‘Mesmo que tivesse mais dinheiro, eu ainda compraria o Gripen’
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Afirmação é do chefe do Departamento de Defesa da Suíça, Ueli Maurer, em coletiva de imprensa na qual a escolha do Gripen sueco foi um dos principais assuntos
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Nos últimos dias, a mídia suíça deu destaque a declarações do chefe do Departamento de Defesa, Proteção Civil e Esportes do país, Ueli Maurer. Uma das afirmações virou manchete do jornal “Tribune de Genève” (e outros), e usamos para o título no alto desta matéria. A coletiva de imprensa foi dada no Centro Logístico do Exército em Grolley e tratou, entre outros assuntos, dos próximos passos relacionados à pretendida aquisição do caça Gripen, da sueca Saab.
Segundo Maurer, “o Gripen é uma escolha pragmática. É um avião moderado, com bom preço e necessário para as Forças Armadas da Suíça. Nós não temos dinheiro para adquirir um avião mais caro. E isso também não é necessário, pois o Gripen cumpre os critérios. Mesmo que eu tivesse mais dinheiro, eu ainda compraria o Gripen, e utilizaria as verbas adicionais em outros projetos de modernização das Forças Armadas.”
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Programa de armamentos, que inclui o Gripen, será discutido no Governo em 14 de novembro – no mês seguinte, Maurer vai responder a questionamentos de parlamentares sobre o caça
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Tanto os jornais 24 heures e Tages Anzeiger quanto a TV Suíça (SFTV) deram destaque também para questionamentos de grupos parlamentares sobre a escolha do Gripen. Maurer pretende responder a essas questões, levantadas no final de setembro, em reunião a ser realizada em 10 de dezembro. A carta contém uma lista detalhada de questões sobre riscos técnicos e financiros, custos de operação, procedimento de aquisição e aspectos estratégicos.
Estão convidados para a reunião os líderes dos partidos FDP, CVP, BDP e GLP (siglas em alemão). São tidos como partidos de centro.
Antes disso, em 14 de novembro, o Conselho Federal vai tratar da lei sobre a aquisição do Gripen, dentro do Programa de Armamento. Simultaneamente, o Conselho vai discutir os fundos para a aquisição para que a questão siga para o Senado, que deverá tratar do assunto em sua seção de primavera (segundo trimestre) de 2013.
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Oposicionistas da compra do Gripen e a mídia suíça vinham questionando, desde a semana anterior, a validade jurídica do ‘Acordo Quadro’ assinado com a Suécia – antes disso, até a língua do acordo era motivo de debate
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Há pelo menos duas semanas, ganhou destaque na mídia do país os questionamentos de parlamentares sobre a língua em que estava escrito o “Acordo-Quadro” assinado com a Suécia. O acordo foi assinado em inglês, mas as línguas oficiais da Suíça são italiano, francês e alemão (ainda que seja óbvio, vale lembra que há ainda mais uma língua envolvida no processo, o sueco). A questão ganhou mais destaque em jornais de língua alemã, como o Basler Zeitung, mas também apareceu em outros meios.
A preocupação era sobre questionamentos jurídicos que poderiam ser feitos em relação a diversas palavras em inglês, conforme a tradução para cada língua local e para o sueco. Porém, após esse destaque inicial a questão praticamente desapareceu da mídia do país, dando lugar a outro questionamento: a própria validade jurídica internacional do acordo, devido aos responsáveis pela sua assinatura. Reportagens do Basler Zeitung e do Tages Anzeiger afirmaram que o acordo, que garante 22 caças Gripen a um preço fixo de 3,1 bilhões de francos suíços, não seria válido pois não foi assinado por pessoas com autorização para tanto.
O Departamento de Defesa deu respostas conflitantes ao longo da semana passada sobre a validade da assinatura do líder do programa na Armasuisse, Jürg Weber. Por fim, na recente coletiva de imprensa, Ueli Maurer afirmou que o “Acordo Quadro” com a Suíça é sim um acordo válido, pois se trata de um tipo de “pré-contrato”.
FONTES: Tribune de Genève, Tages Anzeiger, 24 heures, Basler Zeitung e SFTV (compilação, tradução e edição pelo Poder Aéreo a partir de originais em alemão e francês)
FOTOS: Departamento de Defesa da Suíça
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Definitivamente M. Maurer não caberia dentro da estrutura de nosso país.
Aqui o negócio é arrotar: não tem dinheiro para comprar fusca velho mas querem comprar BMW série 5.
