Produção do míssil A-Darter começará neste ano, segundo nota do MD
Em nota do Ministério da Defesa divulgada na quarta-feira, 6 de março, tratando do “diálogo conjunto de defesa” entre Brasil e África do Sul, há um pequeno trecho relacionado ao míssil ar-ar A-Darter, afirmando que a arma entrará em produção neste ano:
“Na avaliação de Amorim, Brasil e África do Sul são parceiros de grande potencial. (…) Segundo o ministro, esse potencial está comprovado pelo projeto do “A-Darter”, míssil ar-ar de quinta geração desenvolvido conjuntamente entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Força Aérea Sul-africana. Os novos mísseis, cuja produção terá início ainda em 2013, vão ser utilizados pelas aeronaves F-5M da FAB e por aeronaves Gripen sul-africanas.”
Vale acrescentar que, em sua relação de comunicados divulgados em 2012, a Denel afirmava numa nota sobre parcerias em mísseis guiados que a produção seria iniciada no final de 2014 (trecho: “Denel Dynamics is already successfully partnering with Brazil in developing the A-Darter air-to-air-missile, with production scheduled to start at the end of 2014”).
Comunicado da FAB de março do ano passado indicava que o término da fase de desenvolvimento do míssil estava previsto para o final deste ano, enquanto nota do mês de dezembro indicava o início das entregas em 2015.
Como boa parte das notícias do mercado de defesa sobre programas internacionais costuma falar de atrasos, e não de adiantamento de prazos, caso a previsão se confirme seria uma boa notícia relacionada ao programa do míssil (embora reportagens anteriores falassem de datas mais próximas – consulte os links ao final).
Para ler o restante da nota do Ministério da Defesa, clique aqui para acessar matéria no Blog das Forças Terrestres. Para saber mais sobre o desenvolvimento do míssil A-Darter, clique nos links abaixo.
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Boa notícia, mas já que estão querendo usar o A-1 como interceptador, poderiam aumentar o volume de encomendas e equipar o A-1M também.
[]’s
Não entendi, Nick.
A-Darter em A-1, só no A-1 na versão modernizada.
O A-1 no padrão sem modernização é uma espécie em extinção, com o programa de modernizar essas aeronaves ganhando ritmo.
Até a projeção de entregas de A-1M em maior quantidade aos esquadrões e dos primeiros mísseis A-Darter estaria mais ou menos sincronizada, pensando em 2015 pra frente (levando em conta que a prioridade seria armar os F-5EM, na minha opinião).
Não se cria uma indústria de altíssima tecnologia do dia para noite. Graças aos engenheiros fundadores da Mectron e seu empreeendedorismo, passamos de Piranha para agora sim um míssil de primeira linha! Parabéns aos envolvidos!
Caro Nunão,
Pelo notas, nunca mencionam o A-1 mesmo na versão modernizada equipado com o A-Darter, mas com o Piranha. Então penso eu, porque não padronizar tudo com um míssil de alto desempenho de 5ª geração?
Mesmo porque, pelo visto o A-1 e posteriormente A-1M serão substitutos/complementos aos F-5EM na Defesa Aérea. É um remendo, vamos remendar da melhor forma possível. 🙂
[]’s
Ah, tá, entendi agora. Não sei por que interpretei seu comentário como uma distinção entre A-1 e A-1M.
Sim, também vejo sentido em que o A-1M possa ser equipado com o A-Darter, depois deste ser homologado no F-5M (e quem sabe num possível F-X2, embora tudo indique que as entregas do A-1M terminem antes…)
Eu acho que os agradecimentos corretamente, devem ser p/ a Denel, essa Mectron no mto não passa de uma pateta.
Sem os sul-africanos p/ ajudar, nem o “Piranha” teriam terminado sózinhos.
