Ministro da Defesa de Portugal confirma negociações para venda de uma dezena de caças F-16

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Caça F-16 em exercícios na Base Aérea n.º 5, em Monte Real CARLOS LOPES

Redução de dez dos 39 caças F-16 da esquadra “não compromete o cumprimento das missões”, garante Aguiar-Branco

 

vinheta-clipping-aereoO ministro da Defesa, Aguiar-Branco, admitiu esta quarta-feira que “há caças para vender” e que, para além da Romênia, a Bulgária também estará interessada na compra de aviões portugueses.

“Nós, efetivamente, estamos a tratar da venda de cerca de dez F-16 – podem ir entre nove e 12 F-16 – essa venda está a ser objeto de toda uma negociação. Pode ser com a Romênia ou pode ser com a Bulgária, está todo um processo a decorrer”, admitiu Aguiar-Branco na cerimônia de inauguração das instalações do Comando Local da Polícia Marítima, em Ponta Delgada, nos Açores.

Segundo o ministro da Defesa, essa decisão “é fruto de uma lógica de racionalização imediata”, assegurando que “não compromete o cumprimento das missões por parte da Força Aérea e que poderá inclusivamente vir a facilitar e criar condições para que o reequipamento da própria Força Aérea seja mais forte do que é neste momento”.

“É uma operação feita em total sintonia com o próprio chefe do Estado-Maior da Força Aérea, portanto é uma avaliação convergente e de uma situação em que se podem tirar benefícios quer para o país, quer para a Força Aérea num futuro próximo”, afirmou o ministro.

Questionado pelos jornalistas acerca das razões de serem dispensáveis dez de um total de 39 F-16 da Esquadra da Força Aérea Portuguesa, Aguiar-Branco sublinhou: “Se há condições para fazer este tipo de operação, é porque na relação custo-benefício ela é mais vantajosa do que a situação que tínhamos”. “Temos de fazer uma avaliação sempre entre o custo e o benefício e a oportunidade, neste momento, aponta para que nessa avaliação seja mais positivo podermos fazer a venda desse equipamento. Assim ela se concretize, com as garantias necessárias de quem vier a comprar”, disse.

FONTE: www.publico.pt

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thomas_dw

“Se há condições para fazer este tipo de operação, é porque na relação custo-benefício ela é mais vantajosa do que a situação que tínhamos”. “Temos de fazer uma avaliação sempre entre o custo e o benefício e a oportunidade, neste momento, aponta para que nessa avaliação seja mais positivo podermos fazer a venda desse equipamento. Assim ela se concretize, com as garantias necessárias de quem vier a comprar”

traduzindo

estamos sem dinheiro e vamos vender o que der, se sobrar uns, ta otimo.

MOsilva

É, a crise econômica está pegando mesmo na Europa. Que o diga as FFAA da Gran Bretanha…
SDS.

Jovem Aviador

Como leigo faço a pergunta, será que esse caças da FAP, não serviriam com TAMPÃO pra FAB? Eles não entrariam como compra de oportunidade já que os estoques de usados estão diminuindo? E esses caças interessariam para a FAB nesse momento???

Tiago Alves

Somente dez F-16 não servem de tampão ao Brasil, principalmente levando em consideração o que será gasto em treinamento e manutenção. É uma boa compra para Forças Aéreas que já o operam.

Vader

Já foi divulgado que 9 desses caças para a Bulgária sairiam por mais ou menos US$ 450 milhões. Isso COM sobressalentes, treinamento, ferramental e tudo o mais. Caças MLU, similares aos Block 50, compatíveis com AIM-120, e ainda com pelo menos bons 10 anos de utilização. 12 desses seriam um bom tampão para a FAB? Pelo custo/benefício SIM, seriam sim. Poderiam ser entregues quase que imediatamente ao GDA para a substituição dos F-2000 e, posteriormente, caso os resultados fossem satisfatórios, poderiam ser completados com caças novos, Block 50, diretamente do fabricante. Por um décimo do custo do FX2 se afastaria… Read more »

guilherme da R.

Se o F-16 ainda esta em operação em grandes FAs, por que o brasil não compra mais mirage 2000 sabendo que ambos os caças estão no mesmo nivel.

Luis

Não compramos M2000 novos porque não é mais fabricado.

Quem tem usado não tem para se desfazer deles de uma hora para outra.

O melhor tampão para a FAB é o Gripen C/D, dos estoques suecos. Ou, bem mais caros, os EF2000 da ING/ITA.

Adriano Bucholz

Tinha que ser uns 20 pra compensa!! hehe

MOsilva

Não creio que estes aparelhos sejam adequados a FAB, mesmo para servirem como “tampões”. Provavelmente a FAP vai se desfazer dos modelos mais antigos (alguns dos F-16 portugueses tem perto de 30 anos de fabricação). E não acredito que haja nenhum (ou no máximo um) modelo B nesta venda. Para estarem completamente operacionais no Brasil, seria necessário toda uma adequação técnica, tática e logística que só se justificaria se o F-16 (novo de fábrica) fosse escolhido para ser o novo vetor da FAB. Não parece ser este o cenário. Mas que a FAB necessita de um novo caça urgentemente, disso… Read more »

Alex

Que inveja dos Portugueses. O Brasil, uma das maiores economias do mundo, tem uma Força Aérea com aviões que na minha opnião, são inferiores ao da Força Aérea Portuguesa…. Na boa, é ridícula, patética e nojenta a nossa Classe Política… Não tem visão de nada(Aliás tem visão sim, para $$$ isso eles tem).
Rezo para Deus que nenhuma nação “amiga” ou “inimiga” queira nos peitar… senão estamos ferrados!!

Bruno W.

Olá, Lembrando que esses F-16 são da versão A/B se não me engano, ou seja a mais antiga, mesmo MLU ainda são antigos. Para um eventual “Tampão do Tampão” não sei se valeria a pena. Operar um caça não é apenas comprar e voar, exige-se meses de treinamento dos pilotos, mecânicos, controladores de voo.. etc.. etc.. Muda-se toda uma doutrina dentro de uma força aérea. Um desprendimento enorme de dinheiro, tempo e pessoal, para um caça que teria 5/10 anos de uso? Sem falar que emperraria ainda mais uma aquisição de um novo avião. Para mim a solução menos desastrosa,… Read more »

Almeida

Pois é, compram-se os F-16 portugueses pra FAB e ficamos sem REVO, já que o sistema é diferente. Que ótima idéia!