Pois é, o trabalho do cara lá (e não é pouco, pois o Gripen é tratado na mídia Suíça pior que Judas no dia da malhação) costuma ser defender a escolha do mais barato. Aqui, o usual é defender a escolha das coisas mais caras, quando não é defender as não-escolhas de qualquer coisa e dar a cada dia uma desculpa nova – o mais comum. PS – o engraçado é que a chamada com a frase do Ueli Maurer está em dois dos jornais que mais falam mal do Gripen na Suíça, o 24 heures e o Tribune de… Read more »
Calma lá, SEMPRE que você faz uma licitação internacional que não é determinada pelo preço mais BAIXO, o OBJETIVO a ser alcançado é comprar o MELHOR EQUIPAMENTO dentro da sua capacidade de aquisição. Que o Gripen NG seria supostamente o mais barato estamos CARECAS de saber. É a aeronave com uma turbina, com peças de prateleira, de menor alcance, de menor carga de armas e baseado numa outra aeronave. Agora para a Suíça que é um país pequeno, neutro a séculos, cercado de países europeus amistosos e com uma população pouco motivada para gastos militares o Gripen NG é o… Read more »
Gilberto, Já que você falou de licitações internacionais: Até prova em contrário, lá na Suíça fizeram uma concorrência, anunciaram um vencedor adequado às suas necessidades e com o melhor preço que eles estariam dispostos a pagar. E estão negociando. Até prova em contrário, lá na Índia fizeram uma concorrência, anunciaram um vencedor adequado às suas necessidades e com o melhor preço que eles estariam dispostos a pagar. E estão negociando. Até prova em contrário, aqui no Brasil fizeram duas concorrências, não anunciaram um vencedor adequado às nossas necessidades, fosse ele mais caro ou mais barato em relação ao que estamos… Read more »
neutro a séculos, cercado de países europeus amistosos e com uma população pouco motivada para gastos militares…
Este país não é a Suiça, e sim o Brasil…..
Há pouco mais de 50 anos todos os vizinhos da Suiça estavam em guerra e não só isto, mas praticamente destruiram a Europa inteira !
E outra coisa: EU compraria o Gripen mesmo que NÃO tivesse dinheiro…
Sds.
Gilberto Rezende, de onde você tirou a idéia de que o Gripen NG tem menor alcance do que os concorrentes. Deveria checar essa informação antes.
Desculpem, faltou o ponto de interrogação…
Gilberto Rezende, de onde você tirou a idéia de que o Gripen NG tem menor alcance do que os concorrentes? Deveria checar essa informação antes.
Gilberto: Exatamente isso o que você disse: comprar o melhor equipamento dentro de sua capacidade de aquisição, ou seja, você coloca as diretrizes mínimas que o equipamento necessita ter e a partir dai escolhe o de menor preço. Foi o que os Suíços fizeram. E era o que a FAB inicialmente estava fazendo, tanto que a classificação inicial era: Gripen, Super Hornet e Rafale. Mas então, em um belo dia ensolarado, apareceu o Príncipe Encantado montado em seu cavalo branco, vestindo sua armadura reluzente: ele mesmo, M. Jobã, acompanhado de V.M. o Rei Lulá I, o Magnânimo, que decidiram subverter… Read more »
Nunão não tem NADA mais diferente, os indianos querem o MELHOR com o melhor preço. Por isso eles descartaram o Gripen por estar no mesmo rank do seu Tejas e EXPLICITAMENTE declararam que não queriam os americanos por cosiderarem ser airframes com certa idade (aging airframes) e decidiram não escolher outra aeronave russa (junto com o Su-30 MKI. Entre o Eurofhighter e o Rafale chegaram a conclusão que o Rafale era melhor no custo/benefício. INCLUSIVE os indianos foram MUITO criticados pelo shot-list “com as duas aeronaves mais caras”. Já no FX-suíço TODAS AS AVALIAÇÕES TÉCNICAS colocaram o Gripen em último… Read more »
Os únicos preocupados com caças é o pessoal aqui do Poder Aéreo, inclusive os comentaristas, porque a milicada, principalmente aquela mais xperta, já aderiu ao neocumpanherismo, isto é, comunismo para o povão e capitalismo no bolso cumpanhero. Avião para quê?
