Venezuela coloca em prática sua “Lei do Abate”

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Dois aviões teriam sido interceptados e pelo menos um deles abatido por F-16

 

aeronave derrubada pela Venezuela

O brigadeiro Vladimir Padrino Lopez, chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (Ceofanb) confirmou na segunda-feira que caças F16 da Venezuela interceptaram dois aviões que violaram o espaço aéreo nacional e ignoraram as chamadas de rádio.

A informação foi inicialmente publicada na conta que o oficial mantém na rede social Twitter no dia 12 de outubro e a mensagem era a seguinte: “Uno d los 2 aviones incursores inmovilizados por formación d combate F-16 anoche sur de Apure. La lucha es frontal!” (ver “print screen” da tela do twitter abaixo)

twitter-vladimir-padrino-derrubada-de-aeronave-venezuela

Posteriormente, no dia 14 de outubro, o canal venezuelano TELESUR divulgou um comunicado oficial sobre o caso (assista ao vídeo abaixo).

No início deste mês (2 de outubro) o presidente da República, Nicolas Maduro anunciou a implementação de uma lei para interceptação de aeronaves envolvidas com o narcotráfico que sobrevoam o espaço aéreo venezuelano .

FONTE: Correo del Orinoco (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em espanhol)

FOTO: Twitter de Vladimir Padrino

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Vader

Perguntinha:

Porque será que na hora em que o pau come ou que tem que mandar as aeronaves pra exercícios os poderosíssimos e totalmente operacionais Su-30MKV dão lugar aos velhinhos, “embargados” e “sem peças” F-16 do “Maldito Império do Mal do Norte”? 😉

Edgar

Vader, com a diferença na bomba de combustível no fim da interceptação os bolivarianos compram papel higiênico para toda a população durante um ano… 😀

Vader

Edgar:

Compram não: importam. 🙂

Mayuan

IMplicâncias à parte, pra que dar tiro de canhão pra matar mosca? Fosse para derrubar um jumbo concordo que mandassem um Sukhoi. Pra derrubar Cessna, F16 mesmo velho e banguela serve. Os mísseis podem ter sido embargados ou não não importa. A munição de canhão em qualquer lugar se arruma.

Fighting Falcon

Será que os SU-30 serão usados como caça mesmo?

Fernando "Nunão" De Martini

Eu não vejo essa celeuma toda entre qual caça foi acionado para realizar a missão mostrada na matéria. A Venezuela não é um país pequeno. Tem uma área pouco maior do que o terceiro maior estado brasileiro (Mato Grosso) e é quase duas vezes maior do que a de um país europeu como a França. Seus dois principais tipos de aviões de caça, o Su-30 e o F-16, pertencem a esquadrões distintos, de grupos aéreos distintos e operam a partir de bases também distintas, separadas por uns 150 km, 350km ou até 450 km, dependendo do caso. Mas também há… Read more »

Franco Ferreira

Também pode ser outra coisa… Olhem bem o avião que foi abatido… E comparem com os de monitoração dos EEUU na região.

Edgar

Realmente, Coronel. O avião assemelha-se muito ao Beechcraft C-12 Huron:

Beechcraft C-12 Huron

Justin Case

Roberto, boa noite. Não creio que o fato de ser avião civil ou militar seja um fator preponderante. Em princípio, o comportamento, as ações e a ameaça à Segurança Nacional são mais importantes, a ponto de que a aeronave possa ser classificada como “hostil”. Um tripulante que atire em direção ao interceptador ou que manobre agressivamente pode ser classificado pelo caçador como hostil e abatido imediatamente, sem consulta ao nível superior. Outras atitudes como espionagem, interferência eletrônica também podem gerar essa classificação. No caso de tráfico de drogas é mais complicado, pois é difícil a comprovação apenas por observação. Nesse… Read more »

Justin Case

Roberto, Certamente é um prazer conversar com você. Hoje, quando temos maior consciência sobre essa possibilidade de abate, certamente é menor a probabilidade de que armas de baixo calibre sejam apontadas pelos tripulantes/passageiros em direção ao interceptador. Mas quanto às atividades de interferência ou escuta eletrônica, em tempo de paz, é muito maior a possibilidade de que sejam feitas a partir de aeronaves “civis”, pois essas teriam maior facilidade para se aproximar da área de interesse. Do mesmo modo que as águas ficam povoadas de “pesqueiros” curiosos próximos a um campo de lançamento de foguetes ou durante a realização de… Read more »

Justin Case

Roberto, Eu comentava a situação do abate sob o aspecto de necessidade e ética, mas não estava focado em quem iria ter essa atribuição. Em vários outros comentários eu já havia citado o meu posicionamento de que as Forças Armadas não devem ser engajadas em missões cotidianas que são atribuições específicas de outras entidades, tais como a Polícia Federal (ilícitos transnacionais), ou Receita Federal (contrabando, evasão de divisas…), ou ainda de Saúde, Transportes, etc. É evidente que elas podem e devem colaborar em situação de crise ou em atividades conjuntas, mas nunca assumir essa responsabilidade para si. Muitos países têm… Read more »

Baptista Jr

Caros Amigos, deixem-me colocar uma pulga nesta conversa? Lembram daquela história de um caça de 5a geração produzido pelo Irã, mas que não passava de um imbuste, pois era incompatível em aerodinâmica, o trem de pouso era ridículo, o canopi não era transparente etc? pois bem, “truco” que esta aeronave que aparece na divulgação da Força Aérea da Venezuela, ou qualquer outra designação, tenha sido realmente abatida em voo. Notem as pás das hélices sem qualquer torção, como sempre acontece quando uma aeronave faz um pouso forçado. Esta aeronave da foto foi incendiada no chão, parada e com seus motores… Read more »

Edgar

A tese do Brigadeiro tem fundamento:

Grifo

eu disse que o serviço de resgate deveria até mesmo ser feito por terceiros. Caro Roberto, talvez a conversa tenha sido comigo, mas na verdade sou da mesma posição que você e o Justin Case. Por exemplo, acho que os militares e seus dependentes estariam muito mais bem atendidos por um plano de saúde particular, e que a imensa estrutura de Saúde da FAB (incluindo o LAQFA) poderia ser drasticamente reduzida. Muitas outras funções feitas por militares poderiam ser feitas por civis ou empresas terceirizadas. Um dia desses por exemplo vi um oficial da FAB do quadro de Serviço Social.… Read more »

Baschera

Interessante… este assunto não havia me chamado a atenção. Mas…. depois de ler os comentários acima eu pensei: realmente como um F-16 pode acompanhar o “alvo” se a sua velocidade mínima de voo deve estar por volta de 300 nós…. acompanhar a relativamente baixa altitude, uma aeronave que pode voar a apenas 100 ou 120 nós ou menos ?? Ainda mais em uma missão de verificação de voo ilícito…. quando não basta apenas a visualização radar da aeronave suspeita é necessário a tentativa de contato e acompanhamento por um período de tempo, até para que se faça uso do protocolo… Read more »

Justin Case

Baschera, boa tarde. Não deve haver qualquer problema para um F-16 voar a 120 Kt e cumprir os protocolos para a interrogação de um alvo lento que esteja sendo interceptado. Um delta canard como o Rafale pode voar bem com 100 Kt. Mas essa situação de manter a mesma velocidade do alvo é específica para a interrogação ou para o tiro de aviso. Para acompanhar o interceptado, o mais comum é o caça manter velocidade mais alta, manobrando em S ou em torno da aeronave. Quanto ao aos resultados do ataque com canhões ou mesmo com mísseis, não é esperado… Read more »