Livro ‘A Serviço do Generalíssimo’ – os pilotos brasileiros na República Dominicana

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generalissimo

No livro “A Serviço do Generalíssimo – Pilotos Brasileiros na República Dominicana”, um lançamento da C&R Editorial, Hélio Higuchi conta a saga de um grupo de pilotos brasileiros em uma missão mirabolante

O título aí acima parece coisa de ficção. Mas não é. Pilotos brasileiros da aviação civil foram contratados para bombardear Caracas!

Só que essa incrível história aconteceu no final dos anos 40 e início dos 50 do século XX. O contratante foi o governo de um dos mais sanguinários ditadores daquela época:

Rafael Trujillo, o homem que governou, diretamente ou por meio de “laranjas”, a República Dominicana, de 1930, quando, em uma eleição fraudulenta, foi eleito presidente do país, até 30 de maio de 1961, quando foi assassinado a mando de opositores.

Em 1948, Trujillo, sentindo-se ameaçado por várias facções opositoras, que queriam tirá-lo do poder, resolveu criar uma força aérea para a República Dominicana. Uma das missões, a mais mirabolante delas, seria bombardear Caracas, partindo de uma pista clandestina em plena Amazônia brasileira…

A vida dos pilotos brasileiros em Ciudad Trujillo (hoje, novamente, Santo Domingo), as extravagâncias de Trujillo e sua família (que chegou a ser proprietária de 70% das empresas do país), principalmente do filho Rafael, conhecido como Ramfis, general aos 14 anos de idade, e episódios inacreditáveis, mas verdadeiros, fazem deste livro uma leitura obrigatória que a C&R Editorial lança neste início de maio em todo o Brasil.

Hélio Higuchi

O autor
O paulistano Hélio Higuchi, nascido em 1953, tem sua carreira profissional no setor de hotelaria. Graduado em Arquitetura e Urbanismo, ele tem pós-graduação em Marketing.

Mas sua paixão mesmo é pesquisar e escrever sobre História Militar, especialmente da América Latina. Já publicou artigos em diversas publicações especializadas, como a revista Asas, da C&R Editorial, editora pela qual publicou em 2008, o livro “M4 Sherman no Brasil”, em co-autoria com Paulo Bastos.

Dedicando vários anos à pesquisa e à checagem e rechecagem dos fatos que resultaram em “A Serviço do Generalíssimo”, Higuchi chegou ao único protagonista dos fatos ainda vivo, o que assegurou ainda mais a precisão histórica da obra e um colorido
inigualável ao livro que conta esse incrível episódio da história da aviação militar.

Ficha técnica
Título: A Serviço do Generalíssimo
Autor: Hélio Higuchi
Editora: C&R Editorial
N.º de páginas: 204
Preço: 68,00

Mais informações
Pedro Autran
Autran& Autran Associados
Tel: (11) 2281-7205/ (11) 99488-8943
E-mail: autranassociados@bol.com.br

Entrevista com Helio Higuchi sobre o livro A serviço do Generalíssimo

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Iväny Junior

To muito curioso pra ler.

Luiz Reis

Não só pilotos civis foram contratados pelo sanguinário ditador Rafael Trujillo, alguns pilotos que treinaram em escolas norte-americanas e não foram para a II Guerra por não ter dado tempo também foram contratados, entre o final dos anos de 1940 e a década de 1950.

ROTAnaRUA

Roberto F. Santana

Compreendi a sua colocação acerca da capa. Creio, porém, que tenham feito uma alusão às histórias de James Bond. A capa do livro se assemelha com muitos cartazes dos filmes do agente secreto. O nome da obra, inclusive, lembra o título “007 a serviço secreto de sua majestade”.

Observador

Senhores,

Quem quiser ler outro livro correlato ao tema para entender melhor o que era a República Dominicana sob as garras de ferro de Trujillo, recomendo a leitura de “A Festa do Bode” de Mario Vargas Llosa.

Para quem não quiser, basta saber o que (dizem que) os americanos diziam dele: “ele pode ser um filho da p*ta, mas é NOSSO filho da p*ta”.

ivanildotavares

Off-Topic,

Quando leio qualquer artigo sobre a República Dominicana, lembro logo da história dos “cardeais” da FAB, surgida num traslado de Tracker P-16, dos EUA para o Brasil com uma parada não programada em Santo Domingo.

Também lembro que esse país escolhou o ST como o substituto dos seus A-37.

Tudo isto, claro, num período pós Rafael Trujillo.

Iväny Junior

Tinham um esquadrão de alerta 24 horas e eles mesmos sabotaram, pelas mãos e gestos do “filho do homem”. Estas republiquetas banânicas ditatoriais são piadas prontas.