Baschera o Brasil é um país CONTINENTAL, tem recursos naturais que a Suíça não tem e temos Chavez, Farc nas fronteiras e agora um Paraguai DOIDO para ter uma BIG base americana nas nossas costas. Não é muito mas MUITO MAIS que a Suíça. Nautilus o alcance do Gripen que EXISTE (o C/D) é bem pequeno. E é este que a FAB usará nas aeronaves do leasing que o Brasil receberá se der a vitória a SAAB este ano, e se a FAB quiser voar em ALGUMA COISA ainda nesta década… (Igual aos suíços). O alcance REAL do FUTURO Gripen… Read more »
Gilberto, Num e no outro país, todos os procedimentos para a aquisição foram considerados corretos (cada um usando o seu próprio método de avaliação dos procedimentos). Na Suíça, ainda se pode destacar que a própria oposição ao Gripen (que não é pequena), e que fez parte do comitê avaliador, considerou os procedimentos corretos por boa maioria nesse comitê, então não tem essa história de dizer que o “MD suíço não só não respeitou as avaliações como adjudicou como vencedor uma aeronave que FORMALMENTE não estava na competição”. O comitê disse claramente que respeitou as avaliações e as formalidades. Os melhoramentos… Read more »
Gilberto Rezende disse: 3 de novembro de 2012 às 18:05 Baschera o Brasil é um país CONTINENTAL, tem recursos naturais que a Suíça não tem… Concordo !! e temos Chavez É vero….. no entanto o adjetivo “doido” aqui cabe melhor….. mas o Chapolin elegeu o Tio Samuel como inimigo de mentirinha, para consumo interno, enquanto na vida real continua a fazer negócios com “eles”…. Farc nas fronteiras Elas transpassam as fronteiras brasileiras sim, mas para comprar víveres e trazer drogas, pois de ideologia pouco ou nada lhes restou e não nos mete medo…. nem necessitamos de um dos concorrentes do… Read more »
Gostei dessa frase:“o Gripen é uma escolha pragmática. É um avião moderado, com bom preço e necessário para as Forças Armadas da Suíça. Nós não temos dinheiro para adquirir um avião mais caro. E isso também não é necessário, pois o Gripen cumpre os critérios. Mesmo que eu tivesse mais dinheiro, eu ainda compraria o Gripen, e utilizaria as verbas adicionais em outros projetos de modernização das Forças Armadas.” Poderia ser aplicado aqui. A diferença entre a proposta mais cara e a mais barata, poderia ser direcionada por exemplo, para o programa de misseis, acelerando o desenvolvimento dos mesmos, e… Read more »
Muito bem senhores, preferências à parte, vale a pena pagar o valor de um avião de quarta ou quarta-e-meia geração com valores próximos a um de quinta? Ando lendo a respeito do assunto e concordo com uma opinião que vi em um outro blog. Eu acho que devemos seguir o exemplo da Suiça e comprarmos o mais barato e fazer uma aproximação com a Rússia para comprar os PAK-FA. Simples assim. Nesse momento, os concorrentes do FX2 começam a deixar de ser “TOP de Linha” e se tornam apenas “BONS” caças. No momento em que vários projetos de quinta geração… Read more »
“Segundo Maurer, “o Gripen é uma escolha pragmática. É um avião moderado, com bom preço e necessário para as Forças Armadas da Suíça. Nós não temos dinheiro para adquirir um avião mais caro. E isso também não é necessário, pois o Gripen cumpre os critérios. Mesmo que eu tivesse mais dinheiro, eu ainda compraria o Gripen, e utilizaria as verbas adicionais em outros projetos de modernização das Forças Armadas””. A frase do chefe do Departamento de Defesa, Proteção Civil e Esporte é uma aula de seriedade. Infelizmente este tipo de postura inexiste nas autoridades políticas responsáveis pela defesa do país,… Read more »
ricardo_recife disse:
3 de novembro de 2012 às 21:48
Ricardo, boa noite.
O Gripen E/F é um excelente avião?
Conversa muito bem com o R-99 e o Link-BR2?
Você não errou o tempo verbal, não?
Certamente você tem direito de ser otimista, pois os suecos são capazes de fazer um bom projeto, ajudados pelos suíços.
Por outro lado, acho que isso ainda é um sonho distante e repleto de riscos.
