Republic Airways compra 47 jatos E175 da Embraer
O acordo inclui ainda opções de compra para 47 aviões adicionais. Aviões servirão à American Eagle. Valor do negócio é estimado em USD 4 bilhões.
A Embraer e a Republic Airways Holdings Inc., operadora com a maior frota de E-Jets no mundo, anunciaram hoje um contrato para a venda de 47 jatos EMBRAER 175. O acordo inclui ainda opções de compra para 47 aviões adicionais, o que elevaria o pedido para até 94 E175, podendo assim alcançar um valor total de aproximadamente USD 4 bilhões, a preço de lista, nas condições econômicas de 2013.
Os novos aviões serão operados pela Republic Airlines, subsidiária da Republic, nas cores da American Eagle em rotas regionais da American Airlines. O acordo está sujeito à aprovação do tribunal de recuperação judicial da American, o que está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2013. Os E175 serão configurados em duas classes de serviço, com capacidade para 76 passageiros. A primeira entrega está programada para meados deste ano.
“É muito significativo que a Republic Airways, nosso cliente de longa data, – um verdadeiro inovador no ramo de transporte aéreo regional – seja o primeiro cliente do E175 com os novos aprimoramentos que estamos implementando na frota”, disse Paulo Cesar Silva, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “É um exemplo perfeito de como nossos investimentos no desenvolvimento de produtos tornam nossos clientes mais competitivos em seus mercados. O E175 é o avião mais tecnologicamente avançado, eficiente e confortável de sua categoria, e representa o melhor valor para as companhias aéreas por também oferecer o menor custo operacional.”
Como líder no segmento de jatos de 70 a 120 assentos, a Embraer continua a investir na família de E-Jets, atualmente utilizada por cerca de 60 companhias aéreas de 40 países. A Empresa começou a implementar uma série de melhorias para a atual geração de E-Jets, incluindo novas pontas de asa (wingtips), otimização de sistemas e refinamentos aerodinâmicos que reduzirão o consumo de combustível em até 5%. A Republic será o primeiro cliente a receber o jato E175 com estes aprimoramentos. Intervalos de manutenção mais longos e melhorias de componentes aumentarão a produtividade da aeronave e diminuirão os custos de manutenção.
“Estamos empolgados com o fato de a American ter selecionado a Republic e o E175, da Embraer, para expandir sua rede com jatos regionais de grande porte”, disse Bryan Bedford, Presidente, Chairman e CEO da Republic. “O E175 é um avião excepcional e o interior selecionado pela American irá proporcionar uma experiência de primeira linha e consistente aos seus clientes voando com a Republic.”
“Este é um marco significativo na história da nossa companhia”, disse Chuck Schubert, Vice-Presidente de Planejamento da Rede de Voos da American. “Estabelecer uma frota de jatos regionais de grande porte faz há muito tempo parte do nosso plano de negócios e este acordo é mais um exemplo de como estamos executando o plano de uma forma que beneficia tanto o nosso negócio quanto nossos clientes. Vamos oferecer mais voos nos intervalos corretos durante todo o dia nos principais mercados, ao mesmo tempo em que oferecemos mais oportunidades aos clientes de viajarem na cabine da Primeira Classe em mercados-chave de negócios.”
Mais de 150 E175s estão atualmente em serviço com 12 empresas aéreas. Como o E175 não tem saídas de emergência sobre as asas, que podem restringir a disposição dos assentos, os operadores têm mais flexibilidade na configuração da cabine da aeronave. O E175 tem alcance de 3.706 km (2 mil milhas náuticas), capacidade de operação em pistas curtas (Short Field Performance) e desempenho superior para operação em altas temperaturas e grandes altitudes, tornando o avião ideal para o mercado norte-americano.
A Republic Airways foi a primeira empresa dos EUA a voar os E-Jets da Embraer. Adquiriu o E170 em 2004 e ainda opera as aeronaves em nome da United Express. Com este novo pedido, a frota de E-Jets da Republic Airways será composta por 72 jatos E170 e 107 E175, totalizando 179 E-Jets (226 se todas as opções forem exercidas). A Republic Airways também é um cliente de longa data da família do jato regional ERJ 145, com 70 aeronaves voando em contratos com diversas companhias aéreas regionais dos EUA.
Sobre a Republic Airways Holdings
A Republic Airways Holdings tem base em Indianápolis, Estado de Indiana, nos Estados Unidos, e é uma empresa holding que controla a Chautauqua Airlines, Frontier Airlines, Republic Airlines e Shuttle America. Estas companhias aéreas oferecem cerca de 1.500 voos regulares diariamente para passageiros em 145 cidades nos Estados Unidos, bem como para as Bahamas, Canadá, Costa Rica, República Dominicana, Jamaica e México, por meio de operações próprias com a Frontier e acordos de serviços a preço fixo operados com a marca de companhias aéreas parceiras como AmericanConnection, Continental Express, Delta Connection, United Express e US Airways Express. As empresas aéreas pertencentes ao grupo têm atualmente cerca 10 mil profissionais de aviação. Para mais informações, visite www.rjet.com.