Lá vem o Mauricio R. meter o pau na indústria nacional, incrível esse cara…
Muito bom, mas vamos a perguntas de que está por fora so assunto: O míssil já foi destado e lançado de Gripens, não vão, fazer o mesmo com o F-5 ? Só quando já estiverem produzindo,é vão integrar,testar e tal?Ou já fizeram isso e não me avisaram.Abçs
Espero que a Mectron e as outras empresas nacionais que se beneficiaram da transferência de tecnologia continuem enganjadas no projeto e desenvolvam o A-Darter ao longo de sua operação. Dá até para entender que tenham cooperado pouco neste desenvolvimento, afinal o projeto era da Denel e as nossas empresas estavam defasadas nesta tecnologia, mas a partir de agora elas tem a obrigação de dar sua colaboração ao projeto, aperfeiçoando-o em versões posteriores para mantê-lo atualizado. E espero também que a FAB faça sua parte encomendando lotes periódicos para seus caças, tanto da versão atual quanto das futuras versões, para que… Read more »
Meto o pau mesmo, não sou abrigado a tecer loas a empresas cuja competência é no mínimo questionável. Tb não concordo c/ a alegação de que essas mesmas empresas não acrescentaram nada ao projeto, por estarem defasadas tecnicamente. A falta de capacitação é derivada exclusivamente da falta de investimento dos próprios controladores dessas empresas, no negócio. E a viabilidade técnico-econômica dos mesmos, não é de responsabilidade nem da FAB ou da União, como mtos pretendem. A União não tem obrigação alguma de adquirir produtos dessas empresas, além das qntidades necessárias ao atendimento das dotações das forças singulares. Querem sobreviver no… Read more »
Mauricio R. disse: 8 de março de 2013 às 8:52 “A União não tem obrigação alguma de adquirir produtos dessas empresas, além das qntidades necessárias ao atendimento das dotações das forças singulares.” Mais aí é que esta o problema, a União não adquire nem o necessário, quantos Piranhas nós temos? Aliás quantos mísseis ar-ar, independente da origem, nós temos? “Querem sobreviver no mercado, tratem de se virarem!!!” Aqui eu concordo em partes, com um pouco mais de coragem é possível expandir o mercado e não depender unicamente da FAB, prova disso é a venda do MAR-1 ao Paquistão. Mas por… Read more »
A União não tem a obrigação de “apoiar” empresa privada, somente pq esta fabrica canhão.
Como dito anteriormente:
“A falta de capacitação é derivada exclusivamente da falta de investimento dos próprios controladores dessas empresas, no negócio.
E a viabilidade técnico-econômica dos mesmos, não é de responsabilidade nem da FAB ou da União, como mtos pretendem.”
A obrigação da União p/ c/ a empresa privada e a sociedade em geral, se chama:
Política Industrial
Não sei se o PA já o fez, mas seria interessante uma matéria mais aprofundada sobre o programa e as capacidades do míssil, bem como a comparação com seus rivais.
No Brasil “pronto” não significa muita coisa. O MAA-1 recebeu homologado de homologação em 1998, mas até 2004 era um míssil “cego”. Engraçado algo ser “homologado” por uma autoridade competente e não poder ser utilizado em serviço. Imagino se um dia a FAA homologar uma aeronave porem com uma recomendação “Não pode voar com passageiros só o piloto” e somente 6 anos depois a aeronave puder embarcar passageiros. O fato é que com a “homologação” de 1998 a MECTRON pode “concluir” para efeitos legais o contrato de desenvolvimento de US$ 8 mim (valor da época) de 1993. Bom, mas mesmo… Read more »
Nao conheco a empresa nacional citada, mas conceitualmente penso que o Mauricio R estah correto.
Muito interessantes, e preocupantes, as informacoes do Soyuz, assim como foram as do Justin referente a modernizacao dos F-5 em outro topico.
[]s!
SOYUS:
” sendo o F-5M o único usuário valido “…
Esquecestes dos ALX/AT-29/Super Tucanos?
“5) O que vier na FAB como caça, ( F-5 do Irã, TAMPAX, “Tampico”), SH, NG, Rafale ou só Deus sabe, vai ser realmente integrado ao A-DARTER ou isto ainda leva uns 15 ou 20 anos, no estilo programa AMX”
Se for o Gripen, não deve haver maiores problemas, uma vez que a Denel já está integrando o míssil nos Gripens sul-africanos.