Rafales indianos deverão empregar armas russas, além das francesas
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Assunto pode ser uma das complicações que estão impedindo a conclusão do contrato do Rafale na Índia, segundo reportagem da AIN Online
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A empresa russa Tactical Missile Corporation está negociando com a Dassault Aviation o possível uso de seus mísseis nos jatos de combate Rafale, que foram selecionados pela Força Aérea Indiana (IAF). A empresa, cuja sigla russa é TRV, disse a jornalistas presentes na semana passada no Maks Airshow em Moscou que a IAF tem grandes estoques de armas russas, o que leva o seu interesse em adaptá-las no avião de guerra francês. Embora o Rafale tenha sido declarado o vencedor da competição MMRCA da Índia em janeiro de 2012, um contrato de empresa francesa ainda não foi assinado.
A Dassault não respondeu ao pedido de AIN para comentar o assunto.
No RFP para o MMRCA, a Índia estipulou que os 18 primeiros aviões sejam entregues com um conjunto completo de armas integradas. Acredita-se que eles serão entregues com mísseis MBDA, como a AAM Mica, o Scalp ASM e o Exocet. Mas o RFP também fala em integrar “armas adicionais de escolha do IAF, conforme necessário.”
Parece provável que a IAF e a TRV estejam mirando futuros upgrades para o Rafale. Mas o assunto poderia ser mais uma complicação que está impedindo a conclusão do negócio. As outras complicações incluem a alocação de responsabilidade entre parceiros da equipe como MBDA, Thales e Sagem, e parceiros industriais na Índia, incluindo o papel a ser desempenhado pela estatal Hindustan Aeronautics Ltd (HAL), e os termos precisos das licenças de produção a ser concedido para a Índia. O CEO da Dassault, Eric Trappier, descreveu as negociações como “uma tarefa difícil” em junho passado, mas, no entanto, ele prevê uma conclusão bem-sucedida até o final deste ano.
Há vários casos anteriores de armas russas sendo adaptadas em aviões de guerra franceses. Por exemplo, os Mirage F1EQ da Força Aérea Iraquiana realizaram missões com munições inteligentes Kh-29L e os Mirage F1 da Força Aérea da África do Sul empregaram mísseis ar-ar R-73E de curto alcance.
FONTE: AIN Online (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
FOTOS: Dassault
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Bom…. se a integração de armas russas constava do RFP…. deveria ser contemplada da proposta do fabricante francês…. e ai nada a reclamar.
Se não…. ai realmente os indus terão que pagar…. e pagarão caro…. inclusive aos russos, pelas informações necessárias a tal integração.
Sds.
Baschera
De fato!
Qualquer integração de armas tem um custo altíssimo e é essa uma das vantagens dos F-18 em relação aos seus concorrentes no FX-2.
Marcos,
Acho que você quis dizer uma das maiores vantagens do Gripen não?
O Gripen além das armas americanas e suecas, podem ser integrados com armas israelenses, francesas e sul africanas.
Sim, é verdade. O A-Darter, que será o míssil ar-ar de combate aproximado padrão da FAB, foi desenvolvido justamente no Gripen. Qualquer integração de arma não-americana (inclusive os A-Darter) nos Super Hornet poderia se tornar problemática, inclusive pela recusa dos americanos de fornecer os códigos-fonte, mesmo para os aliados mais próximos. Os únicos que tem conseguido integrar armamentos próprios em aviões americanos com sucesso são os israelenses, que tem uma colaboração muito próxima com o Pentágono, que até adquire alguns armamentos israelenses, como o míssil Popeye. Os australianos integraram o míssil inglês ASRAAM nos F-18, mas esse míssil foi desenvolvido… Read more »
Weber, boa tarde.
Você deve estar se referindo ao Gripen C/D, não é?
Se o Gripen NG vai ter nova configuração de asa, de painéis, de radar, de aviônica, vai ter que fazer tudo de novo.
Provavelmente, a única vantagem vai ser que já terá conhecimento das características das armas.
Abraço,
Justin
Champs
Me referi a quantidade de armamentos disponíveis!
Esta nós vamos ter que assistir de cadeira, sentados e confortáveis, o mundo plug and play dando as mãos e tentando integrar um software Francês a um Hardware Russo, e para fechar com chave de ouro em uma empresa Indiana. La garantia de los trabahos no soy jo…..
Grande abraço
SE o seu objetivo e comprar um caça só para operá-lo, pague o preço de prateleira, desconsidere TODO o seu arsenal de armamentos anterior e os seus projetos de bombas e mísseis nacionais e RECOMPRE tudo de novo igual ao que a força aérea do país produtor do seu caça utiliza, É BEM FACIL e o vendedor vai te achar o cliente mais legal da praça. Não incomoda em nada… Deves ser um sheik árabe ou um aliado carnal bem devassado… SE queres comprar uma aeronave e um pacote de transferência de tecnologia uma boa forma de você REALMENTE absorver… Read more »
Oh Gilberto, antes de tudo fan boy é a __________. E como tu não conhece, não sabe e a única coisa que sai desta _____________ideológica que é a tua mente, são __________________, penso que tu deverias parar para pensar um pouco mais antes de escrever. Na hora que um dos “parceiros estratégicos” Indianos for contrariado acabou a festa sai avião, sem armamento e ou vai ter armas e não vai ter avião. A última suruba que os Indianos resolveram fazer com Franceses e Russos quem foi resolver o imbrólio foram os Israelenses porque nem o bispo da igreja católica junto… Read more »
Nunca esqueçam a Guerra Irã x Iraque, na qual os iranianos, com os F-14, mas sem apoio, com bloqueio comercial e tudo o mais, derrubaram perto de 300 caças iraquianos, com apoio total dos russos e só foram conseguir fazer algum estrago com os F-1 franceses.
Quanto a questão prateleira x ToT
Quer mesmo algum resultado? Entre de parceiro em algum projeto!
O problema do teu raciocínio Gilberto é que ao que tudo indica as negociações com os indianos estão simplesmente travadas pela conhecida dificuldade de se integrar armas não francesas a um vetor gaulês, dificuldade esta que já vem de muito tempo. Basta lembrar que a integração do AIM-9D ao Mirage IIIC em Israel se deu apenas pela persistência de Iftach Spector quando era comandante do esquadrão 101.
Por outro lado, é sabido que é muito mais fácil integrar armas de outras origens em vetores de origem norteamericana.
O Rafale já tem a bomba Paveway integrada e se beneficiará se realmente se concretizar a integração do Brimstone 2.
O que fica faltando é um bom míssil antinavio e um míssil antiradar.
Moral da estória, o Krypton russo viria a calhar e serviria igual a uma luva ao Rafale.
Já imaginaram?
Mica-IR
Mica-RF
Meteor
Paveway
AASM
Scalp
Apache
AS30L
Exocet AM-39
ASMP-A
Krypton ARM
Krypton ASM
Brimstone 2
Se se falarem né Bosco, se falarem, o que no Su 30 Mki foi parto de trigemeos sem anestesia, tá doendo até hoje no traseiro dos Indianos….
Grande abraço
Bosco, É por aí! Além de um antinavio e antiradar russo, seria conveniene integrar um AAV WVR como o Vympel R-73 (AA-11 Archer para a OTAN), ou algum projeto indiano semelhante. Nova Delhi escolheu o Rafale porque seus generais acreditam ser necessário um vetor não russo para ter uma alternativa de segurança, como aconteceu no passado, quando o Paquistão adotou seus primeiros F-16 e Moscow não tinha nada além do MiG-23 para oferecer. No mais, os Rafales hindus devem voar com armas francesas e, possivelmente, bombas Paveway americanas e/ou versões de produção local. Avião russo com mísseis russos. Avião francês… Read more »
F-18
(ar-ar)
Sidewinder
Sparrow
(superficie)
Maverick
Slam
Harm
Jsow
Jassm
(anti-navio)
Harpoon
Lrasm
(bombas)
Jdam
Paveway
MK 20/80
CBU 78/80/87
E na imagem acima, alguém sabe o que está equipando o Rafale??
Juarez,
Eu entendo pouco de eletrônica mas na minha ignorância eu acho que o mais difícil é a parte de integração física do armamento.
Havendo a abertura dos códigos fontes aí que vem o trabalho braçal.
