Piloto brasileiro testa Gripen na África e relata impressões sobre caça
Major é 1º piloto da FAB a voar caça sueco após Dilma anunciar decisão.
Governo assina até dezembro compra de 36 Gripen por US$ 4,5 bilhões
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Sentado na cabine de comando do novo caça comprado pelo Brasil, o Gripen, da empresa sueca Saab, e que só deve chegar ao Brasil oficialmente em 2018, o major da Aeronáutica Renato Leal Leite mira o alvo. Voando a 6 mil metros de altitude e a 1.000 km/h, ele muda a direção da aeronave, sem saber o que encontrará pela frente.
Neste momento, informações chegam ao painel e uma luz verde se acende. A 50 km de distância, bem fora do seu alcance de visão, mas na direção para a qual segue, está um avião amigo. Se o alvo ficasse vermelho, haveria perigo: a codificação da aeronave não havia sido decifrada e o caça seria um inimigo.
“Tive a sensação de estar em um dos caças mais modernos, talvez o mais moderno, do mundo. A certeza de que foi a melhor escolha para o Brasil, sem dúvida. É impressionante as informações que chegam com facilidade ao piloto. Uma sensação profissional de estar na ponta da lança e que estaremos no mais alto nível para defender o país”, afirma o major Leite em entrevista ao G1.
Leite foi o primeiro piloto brasileiro a voar o Gripen desde que a presidente Dilma Rousseff anunciou o modelo sueco como o novo avião de combate brasileiro, em dezembro de 2013, deixando para trás os concorrentes F-18, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault. Serão compradas 36 unidades ao custo de US$ 4,5 bilhões (R$ 10,8 bilhões).
O voo ocorreu em junho, quando uma comitiva da Aeronáutica visitou a base de Makhado, no extremo norte da África do Sul. A Aeronáutica sul-africana usa o Gripen para vigilância aérea desde a Copa do Mundo de 2010. Antes disso, um piloto da Aeronáutica só tinha voado Gripen em 2009, na Suécia, quando houve a avaliação dos três concorrentes durante a negociação.
Segundo o brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, o contrato com a Saab será assinado até dezembro de 2014 prevendo transferência de tecnologia para que a indústria nacional aprenda como produzir o avião e tenha participação no projeto.
Além disso, o governo negocia com a Suécia a cessão de 4 a 6 aviões, que deverão chegar ao país no primeiro trimestre de 2016, a tempo das Olimpíadas, diz o brigadeiro.
“Vários sensores, radares e infra-vermelhos estão fundidos no sistema no Gripen, sendo os olhos do piloto lá fora. Eu enxergo fácil o que ocorre ao redor e consigo identificar as coisas no ambiente externo. Nos aviões antigos, não havia esta interface. O piloto tem que gastar energia intelectual para entender o que está acontecendo”, explica o piloto brasileiro.
“No Gripen, as informações chegam prontas e claras. Ele me diz se, naquela posição no espaço, tem uma aeronave amiga ou inimiga. Se por ventura eu faça alguma coisa errada, ele entende o que eu queria fazer e corrige”, explica o major. “Ao voar um caça, a primeira coisa que queremos saber é o que eu não posso fazer? Basicamente, se pode fazer tudo com o Gripen”.
Alcance e precisão são diferenciais
O alcance da visão do Gripen, que chega até 50 mil pés de altitude (15 mil metros), e a forma como ele pode mostrar aos pilotos dados – com sensores capazes de identificar pessoas e locais em terra ou outras aeronaves e mísseis distantes – com precisão, foram fatores que interferiram na escolha do sueco como o novo caça do Brasil. A aeronave atinge mais de duas vezes a velocidade do som (cerca de 2.400 km/h).
Consciência do ambiente externo
No Brasil, o major Leite pilotou os caças Mirage, que foram aposentados no fim do ano passado e eram analógicos e não conseguiam captar informações desta forma.
Atualmente, a Aeronáutica opera o F-5, que começou a ser adquirido na década de 70 e apresenta limitações de velocidade e alcance. “No Mirage, eu não conseguia identificar quem era o outro avião”, diz.
A Base Aérea de Anápolis, em Goiás, que abrigava os Mirage, passará por reformas para abrigar novas bancadas de testes de motores e também um simulador de voo, segundo o brigadeiro Crepaldi. Lá serão instalados dois esquadrões para receber os 36 novos caças, fabricados especialmente para o Brasil, a partir de 2018.
