USN deverá cortar 33 jatos F-35C de 69 planejados a partir do ano fiscal de 2015

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F-35C - primeiro exemplar de produção para a USN chega à Base de Eglin da USAF - foto Lockheed Martin

Corte ao longo de cinco anos deverá diminuir bastante o ritmo da versão do caça destinada a porta-aviões com catapulta e aparelho de parada. Força Aérea deverá cortar apenas quatro exemplares de sua encomenda de F-35A e os Fuzileiros Navais deverão manter seus pedidos

Segundo a Reuters, a Marinha dos EUA (USN) vai encomendar 33 caças F-35C a menos do que o planejado para os cinco anos que se seguem ao ano fiscal de 2015 (incluindo o próprio). O motivo de cortar essa encomenda, que originariamente era de 69 aeronaves, está nas pressões orçamentárias, segundo uma autoridade de defesa (que não podia se identificar antes da publicação do pedido de orçamento 2015, programada para esta terça-feira).

O F-35C é a versão destinada a operar em navios-aeródromo (porta-aviões) dotados de catapultas e aparelho de parada. A Marinha deverá solicitar ao Congresso dos EUA que aloque verbas para apenas 36 caças F-35C dos 69 planejados para os cinco anos em questão o que representa um corte de quase metade da encomenda, numa decisão que vai diminuir bastante a velocidade do trabalho nesta versão do caça.

F-35C - primeiro exemplar de produção para a USN chega à Base de Eglin da USAF - foto 3 Lockheed Martin

A Força Aérea dos EUA (USAF) deverá cortar quatro de suas encomendas de F-35A (de emprego a partir de pistas convencionais em terra) programadas para o ano fiscal de 2015, mas espera-se que mantenha seus pedidos para os anos seguintes, num total de 238 pedidos. Já os Fuzileiros Navais (USMC), que tem a expectativa de iniciar o emprego de seus F-35B (de decolagem curta e pouso vertical) em combate em meados de 2015, mantém-se firme em seus pedidos de 69 aviões do tipo ao longo do período em questão.

Assim, serão 343 os caças F-35 das três versões que deverão ter verbas alocadas até o ano fiscal de 2019, excetuando-se três F-35B do USMC que poderiam ser adicionados à requisição de fundo de guerra do Pentágonno, a ser submetida em abril ou maio.

A Lockheed Martin, fabricante do caça, está montando aeronaves das três versões tanto para as Forças Armadas dos EUA quanto para oito parceiros internacionais que ajudam a custear seu desenvolvimento: Grã-Bretanha, Canadá, Noruega, Itália, Turquia, Holanda, Dinamarca e Austrália. Israel e Japão já encomendaram jatos F-35, e espera-se que a Coreia do Sul anuncie uma encomenda de 40 exemplares em 12 de março.

Tanto a Lockheed quanto o Pentágono esperam que encomendas externas respondam por metade ou mais do total de caças F-35 do nono lote, correspondente ao ano fiscal de 2015. Porém, alguns clientes estrangeiros estão adiando seus pedidos, e o número combinado de exemplares de exportação poderá ficar em 57,  ao invés dos 73 visados (nota do editor: a reportagem não é clara nesse trecho, mas aparentemente se refere a 2015). Os números serão finalizados nos próximos meses.

FONTE: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Lockheed Martin

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Luis

É… cada vez mais diminui o nº de F-35.

Nada contra o avião, mas tudo contra o contrato cost-plus, estuprador de carteiras alheias!

2400 unidades!? Se chega a mil já estará bom. E com os defeitos corrigidos.

Vader

Ótima notícia. Esse alongamento de entregas dá mais tempo para trabalhar as tecnologias, eliminando assim overhauls necessários nas aeronaves já entregues em caso de atrasos na entrega do pacote de softwares. E concentra esforços na versão B, mais urgente para os Marines.

Uma medida sensata de economia.

Observador

O pessoal da Boeing é que deve gostar desta notícia.

Do jeito que a coisa vai, tem tudo para a USN fazer mais algumas encomendas do SH, mantendo viva a linha de montagem do vespão (e seus empregos).

Nautilus

Quem ficou feliz com a história foi a Boeing, lógico!

Guilherme Poggio

Nunão, Ainda não é o fim da família Hornet. Existe um debate sobre a necessidade de mais aeronaves de ataque eletrônico e só o Growler faz isso. Os estudos ainda estão em andamento e uma decisão sobre isso deve ficar para o ano que vem. Por outro lado a Boeing deve reduzir a produção mensal de Super Hornet. Atualmente são quatro por mês e pode cair para 2 por mês. Se a Marinha aceitar receber esses caças de forma mais diluída a linha de produção vai até 2017. Em função da queda na escala, o custo flyaway pode subir um… Read more »

Carlos Alberto Soares

Saíram totalmente do tema:

“USN deverá cortar 33 jatos F-35C de 69 planejados a partir do ano fiscal de 2015”

SH ? SH G?

Quando isso ocorre com os mortais do lado de cá, é chamada de atenção e ponto;

Depois veio o:

http://www.aereo.jor.br/2014/03/04/boeing-pode-reduzir-producao-mensal-do-growlersuper-hornet-para-manter-linha-de-montagem-por-mais-tempo/

Disfarçadinha né !

Ozawa

Não me pareceu que a abordagem transversa do fim da linha de produção do Vespão e do e-Vespão fosse distoante do assunto deste post… Ambos os assuntos são, para usar um termo do momento, uma fusão de dados…

O F-35 é o caça certo de um momento geo-político e econômico incerto… Mas a única opção “B”, é a do próprio F-35…, que também é a opção “C”…

Almeida

Sensata é a US Navy, que está esperando pra ver no que o F-35C vai dar antes de sair enfiando aeronaves incompletas em seu inventário.

Tadeu Mendes

Caro Almeida,

Eu penso que a US.Navy nao tem tanta pressa, e pode esperar algum tempo para a aquisicao de F-35s. porque ela tem uma frota mais nova de jatos (Super Hornets) do que a USAF e os Marines.

Os F-15, F-16 e Harriers ja deram o que tinham que dar.

Marcos
Carlos Alberto Soares