Programa de modernização dos Mirage 2000 da Força Aérea Indiana progride com parte da frota ‘groundeada’

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Por Neelam Mathews

Embora a atualização de US$ 2,2 bilhões dos Dassault Mirage 2000 da Índia esteja progredindo, cerca de 1/4 da frota de 49 aeronaves está no chão porque o contrato de peças de reposição permaneceu sem assinatura por anos, informaram fontes envolvidas no programa.

“Entraves burocráticos causaram atrasos. Como resultado, parte das aeronaves está sendo canibalizada e existem aeronaves inativas desde 2010. A vida útil de certos componentes, especialmente aviônicos, está expirando”, disse um engenheiro que não quis ser identificado. Reparos nos Mirages estão sendo feitos na base de depósito e reparos em Gwalior, no estado central de Madhya Pradesh. O depósito também faz o planejamento e acondicionamento de peças de terceiro e quarto escalões. A Força Aérea Indiana recusou-se a comentar.

Enquanto isso, o upgrade para o padrão 2000-5 continua. Duas aeronaves completaram os voos de teste e estão aguardando a certificação. A entrega à HAL é esperada para os próximos dois meses. O voo da terceira aeronave é esperado para logo. Outras duas aeronaves serão modernizadas em Bangalore pela Hindustan Aeronautics (HAL). Os Mirages restantes serão remontados na Índia com ferramental cedido pela Thales. Enquanto um cronograma de 7 anos foi dado para o upgrade de todas as aeronaves, um consultor de defesa caracterizou como “ambiciosa” qualquer projeção da HAL para produzir seis aeronaves por ano. Entretanto, o chairman da HAL Tyagi disse: “Nós podemos produzir até 10 por ano”. A equipe da HAL já foi para a França para treinamento. As bancadas de testes em Gwalior vão precisar de atualização, mas propostas não foram ainda lançadas.

As novas capacidades do Mirage 2000 incluem distâncias maiores de detecção e de disparo contra múltiplos alvos e extensão do envelope operacional que permitirá missões de proteção de fronteiras. O radar multimodo RDY-3 do Mirage indiano é da mesma geração usada pela França no Mirage 2000D, com alcance aumentado para 50 milhas náuticas, contra as 40 milhas do RDM antigo.

A Índia está encomendando 164 pods de iluminação de alvos Litening 2 da Rafael de Israel para os Mirages modernizados, bem como para os SU-30 MKI. A nação também aprovou uma proposta para comprar mais de 400 mísseis ar-ar MICA de curto e médio alcances. Estes irão substituir os mísseis Magic II de curto alcance guiados por infravermelho e os Super 530 nos Mirages.

FONTE: www.ainonline.com / Tradução e adaptação: Poder Aéreo

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Mauricio R.

Sinceramente, o que esses M-2000 fazem, que o upgrade de “Fulcrum” não faça???
Por um custo mais em conta, por exemplo.
E o se contrário for válido, que fique a melhor plataforma, a mais capaz, a de melhor disponibilidade.
Os caras tem “Flankers” aos montes.
A força aérea indiana necessita urgente de uma reengenharia, focar nos projetos FGFA, AMCA, no Tejas e eliminar a superposições de inventário.
Ah, e finalmente desativar os Mig-21 restantes, a segurança de voo agradeceria e mto.

Alexandre Galante

Maurício, a Índia não gosta de ficar na dependência de um fornecedor somente, para sofrer menos com embargos.

juarezmartinez

Menos da metade dito tudo está condições operacionais, o resto é jogo de cena.
Eles não tem recursos para manter uma frota tão grande e tão múltimpla em condições operacionais.

Grande abraço

Carlos

É uma salada completa de vetores e gerações.

O Juarez e o Galante estão corretos.

Temo que isso possa acontecer no Brazil, temos uma salada de Helis a moda Hindu em asas fixas.

Haja múltiplos fabricantes, modelos e gerações.
Nas três FA’s.

Salada tupiniquim em asas rotativas, essa é a realidade.
Tem que ter logística, especialistas em manutenção, pilotos, estoques de peças, armamentos etc etc etc ….

Carlos

O$ france$e$ devem e$tar e$folando legal no$ preço$.

Arruela$ a 100 euro$ e por ai vai ….

Os Hindus não tem toda essa capacidade e expertise.

Muita propaganda …. pouco resultado efetivo.

Não duvido se contratarem o Tio David para dar uma “maozinha”.

Acho que vai ter que ser “por debaixo dos panos” …. França(?).

Mauricio R.

“…a Índia não gosta de ficar na dependência de um fornecedor somente, para…”

Voando Flanker, Fulcrum, Flogger, Fishbed, e futuramente o FGFA, de fato vai ser mto difícil se livrar dos russos.

“Não duvido se contratarem o Tio David para dar uma “maozinha”.”

Os franceses barraram isso já faz mto tempo.

Gilberto Rezende

Efeito cobertor pequeno, com o programa de modernização iniciando a manutenção dos Mirage 2000 do atual padrão foi paralisado é uma clara economia forçada.

O problema é COMO as aeronaves canibalizadas entrarão no processo de modernização prioritariamente ou por último (ou nem entrarão) ???

Mas como a modernização vai ser feita na Índia mesmo é um problema de organização e manutenção indiana para os indianos resolverem…

Os franceses tem pouca influência ou culpa nisso se os indianos não assinam contratos para fornecimento de peças para uma frota que está sendo modernizada…