Para economizar, analistas recomendam aposentadoria dos B-1B

22

B-1B_fotoPA_poggio

Um grupo de analistas militares concluiu que o Pentágono deve aposentar sua frota de bombardeiros B-1 e cortar dinheiro de prontidão curto prazo para sobreviver à próxima década de cortes de gastos com defesa (“sequestration”).

O Centro de Avaliação Estratégica e Orçamentária realizou recentemente um “exercício de opções estratégicas” focando em possíveis maneiras de como cortar o orçamento de defesa em US$ 500 bilhões ao longo da próxima década. Todd Harrison, um membro sênior da CSBA, expôs os resultados do estudo na última terça-feira durante a “Air Force Association’s Air & Space Conference and Technology Exposition”.

Além do CSBA, o American Enterprise Institute (AEI), o Center for a New American Security e o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), avaliaram 650 diferentes opções de orçamento para todos os ramos das Forças Armadas.

“Nós, especialistas de quatro equipes diferentes, incluindo a CSBA sentamos juntos e concluímos: ‘se você tem que fazer isso … realizar cortes desta magnitude nos próximos dez anos e você tem total flexibilidade de como alocar estes cortes, vá e faça e depois mostrar-nos o resultado”, disse Harrison.

“Qual é o melhor que você pode fazer, com mais de meio trilhão de dólares em cortes?”

Um dos programas a maioria dos grupos optou por direcionar seus cortes foram os antigos bombardeiros. A CSBA e a CSIS recomendaram a aposentadoria de todos os bombardeiros B-1 e AEI recomendou a aposentadoria tanto B-1 como dos B-52, Harrison disse.

A recomendação está em linha com o que pensa o “Defense Departments Strategic Choices and Management Review (SCMR)”, que também recomenda o corte da força de antigos bombardeiros.

“De 10 a 20 anos a partir de agora, nós precisaremos de uma força de bombardeiros nova”, disse Harrison. “Como você faz isso? Bem, se você vai precisar de um novo programa de bombardeiro, você pode ter que desistir de alguns de seus bombardeiros antigos.”

FONTE:  DoD buzz (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

Subscribe
Notify of
guest

22 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Marine

Vou falar do elefante branco na sala que todos fingem nao ver. No bem da verdade a USAF tem que admitir a si mesma que nao tera como compor toda sua frota de aeronaves taticas com F-22 e F-35. Nao ha nacao no mundo que tenha orcamento de defesa capaz de ter TODAS as suas aeronaves taticas com avioes stealth. Chegamos ao ponto de que John Boyd avisava. Sim as capacidades do F-35 sao inigualaveis, mas ele nao pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, nao tampouco pode-se canibalizar o resto da USAF por causa dele. A solucao pragmatica… Read more »

Marcos

Marine Concordo, em parte. O grande custo do F-35 foi seu desenvolvimento , ou ainda está sendo, e que acredito que como esteja no final, provavelmente não o abandonarão. Mas o que vejo no futuro é que, a preços de hoje, o preço do F-35 caia para perto de US$ 60 milhões a unidade, o que por si só justificaria a adoção como aeronave única, reduzindo custos. Porém… Porém a adoção de modelos diversos, quer seja um F-16 ou F-18, se justificaria na ótica de as FFAA não ficarem amarradas em um só modelo de aeronave. Vai que tenham de… Read more »

Marcos

Lembrando que continuam as entregas dos F-18 à US Navy e que estão estarão operacionais pelos próximos trinta anos.

Até lá, espero, não continuemos operando os F-5M. Porque se chegarmos até lá de F-5M, podemos mudar o nome de nosso país para República Democrática Popular Bolivariana de Zamunda.

Marine

Marcos, Se, mas e um grande “se”. Se o F-35 algum dia cair para a faixa de preco que voce citou concordo que seria o novo pau pra toda obra dos EUA, mas eu tenho minhas duvidas quanto a isso. Se a decisao fosse minha a encomenda ficaria na casa de 500 aeronaves pra USAF e o resto dos esquadroes seriam compostos pelos 187 F-22 operacionais e FA-18E que eventualmente seriam trocados por uma nova aeronave barata. Enfim, o ponto da questao e que tem que haver uma mistura Hi-Lo, nao e possivel financeiramente se ter apenas avioes stealth numa… Read more »

Nick

Ao que parece a economia americana não mais suportando sua máquina de guerra, cada vez mais sofisticada e cara.

E como o Marine disse, a solução passa por soluções do tipo custo-benefício como o F-18 E para missões de rotina e até o mesmo o ST para os Marines.

[]’s

Fighting Falcon

E o que fazer para substituí-los?
Lembram do XB-47 que era o supra-sumo para substituir o B-52. O programa acabou e o B-52 ainda continua firme e forte.

joseboscojr

Falcon,
Já há um programa bem adiantado em andamento que deve estar pronto em 2017 para um novo bombardeiro.
A previsão é que serão adquiridos pelo menos 100 unidades.
Ele deverá ser apresentado ao público “brevemente” como foi feito com o B-2.

