Veteranos de caças F-104G se encontram com pilotos de F-18 na Espanha
Na última segunda-feira, 10 de maio, a Força Aérea Espanhola divulgou nota sobre um interessante evento que está na sua quarta edição, que é o encontro entre pilotos veteranos de F-104G Starfighter e os jovens pilotos de F-18. O evento foi realizado na Base Aérea de Torrejón, que abriga a Ala 12, unidade que hoje voa o F-18 e, há mais de quarenta anos, era equipada com o F-104G. A imagem acima é uma fotomontagem reunindo os dois tipos de aeronave.
Compareceram tanto os veteranos e suas esposas quanto as viúvas dos pilotos já falecidos. O F-104G teve 21 exemplares operados pela Força Aérea Espanhola (18 do modelo monoposto e três do biposto TF-104G) que equiparam o Esquadrão 161, mais tarde redenominado 104. Os jatos operaram na unidade entre os anos de 1965 e 1972 e, ao contrário do que desgraçadamente ocorreu em outras forças aéreas, os pilotos espanhóis acumularam mais de 17.000 horas de voo nos aparelhos sem qualquer perda na Espanha.
O encontro, segundo a nota, foi uma oportunidade para os integrantes da Ala 12 conhecerem, em primeira mão, anedotas e experiências desses pilotos “curtidos” que, além de seu amor e paixão pela aviação, recordaram a todos que valores como companheirismo e espírito de corpo são pilares fundamentais da vida militar.
FONTE / FOTOS: Força Aérea Espanhola (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em espanhol)
VEJA TAMBÉM:
- F-104: ‘fabricante de viúvas’ para um, zero acidentes para outro
- Força Aérea Espanhola celebrará o fim da vida operacional do Mirage F1
- Caças Eurofighter espanhóis atingem 1.000 horas na Ala 14 de Albacete
- Força Aérea Espanhola: Ala 14 de Albacete começa a operar o Eurofighter
- Força Aérea Espanhola coloca seus caças na ‘Tormenta’
- Onde espeta um, espetam dois
- TLP na Espanha: onde o poder aéreo europeu se encontra
- Combates aéreos sobre as Canárias
- Combates aéreos sobre as Canárias 2: mais fotos
- Mais fotos do TLP na Espanha, agora com Rafale
- Fotos do Programa de Liderança Tática (TLP) da OTAN, na Espanha
Os Starfighters espanhóis foram substituídos pelos Phantom ou Mirage F1?
Clésio, Foram substituídos em 1971-1972 na Ala 12, de Torrejón de Ardoz, pelo F-4C Phantom. A bem da verdade, como parte de uma reorganização a ala foi criada naquela base praticamente na mesma época da chegada dos Phantom, reorganizando-se esquadrões, de forma que os Phantom equiparam primeiramente um novo esquadrão, depois reequiparam o que voava o F-104G Starfighter. Lembrando que os 21 caças F-104G vieram por ajuda militar americana e foram devolvidos aos EUA com a chegada do Phantom, que veio em maior quantidade – 36 jatos – e que por isso equipou mais esquadrões. Mas poucos anos antes os… Read more »
“(…)ao contrário do que desgraçadamente ocorreu em outras forças aéreas, os pilotos espanhóis acumularam mais de 17.000 horas de voo nos aparelhos sem qualquer perda na Espanha.”
Seria porque na Espanha eram usados na sua função original (interceptadores)?
Na Alemanha eram usados em missões de ataque, em perfis completamente distintos daqueles para os quais foram projetados.
Ressalto que é um dos mais belos designs aeronáuticos.
Aliás, a década de 50 foi na minha opinião a década de ouro do design aeronáutico.
Lembro-me de uma nota em uma edição dos anos 80 da “Voar” que falava da possibilidade de um lote de caças F-104G alemães irem para a FAB. Alguém tem mais detalhes disso?
“Rafael M. F. disse:
16 de junho de 2013 às 11:29”
Sim, Rafael, e também pelo fato de que voavam, quase sempre, sob boas condições climáticas. A única perda que existiu foi durante o treinamento nos EUA, e por isso mesmo não é contabilizada pois não se trata do período de operação na Espanha.
Essa história do F-104G sem perdas na Espanha é contada no primeiro link do “Veja mais”, ao final da matéria.
No Musal tem um F-104S da AMI. À primeira vista me impressionou o tamanho reduzido do cockpit. Era algo quase claustrofóbico.
Se bem que falam que o MiG-21/23 eram piores.
No Strike Fighters eu arrepiava com ele contra os MiG-17/19, abusando das manobras verticais, para o qual era excelente. Com o MiG-21 a coisa já complicava.
Rafael,
Normalmente os comentários são de que utilização do F-104 G como aeronave de ataque é considerada a culpada pelo número excessivo de acidentes. O tempo na Alemanha também não ajudava. Mais informações podem ser vistas em http://www.joebaugher.com/usaf_fighters/f104_17.html
Vejam bem.
Quando o texto fala das “viúvas dos pilotos”, frise-se que eles não morreram pilotando F-104, mas sim de outras causas.
De fato, Poggio. Podem até ter morrido pilotando, mas não o F-104 (a não ser que a eventual viúva do único piloto que infelizmente morreu durante o treinamento nos EUA esteja na foto).
Já no caso de um encontro do tipo em Albacete, poderia haver viúvas de pilotos que morreram pilotando o Mirage F1, que apesar de ter índices de segurança bons em outras forças, como já li uma vez, infelizmente teve uma taxa de perdas considerada alta na Força Aérea Espanhola em suas várias décadas de operação.