Seis pilotos brasileiros irão à Suécia, no primeiro trimestre de 2015, aprender a pilotar a aeronave, em um curso de sete meses de duração.
FONTE / FOTO DE BAIXO / INFOGRÁFICO: G1 (reportagem de Tahiane Stochero)
DEMAIS FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Saab
NOTA DO EDITOR: a matéria traz um infográfico que, apesar de atualizado no final do mês passado (como indicado no mesmo), vem sendo publicado pelo G1 com uma falha de entendimento desde praticamente o anúncio da a seleção do Gripen no F-X2, em dezembro de 2013. A informação de que “em 30 minutos, consegue ir de Goiânia a Salvador”, parece ser simplesmente uma conta básica de se dividir a velocidade máxima de 2.400km/h por dois (ou seja, uma hora dividido por dois para se chegar a 30 minutos), o que dá 1.200km, que é aproximadamente a distância entre as duas cidades citadas.
Porém, aviões de caça em geral não são capazes de voar em velocidade máxima de Mach 2 (cerca de 2.400km/h) por trinta minutos seguidos, sob pena de esgotarem todo o combustível por utilizarem o máximo de sua potência em pós-combustão (e isso vale tanto para Gripen quanto para a grande maioria dos caças, excetuando-se casos extremos como os russos MiG-25 e MiG-31, que ainda assim têm suas limitações nesse sentido). A “autonomia de 1.300km” indicada refere-se, segundo o fabricante, ao máximo divulgado para uma missão de patrulha aérea de combate, que inclui deslocamento em voo subsônico para um objetivo a 1.300km de distância da base, permanência sobre o objetivo por 30 minutos e volta também em velocidade subsônica à mesma base. Uma missão de interceptação supersônica, esta sim podendo se aproximar em algumas fases do voo à velocidade de 2.400km/h, teria um raio de ação (pressupondo volta à base de origem após a missão) muito menor do que 1.300km, e isso vale também para a grande maioria dos caças.
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Outra inutilidade para justificar os Gripen C/D Tampax.
Não foi este o caça adquirido pelo FX-2…
Mais uma peça de marketing dizendo se o legacy já é bom IMAGINA o Gripen E….
Caro Gilberto,
O Gripen C/D “legacy” realmente já é bom. 🙂
Mas a justificativa existe de fato, a aposentadoria dos M-2000 é o Gap decorrente.
Mas tem suas deficiências, sendo o principal no meu entender seu alcance, apesar que, não terá tanta diferença à um F-5.
Agora o Gripen E….. ae sim heim! 😀
[]’s
Nick,
Os valores de alcance e raio de combate do Gripen C/D, ainda mais comparados ao desempenho do mesmo (e carga de combate etc) nessas situações, são bem superiores aos do F-5. Não dá pra dizer que não fará diferença.
Agora serão dois esquadrões em Anápolis? Confere?
“André Sávio Craveiro Bueno Enviado em 05/08/2014 as 12:33 Agora serão dois esquadrões em Anápolis? Confere?” Não entendi a pergunta, André. Por que serão dois? (na verdade, em Anápolis já haviam dois esquadrões, um de caça com Mirage e um de reconhecimento com R-99 / E-99). Quanto a futuros caças, o que sei é que uma autoridade da FAB disse, há alguns meses, que se estuda que o lote de 36 caças do F-X2 seja para equipar dois esquadrões (ou seja, de cerca de 18 aeronaves cada), e que ao menos no início poderiam estar concentrados em Anápolis para facilitar… Read more »
“Vários sensores, radares e infra-vermelhos estão fundidos no sistema no Gripen, sendo os olhos do piloto lá fora. Eu enxergo fácil o que ocorre ao redor e consigo identificar as coisas no ambiente externo.”
que eu saiba os Gripens C/D da SAF não possuem IRST. À que sensores infravermelhos o piloto estaria se referindo? Será que um MAWS? Ou um casulo Litening? Ou será que está se referindo ao futuro Gripen E?
Abraços.
