Morre último piloto sobrevivente da Batalha da França
Um piloto de caça que se acredita ser o último sobrevivente da Batalha da França, morreu aos 93 anos de idade, informou o jornal britânico Western Daily Press.
O tenente-coronel (Wing Commander) Peter Ayerst, que morreu em 15 de maio, passou oito anos como piloto de caça da Força Aérea Real (RAF) durante a Segunda Guerra Mundial, antes de ir para a reserva.
Um porta-voz do Aircraft Museum Shoreham, em West Sussex, onde o Sr. Ayerst participou de dedicações memoriais e eventos de assinatura, disse que seria “uma falta muito grande para os membros do museu e todos aqueles que tiveram o privilégio de ter estado com ele”.
Sr. Ayerst, de Beckenham, Kent, juntou-se à RAF em 1938, e foi enviado para a França com a eclosão da guerra, segundo dados da página do Facebook do museu.
O ex-piloto, que voou caças Hurricanes e Spitfires durante todo esse tempo, sobreviveu a um confronto contra 27 caças alemães Messerschmitt Me109, tendo o seu avião crivado de balas, disse o porta-voz do museu [N.E. Corria o mês de outubro de 1939 e Ayerst havia se juntado a um esquadrão francês que fazia patrulhamento aéreo. Ele voou na direção errada e, pouco depois, viu o que deveria ser o resto do seu esquadrão francês. Eram nova Me 109 que ele só se deu conta quando pôde distinguir a insígnia da Luftwaffe. Ele realizou alguns disparos e mergulhou. Enquanto isso outros 18 Messerschmit apareceram, seguido pelo resto do seu esquadrão, e assim começou, sem querer, o primeiro combate aéreo da guerra – esta e outras histórias podem ser ouvidas no vídeo abaixo o lidas no livro dedicado a ele].
Durante a Batalha da Grã-Bretanha ele derrubou o primeiro de seus oito aviões, um Heinkel He111. Depois de servir com às Douglas Bader, Ayerst foi enviado para o Norte de África em 1942, onde ele foi forçado a realizar um pouso forçado com o seu Hurricane em um campo minado, disse ele.
Posteriormente, ele atacou transportes motorizados do inimigo destruindo um Junkers Ju 52 e 17 veículos, disse o porta-voz.
Ayerst, que foi premiado com a Distinguished Flying Cross em dezembro de 1944, voou Spitfires em missões de incursão sobre a França antes e durante o Dia D, escoltando bombardeiro contra sites que lançavam as armas V da Alemanha e apoiando ataques em massa à luz do dia de massa, continuou.
O piloto também trabalhou na fábrica Vickers Armstrong em Castle Bromwich, Birmingham, que produzia até 320 Spitfires e 30 bombardeiros Lancaster por mês.
Ayerst deixou a RAF em abril de 1973 tendo voado sua última aeronave, um English Electric Lightning XS459, aterrissando na RAF Wattisham em Suffolk.
Seu tempo como piloto de caça foi retratado no livro “Spirit of the Blue”, escrito por seu amigo Hugh Thomas.
Em novembro de 2005 Ayerst reuniu-se com um Spitfire Mark 22 que tinha voado há 60 anos.
Os registros de voo de Ayerst mostraram que ele tinha voado a aeronave – número de série PK 664 – enquanto trabalhava como piloto de testes.
A reunião ocorreu após o Ayerst ter visto a aeronave em uma revista de aviação e levou seus registros com ele quando foi ver o avião no Museu da Ciência em Londres.
FONTE: Western Daily Press (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)