Gripen NG- foto Saab

Caça sueco é uma de quatro alternativas para a reabertura da concorrência de caças do país, suspensa em meados de 2010 – Segundo executivo da Saab, posicionamento da empresa para exportar o Gripen é ‘mais forte do que nunca’ devido à encomenda sueca de 60 exemplares

A Saab divulgou nota na última sexta-feira, 15 de março, sobre a decisão do Ministério da Defesa da Dinamarca em reabrir o processo de seleção para um novo caça, que havia sido suspenso em meados de 2010. Segundo a empresa sueca, o seu sistema Gripen é uma de quatro alternativas do processo de seleção.

A reabertura da seleção dinamarquesa de novos caças foi tomada de acordo com o “Acordo para defesa 2013-2017” do Ministério da Defesa do país. Além disso, o ministério, em cooperação com as Forças Armadas estabeleceu uma organização para preparar a apresentação de seleção dos modelos.

Gripen com Raven ES-05 AESA - foto SAAB

Lennart Sindahl, chefe da área de negócios Aeronáuticos da Saab, afirmou: “Nosso posicionamento para exportar o Gripen para o mercado mundial é mais forte do que nunca, especialmente após a encomenda histórica realizada no mês passado pela Suécia para 60 caças Gripen e os outros possíveis 22 exemplares para a Suíça. Notamos um grande interesse pelo Gripen por todo o mundo e seguimos a decisão que acaba de ser anunciada na Dinamarca. Agora estamos aguardando receber mais informações sobre o processo.”

De acordo com o Ministério da Defesa da Dinamarca, o programa reaberto envolve quatro alternativas: o F/A-18 Super Hornet da  Boeing, o  F-35 Joint Strike Fighter da Lockheed Martin, o Gripen de Nova Geração da Saab e o Eurofighter Typhoon.

Gripen NG Demo - vista do ventre mostrando carenagens nas raizes das asas para trem de pouso- foto Saab

Ainda segundo a empresa, as características inerentes do já provado sistema Gripen, combinadas ao resultado de dez anos de investimento em métodos e ferramentas líderes no mundo para desenvolvimento e produção, colocam a Saab numa posição em que pode oferecer um sistema que vai apoiar forças aéreas com capacidades operacionais que não ficam atrás de nenhuma outra, a um custo atraente para ministros das finanças e contribuintes. Sindahl complementou: “A inovação tem sido a nossa marca por mais de 75 anos. Estamos orgulhosos em continuar essa tradição em levar a indústria de aviação para algo novo, aplicando nossos realmente revolucionários métodos de trabalho.”

FONTE/ FOTOS: Saab (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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Alfredo Araujo

Se os orçamentos de defesa não estivessem tão enxutos, o Gripen poderia ser a segunda linha de muito país europeu…
Holanda, Dinamarca e etc… poderiam optar por ter apenas um esquadrão de F-35 e alguns outros de Gripen…

Ivan

Em 07 de abril de 2011 escrevi o seguinte comentário aqui no AEREO: _______________________________ Observem o MAPA… 🙂 http://www.guiageo-europa.com/mapas/mar-baltico.htm A Dinamarca fica exatamente na saída do Mar Báltico. Tem ao norte a Noruega, à nordeste a Suécia, à leste o Mar Báltico, ao sul a Alemanha e a oeste o Mar do Norte e o Reino Unido. Fica, portanto, sobre a rota mais curta de saída da Rússia para o Oceano Atlântico. Neste cenário me parece que o mais sensato é uniformizar suas defesas aéreas com seus vizinhos, sendo o mais óbvio a Alemanha, com quem faz fronteira terrestre e… Read more »

Baschera

Ivan,
Bem elucubrado e ponderada visão do seu comentário.

Mas….. e o Rafale …. não entra na listinha da Dinamarca ?

Sds.

Ivan

Baschera,

A Dassault não foi convidada para o fandango dinamarquês, tchê!

Parece festa de anglo-saxão, mas acredito que diz respeito a idéia de defesa conjunta da Dinamarca com outro vizinho (Mar Báltico e/ou Mar do Norte) ao lado do qual pretenda pelear, no caso Alemanha, Filândia, Noruega, Reino Unido e Suécia.
(ver mapa linkado)

Cordiais saudações,
Ivan, do Recife.