“Marcelo em 05/08/2014 as 13:07” Marcelo, Deve estar se referindo a um casulo / pod de reconhecimento ou de designação de alvos. O Gripen C da Força Aérea Sueca (não sei exatamente o equipamento dos sul-africanos) usou esses casulos na Líbia. “Com os pods de aquisição de alvos e o radar, os Gripens suecos podem acompanhar e identificar alvos aéreos voando a velocidades e altitudes baixas. Com a combinação dos radares dos caças e das câmeras de vídeo dos pods, a identificação desses alvos é feita a longa distância, cobrindo lacunas na vigilância da coalizão. O comandante do destacamento sueco,… Read more »
não, no penúltimo parágrafo do texto há a citação de que os 36 Gripen a serem comprados estarão em dois esquadrões em Anápolis. Provavelmente um equívoco. Provavelmente serão, sim, dois esquadrões, sendo um em Anápolis e outro em local a ser designado. Lembrando que os aviões não chegarão de uma única vez.
De fato, André, passou batida pra mim essa informação do último parágrafo. Mas o que escrevi, sobre declaração de autoridade da FAB a respeito de concentrar as aeronaves em Anápolis, é algo que pode sim estar sendo cogitado. Está na edição 86 da revista Força Aérea, publicada em fevereiro deste ano. Nela, o brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante do COMGAR (Comando Geral de Operações Aéreas), diz que na sua opinião pessoal os caças poderiam ficar concentrados em Anápolis e serem desdobrados conforme as necessidades e emergências para qualquer ponto do país a partir de Anápolis, num conceito de… Read more »
Bom pra quem pilota sucata estar no comando do Gripen pra ele está sendo uma experiência extremamente louca.
Mas enfim precisam saber operar o caça isso deveria ser o quanto antes.
Acredito que um esquadrão sim fique em Anápolis equipando o GDA, mas não tem como o Pampa ficar esperando por muito tempo, acho que este já receberá um esquadrão na sequência.
Aliás, lanço a questão, será que o esquadrão GDA continuará com esse mesmo nome? Pois os Gripen não são multifincionais, ou permanecerá o nome por finalidades históricas/tradicionais, assim como os Jamboks e Pif-Paf.
Grato pelos esclarecimentos sobre os esquadrões de Anápolis!
“eriksondb 5 de agosto de 2014 at 14:44 # Edit Aliás, lanço a questão, será que o esquadrão GDA continuará com esse mesmo nome?” eriksoundb Eu sou da opinião que todos os esquadrões de caça da FAB (aliás, não só da caça, como outros grupos de aviação, que só pelo número e algum conhecimento se sabe se são de helicópteros, de transporte, de caça ou o que quer que seja) com designações numéricas e siglas que não correspondem há muito tempo com a lógica que as originou, sejam renomeados. Poderiam manter seus nomes como “Jambock”, “Jaguar”, “Pampa” e outros tantos.… Read more »
Lembrando que o próprio Saito já declarou que acha esse sistema de numeração com critério geográfico, que tinha lógica no final dos anos 40, está mais do que ultrapassado (e a opinião do brigadeiro Rossato que citei mais acima, que fala de mobilidade e não de ocupação de espaço, numa mudança de conceitos que envolve também a multifuncionalidade, corrobora isso) http://www.aereo.jor.br/2014/01/25/mudar-ou-lapidar/ “Uma das principais mudanças seria a designação das unidades. O Brasil foi dividido em grupos de aviação de acordo com o critério geográfico. Foi assim que, em março de 1947, o 1° Grupo de Aviação de Caça foi designado… Read more »
Finalizando: Nessa minha visão, os esquadrões de caça (não importa se equipados com jatos ou turboélices ou se são da III FAE ou da I FAE, como o Joker), seriam renumerados como se segue, mantendo porém os nomes que os consagraram. A ordem pode estar talvez errada, pois a checagem apenas foi apenas superficial das datas de criação, tendo como data para “desempate de antiguidade”, no caso de criação numa mesma data, a de ativação (pois teve esquadrão que foi criado num ano mas só ativado décadas depois) Segue a ordem possível: EC-1 Jambock (ex-1º/1º GAVCA, criado / ativado em… Read more »