Abraço,
Justin
Desculpem repetir….. mas como sempre os assuntos descambam no FX-2…. vale como opinião : Coluna do Cel. Gelio Fregapani:Rússia Rússia O governo russo estaria disposto a reabrir seu mercado para as carnes brasileiras em troca da exportação ou da produção conjunta de armamentos. Para voltar a participar do Programa de aquisição de aeronaves para a FAB, os russos aceitariam compartil har a tecnologia dos aviões Sukhoi 35, venderiam a Brasília seus mísseis anti-aéreos Tor, e renovariam o convite para que o Brasil participe do acordo do PAK-FA T-50, como sócio pleno do caça-bombardeio de quinta geração que estão desenvolvendo junto… Read more »
Baschera disse: 3 de novembro de 2012 às 23:02 Supondo que noticia seja verídica: Se a FAB aceitasse seguir por este caminho, abrindo mão de sua idéia inicial de ter um unico caça multifunção, ela poderia emplacar o seu suposto preferido (Gripen) além de ganhar o Su-35 de presente. Teria que ser uma conversa hábil e direta com os políticos: Nós aceitamos a proposta russa mas não temos condições de manter este caça na quantidade necessária (120), precisamos de uma caça Low para equacionar o orçamento. Vocês declaram o Gripen E/F como vencedor do FX-2 para substituir nossos F-5 a… Read more »
[…] Poder Aéreo Share this:TwitterFacebookMe gusta:Me gustaSe el primero en decir que te gusta. Categoría : Sistemas Aéreos […]
Gilberto, Vc usou um velho problema da ‘perna curta’ do Gripen A/B/C/D argumentando que o Gripen NG ainda não existe, que não vai decolar, enfim, a repetida ladainha. Bem, o Gripen NG existe e o seu produto, o Gripen E está muito bem encaminhando entre 2 (dois) países que tratam com muita seriedade o assunto defesa. Mas vamos discutir os números da tal ‘perna curta’. Uma informação importante que podemos acessar com maior ou menor precisão é o peso das aeronaves, seu combusível interno e carga externa, inclusive quais os tanques externos disponíveis. Vamos padronizar uma comparação com caças armados… Read more »
O Gripen é um RETROCESSO um pouco melhor que o Thunder paquistanês. Gilberto é insanidade dizer isso, pra começar, o Gripen C/D está anos em desenvolvimento e tecnologia a frente de nosso “melhor” caça em operação (Mirage 2000) e olhe que não estou falando do E/F. As diferenças entre o Gripen e o Thunder são gritantes, sendo que o chino-paquistanês nem pode se considerado de 4 geração. De uma melhor pesquisada em relação aos dois caças. Sendo que nenhum dos dois seriam retrocessos para o Brasil, nossa situação não é nada boa para ficarmos desdenhado dos caças alheios. Entendo que… Read more »
Ivan, bom dia. Acho que você esqueceu de considerar alguns parâmetros nesse seu cálculo. Os 1200 quilos de armas que você citou representam 12% do peso vazio do Rafale, mas chegam a 17% do peso do Gripen. Qualquer peso que você adicione tem que ser sustentado em voo e isto ocorre às custas de arrasto induzido. Este arrasto induzido deve ser compensado pelo empuxo do motor, ou seja, pelo motor e pelo combustível que ele gasta. Também a capacidade de manobra e de aceleração que um avião tem depende do excesso de potência que ele tem. Ou seja: cada vez… Read more »
“danra2 disse: 3 de novembro de 2012 às 20:21 E discordo completamente da opinião que é colocada na revista de que não precisamos de caças de quinta geração.” Danra, que bom que você discorda! A opinião da matéria da revista número 5 está lá justamente para levantar o debate sobre a necessidade de caças de 5ª geração na FAB. Mas preciso fazer um reparo à sua afirmação de que a revista diz que “não precisamos de caças de quinta geração”. A matéria coloca isso numa perspectiva temporal: não precisamos de caças de quinta geração hoje ou no futuro próximo. Precisamos,… Read more »
Caro danra2,
Concordo 100% com sua opinião. O FX-2 está ultrapassado. Rumores surgem de PAKFA no Peru e F-35 no Chile.
O FX-2 hoje é um “apaga-incêndio”. Já deveríamos estar consultando os fabricantes à respeito de um 5ª geração.
No meu entender a composição Hi-Lo é mais racional. O Gripen E/F seria o LO espalhado por todos os esquadrões que hoje operam o F-5EM e AMX e um caça de 5ª geração comporia 1 ou 2 esquadrões Hi(1º e 2º GDAs).
[]’s
Caro Baschera,
Fecha com os russos, no SU-35S (36 para o FX-2) e entrada no PAKFA. E ao mesmo tempo desenvolve-se o Gripen E/F brasuca.
