Governador de Pernambuco comemora parceria firmada com fabricante de aviões

11

Eduardo comemora parceria firmada com empresa de produção de aviões 1

vinheta-clipping-aereo“Essa é uma cooperação muito importante, com uma empresa foto1que tem 80 anos no Brasil e atuação em diversos setores estratégicos. O petróleo, gás e offshore é uma área portadora de futuro, na qual temos investido e procurado posicionar nossa economia. Tenho certeza de que a cooperação que estamos anunciando renderá bons frutos para o Estado”. Foram essas as palavras do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, após firmar, na tarde desta quarta-feira (27/03), um memorando de entendimento entre o Governo do Estado e a Boeing, empresa americana líder na produção de aeronaves militares e comerciais.

O termo de parceria viabiliza a transferência de tecnologia e treinamento de pessoal para a construção de embarcações e de plataformas de petróleo. foto2Assinado pelo governador e a presidente da Boeing Brasil, Donna Hrinnak, que presenteou Eduardo com uma miniatura do Boeing 747, principal produto da empresa.

Eduardo comemora parceria firmada com empresa de produção de aviões 2Donna Hrinnak ressaltou que a parceria com Pernambuco é a primeira no Nordeste. “Esse Estado que é um modelo, um Estado muito dinâmico, sempre procurando participar das inovações e contribuindo para o desenvolvimento do Nordeste e do Brasil. Temos técnicas desenvolvidas para aeronaves que têm relevância para indústrias como a de construção de navios e plataformas de petróleo”, destacou.

O acordo prevê ainda colaborações com instituições técnicas e universidades brasileiras. A Boieng hoje tem mais de 170 mil funcionários em 70 países, e clientes em 150 nações. Em 2011, a empresa obteve uma receita de US$ 68,7 bilhões. Consolida-se com know-how na área de soldagem e técnicas essenciais de fusão de materiais utilizadas na construção de navios e plataformas de petróleo.

Histórico

A relação da Boeing com o Brasil vem desde 1960, com a entrega do primeiro avião comercial. Nos idos de 1970, a Boeing desenvolveu parcerias com a indústria brasileira de comunicações por satélite. Atualmente, os dois maiores clientes comerciais da empresa no país são a GOL e a TAM.

Interesse da Boeing está ligado ao programa F-X2 de novos caças para a Força Aérea, segundo o “Jornal do Commercio”

O interesse da Boeing em fomentar a qualificação e a pesquisa no Brasil não é gratuito. O apoio a indústrias e instituições de ensino é parte da proposta apresentada pela empresa na licitação do programa F-X2 do governo brasileiro, que vai comprar 36 caças para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB). Três gigantes estão na disputa: a Boeing, com o caça F/A-18E/F, a francesa Dassault, com o Rafale, e a sueca Saab, com o Gripen NG.

A concorrência começou em 2008. “Essa licitação é uma novela interminável“, comenta Donna, em tom de brincadeira. A expectativa é que o governo se decida sobre a compra até o final de setembro.

Enquanto a decisão não sai, a Boeing vai fechando parcerias tecnológicas no País e incrementando as vendas no mercado de aviação comercial. Os maiores clientes da companhia nesse setor são a Gol e a TAM. A empresa também estuda trazer para Petrolina o Boeing 747-8. A Boeing está no Brasil há 80 anos.

FONTES: Governo do Estado de Pernambuco (também fotos) e Jornal do Commercio, via Notimp

NOTA DO EDITOR: título original da matéria da área de notícias do site do Governo de Pernambuco é “Eduardo comemora parceria firmada com empresa de produção de aviões”. Vale ressaltar ligação que o Jornal do Commercio faz entre essa parceria relacionada à indústria naval e o programa F-X2 de caças vai além de uma simples opinião da mídia. Ela está explicitada na nota que a própria Boeing divulgou a respeito desse acordo, tanto em seu site internacional quanto no brasileiro (clique nos links para acessar as versões em inglês e em português). Neste último, está escrito claramente: “O acordo apoia as indústrias e as instituições de ensino locais e faz parte da proposta apresentada pela Boeing para a licitação do programa F-X2, da qual a empresa participa com o caça F/A-18E/F Super Hornet.”