Se a base de comparação do piloto da FAB é o F-5 e o Mirage 2000 ele não poderia deixar de comentar que mesmo o Gripen (C ou D) é muito superior, a matéria não esclarece mas eu SUSPEITO que ele tenha voado num Gripen D uma vez que dificilmente a Força Aérea Sul africana deixaria um piloto não qualificado pilotar um dos seus Gripen C… O que incomoda é um sujeito profissional falar a abobrinha tipo que: “Tive a sensação de estar em um dos caças mais modernos, talvez o mais moderno, do mundo. A certeza de que foi… Read more »
Pena que justamente o esquadrão Grifo em Porto Velho por ironia não esteja cotado para substituir os seus Super Tucanos pelo Gripen…
“Quanto aos 36 caças entendo ao contrário, de início os 36 Gripen devem ser mesmo concentrados em Anápolis pois o FX-2 se DESTINAVA somente a mobiliar o GDA. Foi a DEMORA no desfecho do FX-2 e a aproximação da baixa dos F-5M e AMX que deve levar “ Gilberto, É bom lembrar que o primeiro F-X, nascido no final dos ano 90 e cujo relatório de avaliação final ficou pronto em 2002, no final do último mandato FHC (que empurrou para o sucessor a decisão) e foi enrolado ao longo de quase todo o primeiro mandato do Lula, visava só… Read more »
Olá. “O que incomoda é um sujeito profissional falar a abobrinha…” Vai saber se foram exatamente estas as palavras do major, né? Reportagem nem sempre se restringe a aspectos técnicos. É preciso colocar um pouco de “emoção”, numa linguagem que possa ser entendida pelo “Homer Simpson” (de acordo com Willian Bonner, da própria Globo). Uma proposta de mundança de nomenclatura dos esquadrões e grupos de aviação de caça seriam bem vindos, pois a “atual” forma de nomenclatura da FAB está obsoleta. A susgestão do Nunão foi bem interessante, priorizando a antiguidade. E também a “humanização” do GDA (que passará a… Read more »
Quanto a futuros lotes de Gripen, também acho que um esquadrão equipado com o caça deveria ser estabelecido em Natal, mas não vejo uma necessidade de ser o Joker. Poderia ser, inicialmente, uma unidade de A-1M de Santa Maria, no futuro a ser reequipada com o novo caça. Mas há muitas outras possibilidades. O que penso é um pouco diferente dessa visão inicial de concentrar dois esquadrões de 18 Gripen em Anápolis (36 jatos no total). É importante concentrar, pensar em mobilidade etc, mas o país ainda é grande demais. Penso em enxugar os esquadrões de caça de primeira linha… Read more »
“A coisa poderia ficar assim, por volta de 2022, com o término das entregas dos 36 Gripen do F-X2:” Nunão, sinto muito …. mas 2022 é quando começaremos a receber os primeiros vetores, creio que foi o que vc quis afirmar (rs) …. No mais concordo 100% contigo e acrescento: 1.- A 1-M segundo o Juarez terá corte de 1/3″ na modernização e não “existe” o número de vetores proclamados, sendo estes em menor quantidade. Caso isso se confirme …. é mais uma desgraça. 2.- Muito blá blá blá ai pra cima de autonomia, desdobramentos dos 36 vetores etc ….… Read more »
“Nunão, sinto muito …. mas 2022 é quando começaremos a receber os primeiros vetores, creio que foi o que vc quis afirmar (rs) ….”
Não, Carlos Alberto, não foi isso que eu quis afirmar, isso é apenas o que você, repetidamente, afirma.
Porém, é um direito seu afirmar isso, e não sou eu quem vai dizer que você quis afirmar outra coisa, certo?
Espero receber a mesma cortesia de sua parte, independentemente do bom humor das afirmativas de parte a parte, o que é sempre saudável manter.
Ô Saito, só quatro ou seis C/D ?
Chega lá na Tia Eny baralho, dá um murro na mesa com todos os Oficiais com estrelas nos ombros bem atrás de você e manda:
É 12/18 ou comece recolher teus panos de b#nd@ e dê o fora ….
Ai como é bom sonhar …..
putz …. acordei …. voltou o pesadelo …. (rs) ….
Relaxa NUNÃO, de boa como sempre, tem um (rs) depois ….
Mas viu, no demais concordo 100% contigo e faço duas observações, seu comentário sobre as duas é muito importante …. no aguardo ….
