E-99 - Esquadrão Guardião - Domingo Aéreo AFA 2011 - foto Nunão Poder Aéreo

vinheta-clipping-aereoA Atech, empresa que a Embraer adquiriu 50% de participação em 2011, iniciou uma nova fase neste ano, que, num primeiro momento, envolve a mudança em seu comando. O executivo Tarcísio Takashi Muta passou o bastão para o engenheiro Jorge Ramos, que já atuava como diretor da empresa há alguns meses, após deixar o cargo de diretor de desenvolvimento tecnológico da Embraer, onde trabalhou quase 30 anos.

As mudanças foram colocadas em prática em 1º de janeiro e devem incluir uma alteração no capital da Atech, com a Embraer assumindo o controle. Sobre a aquisição do controle da empresa, a Embraer não quis se pronunciar.

Takashi permanece no conselho da Atech, que presidiu desde o início, em 2009, quando houve a separação da Fundação Atech. Criada em 1997 para garantir ao Brasil o domínio da tecnologia do Projeto de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam), a fundação também iniciou nova fase, com a mudança do nome para Ezute e da presidência, que voltou ao engenheiro Takashi.

Formado pelo Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA), o engenheiro eletrônico Jorge Ramos assumiu o desafio de comandar uma empresa estratégica para os negócios da Embraer na área de defesa. Segundo o executivo, a Atech já começa o ano com a expectativa de alta da ordem de 40% a 60% no faturamento, que em 2012 foi de R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.

As Forças Armadas brasileiras respondem pela maior parte dessa receita e os projetos previstos para este ano vão permitir à empresa aumentar o número de funcionários dos atuais 250 para 300. “A parceria com a Embraer fortalece a ação empresarial da Atech e facilita sua expansão, ao permitir que a empresa participe de contratos bem mais abrangentes com as Forças Armadas”, disse Ramos.

E-99 - Esquadrão Guardião - Domingo Aéreo AFA 2011 - foto 6 Nunão Poder Aéreo

O exemplo mais recente disso, segundo o executivo, é a modernização de cinco aeronaves de vigilância e alerta aéreo antecipado E-99, para a Força Aérea Brasileira (FAB). A Embraer foi contratada para o projeto e a Atech fará a atualização de parte do sistema de comando e controle.

A Atech também participa do consórcio integrado pela europeia Cassidian, braço de defesa da EADS, selecionado para fornecer o sistema tático de missão naval de oito helicópteros EC-725, comprados pela Marinha brasileira e fabricados pela Helibras. Somente a parte da Atech neste contrato está estimada em R$ 30 milhões.

Helibras - inauguração nova fábrica 2-10-2012 - Super Cougar da MB decola com autoridades - foto Nunão - Poder Aéreo

Os contratos em carteira, segundo Ramos, também evoluíram, para R$ 300 milhões em 2012. O executivo destaca o início do desenvolvimento do sistema de comando e controle do reator nuclear da Marinha, que será utilizado no futuro submarino nuclear. O contrato com a Marinha, assinado no final do ano passado, está avaliado em R$ 231 milhões. A Atech também está entre as 10 empresas do mundo que dominam a tecnologia do controle de tráfego aéreo. Isso permitiu que o Brasil obtivesse autonomia no gerenciamento do seu espaço aéreo.

Em 2013, segundo Ramos, a Atech dará continuidade à implantação do Sagitário, uma versão mais moderna do sistema de tráfego aéreo brasileiro. O Sagitário vem sendo utilizado nos Cindactas (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Brasília, Curitiba e Recife. “Este ano, entrará em operação também em Manaus (Cindacta IV) e nos Centros de Controle de Aproximação de São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.

Ramos conta ainda que a Atech assinou, recentemente, um contrato com a aeronáutica para fazer a implantação do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (Sigma). As funcionalidades do sistema, segundo Ramos, já foram testadas na Rio+20 e apresentaram excelentes resultados. “O Sigma faz a gestão da demanda e capacidade de tráfego aéreo, ideal para ser usado em eventos de grande fluxo aéreo, como as Copas do Mundo e das Confederações e as Olimpíadas”, informa o executivo.

Já a Fundação Ezute, além de projetos relacionados a tecnologias estratégicas, manteve em seu escopo iniciativas nas áreas de educação, social e meio ambiente. No segmento de defesa, a Ezute está fazendo o gerenciamento do projeto de nacionalização do Míssil Antinavio Nacional (Mansup), do qual também participam as empresas Avibras e Mectron.

A fundação continua responsável ainda pelo projeto de concepção do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), que vai ampliar a capacidade de vigilância das águas juridicionais brasileiras e das regiões de busca e salvamento sob a responsabilidade do país. O contrato da Marinha com a fundação, para esse projeto, tem valor estimado de R$ 31 milhões.

“O objetivo da fundação é trabalhar no desenvolvimento de tecnologias que serão aplicadas em projetos estratégicos e que contribuam para a transformação e o desenvolvimento nacional”, explica o presidente da Ezute.

Takashi cita o exemplo o Sivam, quando a então Fundação Atech, de direito privado, foi contratada para desenvolver um projeto estratégico e fortemente tecnológico, que desse ao país condições para fazer o monitoramento da Amazônia de forma autônoma e independente de fornecedores estrangeiros.

A Ezute manterá a sua sede em São Paulo da mesma forma que a Atech S.A. Na estrutura da Fundação trabalham 150 funcionários.

FONTE: Valor Econômico, via Notimp (reportagem de Virginia Silveira)

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Almeida

Não bastasse terem pago o dobro do valor de mercado nas células, ainda vão gastar outra pequena fortuna em adaptações para que possam cumprir seu papel operacional. Sim, estou falando dos EC-725 da MB.

Com esse dinheiro dava para comprar o dobro de Seahawks, todos equipados com radares, sonares, flir e armas.

mateus018

E muito da tecnologia do Sivam está nas mão da Raytheon, não?

Mauricio R.

É o contrário, a tecnologia do Sivam é da Raytheon, um pouquinho desta vazou e foi parar nas mãos da Atech.
E hoje são usados como desculpa, p/ lhes entregarem quaisquer contratos das ffaa, não importa a competência em realiza-los.
Na falta e política industrial organizada, prá que né, ficamos c/ esse “capitalismo de compradío”, em que certas empresas são melhores que outras; sem de fato se-lo.