Jornal da Flórida destaca persistência da Embraer no programa LAS
–
Segundo a reportagem de jornal de Jacksonville, onde a Embraer se baseou na Flórida para a produção local do Super Tucano, essa persistência vai beneficiar a cidade
–
Reportagem publicada no Jacksonville Business Journal na sexta-feira, 8 de março, destaca a persistência da fabricante brasileira de aeronaves Embraer em seus planos de montar aviões militares na área do Aeroporto Internacional de Jacksonville, na Flórida (EUA). A empresa manteve essa intenção por mais de um ano, e isso permitiu que resistisse a uma contestação judicial entre seu competidor e o Governo dos EUA, a duas diligências do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e três opções expiradas para alugar o hangar no aeroporto.
Em 27 de fevereiro, o Departamento de Defesa concedeu, pela segunda vez, um contrato de US$ 427 milhões para a Embraer e Sierra Nevada para 20 aviões Super Tucano de ataque leve. Essas aeronaves vão ajudar os Estados Unidos a se retirar do Afeganistão, provendo as Forças Armadas Afegãs com as armas e a tecnologia que o país precisa para combater os insurgentes do Talibã.
Que empresa é a Embraer e por que esteve tão determinada a fabricar aeronaves em Jacksonville? De acordo com um executivo da companhia, as vantagens de negócio locais levaram a essa tomada de decisão. A Embraer é o terceiro maior fabricante mundial de aviões, de acordo com sua página na internet.
Com três linhas de produtos (aviões comerciais de até 120 lugares, jatos executivos e aviões para defesa e serugrança), a Embraer tem entre seus clientes as companhias aéreas American Airlines e US Airways. A empresa quer que sua divisão de defesa e segurança cresça 19% neste ano (cresceu 13% no ano passado). A conquista do contrato com o Super Tucano faz com que a Embraer finque o pé pela primeira vez na prestigiosa indústria de defesa dos EUA.
A Embraer tem operado nos Estados Unidos por 30 de seus 40 anos de história, e emprega mais de 1.200 pessoas nos EUA, com base em Fort Lauderdale e com uma recente expansão na Flórida. Em 2011, a companhia transferiu o “quartel general” de sua divisão de jatos executivos do Brasil para a Flórida, e abriu sua primeira linha de montagem nos Estados Unidos, assim como um centro global para clientes de jatos executivos em Melbourne. A Embraer pretende também abrir um centro de engenharia e tecnologia em Melbourne.
Bob Stangarone, vice-presidente de comunicação corporativa da Embraer para a América do Norte, disse que a presença nos EUA tem sido importante para a empresa há muito tempo: “Metade do mercado de jatos executivos está na América do Norte. Isso coloca nossos negócios próximos a nossos clientes e nos dá uma linha de suprimentos mais clara”, disse ele. Foi em 1979 que a companhia escolheu Fort Lauderdale como sua base nos EUA devido ao ambiente amigável de negócios na Flórida, e também porque seria mais fácil atrair funcionários devido às praias, tempo ensolarado e alta qualidade de vida local, segundo Stangarone. Ele também ressaltou o fato da cidade fornecer uma boa quantidade de potenciais empregados, não só devido a seus trabalhadores em aviação e tecnologia, mas também pelo seu talento em defesa. Outro fator importante foi a localização próxima a um porto, para recebimento de componentes maiores como seções de cauda e asas.
Apesar de Jacksonville há muito ser considerada um lugar para manutenção e revitalização de aeronaves, a Embraer será a primeira nova planta de montagem de aviões na cidade, de acordo com Michael Stewart, diretor de assuntos externos para a Autoridade de Aviação de Jacksonville. Isso manda uma mensagem a outras empresas de que a cidade pode ser um bom lugar para construir aeronaves. Foi vantajoso para a cidade o fato de que ela poderia oferecer o aluguel de um hangar que já fora utilizado pela Piedmont, pois a USAF necessitava de uma entrega rápida dos aviões e a Embraer não teria tempo de levantar um edifício.
O contrato inicial da Embraer, relativo a 20 aeronaves Super Tucano, vai criar pelo menos 50 empregos, segundo Stangarone, mas há possibilidade de novas encomendas, num valor total de 950 milhões de dólares. Isso deverá beneficiar a cidade, segundo o diretor da Autoridade de Aviação de Jacksonville, Steve Grossman: “Se você olhar para Embraer, vai perceber que onde ela vai, ela cresce. E esperamos que seus números aqui cresçam. Esperamos que eles tragam novas linhas de negócios para Jacksonville.”
FONTE: Jacksonville Business Journal via Builtforthemission (reportagem de Carole Hawkins)
Tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês
FOTO DO MEIO: Builtforthemission
VEJA TAMBÉM:
- Voa primeiro Phenom 300 ‘made in USA’
- Embraer dá início às obras do Centro de Pesquisa na Flórida
- Nova disputa do LAS: Flórida lamenta os empregos que pode perder…
- Beechcraft vai tentar bloquear contrato do Super Tucano nos EUA
- Nota da USAF sobre a escolha do Super Tucano para o LAS
- Notas da Embraer e do Depto de Defesa dos EUA sobre contrato do Super Tucano
- Amorim diz que venda de aviões Super Tucano aos EUA é vitória da indústria nacional
- Programa LAS: nota da SNC sobre a vitória do Super Tucano
- Embraer Defesa e Segurança entrega os três primeiros A-29 Super Tucano à Força Aérea Nacional de Angola
- Depois de fábricas em Portugal, Embraer descarta expansão europeia
- Embraer Portugal embarca primeira empenagem de Legacy 500 para São José dos Campos
- Embraer e AgustaWestland: esforços conjuntos na América Latina
- Embraer eleva carteira de pedidos após um ano
- Embraer estreia em novo mercado asiático
- Embraer escolhe turbinas da Pratt & Whitney
- Mais uma parceria Boeing – Embraer
- Rússia autoriza venda de jatos Embraer no país
- Embraer e Boeing assinam acordo de cooperação
- Boeing e Embraer assinam acordo de cooperação para o programa KC-390
- JDAM e SDB para o Super Tucano atacar a concorrência, via Boeing
- Embraer quer aumentar vendas de aviões para países africanos
O artigo é atroz eu sei, o “jornalista” repete em 3 parágrafos diferentes as mesmas informações, mas serve p/ mostrar o quão “brasileira” a Embraer não é, e como a União, que nos últimos 12 anos não teve competência em eleborar e implementar uma política industrial p/ o setor aeroespacial; privilegia indevidamente a empresa: “A questão básica é uma só,e continua sendo: o governo não compra e não vai comprar nada. Só comprará da Embraer para fortalecer o portfólio de negócios da empresa”, destacou.” “Mais de 70% das ações da Embraer estão hoje em dia em mãos estrangeiras, principalmente de… Read more »