Saudações cordiais
Sim, eu vi o “rs”, por isso mesmo fiz referência ao aspecto salutar da manutenção do bom humor.
Saudações, igualmente.
Quanto às duas observações que você fez, bastante pertinentes: 1- Como eu, em opinião estritamente particular, considero que seria racional reduzir inicialmente o número de esquadrões de caça de primeira linha (jatos) dos atuais sete para seis, porém com mais aeronaves (18) por esquadrão (a bem da verdade isso já é fato, com o Jaguar praticamente rebaixado a núcleo e aguardando para mandar pilotos para treinar na Suécia) e mais tarde, se fosse possível e necessário, voltar a ter mais esquadrões ou até amplia-los, não ficaria de cabelos em pé caso o número de A-1 a modernizar eventualmente seja menor… Read more »
“Então, até lá, estamos bem mal na fita.”
Concordo 100%.
Lembrei de mais uma coisa, Quanto à questão de concentrar todos os 36 caças em Anápolis, ao menos inicialmente, assunto que aliás já foi debatido neste espaço há pouco tempo em outra matéria, não seria a primeira vez na FAB. Como já lembrei aqui em outra ocasião, o mesmo se deu na implantação do F-5 em meados dos anos 70, um caça cujo planejamento era de operação em mais de uma base. Após um período de recebimento e treinamento que envolveu bases como Galeão e Anápolis, enquanto a pista de Santa Cruz era ampliada, todos os caças do primeiro lote… Read more »
A velocidade máxima do Gripen, qualquer versão, é de mach 2, mas isso não se traduz em 2.400 km/h. O valor correto é em torno de 2.100 km/h. Esse é um erro que se repete na imprensa, inclusive internacional e até em sites de fabricante e força aérea (USAF).
Seria interessante que se comenta-se isso no texto.
Caro Clésio Luiz O erro do jornalista está em calcular essa velocidade ao nível do mar. Na conta de padaria se você calcular a velocidade do som ao nível do mar obterá 1224 km/h. Multiplicando-se por dois (já que é Mach 2), chega-se perto dos 2400 da reportagem. Mas como nós sabemos o Gripen (e qualquer outro caça) só atinge sua velocidade máxima em altitude ideal que é bem lá para cima. Há 10 mil metros a velocidade do som é menor (algo como 1050 km/h). É só multiplicar por dois e você terá os 2100 km/h (ou Mach 2)… Read more »
Nunão uma sugestão um pouco mais pé no chão e de acordo com a realidade orçamentária que viveremos: A partir da decada de 2020: 18 NG com o 1º rupo de caça 18 NG com o 14 sendo transferido para BASM e a BACO sendo fechada. 18 AMX M unificando o 1º e 03º do 10º e transferindo para a BAAN. 18 AMX com o 1º do 16º transferidos para a BANT 12 Gripen C/D no Pacau operando apartir da BAMN. Explicando o porque de cada dotação: Penso que os NG deverão ficar nas base que tem dentro de um… Read more »
Ainda bem que ninguém questionou a afirmação do piloto brasileiro: “Tive a sensação de estar em um dos caças mais modernos, talvez o mais moderno, do mundo”. Porque falando em consciência situacional, os Gripen C/D são considerados hoje os melhores do Mundo, por especialistas e pilotos de diversas nações. E isso nem tem muito a ver com seus sensores, mas com a experiência dos suecos nesta área desde os tempos do Draken e seu cuidado com o design de interação/usabilidade. Claro, associado ao radar PS-05A, o datalink e algum sensor IR montado em pod. Imagino o que não vem por… Read more »
Sim, ninguém, o Gilberto Rezende não conta! 🙂
Juarez, De fato, se a racionalização tiver que ir além da redução que proponho para seis esquadrões (e olha que já ouvi muito impropério por aventar isso…), e ficar em cinco esquadrões, e aposentando todos os F-5M, como você coloca, sua disposição tem bastante lógica. Clesio, De fato, em altitude de cerca de 30.000 pés, onde é possível a um caça voar a Mach 2, o valor de Mach 2 é de cerca de 2.130 km/h. O valor de cerca de 2470 km/h é ao nível do mar, onde, como sabemos, o atrito também impede que se vá muito mais… Read more »
