…para o Japão, segundo o chefe do Estado-Maior das Forças de Auto-Defesa do país

 

Iwasaki, Japan's Self Defense Forces' chief of Joint Staff, poses with a model of F-15 fighter aircraft before an interview with Reuters at the Defense Ministry in Tokyo

O caça Lockheed Martin F-35 é a melhor opção para as necessidades operacionais do Japão, disse a mais alta autoridade militar daquele país na última quarta-feira demonstrando um voto de confiança ao avançado jato de ataque norte-americano.

Seus comentários surgem após diversos relatos de que algumas nações que fizeram pedidos para o mesmo avião podem reconsiderar seus planos.

Shigeru Iwasaki, chefe do Estado-Maior das Forças de Auto-Defesa do Japão, também disse que o avanço da tecnologia de armas da Coreia do Norte em uma série de testes nucleares e de mísseis representa uma séria ameaça para o Japão, mas o seu sistema de defesa de mísseis deve prover proteção suficiente ao país.

“Quando eu era o comandante da Força Aérea, liderei a decisão (que acabou escolhendo o F-35). Ou, em vez disso, nós elaboramos um plano, que foi aprovado pelo ministro da Defesa”, disse Iwasaki, um veterano piloto de F-15, principal aeronave de combate do Japão. “Houve vários candidatos. Mas eu ainda acredito que o F-35 é o melhor deles, quando pensamos no futuro da segurança do Japão “, disse ele em entrevista à Reuters.

O pedido holandês de caças F-35 pode ser cortado, segundo fontes próximas à Reuters declararam na semana passada, citando o excesso de custos e atrasos no programa, a incerteza sobre a futura estratégia de defesa da Holanda e os cortes no orçamento em toda a Europa.

Autoridades norte-americanas temem que cortes de encomendas por parte dos compradores holandeses e outros possam desencadear uma “espiral da morte” no maior programa do Pentágono, elevando o preço dos pedidos restantes e, consequentemente, levando a novos cancelamentos.

Japão, um dos mais próximos aliados dos EUA na Ásia, se manteve firme em seus planos para comprar 42 F-35, com os primeiros quatro aviões programados para entrega até março de 2017.

Iwasaki descreveu os testes nucleares e de mísseis da Coréia do Norte como “imperdoável”.

“Eu acho que, depois de uma série de testes, a tecnologia chegou a um certo nível, ajudando-os a adquirir capacidade de lançar mísseis com um alcance muito longo … Acredito que estas situação está se tornando muito grave para a nossa segurança nacional”, disse.

A Coreia do Norte realizou seu terceiro teste nuclear em fevereiro, embora não se acredita ter adquirido capacidade de armas. Mas ameaçou bases navais dos EUA no Japão, que estão dentro do alcance de seus mísseis de médio alcance.

Iwasaki disse, no entanto, que o Japão está suficientemente protegido pelo seu sistema de defesa antimísseis, equipado com mísseis Standard (versão SM-3) e Patriot (versão PAC-3).

Os SM-3 são capazes de abater um míssil balístico fora da atmosfera da Terra, enquanto o PAC-3 fornece proteção como míssil back-up durante a reentrada.

Linha com a China

Iwasaki, Japan's Self Defense Forces' chief of Joint Staff, salutes as he poses behind a model of F-15 fighter aircraft at his desk after an interview with Reuters at the Defense Ministry in Tokyo

Sobre as tensões entre o Japão e a China, Iwasaki exortou Pequim a aceitar a reabrir as negociações com Tóquio sobre a criação de uma linha telefônica e outros canais de comunicação marítima para evitar qualquer confronto militar entre as duas maiores economias da Ásia.

Japão encontra-se em uma disputa territorial com a China sobre um grupo de ilhas do Mar da China Oriental, conhecido como Senkaku no Japão e Diaoyu na China.

As tensões sobre as ilhas tem aumentado nos últimos meses ao ponto dos dois lados enviarem caças à região enquanto navios de patrulha monitoram uns aos outros em mares próximos, levantando preocupações de que uma colisão acidental ou outro incidente poderia levar a um confronto maior.

As negociações entre o Japão e a China destinadas a estabelecer o chamado mecanismo de comunicação marítima foram interrompidas desde o último outono, apesar do apelo do Japão para a retomada, Iwasaki disse.

“Precisamos criar um sistema para eliminar qualquer mal-entendido, tanto em nível de trabalho e em níveis mais elevados … Nós não ouvimos a China, mas eu acredito que as negociações precisam ser reiniciadas.”

O Japão disse no mês passado que uma fragata chinesa havia travado seu radar em um destróier japonês em 30 de janeiro – um passo que geralmente precede o disparo de armas.

Iwasaki disse que a tripulação do destróier fez bem em não tomar medidas de retaliação e que esse tipo de decisão deve prevalecer no futuro.

Perguntado sobre relatos da mídia de que os Estados Unidos e o Japão começaram as negociações sobre os planos militares para lidar com conflitos armados sobre as ilhotas do Mar da China Oriental, ele respondeu que o encontro com Samuel Locklear, comandante das forças dos EUA na Ásia-Pacífico, na semana passada foi um evento previamente agendado.

“Eu não posso comentar detalhes, pois envolve o outro lado, mas foi um encontro normal”, disse ele.

FONTE: Reuters  (tradução e edição Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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Vader

Faz certo o Japão. Com a China e a Coréia Vermelhas do lado não se pode brincar de defesa, como andam fazendo alguns europeus.

Israel, Japão, Cingapura. O que se vê na verdade é que, quando aliados europeus ameaçam diminuir suas aquisições, outros surgem querendo adquirir F-35.

Trata-se de uma simples questão de reequilíbrio de forças.

aldoghisolfi

Fiquei confuso: qual é o modelo que o Chefe do Estado Maior está mostrando para elogiar o F-35?

joseboscojr

Ua! É o F-15J.

joseboscojr

“O Japão disse no mês passado que uma fragata chinesa havia travado seu radar em um destróier japonês em 30 de janeiro – um passo que geralmente precede o disparo de armas.” Na verdade esse procedimento precede em geral o disparo de canhões ou é apenas uma atitude de efeito psicológico, informando o alvo que ele foi descoberto e está sob mira. Mísseis anti-navios para serem lançados (salvo se forem guiados por radar semi-ativo, o que é pouco comum para mísseis anti-navios sup-sup e até onde eu sei, não é usado pelos chineses) não necessitam que o alvo seja iluminado… Read more »

Ivan

Mas canhões sim.

joseboscojr

Ivan,
Canhões sim, como havia dito, mas há ressalvas.
No caso de se usar somente a alça eletroóptica não se usar o radar de controle de tiro.
Por exemplo, no LCS nem há um radar de controle de tiro e ele conta só com o radar 3D e as alças eletroópticas tanto para tiro antiaéreo quanto antisuperfície.
Tiro de canhão em condições adversas de tempo ou no caso dele ser usado na função antimíssil, para o LCS, só se for com o uso do radar 3D.

Almeida

Pra quem já tem F-15J e F-2, realmente é partir pra F-35A (e F-35B, não se esqueçam dos “destroyers porta helicopteros” de convés liso que eles estão incorporando) e Shinshin.