LAS: somente 20 unidades?
Ancelmo Gois
Os planos de Obama de apressar a saída do Afeganistão podem afetar o projeto da Embraer de vender para a força aérea americana aviões de combate leve, para uso na região.
Esta compra é aquela que foi ganha pela empresa brasileira, no final de 2011, e anulada, em seguida, graças ao lobby dos políticos de Kansas, muitos deles financiados pela Hawker Beechcraft, derrotada na disputa.
Segue…
O processo de compra dos caças está atrasado há uns 20 meses. Nesse período, a Casa Branca avançou na ideia de bater em retirada do Afeganistão.
Com isso, teme-se que a encomenda se restrinja a apenas 20 aviões.
FONTE: O Globo, via resenha do EB
NOTA DO EDITOR: caso realmente a compra seja de apenas 20 aviões, ela não salvará a Hawker Beechcraft. Para a Embraer seria apenas mais uma venda de duas dezenas de unidades como outra qualquer.
“Para a Embraer seria apenas mais uma venda de duas dezenas de unidades como outra qualquer”
Discordo…
O cliente não é uma força aérea qualquer… É “apenas” a USAF, a maior e mais bem equipada…
Caro Alfredo
A USAF é a intermediária. O usuário final será o Afeganistão.
“Para a Embraer seria apenas mais uma venda…” Ops!!! A quantidade não é tão pequena, comparada com as demais vendas do Super Tucano, entretanto esta é a menor das questões. É uma venda para os Yankees, via US Air Force, de aeronaves destinadas a lutar no mais encardido TO de guerra assimétrica do mundo, o Afeganistão. É um selo de aprovado, que somado ao selo de provado em combate conquistado nas selvas da América do Sul, coloca o Super Tucano em um nível muito interessante no mercado internacional. São “apenas 20 aviões”? Tudo bem, no problem. Mas dá uma olhadinha… Read more »
Estava navegando no ForTe, quando eu vi este vídeo:
http://www.forte.jor.br/2013/01/09/video-forcas-de-defesa-iraquianas/
Fiquei muito curioso com um perfil que aparece aos 1:24 min do vídeo… É um AT-6 da HB?
Caro tiagobap
O AT-6 ainda não foi vendido para nenhum país. Trata-se apenas do T-6 Texan II.
Uma alternativa é fazerem negócio idêntico aos helicópteros Mi, o qual os americanos colocaram o dinheiro e os russos venderam.
Se a Hawker Beechcraft ganhar e tiver de entregar somente 20 unidades, termina é de afundar a companhia, já que o aparelho ainda não está inteiramente desenvolvido e irá requerer mais investimentos.
Com todo respeito a opinião do editor, mas, discordando, compartilho dos demais colegas que também o fizeram. Intermediário ou não, o nome “USAF” está envolvido. E, na verdade, é a USAF quem irá adquirir o produto, não foi o presidente do Afeganistão quem interrompeu o processo, ora, só tem o poder de interromper um processo de compra, quem efetivamente está comprando, mesmo que venha a sub-rogar seu direito à contratação, posteriormente. E quanto à quantidade, pergunta para EMBRAER o que ela prefere: vender 100 ST à Força Aérea de Burkina Faso…, ou 20 pra USAF ? Sinceramente, se houvesse um… Read more »
Caro Ozawa
O que move a Embraer é o lucro.
Se a Embraer vendesse 100 ST para Burkina Faso e 20 para a USAF significa que a venda para o país africano foi 5 vezes mais renável para a empresa.
Por mim que cancelem tudo…de LAS para “aquele” outro…
Poggio, concordo plenamente contigo, a Embraer prefere mesmo vender 1OO ST para Burkina, mesmo porque todo mundo sabe quem ganhou técnicamente o LAS, logo , as demais forças aéreas do mundo sabem a qualidade do produto da Embraer,os EUA escolheu o produto brasileiro, só não comprou “ainda” por questões políticas.Abçs
Poggio, Tenho dúvidas se Burkina Faso tem condições de pagar por uma centena de Super Tucanos totalmente equipados. Tenho dúvidas se os ‘burkinenses’ tem condições de operar mais que uma ou duas dúzias de aeronaves de ataque com armas guiadas. Mas tenho certeza que se a USAF comprar apenas duas dezenas de Super Tucanos para os ‘afeganistenses’ o pagamento será feito, as aeronaves serão operadas com proficiência, as melhores armas serão integradas e usadas. Mas ainda, entregará um selo de qualidade para a Embraer que vale muito, sem falar de um imenso potencial de vendas em conjunto com soluções Boeing.… Read more »
Os americanos usaram UAV’s a Guerra do Vietnam inteira, somente o conceito era diferente daquele dos israelenses.
Qnto as aeronaves do LAS, a USAF nunca deu pistas de que pretenderia adquirir mais do que as 20 unidades estipuladas na concorrência.
Foi a claque que baba ovo pela Embeaer, que pirou na batatinha e começou a enxergar miragens.
Se o Taliban defenestrar o atual regime afegão, as perdas serão mínimas.
Os americanos usavam no Vietnã grandes UAVs baseados em “alvos tele-operados” geralmente para reconhecimento fotográfico ou ELINT. Eram propulsados por turbojatos e lançados e recuperados por aviões, geralmente um C-130 especializado.
Já os israelenses na década de 80 operavam pequenos UAVs a hélice, lançados do solo e em geral com função de isca para baterias antiaéreas.
Ficaram famosos na batalha no Vale de Bekaa na Guerra do Líbano ajudando na destruição dos temíveis SA-6.
Dessas duas vertentes surgiu o que temos hoje, pra todo gosto, de 500 gramas a 20 toneladas.