DGA francesa recebe o primeiro Rafale ‘tranche 4’ de produção, com radar RBE2
Caça é o 121º Rafale entregue e pertence ao quarto lote de produção, que incorpora o radar RBE2 AESA, o detector de lançamento de mísseis DDM NG e sistema optrônico frontal
A DGA francesa (Direção Geral de Armamento) divulgou nota na quinta-feira, 19 de setembro, sobre o recebimento do primeiro caça do quarto lote (tranche) de produção do programa Rafale. A entrega foi realizada no último dia 12 e a aeronave em questão é um modelo biposto Rafale B, com designação B 339, destinado à Força Aérea Francesa (Armée de l’air). Está programado que, nos próximos dias, o avião se junte a outros caças Rafale na Base Aérea de Mont-de-Marsan.
Ao todo, 60 aeronaves do chamado “tranche 4” estão encomendadas ao fabricante Dassault, sendo que nesse lote todos os caças têm como destaque no equipamento padrão o radar RBE2 AESA (varredura eletrônica ativa), os novos detectores de lançamento de míssis DDM NG e o sistema optrônico frontal de identificação e telemetria.
Segundo a nota da DGA, que é a organização francesa responsável por gerenciar programas de armas, o Rafale é o primeiro avião de combate europeu em serviço a se beneficiar da tecnologia AESA, que aumenta significativamente o alcance de detecção de alvos. Essa tecnologia é o resultado de mais de 10 anos de esforços de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em antenas ativas.
Até o momento, 180 caças Rafale foram encomendados pela DGA, para destinação tanto à Força Aérea quanto à Marinha Francesa (Marine Nationale), sendo que, com o Rafale B 339, chegou-se a 121 entregas em três versões: o Rafale M para a Marinha, que recebeu 38 modelos monopostos, o Rafale B (biposto), dos quais 39 foram recebidos pela Força Aérea, e 44 exemplares do Rafale C (monoposto), também para a Força Aérea Francesa. Caças Rafale já foram empregados em operações de combate no Afeganistão, Líbia e Mali.
FONTE / FOTO DO ALTO: DGA (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
NOTA DO EDITOR: a foto do meio, da Thales (fabricante do radar RBE 2) está nesta matéria apenas para efeito ilustrativo, pois é de outra aeronave entregue anteriormente, com radar AESA, mas que foi destinada a uma unidade de testes da Força Aérea Francesa. Já a foto de baixo é de um “mock up” do radar RBE 2 AESA. Para mais notícias sobre a entrega dessa aeronave para esquadrão operacional, além da anterior para testes, clique nos primeiros links da lista abaixo. Aproveite também para conferir, nos demais links, matérias sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento de sensores para o Rafale, programas de testes com armamentos e também sobre a redução prevista para entregas nos próximos anos.
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vou ficar esperando o 1o que vai dizer que isto tudo aí é mentira, ter não significa operar, etc, etc, etc……………………………………
Marcelo,
Essa provocação aos outros comentaristas é necessária?
Será que não existem outros assuntos relacionados à matéria para discutir?
Deixando claro que nós editores costumamos fazer essa pergunta tanto a quem “ataca” quanto a quem “defende” tanto esse quanto outros caças (sejam eles concorrentes do F-X2 ou não). Essas “brigas de torcida” até podem ser divertidas de vez em quando, mas cansam e apenas raramente levam a alguma discussão útil.
Nossa, juro que achei que já havia mais Rafale´s entregues.
121 caças é muito pouca escala.
Vader
Em maio de 2011 noticiamos aqui no Poder Aéreo a entrega do Rafale n. 100. De lá para cá são mais 21 aeronaves. Está dentro da cadência de 11 a 12 aviões por ano que a Dassault e a DGA informaram anteriormente.
Esse sim é o verdadeiro Rafale.
Agora bem completo, com AESA e tudo mais.
Eram infundadas as especulações que o sistema optrônico OSF seria retirado para dar espaço ao AESA.
Isso é o que se pode chamar de belíssima e eficiente máquina!
Augusto,
Ele só não é mais belo por conta da sonda fixa de reabastecimento.
É como se a Marilyn Monroe tivesse uma verruga no nariz. rsrssss
Bosco,
é a pintinha da Cindy Crawford! kkkkk
joseboscojr disse:
20 de setembro de 2013 às 15:38
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, boa Bosco! 🙂
Esse é um bom caça. Caro, mas aparentemente muito bom!
Eu também acho o Rafale um excelente caça, mas no finado programa de aquisição de um caça de 4ªG (com mais ou menos +s) para a FAB eu considerava o Super Hornet mais adequado (embora nunca torci pra ele e nem pra nenhum outro já que não sou detentor de ações de nenhum dos fabricantes e pra mim “pouco se me dá que claudique a onagra, o que me apraz é acicatá-la”. O que nunca me desceu foi o Gripen NG que não existia e não existe até hoje. Hoje sou favorável a termos uma dúzia de caças supersônicos (de… Read more »
pois é; fato é que o Rafale é, agora, um caça completo, provado em combate, com excelente desempenho. Na Europa, certamente o melhor.
é caro? é…mas devido à escala, como já discutido ad nauseum…está com certeza em uma categoria acima do Gripen E/F e ao lado do F-18E/F, que devido à escala, realmente considero como a melhor opção para o Brasil. Infelizmente a questão da espionagem deixou tudo mais complicado…
ESTE é o caça do FX-2 e o pacote que podemos extrair mais tecnologia para NOSSO desenvolvimento com uma tutela tecnológica negociável. A diferença tecnológica para o Super Hornet não é significativa e varia para os dois lados em vários subsistemas, MAS a diferença da amplitude e da intensidade da tutela tecnológica que PODE e é ESPERADO que o vendedor exerça em relação a capacidade do Brasil de resistir a estas ações, torna o Rafale a escolha POLITICAMENTE CORRETA em relação ao Super Hornet nestes dias em que os EUA entendem a legitimidade das preocupações brasileiras, MAS seguirão fazendo aquilo… Read more »
Gilberto, boa noite.
Acho que o conceito é um pouco diferente. Parece que, para o Typhoon, os “tranches” refletem as versões das aeronaves.
Para o Rafale as versões continuariam sendo F1, F2, F3, com mais alguns traços de diferenciação.
Entendi que, para os franceses, o “tranche” está ligado ao contrato de produção (encomenda firme). Assim, esse avião entregue é o primeiro das sessenta aeronaves do quarto contrato de produção, mas continua sendo um Rafale F3.
Abraço,
Justin
Justin, boa noite
Também foi essa a minha interpretação do texto original em francês na hora em que o traduzi, no qual também estranhei o uso de “tranche” por não me lembrar de texto sobre o Rafale com o uso do termo. Mas o sentido é mesmo esse, de lote encomendado. Quanto ao padrão tecnológico, continua sendo F1, F2 e F3.
“Eram infundadas as especulações que o sistema optrônico OSF seria retirado para dar espaço ao AESA.”
Bosco,
Não é que o OSF seria retirado, c/ o AESA instalado perderia o canal IR, conservando somente o canal de contraste (LLLTV).
arcelo disse: 20 de setembro de 2013 às 13:45 vou ficar esperando o 1o que vai dizer que isto tudo aí é mentira, ter não significa operar, etc, etc, etc…………………………………… Leia mais (Read More): DGA francesa recebe o primeiro Rafale ‘tranche 4′ de produção, com radar RBE2 | Poder Aéreo – Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil Caro Marcelo! Eu poderia/deveria ser tão irônico e ______________ quanto tu fostes em teu post mas ao contrário vou tentar de elucidas o que significa a expressão “Comprar não significa operar com um exemplo que ocorreu comigo a pouco tempo: Na… Read more »
Maurição,
Mas pelo visto o sistema OSF foi aperfeiçoado e não sofrerá nenhuma redução na sua capacidade, como por exemplo a remoção do módulo IRST.
O SH com AESA tinha um pacote de sensores superior ao Rafale, mas se confirmando a manutenção do OSF há uma ligeira superioridade do caça francês lhe dando mais flexibilidade operacional,em que pese o APG-79 ter desempenho superior ao radar francês.
Já o Super Hornet “Advanced” fez o jogo virar novamente em favor do ianques. rsrsss
Nem precisa do Super Hornet “Advanced” para o jogo virar, o F-16 vai estrear um novo radar de 5ª geração :
http://www.air-attack.com/news/article/5039/09-19-2013-Scalable-Agile-Beam-Radar-to-Help-Extend-Viability-of-US-Air-Force-F-16s-Beyond-2025.html
E Taiwan vai usufruir disso :
“SABR’s design incorporates proven hardware and advanced operating modes from Northrop Grumman’s F-35 and F-22 AESAs. The high degree of commonality among the various AESA radars, coupled with shared manufacturing processes and infrastructure, enables efficiencies and affordability across all of Northrop Grumman’s AESA programs.
As part of the contractual agreement with Lockheed Martin, Northrop Grumman will also be upgrading the radars for the Taiwan Air Force’s F-16 fleet. “
Se a hora de voo não fosse tão cara.
Além de ser o mais caro para adquirir.