retirada de serviço dos jatos Super Etendard Modernisé, cujos últimos exemplares darão baixa em 2016.
A nota da DGA também informou que a operação completa de realizar modificações profundas nos dez aviões, que envolveu a completa desmontagem dos mesmos e a instalação dos novos equipamentos, está custando cerca de 240 milhões de euros (cerca de 304 milhões de dólares ou 732 milhões de reais)
FONTES / FOTOS: Dassault e DGA (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês e francês)
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O radar BBE2 foi equipado com antena AESA. Interessante, deve ter sido projetado assim. Confesso que desconheço ambos os projetos. Nada foi falado em relação aos requisitos indianos, principalmente quanto a demora de modos ar-ar para ar-superfície.
Ivany,
Havia um erro de digitação na matéria, o correto é RBE e não BBE.
Vale ressaltar que a nota falou em mudanças no radar PESA para que se pudesse instalar a antena AESA.
Ótimo. Procurei na hora e não achei referências. Então, um é claramente a evolução do outro, sendo que eu não sabia que o f1 vinha com PESA, ao que me constava a varredura era mecânica e o PESA era do f2. Enfim, o melhor caça naval do mundo na atualidade.
“Enfim, o melhor caça naval do mundo na atualidade.”
Na França ? Verdade …………………. (rs)
Quanto custa (total) ?