Caças Gripen suecos estão na Suíça para as apresentações de Axalp
Nos próximos dias 9 e 10 de outubro, ocorrerão as tradicionais demonstrações no campo de tiros de Axalp, na Suíça, e esta edição contará com a presença de caças Gripen C suecos. No ano passado, esteve presente o demonstrador Gripen F, de nova geração.
Para familiarização com o estande de Axalp, nos Alpes Suíços, três caças Gripen C foram mandados da Suécia e, desde o dia 2, estão realizando voos a partir da Base Aérea de Payerne. As imagens mostram os três caças suecos, com indicativos 250, 251 e 262 nas caudas.
No último dia 27 de setembro, as duas câmaras do Parlamento Suíço deram as suas aprovações finais sobre a compra do Gripen, ao fim da seção de primavera (clique aqui para ver nota oficial do Departamento da Defesa da Suíça, em francês).
A aquisição de 22 caças Gripen E (monopostos, de nova geração) e o financiamento de 3,126 bilhões de francos suíços, já haviam sido aprovados em votações anteriores e foram ratificados na sessão final do Conselho Nacional (equivalente à Câmara dos Deputados) por 119 votos a favor, 71 contra e 3 abstenções, e pelo Conselho dos Estados (equivalente ao Senado) por 25 votos a favor e 17 contra.
O Partido Socialista, os Verdes e os Verdes Liberais anunciaram, na ocasião, anunciaram que pretendem conseguir assinaturas para um referendo contra a compra, e para isso terão que conseguir 50.000 assinaturas em 100 dias, visando a realização da consulta popular em maio ou setembro de 2014.
O referendo, caso ocorra, deverá ser voltado à aprovação ou não, pela população, das regras de financiamento dos fundos que permitirão a aquisição dos caças – 300 milhões ao ano a serem retirados do orçamento anual das Forças Armadas.
FONTES e FOTOS: Departamento de Defesa da Suíça e jornal 24heures (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)
NOTA DO EDITOR: na primeira foto, que mostra um Gripen taxiando na Base Aérea de Payerne, pode-se ver também um outro caça “espetado” na base, como monumento. Trata-se de um Mirage IIIS, e vale lembrar que boa parte da polêmica sobre a escolha do Gripen pelo Governo Suíço remetia à aquisição do Mirage na década de 1960, quando também se comprou uma versão ainda não existente de uma aeronave de combate, o que trouxe problemas que foram relembrados nas discussões dos que se opunham, recentemente, ao Gripen, tratando-o como um “caça de papel”. Para saber mais sobre os fatos mais recentes que levaram a esvaziar essa polêmica sobre o Gripen como “caça de papel” e a história da aquisição do Mirage IIIS, décadas antes, clique nos dois últimos links da lista abaixo. Já para saber mais sobre as apresentações de Axalp no ano passado e sobre o andamento do programa de aquisição de 22 caças Gripen E pela Suíça, clique nos demais itens da lista. Para acessar vídeos das decolagens dos caças em Payerne, clique aqui.
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Esse caça em Anapolis seria o máximo.
Me ocorreu uma ideia interessante agora: todo político que se opõe à modernização das forças armadas de seu país deve assinar um papel onde ele e seus filhos se comprometem a estar na linha de frente (e linha de frente significa lá na frente mesmo!) caso o país entre em conflito. Se o equipamento atual lhes parece adequado, não existe nada à temer, não é?
36 desses seriam um sonho glorioso mesmo no Brasil…
Na minha opinião, a quantidade de caças do F-X2 é inadequado para o Brasil. Esta quantidade de 36 caças resolve o problema a curto prazo, deixando claro a falta de planejamento a longo prazo. Daqui uma década aproximadamente será necessário uma aquisição de um outro lote, (o primeiro não foi nem comprado e dúvido que será). o ideal seria a aquisição de pelo menos uns 60 caças de 4,5 geração e já se pensando em uma compra futura de um vetor de 5ª geração.
Caro eder albino
Comentário perfeito.
Sugiro, inclusive, a leitura do seguinte texto aqui do Poder Aéreo
http://www.aereo.jor.br/2012/12/12/presidenta-nao-deixe-a-bola-de-neve-do-f-x-triplicar-de-tamanho-outra-vez/
Srs Considerando apenas uma cobertura básica sobre as instalações mais estratégicas do país (fontes principais de energia, capital federal e algumas indústrias e instalações militares prioritárias), tendo como referência um alcance útil (velocidade e tempo) na faixa de 250km de raio, o Brasil precisaria de uns 108 interceptores (disponibilidade alta). Se a disponibilidade for similar a atual, até os sonhados 120 caças serão insuficientes. Isto para uma cobertura mínima e relativa a instalações mais importantes, numa avaliação grosseira, não entrando em detalhes como a localização das instalações mais estratégicas e dos tempos de resposta dos sistemas de radares e de… Read more »
Poggio e Control: Como vocês bem sabem, uma força aérea eficiente se compõe de bem mais que apenas caças, sejam 36 ou 120. Infelizmente não vejo a FAB sendo dotada dos meios necessários para cumprir suas funções no futuro próximo e nem no distante. Por me digam se estiver errado mas em 1991, o Iraque, cuja única riqueza é o Petróleo, tinha uma defesa aérea competente e muito mais equipada que a nossa. Durou quantos dias? Nós temos petróleo, gás natural, água doce, biodiversidade, urânio, nióbio, ferro e etc. Temos o que pra defender isso? menos de 50 F5? Menos… Read more »
Prezados, pelo que recordo de uma informção veiculada aqui mesmo a algum tempo, a FAB trabalha com um número mínimo de 88 caças. Como em 15 anos todos os F-5 e A-1 devem ter dado baixa, fica óbvio concluir que um lote de 36 não demanda nem metade do necessario, e 10 anos, considerado o tempo do início da entrega e a data fatídica, é um prazo de produção quase apertado para se consguir as 88 unidades necessárias, o que dirá 120 ( coisa que nunca ocorrerá). Ou seja, no mínimo 48 unidades para mobilhar 4 esquadrões é um mínimo… Read more »