Soldat

Gostei vou comprar o livro.

Agora em relação “as republiquetas de bananas e charutos” a maioria na America Latrina foi colocada pelos Americanos e pelo que sei na década de 50 somente Cuba foi imposta pelos Comunistas!!!

Hélio Higuchi

Amigos Gostaria antes de mais nada agradecer os comentários a respeito do meu trabalho, e aproveitar para colocar alguns esclarecimentos: 1-Sobre o título e capa – concordo a capa é menos sugestiva para um leitor entusiasta de aviação, entretanto nós temos ciencia que o universo de leitores de entusiastas de aviação não é tão significativo aqui. Como é um fato real sobre mercenários brasileiros que trabalharam a serviço do ditador dominicano Rafael Trujillo, pensamos em alcançar também o publico que aprecia esta modalidade . Por respeito ao depoente que gentilmente forneceu detalhes incriveis dos fatos inseridos no trabalho, não utilizamos… Read more »

Iväny Junior

Parabéns Hélio Higuchi. Sem entusiastas prontos a investir tempo e dedicação, tal como você fez, as novas gerações não teriam como saber do mundo dos aviões de combate.

Grievous

Soldat 7 de maio de 2014 at 19:56 Soldat, Não conheço detalhes da história anterior sobre uma possível interferência americana nos governos da região, mas a que houve e resultou no mar de ditaduras militares por toda a América Latina, ocorreu como resposta à revolução cubana. Foi a aproximação da região com a esquerda, que tem lá o dedão dos comunistas (como citou), que fez a luz se acender na Casa Branca e provocar os golpes de Estado. Não tiro a culpa dos americanos, mas creio que fizeram tudo aquilo pensando em se defender, em sua guerra maior, com a… Read more »

ivanildotavares

Prezado Hélio Higuchi,

Muito obrigado pela correção do meu comentário, em relação a interceptação feita pela Força Aérea da República Dominicana a aviões da Força Aérea Brasileira quando em deslocamento dos EUA para o Brasil e que ocasionou o termo “cardeais” para os aviadores brasileiros.

Estou curioso para ler o seu livro. Parabéns pelo trabalho e por enriquecer este tipo de literatura no Brasil. Precisamos de mais pessoas com o seu empreendedorismo.

Abraços

joao.filho

“resultou no mar de ditaduras militares por toda a América Latina, ocorreu como resposta à revolução cubana.”
Bom, como dizia meu avô siciliano, “Cosi non va il discorso”. Na Cuba por exemplo, foi exatamente o oposto. Foi o apoio dos Estados Unidos a o ditador Fulgencio Batista de Cuba e seu regime repressivo e sanguinário que ocasionou a revolução cubana de Fidel. Na República Dominicana, o tal Trujillo também matava e arrebentava com carta branca de Washington. Assim como na Nicarágua com o General Somosa. E por ai vai…

Hélio Higuchi

Prezado Roberto Santana E uma satisfacao ver mais um brasileiro que aprecia a aviacao latino americana! Conheco por correspondencia o Dan Hagedorn e so me falta um libro da bibliografía dele para completar o meu acervo! Ele escreveu seu primeiro libro no inicio da década de 80 ‘ sobre os P’51 latinos, hoje sabemos que existem muitos erros no libro, mas na época era o que de melhor havia. Recentemente ele lancou um libro sobre os B’18 Bolo e B’23 Dragon. Sobre os libros de Amaru Tincopa Gallegos do Peru, eu tenho todos. Eu tive o privilegio de conhecer este… Read more »

Hélio Higuchi

Em tempo
Escrevi Batista do Peru. Leia’se Cuba….

joao.filho

Hélio, realmente, foi o tal Papa Doc, não? Não coloco a culpa muito nos americanos, não. Eles simplesmente observam a oportunidade, e vão encima. Estão simplesmente cuidando de seus interesses.
A culpa está na diabólica tradição latino americana de ter politicos prontissimos para se vender ao primeiro que se apresente, e a pátria que se dane.

Grievous

joao.filho 10 de maio de 2014 at 2:26# Eu me referia ao fato de que todos os governos latinos daquela época, viviam uma aproximação com a esquerda, com grande influência dos soviéticos, logo, não seria culpa apenas dos americanos tudo que houve por aqui – como disse o Soldat. Só não levei em conta que o processo, mesmo com influência externa, era democrático. Exceção à Cuba. Até pela situação, houve uma revolução de fato e os americanos ficaram de orelha em pé. Quando o Salvador Allende resolveu convidar Fidel Castro para uma visita (entre outros acontecimentos), os americanos resolveram dar… Read more »