Como já dito os 36 iniciais vão ficar em Anápolis, a “pretensão” é comprar mais 50,se vão é outra história!Particularmente acho uma estratégia estranha alocar todos os 36 em Anápolis, até que todos sejam produzidos e entregues, já teriamos um bom quantitativo de pilotos aptos a pilota-los, o mais lógico seria dotar três unidades,Anápolis, Santa cruz e Santa Maria, enviando os F5M remanescentes para as unidades que ainda não receberiam o Gripen, já num segundo lote, susbstituia todos os F5M,e iniciava a substituição do A1M.Abçs
Muito comentário tentando adivinhar o pensamento da FAB. Quanto à redesignação das UAE, não me parece ser importante. Nossa história já não é tão rica quanto a da USAF. Talvez devêssemos manter a tradição adquirida nos céus da Itália (falando do Grupo de Caça). O 1/3 GAV e o 2/3 GAV foram criados no mesmo dia. Separaram as datas (criação do Núcleo e ativação do Esquadrão) pro Cmt da III FAE poder participar dos dois aniversários. Sou fundador do Grifo (#03). Os 36 aviões serão concentrados, inicialmente, por racionalização logística. Por que dividir os Equipamentos de Apoio de Solo, sobressalentes,… Read more »
Almeida, Em outros lugares vejo gente malhar o piloto pra cacete por causa da afirmação a ele atribuída, por simplesmente ignorarem a palavra “sensação”, que ele usa, e colocam a frase como se fosse uma afirmação, cabal, de que o Gripen é o melhor caça do mundo, quando ele fala que, voando o Gripen, experimentou essa sensação de estar num caça entre os melhores do mundo. Malhar por malhar, é fácil. Sensações não são decorrentes de dados de supertrunfo com os quais se comparam caças, mas de experiência sensorial, que vem muitas vezes de detalhes , e alguns deles o… Read more »
Juarez, acredito que o Pacau realmente será o último a operar o F5M,o último a receber o Gripen, mas acredito que passará do F5M direto para o Gripen E/F, não terá esse “GAP” do C/D!
Complementando: não há 43 células de A-1 para modernização. Não estranhem se juntarem duas UAE de A-1M numa só.
Prezado Rinaldo Nery,
Apenas gostaria deixar claro que eu, em especial, não me considero como adivinho do que a FAB vai fazer. Apenas coloquei opiniões e sugestões, baseado também em coisas que o próprio comandante da Aeronáutica já afirmou carecerem de muita lógica ou adequação aos tempos de hoje, além de uma ou outra afirmação e opinião de altos oficiais.
De resto, apenas minha humilde opinião, palpite, sugestão.
(PS – quanto ao seu ultimo comentário, estou entre os que não estranharão que de três esquadrões de A-1 / A-1M passemos a dois. E até acho muito lógico)
Lembrei: o primeiro piloto da FAB a voar o GRIPEN, salvo melhor juízo, foi o então Maj Carlos Eduardo (hoje Brigadeiro, Diretor do PAMALS), do GDA, quando da visita dos GRIPEN à Anápolis em 2000, se não me engano. Eu servia lá, e presenciei esse vôo.
Curiosidade: o pai do Maj Leite, TB R1 Leite, foi comandante do GDA.
Aliás, chama-se GDA porque, quando a ALADA transformou-se na BAAN (acho que em 1979), foram criados o Grupo de Serviços de Base (GSB), o Grupo de Serviços de Manutenção (GSM) e o Grupo de Defesa Aérea (GDA), três Grupos da BAAN.
Após a entrega do último dos 36,o Brasil já estará com a linha de produção montada, com investimentos altissimos em infraestrutura, ferramental e pessoas, feitos pelo GF, Embraer,SAAB, entre outras , eles vão ter que manter essa estrutura recém montada funcionando, acredito (espero estar certo),que quando a última unidade das 36 iniciais estiver saindo, já teremos outras de um outro lote sendo produzidas, claro, baixa escala para manter a cadeia funcionando, como disse o planejamento inicial é 36+50!
Cel, as bocas santas falam em 36 no pau do goaiba, e a pssibilidade de pegar os bixados pelo saco mais alguns com fadiga operacional e montar mais umas três células que não seriam modernizadas, mas envolapadas e guardadas para futuros atritos e perdas, o resto vai ser scrapper.
