Saab adquire mais 15% da Akaer
Segundo nota divulgada nesta sexta feira, 30 de maio, pelo Valor Econômico (versão em inglês), o grupo sueco Saab adquiriu mais 15% da empresa de engenharia aeronáutica brasileira Akaer. A Saab fabrica o caça Gripen, que foi selecionado pelo Brasil numa concorrência para fornecimento de 36 aeronaves.
A Saab já havia investido na Akaer em maio de 2012, quando adquiriu uma participação desse mesmo valor de 15%. O acordo para a transação abre o caminho para que a Saab aumente sua participação na empresa brasileira até 40%, tornando a Akaer o braço técnico da empresa sueca no Brasil. Segundo o presidente da Akaer, César Augusto da Silva, é esperado que, pelo acordo, a empresa brasileira apoie o grupo sueco no processo de transferência de tecnologia a ser realizado com o desenvolvimento do caça Gripen.
A Akaer já participa há anos, sob contrato da Saab, no desenvolvimento da nova geração do Gripen. A empresa, em parceria com outras companhias brasileiras no chamado “Consórcio T1”, tem sob sua responsabilidade atividades relacionadas a desenvolvimento e produção das fuselagens central e traseira, assim como portas do trem de pouso principal, segundo o site da Akaer. Para saber mais a respeito, clique nos links a seguir.
Com informações do Valor international e da Akaer (também imagens)
COLABOROU: Sandro
NOTA DO EDITOR: a matéria também está disponível na versão em português do site do Valor Econômico, para cadastrados.
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Há duas informações muito interessantes na notícia em português do Valor: Segundo Silva, a Akaer agora também terá maior responsabilidade no projeto dos caças, com o desenvolvimento de toda a fuselagem da aeronave. Até então a empresa era responsável pelo projeto da fuselagem central e dianteira. “A partir do próximo ano começaremos a trabalhar no projeto da versão biplace (com dois assentos) do Gripen, que será inteiramente desenvolvida no Brasil”, disse. Sobre a primeira citação, porém, o site da Akaer (assim como ilustração que acrescentamos à matéria, embora ambos sem atualização há tempos no site da empresa) menciona que a… Read more »
Nunão, boa tarde! Informações contraditórias essas do site da Akaer, não? Pelo que me lembro, salvo engano, como a Suíça disse “não” ao financiamento do Gripen – por um bom tempo, creio eu – automaticamente a reponsabilidade da produção da parte traseira* da fuselagem não estaria mais a cargo daquele país. Será que não atualizaram o site por completo ou estão definindo ainda o que cabe a cada parte (SAAB , Akaer e demais empresas brasileiras), daí a aparente confusão? Por último, pode me tirar uma dúvida? Pela END uma multinacional só pode adquirir até o limite máximo de 40%… Read more »
Marcelo, A informação sobre fuselagem traseira do Gripen, por parte da Akaer, já é antiga, não foi atualizada no site deles agora não. Faz parte de desenvolvimento (desenhos) dessa seção divulgados lá atrás, em 2010 (veja as datas das ilustrações que acrescentamos à matéria, assim como matérias anteriores nos links ao final). Não confundir com contratos de produção, coisa que está sendo negociada agora, e envolvem outras empresas também. Os suíços não teriam direito de produção exclusivo de nada enquanto não assinassem o contrato – o pouco que empresas suíças assinaram foi para desenvolvimento e produção de protótipos, no caso,… Read more »
Quanto aos 40%, creio que deve ser mesmo o limite para acionistas estrangeiros. Mas não sei se isso está na END, especificamente. Está, isso sim, no Decreto 8.122/2013, que regulamenta o Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa.
Ou seja, deve ter a ver com o fato da Akaer ser credenciada como “Empresa Estratégica de Defesa”, o que foi conferido oficialmente no ano passado.
http://www.forte.jor.br/2013/11/28/md-credencia-oficialmente-empresas-estrategicas-de-defesa-e-classifica-seus-produtos/
Duas análises:
1. A Suíça é realmente carta fora do baralho.
2. A Saab de boba não tem nada. Está verticalizando para obter o maior retorno possível.
Um resultado:
Isso é ótimo para o Brasil, para sua indústria e para a capacitação do cluster aeronáutico brasileiro.
Um chute:
Não me espantaria ver a Saab ou a Akaer adquirindo outras empresas nos próximos meses.
Corsario137. Não sei se a Suíça está fora do baralho. Se a indústria deles oferecer competitividade em um ou outro item, pode obter contratos sim. Por exemplo, a Ruag sempre produziu os tanques externos. Foram oferecidos vários itens, assinados o desenvolvimento de uns tantos como antecipação dos offsets, então o que foi assinado precisará ser cumprido. Mas creio que, em relação ao programa como um todo, é pouca coisa. Diria que a Suíça estará no baralho como o coringa de alguns jogos. Já a participação do Brasil está mais para um belo de um zape (truco!) Só que a Suécia,… Read more »
Nunão, Foi exatamente isso que eu quis dizer. A Suíça é carta fora do baralho porque não levará mais sua fatia do bolo em forma de compensações, é um mero fornecedor. Por um acaso a RUAG é na suíça. Se fosse da Áustria poderia levar o contrato do mesmo jeito. São bons no que fazem e ponto. Indiscutível. Quanto a relação Brasil – Suécia, a segunda é a dona do programa, sempre será a principal beneficiária, a começar pelo preço das aeronaves. No entanto, ainda que possível, ficaria bem apertado levar esse programa a frente sozinha, no que diz respeito… Read more »
Nunão;
Obrigado pelos esclarecimentos!
Quanto à parceria Brasil – Suécia, penso da mesma forma que o colega Corsário acima, em especial, a última frase.
De fato, Corsario, se for pensar no futuro e nas necessidades de substituição dos caças, tudo indica (desde que não compliquem a coisa…) que o Brasil vai operar mais Gripen E/F que a Suécia. Ainda que eu não tenha muitas esperanças além de um segundo lote de 36 caças, para um total de 72 (ainda ganharíamos da Suécia por dois aviões, rsrsrsrs). Falando em “Super Gripen”, vale dizer que na Suécia o Gripen comumente é chamado de JAS (sigla que compreende as funções de caça, ataque e reconhecimento), e a nova geração do caça é tratada pela mídia como “Super… Read more »
Notícia bastante interessante se nada mudar radicalmente então o Super JAS-BR, sem a Embraer dando pitaco; passa a ser uma possibilidade real!!!
Algo assim não tem preço.
Aliás não será somente sem Embraer, mas tb sem AEL e em parte sem Mectron.
Se bem conduzido, o projerto poderá nos livrar de um monte de chatos.
Maravilha!!!
Ooopppsss, errei!!!
Aonde se lê:
“projerto”
Leia-se:
“projeto”
Foi a emoção.
Por que ¨sem a EMBRAER dando pitacos¨? É prejudicial ao projeto? Não entendi.
É prejudicial ao projeto de denegrir a imagem da empresa que tenta empreender por aqui sem muito sucesso, Rinaldo, pq se a Embraer der realmente os tais “pitacos” ele surta, assim como os detratores do Rafale, caso a Dassault consiga vender UMA aeronave que seja.
Bom, a respeito do tema do tópico, mais uma vez testemunhamos(aremos) a transferência de mim para eu mesmo. É incrível como nada nesse país flui no caminho da lisura e da probidade. Imagina na copa!!!