Gripen: Saab propõe passo além da versão E, o ‘opcionalmente tripulado’
Em apresentação realizada no 50º Paris Air Show, em Le Bourget, a Saab mostrou algumas soluções em desenvolvimento sob o título “Breaking the thought barrier”, algo como “quebrando a barreira do pensamento”. A proposta divulgada é, em geral, inverter a ordem lógica de algumas soluções para buscar inovação. Uma delas está relacionada ao caça Gripen e seu futuro.
Já há algum tempo, é citado pelos executivos da empresa o planejamento de uma versão não tripulada do Gripen (veja link do alto da lista ao final). A diferença agora, ao menos na argumentação, é que o pensamento pode ser inverso quando se pensa na criação do modelo que vá além da versão E, atualmente em desenvolvimento. Ao invés de simplesmente uma versão não tripulada do Gripen, o que se propõe é ver o Gripen do futuro como um avião de combate “opcionalmente tripulado”, ou OM (Optional Manned).
Segundo a apresentação, é uma resposta a desafios para operar uma frota com capacidade ampliada, num momento de orçamentos de defesa em declínio.
Os pressupostos, por um lado, são de que novas tecnologias se igualam a novas oportunidades, missões perigosas podem ser remotamente pilotadas e que, para isso, a indústria de defesa desejaria produzir uma variedade de aeronaves. Por outro, de que apesar de haver hoje uma grande necessidade de sistemas remotamente pilotados, também há (e ainda haverá por ao menos 40 anos) uma necessidade de sistemas pilotados, enquanto os clientes demandam soluções mais eficientes e de menor custo operacional.
A ideia então é um Gripen E/F OM, “Optional Manned” Multi-Role (multitarefa opcionalmente tripulado), capaz de cumprir missões ar-ar, de ataque e de reconhecimento.
Assim, o princípio que a apresentação busca mostrar é que os clientes terão a possibilidade de adquirir uma frota de aeronaves remotamente pilotadas que, conforme a necessidade, poderiam também ser tripuladas e que sejam, basicamente, a mesma aeronave para se mostrar uma solução mais eficiente.
TELAS DE APRESENTAÇÃO: Saab (clique no link para baixar arquivo pdf com a apresentação em inglês completa, mostrando também outras soluções)
VEJA TAMBÉM:
O conceito da SAAB está correto, mas a plataforma me parece limitada. O ideal seria o Gripen E/F receber uma célula nova baseado no FS2020. Ae sim, sobre essa célula se construiria um caça opcionalmente tripulado adequado ao século 21.
[]’s
Daqui a pouco eles vão propor o Space Gripen!
Brincadeiras a parte, é impressionante o trabalho da Saab de se inovar e reinventar dentro de uma mesma plataforma. Fazem suco até do caroço.
“Daqui a pouco eles vão propor o Space Gripen!” E o Brasil??? Daqui a pouco vamos propor o Space Tucano tambem. Quem dera ver o Brasil com um projeto do porte do Grippen.
Como diria um amigo meu, PowerPoint aceita tudo.
O NG é um caça ao gosto do freguês. Se você quer um caça comprovado, de baixo risco e baixo custo. Ele é apenas uma evolução de um caça consagrado onde se muda duas coisinhas aqui, coloca-se um motor mais potente e ganha-se um enorme desempenho ali. Se você quer um caça para ser parceiro de tecnologia, ele é um projeto novo, com enorme potencial de trabalho de engenharia em milhares de horas de desenvolvimento de novos componentes e enormes potenciais de fabricação de partes e sub sistemas. É mais ou menos assim: Empolgante como um namoro, seguro como um… Read more »
O grande erro do Gripen NG é não ser um caça com baias internas.
A SAAB está se mostrando um pouco desesperada. Não é pra tanto, seu produto é bom o suficiente para disputar um mercado bom, se tiver escala.