FONTE: Embraer
NOTA DO EDITOR: o setor de aviação comercial da Embraer começou muito bem o ano de 2013. Havia certo pessimismo em relação ao futuro da carteira de pedidos da empresa no final do ano passado, principalmente após a sua maior concorrente, a Bombardier, fechar um negócio com a Delta Airlines para a venda de até 70 jatos CRJ900 (40 pedidos firmes e 30 opções). Com os dois anúncios feitos neste mês (o da Republic e o da empresa irlandesa Aldus Aviation) a Embraer ganha novo vigor no mercado. Somente esta venda para a Republic Airways supera, com folga, o contrato da Bombardier, que deverá ajudar a Delta a retirar de sua frota 60 jatos CRJ200.
VEJA TAMBÉM:
Ótima notícia, mais umas 2 ou 3 destas e a Embraer terá fôlego até a chegada da nova geração de E-Jets. 🙂
[]’s
“A Republic Airways também é um cliente de longa data da família do jato regional ERJ 145, com 70 aeronaves voando em contratos com diversas companhias aéreas regionais dos EUA.” Comentando esse trecho em relação à nota do editor, seria interessante saber se dentre os ERJ 145 citados, e que voam sob contratos com outras companhias, estão aeronaves que voam na prórpia American Eagle e que será a bandeira dos E-Jets comprados (a frota da American Eagle inclui também ERJ 135, 140, além do Bombardier CRJ 700). A partir daí, restaria saber também se eventualmente o contrato inclui recompra destas,… Read more »
Não preciso nem dizer o quanto me alegra esta notícia que já vinha, de certa forma, sendo esperada pelo mercado. Pra quem dizia que a venda para os irlandeses era prêmio de consolação… Quem consola quem agora? E ainda aguardamos um novo bom contrato para o segundo semestre! E onde estão os que dizem que a Embraer sobrevive das beneces do governo federal? Dos “mega” contratos de modernização de F-5 e outras meia dúzia de aeronaves que a FAB é obrigada a modernizar porque não tem outra alternativa. E onde estão os sindicalistas que assolarão Brasília após as demissões em… Read more »
Essa noticia é um tapa na cara de quem estava com medo de que a Bombardier tomasse o posto de 3° maior do mundo da Embraer, devido aos ultimos contratos fechados pelos canadenses. Parabéns Embraer!
Corsário137:
Concordo contigo em gênero, número e grau! Muito bem observado!
Nunão,
Não sei se a informação ajuda, mas há 04 anos atrás fiz um voo NYC-DCA pela American Eagle num E-JEt. Curiosamente foi a primeira vez que voei num jato Embraer – e foi fora do Brasil!
Corsario137 disse:
24 de janeiro de 2013 às 10:30
Maravilhoso comentário, parabéns. Gostaria de ter o dom da palavra que o amigo possui! Muito bem escrito.
Obrigado!
Parabéns Embraer!!!!
Parabéns Corsario137!!!!!
E onde estão os que dizem que a Embraer sobrevive das benesses do governo federal? Dos “mega” contratos de modernização de F-5 e outras meia dúzia de aeronaves que a FAB é obrigada a modernizar porque não tem outra alternativa. E onde estão os sindicalistas que assolarão Brasília após as demissões em massa que supostamente ocorrerão em SJC? Nada como o tempo e a verdade para fazer luz aos acontecimentos e justiça aos que trabalham duro e não são acreditados nem em seu próprio país. Caro Corsario 137, Eu acho que você esta distorcendo um pouco as coisas que escrevi… Read more »
A sina da Embraer é seguir fazendo parte das empresas que dão grande orgulho ao povo brasileiro.
Em relação a nova geração de E-Jets, a questão principal é: nenhuma empresa do setor lança um novo produto sem antes fazer inúmeras consultas à clientes e fornecedores. Quando há os “air shows” pelo Mundo e as companhias fecham pedidos, na verdade as negociações já estão em andamento a meses. Portanto, a falta de lançamento de um novo produto decorre essencialmente de que as próprias companhias aéreas regionais estão encontrando dificuldades em suas operações. Se existe um produto atrasado no mercado é o C-Series da Bombardier. O modelo foi lançado praticamente junto com o lançamento dos E-Jets. E a verdade… Read more »
Não é concurso de “miss”…. nem de se trata de vaga para a Academia Brasileira de Letras…. ou mesmo de “puxação de saco”…. Mas comentário por comentário… desta feita…fico com as ponderações relisticas do colega “Soyuz”. O que se “lê” por aí… via de regra é a verdade…. há, sim, algo de errático na administração da EMB, como bem se pode ver no gráfico de variação de suas ações na(s) bolsa(s). http://graficos.invertia.com.mx/Megacharts/MChartISAPI.dll?Chart?ACK=|LlaveMegachart|&UID=DemoDLY:DemoDLY&PRD=InvMX&SYM=RV030EMBR3&SPR=24:M&SFR=D&SCL=&SLK=WWW&TIU=0&TIO=&TIS=1&CSZ=585,465&CST=1,1&CGR=3&IMG=PNG&RGN=BR&XML=InvertiaHistoria&TMP=0& Outra coisa parece ser a indicação para seu conselho diretivo do atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, Arno Agustin… numa clara demostração de preocupação por parte do… Read more »
Errata: Onde se lê “relisticas” leia-se ralísticas…..
Sds.
Putz…. leia-se “realísticas”…. falha da peça em frente a tela !!
Sds.
[…] Republic Airways compra 47 jatos E175 da Embraer […]
Baschera
Outra coisa parece ser a indicação para seu conselho diretivo do atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, Arno Agustin…
Talvez seja esse o problema.