VEJA TAMBÉM:

Subscribe
Notify of
guest

11 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Nick

Lobby pesado. bem que podiam anunciar esse FX-2 na LAAD/13. Vamos ver…

[]’s

Marcos

Boeing vislumbrando o futuro e já fazendo um acerto com um talvez futuro Presidente da República???

Hamadjr

A Boeing esta vendendo seu peixe, pois tem interesse direto na venda dos caças á FAB, quanto ao PSB ter um candidato a presidência não seria impossível mas não pelo andar da econômia que esta a favor da atual presidente, então neste momento da conjuntura é improvável.
Mas fora isto o acordo é bom para o estado de Pernanbuco pois quando se trata de acesso á tecnologia os envolvidos saem ganhando, principalmente a comunidade acadêmica.

Vader

Pois é, meu caro Marcos…

Vader

Só um adendo, sem querer entrar na questão política, mas tendo que esbarrar nela. Para não ferir as regras do blog, vou tentar dar um fato e uma análise isenta, sem quaisquer conotações políticas e sem querer dar uma de profeta: O tal de Campos SERÁ candidato à presidência da república, nem que seja apenas como “balão de ensaio” para 2018. E, dadas as outras candidaturas até agora postas (Dilma/Aécio/Marina), se conseguir ir para segundo turno, possui imensas chances de ser eleito. Isso porque o sujeito tem ficha limpa e é da base aliada do governo, não podendo ser acusado… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Ok, Vader, mas faço mais uma vez o pedido que já fiz na outra matéria desse assunto: Deixemos a sucessão presidencial em segundo plano nessa discussão, por favor. Sim, há política envolvida e o governador do PE pode explorar politicamente esse acordo e a Boeing também pode se beneficiar politicamente disso, mas voltemo-nos para outros aspectos para primeiro plano. Podemos discutir as questões tecnológicas, o posicionamento da Boeing em mostrar interesses que não se restrinjam ao F-X2 (embora obviamente essa movimentação possa render frutos e seja pensada em conjunto com o aumento de suas chances no programa dos caças), o… Read more »

Aproveitando o assunto F-X2, acrescentei ao final do texto do site do Governo de Pernambuco o trecho de uma reportagem que saiu no Jornal do Commercio. E mais abaixo, na nota do editor, coloquei a comprovação de que a Boeing deseja claramente relacionar o assunto à disputa de caças. Isso está explícito nas notas à imprensa que saíram tanto no site internacional da Boeing quanto no site em português, nas quais se lê, respectivamente: “The agreement supports local industries and educational institutions as part of Boeing’s Super Hornet bid in Brazil’s F-X2 fighter competition.” “O acordo apoia as indústrias e… Read more »

Hamadjr

Caro Guilherme De fato a economia brasileira cresce 1% e bate recorde de arrecadação com a manutenção da concentração de renda, no entanto segundo os economistas não se pode nivelar o 1% do Brasil com o 6% do Chile, pois são diferente macro econômicas, e não é objeto do post, porém nem sempre se pode dictomizar este tema com as matérias postada, pois tem relação direta tem nas decisões políticas, embora alguma correntes acadêmicas dizem que é política que interfere na econômica. Se até 2014 não for decido qual será o caça que vai substituir o F-2000 então esta pauta… Read more »

ricardo_recife

FX-II? Não acho que qualquer acordo entre o governo de Pernambuco e a Boeing importe. A letargia é de motivação puramente política, está é a verdade. O FX-II não saiu por causa da falta de interesse político do governo somado na defesa aérea e a forma como se desenrolou todo o imbróglio que foi o processo depois de setembro de 2009. Para quem é da terrinha a frase abaixo tem um importante significado. “”This program supports Pernambuco’s economic development strategy by expanding education and opportunities for the long-term growth of our people and our economy,” Campos said. “We look forward… Read more »

sergiocintra

Com o desenvolvimento do “windows” tudo virou virtual, poucas coisas são de carater “real”. A maioria são só intenções, “neca” de concretizações.
Tem-se estradas lindíssimas, “virtuais”. Tem-se estações hidroviárias e metroviárias extremamente futuristas, mas “virtuais”. Tem-se até caças já nas cores da FAB, não importa qual o fabricante. Vivemos na era do “blá-blá-blá” infelizmente!
Como anda o sertão pernambucano? Lembre-se o “real”.
Vamos à atenção do blog! “blá-blá-blá”.

Desculpem, mas estou vivendo um período do Transtorno Desafiador
Opositivo.