Um abraço.
Marcos,
Mísseis Mica-IR, Mica-RF, mísseis SCALP, bombas Paveway II, tanques de combustível e um pod de reabastecimento buddy-buddy.
Só na imagem exclusivamente de cima tem 3 tanques, 2 SCALPs, 2 Micas-IR e 2 Micas-EM.
Marcos,
Você não colocou o Amraam na sua lista.
A lista do F-18 fica melhor assim:
ar-ar:
Sidewinder
Sparrow
Amraam
AIM-9X
ASRAAM
anti-navio:
Maverick F
Harpoon
Slam-Er
JSOW-C1
Anti-radar:
HARM
Mísseis cruise:
SLAM-ER
JASSM
Míssil ar-sup tático:
Maverick E, G, K
AARGM
Bombas guiadas:
JDAM
LJDAM
JDAM-ER
Paveway II, III
E-Paveway
JSOW A
JSOW C
Foguete guiado:
APKWS
Míssil Despistador:
TALD
ITALD
MALD
Futuro:
LRASM
JAGM
SDB II
Faltou o Magic II na listinha do Rafale.
Vamos ver se os franceses vão abrir os códigos fontes para os indianos.
Juarezmartinez disse:
15 de setembro de 2013 às 21:40
Leio muitas publicações e sites sobre defesa e nunca ouvi falar que os Su-30 MKI indianos tiveram problemas de integração entre franceses e russos. Aliás, li recentemente na Air Forces Monthly que os Mig-29K russos encomendados para o Kuznetsov irão manter a mira de capacete francesa da Thales Top-Sight, ou seja o relacionamento França-Rússia não me parece ruim não. Temos também o contrato dos porta-helicópteros e os tanques russos T-90 usam miras infravermelhas francesas…se o que você escreveu é verdade, você poderia citar a fonte?
Abraços.
Ou vamos ver se os russos vao liberar os codigos para os franceses!
sds
GC
Não é só liberar código fonte e fazer integração de software, o hardware tem de ser compatível!
Alternativa para os indianos:
Aguardar a compra pelo Brasil dos Rafale, pois a nossa aquisição é com ToT irrestrita, e fazer um acordo Brasil e Índia, aquele famoso acordo Leste Oeste (embora a Índia esteja no Norte). Dai integra-se tudo.
Mísseis russos em caças franceses?
Boa sorte aos indianos. Irão precisar…
Os Indianos precisaram mostrar os disparos, por que se mostrarem apenas as armas nos pilones, não vale.
Não basta os franceses passarem os codigos, os russos também precisam fazer isso, agora se vão, não acredito!!!
Cartuchos russos no canhão, é o máximo que vão conseguir!!! kkk
arcelo disse: 16 de setembro de 2013 às 9:04 Juarezmartinez disse: 15 de setembro de 2013 às 21:40 Leio muitas publicações e sites sobre defesa e nunca ouvi falar que os Su-30 MKI indianos tiveram problemas de integração entre franceses e russos. Meu amigo, o próprio oficial indiano que esteve por aqui a uns 5 anos comentou de boca cheia, só conseguiram rodar porque os israelenses fizeram a integração. Aliás, li recentemente na Air Forces Monthly que os Mig-29K russos encomendados para o Kuznetsov irão manter a mira de capacete francesa da Thales Top-Sight, ou seja o relacionamento França-Rússia não… Read more »
Juarezmartinez disse:
16 de setembro de 2013 às 19:06
“Desculpe vão manter, como vão manter se não construiram os aviões ainda, ou te referes as células Indianas?”
Sim, vão manter. Algumas células russas de Mig-29K já estão construídas sim; e treinando no Vikramadatya inclusive.
“tu te referes aos T 90 operados pelos Indianos??? Uma mira infravermelha, um sistema autônomo,bom isto não tem problema realmente.”
aos operados pelos indianos e algumas unidades operadas pelos russos também!
Abraços.
Amigos, boa tarde.
O quarto lote de produção do Rafale começa a ser entregue, com capacidades operacionais estendidas.
http://www.defense.gouv.fr/dga/actualite/reception-du-1er-avion-de-la-tranche-4-du-programme-rafale
Abraços,
Justin