Vader

O próximo bombardeiro americano será um drone, escrevam o que digo.

Ivan

Marine,

High & Low Mix?

Vc também defendendo este conceito… 🙂

O ‘time’ de defensores do Hi/Lo está engrossando:
Vc, eu, Control, Nick, Força Aérea da India, Força Aérea de Israel.

Quem sabe agora o Pentágono ‘escute’!

Cordiais saudações,
Ivan, do Recife.

Vader

Ivan disse:
23 de setembro de 2013 às 10:52

Ivan, mas o Pentágono tem o seu hi-low mix: é formado por F-22 e F-35.

Sds.

Fernando "Nunão" De Martini

Vader,

Acho que a dupla F-22 e F-35 está se tornando mais um “hi-mid” mix…

Corsario137

Eu concordo com o Vader num aspecto: O próximo bombardeiro americano não será tripulado.

Quanto ao Hi-Low: Acho q as centenas de F-16 americanos ainda podem dar um bom caldo pelos próximos 15/20 anos.

Após a superioridade aérea garantida, jogar uma JDAM de um F-35 é um luxo.

juarezmartinez

Com respeito a opinião de todos, mas o dodóio para o futuro não são os custos de aquisição e sim quanto vai custar para manter e operar o F 35 nas suas três variantes.

Grande abraço

Ivan

“hi-mid” mix…

Nunão criou um neologismo aero-internacional.

Mas é por aí.
O que deveria ser LOW pode ficar gordinho, sofisticado e caro.

Quem sabe esta é uma tendência natural de todos os produtos. Começa simples e barato, depois ganha mais recursos, depois mais tamanho para ter espaço para os recursos, maior motorização para gerar energia para o conjunto e, inevitavelmente, maior custo.

Vcs lembram do Civic?
Era assim:
comment image

Abç.,
Ivan.

Ivan

Agora, após três décadas e meia, é assm:
comment image

Pois é!

Um produto simples, ‘affordable’ e com missões simples (levar e trazer seu dono de A para B), passou a ser um ‘carrão’, sonho de consumo em mercados emergentes, que além de cumprir o básico entrega um monte de confortos, ítens de segurança e que tais.

Mas isto não é assunto para tratar na matéria sobre o B-1.

Abç.,
Ivan.

Control

Srs A questão que precisa ser “engolida” com ou sem Gourmet pelos planejadores das forças aéreas é a realidade que precisam de aeronaves para travar guerras “high tech” e aeronaves para travar guerras “low tech”. As aeronaves do primeiro tipo, destinadas ao confronto de forças aéreas de maior capacidade tecnológica, servindo para o primeiro embate onde devem destruir a capacidade de C3 e de defesa aérea do adversário. As aeronaves do segundo tipo se destinam ao combate com forças de baixo nível tecnológico ou aquelas que já foram “amaciadas” pelas aeronaves do primeiro tipo. Para este caso, importa em muito… Read more »

joseboscojr

Pessoal,
Não esqueçam de computar nas suas análises de low, hi, mid, COIN, ou coisa que o valha dos UAVs armados e dos futuros UCAVs.

joseboscojr

Operar mais caças de 4ªG e menos F-35 seria possível se ao invés de terem construídos somente 187 F-22 tivessem construídos o que era considerado o mínimo aceitável de 360 unidades, para fazer frente à missão de conquistar e manter a superioridade aérea, inclusive com missões DEAD.

joseboscojr

Refazendo meu comentário das 19:34:

Pessoal,
Não se esqueçam de computar nas suas análises de low, hi, mid, COIN, ou coisa que o valha, os UAVs armados e os futuros UCAVs.

joseboscojr

Refazendo meu comentário das 19:34:

Pessoal,
Não se esqueçam de computar nas suas análises de low, hi, mid, COIN, ou coisa que o valha, os UAVs armados e os futuros UCAVs.

Groo

Pelo que eu já li, o novo bombardeiro será tripulado.

Essa decisão está relacionada à flexibilidade e a segurança adicional de uma aeronave tripulada quando esta carrega armas nucleares.

Tiraram o requerimento do supercruise em razão do preço.

Control

Srs O jovem Bosco lembrou bem. Há, ainda os UCAV´s para complicar o cenário, seja no caso dos telecomandados com pouca IA e o famoso retardo dos links de comunicação via satélite ou via estações repetidoras terrestres/aéreas, seja no caso dos UCAV´s mais inteligentes e com mais autonomia que estão em gestação. Cabe observar que há todo um campo a ser explorado nesta área como a possibilidade de se ter um conjunto de UCAV´s controlados por operadores em aeronaves próximas, o que reduz em muito o retardo de controle, ou a possibilidade de se usar UCAV´s como lançadores de mísseis… Read more »