Kawazaki entrega primeiro P-1, o sucessor do P-3 no Japão
A companhia japonesa Kawasaki Heavy Industries (KHI) entregou no último doa 26 de março, nas instalações de Gifu, o primeiro avião de patrulha marítima P-1 para o Ministério da Defesa do Japão.
O P-1 é um desenvolvimento local de uma aeronave que substituísse a atual frota de P-3C, e encontra-se em desenvolvimento desde 2001 pelo Ministério da Defesa em associação com a KHI. O P-1 é a primeira aeronave no mundo a entrar em operação empregando o sistema FBL (fly-by-light), que envia um sinal por cabos de fibra ótica para controle das superfícies. Além disso, a aeronave incorpora quatro turbofans de fabricação japonesa.
A KHI foi indicada pelo Ministério da Defesa japonês para o desenvolvimento de dois modelos de aviões simultaneamente: um avião de transporte tático (designado XC-2)e uma aeronave de esclarecimento marítimo (XP-1) em novembro de 2001. O primeiro voo do protótipo do XP-1 ocorreu em setembro de 2007. No ano seguinte voou o segundo exemplar e desde então o Ministério da Defesa tem trabalhado no desenvolvimento a aeronave que foi concluído em março deste ano.
A companhia e o Ministério da Defesa entraram em acordo para dar início à produção em larga escala da aeronave em março de 2009.
FONTE: Kawazaki Heavy Industries (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em japonês)
Bem que a Embraer poderia projetar um KC com estas características.
O próximo passo dos japoneses é desenvolver um transportador de passageiros as partir desta aeronave, usando as mesmas turbinas.
uma pergunta aos amigos.
os japoneses usaram as estruturas do P3 para fazer este avião,
Não sei se é só eu, mas tá parecendo que algo não combina.
Pegaram a fuselagem de um turbo-hélice e instalaram 4 turbofans.
Ficou esquisito!
E tudo bem que é para operações sobre o mar, mas será que só 2 motores não resolviam a parada?
Carvalho,
A estrutura lembra a de um P-3 mas é nova. Não são estruturas de P-3 “aproveitadas”.
Hamadjr / joseboscojr
Um aeronave que serviria bem seria a fuselagem do E-170 com os motores e asas do E-190. Foi o que a Boeing fez.
Mauricio R.
Na verdade a Mitsubishi já está desenvolvendo uma aeronave nesse sentido: o MRJ.
carvalhomtts
É uma aeronave totalmente nova, mas podem ter desenvolvido essa aeronave a partir dos P-3.
Ao elegerem o P-3 para a FAB, alijaram a oportunidade barata de desenvolver um E-170MP (ou algo assim), tanto para o mercado interno como para o mercado externo.
Marcos, acho que precisamos ver isso sem perder de vista a cronologia e as possibilidades de cada época. Senão as opiniões podem sofrer com anacronismo. O programa do P-3 já tem muito, muito tempo. Foi decidido no longínquo ano de 1999. Naquela época, o E-170 e seus descendentes ainda nasciam como projetos de aeronaves regionais. Foi em junho de 1999, em Le Bourget, que a nova família de jatos foi anunciada para o mercado. O voo do primeiro protótipo ocorreu só em 2002. O foco da Embraer em versões militares de seus jatos, na época da decisão pelo P-3 e… Read more »
Alguns dados importantes. Tripulação: Piloto, Copiloto e mais 11 operadores. Comprimento: 38,0 m (124 ft 8 in) Envergadura: 35,4 m (114 ft 8 in) Altura : 12,1 m (39 ft 4 in) MTOW (peso máximo de decolagem): 79.700 kg (176,000 lb) Powerplant: 4 × IHI Corporation XF7-10 turbofan Potência individual: 13,500 lbs (60 kN) cada. Velocidade Máxima: 996 km/h (538 knots, 619 mph) Velocidade Cruzeiro: 833 km/h (450 knots, 516 mph) Range: 8.000 km (4,320 nm, 4,970 mi) Teto de serviço: 44,200 ft (13,520 m) Capacidade de armas: mais de 20,000lb ou 9.000 kg; Sendo mísseis AGM-84 Harpoon, ASM-1C e… Read more »
4 motores médios não são mais caros que 2 motores maiores?
“enquanto o programa P-3BR caminhava devagar”
Talvez o problema todo seja esse.
Quando a coisa chega lá, já está obsoleta.
Marcos, não sei se o problema todo pode ser traduzido nessa frase, mas não duvido que boa parte dele possa.
Ainda assim, os sistemas do P-3BR estão longe de serem obsoletos. A plataforma é que é antiga / revitalizada e, quanto um programa desses demora mais do que o esperado, o que já era considerado velho fica, obviamente, mais velho. O programa F-5BR, que deu origem aos F-5M que foram a espinha dorsal de caças da FAB, sofreu do mesmo mal. Era planejado para ser completado uns cinco anos antes do que foi.
O MRJ é destinado ao mercado de aeronaves regionais, concorrente dos E-Jets portanto, o que a Kawazaki pretende é uma aeronave ainda maior.
Algo talvez na classe dos jatos Comac ARJ-21 ou C-919, usando a mesma turbina.
Qnto a um possível derivado do KC-390 ou dos ERJ’s, o mesmo dependeria de:
a) existência de um mercado potencial,
b) o atendimento das necessidades da FAB.
Desenvolvimento local. Bom! Acredito nisto. Na capacidade e competência. Temos também em nosso país para desenvolvermos dentro de nossas possibilidades qualquer aeronave, embarcação ou equipamento militar. acredito e reitero o que digo, pois temos pessoas muito bem preparadas.
A outra encomenda do Ministério da Defesa Japonês para a Kawasaki (o transportador C-2, concorrente do Embraer KC-390) foi entregue em 30/6/2016: