Encontrado pedaço do foguete que lançou satélite sino-brasileiro

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Cbers-3

ClippingNEWS-PAA agência Reuteurs divulgou ontem imagens de um pedaço do foguete chinês Longa Marcha 4B, usado para enviar ao espaço o satélite sino-brasileiro CBERS-3 na segunda-feira. Devido a falhas nas turbinas do veículo lançador, o instrumento de observação não se posicionou corretamente na órbita terrestre e acabou caindo. A peça foi encontrada por moradores da Vila Sanxi, na província chinesa de Jiangxi.

O Longa Marcha 4B é um modelo muito utilizado no programa espacial chinês, contabilizando mais de 30 lançamentos bem-sucedidos. No entanto, um desligamento antecipado de 11 segundos no funcionamento do motor causou a destruição do CBERS-3. O imprevisto ocorreu na terceira fase de lançamento, realizado no Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyhuan. A operação de envio era responsabilidade chinesa, mas o projeto foi feito em parceria com o Brasil, que investiu cerca de R$ 150 milhões na construção do satélite.

Continuidade

O projeto e a parceria terão continuidade. Os dois países já declararam que apressarão a construção do CBERS-4 para substituir o equipamento perdido. O objetivo é não depender das imagens de satélites colhidas por outras nações para monitorar, por exemplo, o desmatamento na Amazônia. O CBERS-3 seria o quarto satélite da parceria entre Brasil e China a entrar em órbita. Os outros modelos enviados alcançaram seu objetivo, mas já estão desativados. O material produzido por eles foi útil para projetos de órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de universidades. O objetivo do projeto conjunto entre os dois países é reforçar esse monitoramento, com imagens de mais qualidade.

FONTE: O Estado de Minas

Dependência ameaça o Brasil no espaço

 

Análise: Roberto Godoy – O Estado de S.Paulo

O Programa Espacial Brasileiro, maduro de 53 anos, sofre com a falta de recursos. Com as dotações adequadas, as agências do País construiriam seus próprios veículos lançadores, ofereceriam serviços e ganhariam dinheiro em um mercado internacional estimado em US$ 30 bilhões. Com dinheiro curto, resta amargar por 10 anos a tragédia de agosto de 2003, quando a explosão de um dos motores do VLS-1/V03 na plataforma da base de Alcântara, no Maranhão, matou 21 técnicos e transformou em metal esturricado o objetivo de uma geração inteira de pesquisadores. De 1994 até o desastre de 2003, o governo havia investido magros R$ 73 milhões no projeto do foguete de quatro estágios, 50 toneladas e possibilidade de colocar sua carga útil no espaço a até mil quilômetros de distância. O caso da China era visto ontem à noite, no meio da Defesa, como alerta para os riscos da dependência. Militares assinalaram que a área é prioritária na agenda de assuntos estratégicos da presidente Dilma Rousseff.

FONTE: estadao.com.br

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