Grande abraço
Na minha opinião pessoal, a BAAN que é enorme poderia sediar um futuro super centro logístico e de quebra receber também o Gordo, deixando o GTT em cadência de espera no Galeão até o EB se definir aonde vai ficar a Brig de Inf Pqd.
Claro que tudo que falei depende de vontade, visão, organização e muiiiito dinheiro para fazer as trasnferências e criar as estruturas.
Grande abraço
TB Paes de Barros (que é Jaguar), Comandante do COMGAP, tinha essa idéia. Não sei hoje.
Já se pensou, sim, na transferência da Bda Pqdt do Rio pra Anápolis. Bem como a transferência, não do Gordo, mas do GTT. Está em estudo, a fim de atender à END.
“Fernando “Nunão” De Martini
5 de agosto de 2014 at 17:02 #”
“juarezmartinez
5 de agosto de 2014 at 21:56 #”
Prezados Juarez & Nunão
Esqueceram do único que ELLES valorizam:
GTE
Eis a prioridade.
Sds
GTE
Eis a prioridade.
Falando em transporte, há rumores que os Bandeirantes da FAB estão no “bico do corvo”. Parece que há problemas recorrentes com as bequilhas das aeronaves. Seria esse o canto do cisne para o C-95? Quem tem mais alguma coisa sobre o assunto?
Nunão se não for o Joker o esquadrão de caça Gripen em Natal e tu achas que é melhor tirar um dos esquadrões do RS então leva o Poker e deixa o Centauro aqui nos Pampas… Aí Natal ficaria com o Joker & Poker… Fica meio piada pronta parecido com aquela dupla policial do extinto Casseta & Planeta mas…. 🙂 Penso que essa enxurrada de propostas inclusive a minha é um pensamento de LONGO prazo, baseado no pensamento que a aquisição do Gripen inevitavelmente não se restringirá as 36 unidades iniciais e que pelo encaixe de tempo do início das… Read more »
Gilberto,
Poker & Joker de fato é engraçado…
Não tenho sugestão de mudar o equipamento do Joker para Gripen – o que mudaria também seu papel na elevação do treinamento de especialização na caça para conversão à primeira linha – pois vejo a sistemática atual do candidato a caçador iniciar sua especialização no Joker, para depois passar ao curso de liderança no Escorpião, Grifo e Flecha como algo que está coerente com as necessidades da FAB.
Continuando nas elucubrações sobre o futuro da caça da FAB: Quanto à minha sugestão (repito, elucubração / sugestão / opinião) de se basear seis esquadrões de caça (com 18 aviões cada) em seis bases maiores, que é uma ideia que tenho há muito tempo, esta se apoia numa visão básica que aproveita a existência das bases principais atuais, suas capacidades, possibilidades e posicionamentos estratégicos (em que pese a Base Aérea de Manaus, apesar de ser estratégica, ter limitações para caças mais antigos e que precisam de muita pista nas condições ambientais locais, coisa que caças modernos podem aliviar). Nessa minha… Read more »
Quanto ao parágrafo final, pé-de-pato, mangalô três vezes e vade retro… Apesar de não ser meu favorito no FX-2, o Gripen E quando estiver disponível será um salto quântico para a FAB e fazê-lo o substituto oficial dos F-5s e AMX-M transformará nossa força numa frota de combate monotipo. Mas dentro do modelo atual de melhor pequena força aérea que você não ouviu falar e no viés político de integração com os países latino-americanos a médio prazo ter aeronaves que não assustam mas impões respeito faz TODO o sentido. Gostei muito da estrutura de triângulos (apesar a perna curta ao… Read more »
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_das_unidades_a%C3%A9reas_da_FAB
Mapa interessante, como não poderia deixar de ser, salvo engano do Leandro Maldonado e publicado na Milavia e Defesabr:
Abç.,
Ivan, o mapento sem tempo.
Ivan mapento sem tempo,
O referido mapa também está publicado aqui no Poder Aéreo , em matéria especial (seção destaques, na barra do alto da página) sobre as Bases Aéreas da FAB e a defesa do espaço aéreo brasileiro:
http://www.aereo.jor.br/destaques/2-as-bases-aereas-da-fab-e-a-defesa-do-espaco-aereo-brasileiro/
Sorry Nunão.
Sem tempo para a uma melhor pesquisa.
😉