P-3AM: missão de vigilância noturna
Uma aeronave P-3AM do Esquadrão Orungan (1º/7º GAV) realizou na última semana uma missão no arquipélago brasileiro de Trindade e Martim Vaz, localizado no oceano Atlântico, a cerca de 1.200 km a leste de Vitória (ES). A aeronave decolou de Salvador (BA), sede do esquadrão, e efetuou uma missão de vigilância noturna das águas brasileiras mais afastadas da nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Esse tipo de missão só é possível porque o P-3AM tem um impressionante raio de ação de patrulhamento marítimo, sendo capaz de realizar voos com até 16 horas de duração. Os sensores embarcados possibilitam a investigação de embarcações também no período noturno, condição mais vulnerável para a vigilância dessas áreas, constantemente explorada por contraventores.
“Além de possuir um dos mais modernos sistemas para identificação por radar do cenário mundial, a nossa aeronave dispõe do Forward Looking Infra-Red (FLIR), que complementa as informações dos tráfegos marítimos, fornecendo imagens nítidas e claras mesmo no período noturno”, explica o Tenente-Coronel Aviador Fábio Morau, comandante do esquadrão.
Com esses equipamentos, o P-3AM consegue identificar uma embarcação por meio de suas principais características e classificá-las de acordo com o interesse da tripulação, tais como pesqueiros, navios de pesquisa ou navios mercantes.
Missões como a do arquipélago permitem localizar, identificar e repassar todo o cenário do tráfego marítimo para embarcações da Marinha do Brasil e direcionar a atividade de policiamento para as áreas mais críticas. “Com a atuação conjunta e coordenada das duas Forças, mantemos atualizada a consciência situacional das áreas de interesse. Assim, sedimentamos cada vez mais a presença brasileira nas zonas oceânicas, mostrando a FAB presente nos 22 milhões de km2”, completou o comandante.
Trindade e Martim Vaz
O arquipélago é constituído por duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz), separadas por 48 quilômetros. A área de 10 km² forma um imenso paredão no meio do oceano. Apenas a Ilha da Trindade é habitada e no local há uma guarnição mantida pela Marinha do Brasil. Por isso, é considerado o local habitado mais remoto do Brasil e o ponto mais a leste de todo o território brasileiro.
“Estas regiões, ameaçadas pelos interesses internacionais e pela biopirataria, têm sido inseridas cada vez mais na rotina das ações da Aviação de Patrulha graças às novas capacidades operacionais trazidas pelo P-3AM da FAB”, finaliza o Tenente-Coronel Morau.
FONTE: FAB
“Mostrando a FAB presente nos 22 milhões de km2”
Acho que precisariamos de pelo menos outros 120 P-3 AMs…
joao.filho disse:
Acho que precisariamos de pelo menos outros 120 P-3 AMs…
Como é no Japão
Olha só, a Aviação de Patrulha Marítima, não é clube do Bolinha!!! Há “Luluzinhas” na equipagem do P-3!!!
e tem um porque Mauricio: O tipo de visão do sexo feminino, detalhista e mais precisa que a periférica do masculino, bem como a paciência em identificar plots, vamos nos acostumar a ver “elas” nestas funções cada vez mais.
Grande abraço
Com a agilidade que são conduzidas as coisas no Brasil (projetos militares), já passou da hora de começar a pensar no substituto ou modernização dos P-3M…
Este tipo de missão me parece tão rara (por restrições orçamentarias) que quanto acontece “vira noticia”. Deveria ser praxe semanalmente estas aeronaves sobrevoarem áreas remotas do atlântico sul.
Soyuz,
Disse tudo
É preciso que se diga, no entanto, que as “bomb bay” dos P-3AM estão vazias ainda….
O bixo só pode, por hora, disparar sonobóias…. são três modelos:
Sds.
Bem que estas sonobóias que são itens de consumo frequente, ou deveriam ser pelo menos, de forma a manter os operadores treinados, poderiam ser nacionais.
Tudo bem, a gente não precisa produzir uma sonobóia “padrão OTAN”, algo mediano pra começo de conversa já seria bom, em quantidade, combinadas com algumas importadas, estado da arte em menor quantidade para quando o “bicho pegar”
E faço minhas as suas palavras Baschera – Bom Bay vazios. Isto é triste.
Tudo bem, são excelentes máquinas estes aviões. Mas, discordo do operador. Na ZEE a MB deveria utilizá-los. Deixando áreas “críticas” para essa ou outra aeronave fazer o patrulhamento.
Ainda não acredito em “forças conjuntas” no Brasil.