Problema na estrutura da asa do F-35B não é preocupante

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Duas rachaduras foram encontradas em uma nervura da célula de ensaios de durabilidade de longo prazo. Modificação deverá afetar cerca de 50 aeronaves já produzidas ou em vias de produção

 

A Lockheed Martin e o Gabinete do Escritório Conjunto do JSF (JPO, em inglês) informaram que duas rachaduras estruturais foram encontradas durante os ensaios de durabilidade em uma célula de testes da variante de pouso vertical e decolagem curta (STOVL), F-35B.

“Durante uma recente inspeção da célula de testes estruturais do F-35B, empregada em ensaios de durabilidade de longo prazo, foram identificadas duas rachaduras em uma das quatro nervuras principais da asa”, disseram a Lockheed e o JPO. “Por causa das altas horas acumuladas nesta célula de testes, esta descoberta não afeta as operações de voo dos F-35B atuais e também não deverá afetar a habilidade do USMC de declarar a capacidade operacional inicial ( IOC) em 2015”.

As rachaduras são descritas como “de menor importância” pelo JPO e pela Lockheed e foram descobertas no final do mês de agosto. De acordo com a Lockheed e o JPO, a célula de testes de durabilidade do F-35B já acumulou o equivalente a mais de 9.400 horas de voo – o que equivale a cerca de 17 anos de operações – quando as rachaduras foram descobertas. O teste foi interrompido em 29 de setembro “para que a origem das rachaduras fosse descoberta”.

De acordo com o JPO, há um esforço conjunto do governo e da Lockheed para elaborar as modificações necessárias na nervura para que a nova peça seja incorporada às aeronaves em produção e às aeronaves atualmente em operação. “Apesar da equipe ainda estar trabalhando em uma solução final, as estimativas iniciais indicam qualquer modificação acrescentaria menos de duas libras para cada aeronave”.

Enquanto a Lockheed e o JPO afirmam que a modificação necessária é mínima, o custo de reparar as aeronaves que já foram produzidas ou estão em produção ainda não foi determinado. “Os custos e prazos associados com as correções para a frota de F-35B atual não são conhecidos neste momento”. “Dependendo de quando a solução de engenharia estiver pronta para ser incorporada à linha de produção, cerca de 50 F-35B exigirão estas modificações”.

Linha de montagem do F-35 em Forth Worth - foto via The Korea Herald

O Pentágono exige que o F-35 tenha uma vida útil projetada de 8.000 horas de voo, o que tem que ser verificado através de testes de durabilidade equivalente a duas vezes a vida esperada, ou seja, testes de 16.000 horas. “O propósito do teste de durabilidade é intencionalmente forçar a aeronave a seus limites estruturais, para que possamos identificar os problemas e as ações corretivas necessárias para corrigi-los”, diz o comunicado conjunto. “Essas descobertas são esperadas e planejadas em um programa de desenvolvimento”.

O programa do F-35 diz que a descoberta das fraturas não afetará o F-35A da Força Aérea dos EUA ou o modelo F-35C da Marinha os EUA. “Esta descoberta não tem impacto sobre o F-35A ou operações de voo do F-35C”.

FONTE: Flightglobal (tradução e adaptação do Poder Aéreo, a partir do original em inglês)

NOTA DO EDITOR: a nota do JPO não informa exatamente qual das quatro nervuras principais foi afetada, mas como foi dito que o problema só afeta a versão VL/STO do F-35, é possível que seja exatamente a nervura da raiz da asa, atravessada pelo bocal de gases (ver ilustração no alto da matéria).

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Fighting Falcon

Com uma vida útil dessas aqui no Brasil era caça para a eternidade.
Não tem grana para fazer doar tanto…

joao.filho

8.000 horas de voo!!! No Brasil, teriamos aviao pelo menos 50 anos!!! rsrsrs

Wagner

que silêncio… estranho…

se fosse no Pak FA, nossa… ia faltar servidor para as criticas…

Fernando "Nunão" De Martini

Wagner, não tem faltado servidor por aqui, tanto para comentários com críticas ao F-35 quanto para o PAK FA, assim como não tem faltado matérias neste espaço para falar de defeitos e qualidades de ambos, além de comentários de críticos e de defensores de parte a parte.

Essa sua provocação aos demais comentaristas é totalmente injustificada.

rommelqe

É, tudo leva a crer que a zona afetada seja realmente na raiz da primeira das cinco nervuras da asa. Agora, um detalhe: as TRINCAS (rsrsrsrsr) devem ter se originado na asa esquerda. Outra coisa admirável é avanço na engenharia estrutural ser tão significativo que praticamente acertaram em chieo a vida útil…e apenas uns 5 a 6 Kg de material reforço, no lugar certo, já resolva a parada. Caro Wagner: embora eu também seja um admirador dos aviões russos não creio que SU-50 tenha sido dimensionado com a previsão de atingir 8000H/V. Por ultimo, mas nem de todo menos importante,… Read more »