Vader

Muito se fala em sítios aí afora que a Dinamarca estaria “abandonando” o JSF. Isso é uma besteira enorme, e só traduz a ignorância crassa dos prolatores de tal sandice. A Dinamarca não está abandonando o JSF coisa nenhuma. A Dinamarca é uma INVESTIDORA no Programa JSF, e já pagou uma parte do seu investimento, algo em torno de US$ 250 milhões. A Dinamarca pode até, por razões financeiras ou outras, deixar de adquirir o F-35, mas deixar o Projeto JSF é outra coisa. Quando as aeronaves começarem a ser vendidas o país auferirá LUCROS de seu investimento. Agora, ao… Read more »

virgilio

O Brasil deveria seguir a Dinamarca e acaba escolhendo logo Gripen.

Não acredito que a Russia seja o problema, mais sim os EUA que esta fazendo lóbi para a Dinamarca da independência para a Groenlândia.

Vader

O movimento de autonomia/independência da Groenlândia é questão interna dos jutos, e não me consta que tenha lobby de quem quer que seja. Por falar nisso, a Dinamarca gasta com os 57.000 moradores da Groenlândia R$ 1,7 bilhão anuais, o que dá quase R$ 30.000,00 anuais por morador. Muito mais do que o que o Brasil gasta com o Acre, por exemplo (que já é uma fábula). E muito menos do que arrecada com a exploração dos recursos naturais do país. A Groenlândia praticamente não tem economia própria além da pesca. Sem os jutos os groenlandeses estariam lascados em dois… Read more »

Ivan

MiLord Vader, Sempre olho o mapa. Tanto este que postei nesta matéria, como outros que postei na matéria anterior sobre este tema, o primeiro link indicado pelo Nunão. A Groelândia é uma enorme ilha gelada, com imenso potencial, mas nenhum alvo particularmente importante. Sua pequena população está na costa menos gelada o que poderia dar a idéia de defesas de ponto em portos e aeroportos mais importantes. Qualquer um dos 3 (três), F-35A Lightning II, Eurofighter Typhoon ou JAS-39E Gripen possuem capacidade de combustível e de sensores para patrular o caminho entre a Dinamarca e a Groelândia, como parte da… Read more »

Ivan

Virgílio,

Provavemente a Dinamarca vai mesmo de F-35A Lightning II.
Assim como outros consorciados do Joint Strike Fighter que fazem pressão de forma isolada e, ao meu ver, inócua.

Sds.,
Ivan.

Vader

Ivan disse: 18 de março de 2013 às 23:52 Ivan, a Groenlândia é para a Dinamarca como era o Acre pro Brasil em meados do séc. XX, mas superdimensionado: eles não tem muito o que fazer com ela, não tem dinheiro para explorá-la economicamente, ela não serve para quase nada, dá um prejuízo dos infernos, mas precisam protegê-la das ameaças reais e imaginárias, atuais e futuras, para as próximas gerações. A verdade é que a Groenlândia, com 2,1 milhões de quilômetros quadrados (um quarto do território do Brasil!) é um tremendo gasto para um país minúsculo como a Dinamarca. O… Read more »

Ivan

“Mas acho que o F-35 ainda é o favorito.”

Eu também acho.
Sds.,
Ivan.

virgilio

http://super.abril.com.br/ecologia/guerra-gelada-634675.shtml

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/the-new-york-times/2012/09/20/superpotencias-mundiais-disputam-influencia-politica-no-artico.htm

Eu achei esses 2 link superinteressante sobre a Groenlândia ate a china já ta querendo pisar lá, tem muito minério e petróleo.

Agora é logico que a Dinamarca é muito mais rico que o Brasil e teria condições de adquirir o F35, também queria que o Brasil o compra-se se pude-se.

Mas com a independência da Groenlândia para que a Dinamarca gastaria milhões em comprar o F35 se na pratica quem faz a defesa da Groenlândia é os EUA e o Canada?