Gripen na Suécia: parlamento aprova novos caças por ampla maioria
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Decisão dá sinal verde para que o Governo Sueco compre entre 40 e 60 novos caças Gripen E, o que também está condicionado à encomenda externa de pelo menos 20 exemplares pela Suíça ou outro país
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Segundo nota publicada nesta tarde de terça-feira (11 de dezembro) nos jornais suecos Expressen, o Parlamento da Suécia disse sim à aquisição de caças Gripen da nova versão E.
A aprovação foi por ampla maioria: 264 votos a favor, 19 contra e 18 abstenções, com o Partido Verde e a Esquerda expressando reservas quanto à decisão. Assim, foi dado o sinal verde para que o Governo encomende entre 40 e 60 novos caças Gripen.
O custo total, que inclui manutenção e operações, é estimado em 90 bilhões de coroas suecas (aproximadamente 13,5 bilhões de dólares) até 2042, segundo o jornal. Porém, a compra pode ser cancelada até 2014, caso a Suíça ou qualquer outro país interessado não se decida a comprar pelo menos 20 aeronaves do tipo.
FONTES: Expressen e Dagens Nyheter (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em sueco)
FOTOS: Saab
NOTA DO EDITOR: apesar da importância dessa aprovação para o futuro da defesa da Suécia, não é fácil encontrar algum sinal da notícia na página inicial do site do tablóide vespertino Expressen. Isso porque o grande assunto de capa hoje é que Tom Cruise (de qualquer forma, estrela em papel de piloto de caça décadas atrás…) está em visita a Estocolmo. Já o site do matutino Dagens Nyheter (DN) traz a notícia bem visível na sua página inicial, logo abaixo de outro acontecimento importante do dia, que é o jogo de handebol da Suécia contra a Noruega. Tom Cruise ficou bem mais para baixo no DN.
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Vejo um Gripen à frente e um F-18 logo atrás.
Não vejo o Rafale.
Talvez seja um Rafale furtivo, fazendo negócios furtivos.
Marcos, Rafa…oquê?!?!?!?!?! kkkkk
Quanto Gripens estão contemplados nesta autorização?
Fabio, está no texto: entre 40 e 60 aeronaves, conforme o que o Governo Sueco decida encomendar. O que o parlamento fez foi dar o sinal verde para o Governo.
Quanto à foto de abertura, a aeronave de trás é, de fato, um F-18 suíço.
Favas contadas…
No meu entender foi um erro deixar nas mãos dos suiços, a continuação ou não do desenvolvimento do Gripen E/F. Já imaginaram cancelar o caça por causa de um referendum de outro país?? E se eles tivesse dado autorização sem essa necessidade, a Suiça se sentiria bem mais segura para aprovar a compra dos Gripens E/F.
[]’s
Nick, erro ou não, o fato é que está nas mãos dos suíços ou de qualquer comprador externo.
A mensagem do Governo e do Parlamento do país é: sem um cliente externo para contribuir com suas encomendas para a escala e os custos de desenvolvimento etc, a Saab não terá verbas unicamente suecas para o caça, como foi no caso dos desenvolvimentos anteriores. Terá uns 2/3 do necessário, mas não tudo.
Caro Nunão, Mas afinal a Suécia quer ou não esses caças? Se querem porque depender de compra externa? E se não tem condições de arcar sozinhos, vão ficar com os Gripen C/D que sem algumas modernizações que virão embutidas no Gripen E/F ( Radar AESA, IRST, Suíte de ESM, etc), não estarão à altura do cenário que eles mesmos projetaram para os próximos 20/30 anos. E se o motivo for para salvar os empregos da SAAB, o comprometimento com esses caças tem de ser independente de compra suiça ou não. Enfim, um erro na minha opinião visto que isso coloca… Read more »
Nick, precisa definir primeiro o que é “a Suécia”. Isso é um tanto generalizador para qualquer país. A Suécia é o Governo Sueco, o Parlamento Sueco, é um monte de partidos, opiniões públicas divergentes. É também sua indústria de defesa, suas Forças Armadas. Boa parte dos três primeiros itens tem se mostrado a favor de novos caças, mas a crise mundial, restrições de orçamento etc levaram a uma cautela que, para justificar de maneira econômica e política o gasto, traz como exigência a compra por parte de um cliente externo. Já as Forças Armadas Suecas já se pronunciaram diversas vezes… Read more »
Caro Nunão,
No caso a Suécia é a SAAB, suas Força Aérea, milhares de empregados, técnicos e engenheiros de alto nível, uma expertise em construção de caças adquirido ao longo de 75 anos. Uma autonomia tecnológica invejável para um país do porte deles. Eles estão colocando tudo isso na dependência de um possível referendum na Suiça.
[]’s
“Eles estão colocando tudo isso na dependência de um possível referendum na Suiça.” Aí é que está, Nick, “eles” quem? Não são todos eles. O discurso é importante e o seu certamente está bonito (provavelmente alguém com a mesma opinião que você, e que é também a minha opinião, deve ter falado isso no debate parlamentar), mas na prática a coisa se prova diferente. Deixo claro: não estou justificando essa decisão “deles”. Apenas estou tentando explicá-la / entendê-la. Na minha opinião, também acho que deveriam assumir sozinhos o desenvolvimento e a compra, independentemente da Suíça. Sobre referendum na Suíça, ele… Read more »
É. A Suíça está com a faca e o queijo não.
Fizeram um excelente negócio comprando um projeto muito bom, por um preço justo e com participação da indústria local (ainda a ser detalhado).
Poderia ter sido um outro país, mas…
264 a 19. A vitória no Parlamento foi de lavada.
Isso mostra que o “time do contra” fazia muito barulho na mídia (como sempre), mas não tinha sustentação real entre os parlamentares.
Enquanto isso em Banânia, preparamo-nos p/ facilitar ainda mais a vida dos desempregados franceses.
Se já não bastassem a Helibrás e a “parceira estratégica”…
Poggio, na Suécia faziam algum barulho, mas já se sabia que havia uma boa maioria. Já no Parlamento Suíço a oposição é um pouco maior e bem mais barulhenta, apesar de as críticas diminuírem um pouco conforme são dadas respostas às questões dos parlamentares.
Obrigado Nunão, é que ficou faando o outro post que irir colocar logo em seguida. Mas vamos lá:
A minha dúvida é: se entre 40 e 60, os 22 da Suiça tem tanto peso assim? Oras, se eles resolverem por apenas 40 sim, mas se por 60…. Acho que a conta não bate.
Fabio, pelo que entendi da sua pergunta, creio que você esteja relacionando os 22 da Suíça à diferença entre 40 e 60 caças para a Suécia, que daria 20 caças (60 – 40 = 20).
Até onde sei, não é essa a questão.
A decisão sobre a quantidade para a Suécia ser de 40 ou 60, até onde sei, depende unicamente do orçamento sueco. Os militares já declararam que precisam de pelo menos 60 (queriam 80), mas o Governo fala entre 40 e 60, de olho no valor do investimento ao longo dos próximos 30 anos.
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