Planejamento: SU-35S agora, 2018 Gripen E/F e 2025 PAKFA. 🙂
[]’s
As vezes fico admirado com algumas coisas que leio aqui: os franceses são safados e seus produtos são ruins, os russos são safados e não dão suporte, os chineses são safados e só produzem porcaria, os venezuelanos são safados e tem uma ideologia louca, os paraguaios são safados e aceitaram uma base americana, os suecos são safados e não tem nada além de um projeto com os suíços, que aliás são safados também porque cobra caro no chocolate? E nós? Somos os bonzinhos e éticos? Os coitadinhos do cenário internacional? Quando vamos parar de mimimi, arregaçar as mangas e trabalhar?… Read more »
Giba: Como de costume você nos presentei com mais do mesmo ou seja, uma cantilena surrada, profundamente contaminada pela ideologia do Foro de SP e que, ao final, obviamente não se sustenta senão vejamos: Respeitar o dinheiro do contribuinte é o que os suíços estão fazendo meu caro! Uma vez que os três finalistas cumpriam os requisitos lançados, nada mais lógico que se adquirir o mais barato. E foi o que fizeram afinal a defesa da suíça se pauta por ter uma força bem adestrada, com alto índice de prontidão. Ou seja, República bananeira é o “Brasil PuTênfia” que sonha… Read more »
Mayuan disse:
4 de novembro de 2012 às 13:22
Comentário tremendamente sensato. Parabéns.
Não Incansável, o FX-suíço COMPROVA que a opinião dos militares não DECIDE NADA. No caso suíço o PODER POLÍTICO, avaliou suas ameaças externas e seu cenário político INTERNO (hostil a grandes gastos militares) e DECIDIU pela aeronave apenas SUFICIENTE MILITARMENTE E MONETARIAMENTE MAIS BARATA. Inclusive desconsiderando os concorrentes REAIS *** e as análises militares que muitos aqui defendem que a presidenta seria OBRIGADA a concordar porque ela não sabe nada de aviação… E porque não gostam do Rafale… *** Nunão sua posição é ABSOLUTAMENTE divergente da realidade do FX-suíço. O Gripen E/F surgiu no processo praticamente no anúncio da decisão… Read more »
Gilberto Rezende disse:
de modo que nos documentos do FX-2 brasileiro não há QUALQUER MENÇÃO ao Gripen E/F…
Caro Gilberto, se você teve acesso aos documentos por favor nos repasse os mesmos. Ainda não tivemos a chance de lê-los.
“Nunão sua posição é ABSOLUTAMENTE divergente da realidade do FX-suíço. O Gripen E/F surgiu no processo praticamente no anúncio da decisão como uma nova variante da aeronave concorrente.” Gilberto, não quero me alongar discutindo a evolução da semântica, dos nomes atribuídos a projetos e programas etc. O Gripen NG e o Gripen E/F são a mesma coisa. NG é nova geração, e E/F representam os designativos dados, depois, às versões que deverão ser operacionais dessa nova geração. Dito isso, estranho sua afirmação, dado que o Gripen NG, E/F ou coisa que o valha aparece muito claramente no tal relatório vazado… Read more »
Ia esquecendo:
Lembrando que o próprio MD Suíço afirmou que, entre esse tão citado relatório de 2009 e o anúncio de 2011, foi possível atualizar novamente dados da proposta, e as notas dos concorrentes tiveram nova oportunidade de voltar a subir. Foi divulgada a nota final atingida pelo Gripen (mas, até onde sei, só divulgaram a nota dele).
http://www.aereo.jor.br/2012/02/15/de-zero-a-nove-nota-final-do-gripen-na-avaliacao-suica-foi-de-636-pontos/
Não estou defendendo aqui MD Suíço, militar suíço, brasileiro ou coisa que o valha. Apenas estou relembrando fatos já publicados aqui (o campo busca do Blog está à disposição) para que a gente possa debater sobre fatos divulgados, e não suposições.
Tô aqui me rachando de rir da ginástica mental que o Giltiger está tentando fazer para desqualificar o Gripen, rsrsrs…
Fato: Gripen NG (ou E/F, ou MS21, ou Super Gripen, ou como se prefira), uma excelente aeronave de combate e um excelente negócio. O melhor em custo-benefício para qualquer país sério e que tenha condições de adotar um projeto de médio prazo.
O que não é nosso caso.
E o resto é trolóló de rafalechete magoada, que não consegue admitir que um país sério como a Suíça tenha preferido o bom e barato Gripen ao caro e duvidoso Rafale.
Justin, Vc escreveu: “Acho que você esqueceu de considerar alguns parâmetros nesse seu cálculo. Os 1200 quilos de armas que você citou representam 12% do peso vazio do Rafale, mas chegam a 17% do peso do Gripen.” Na verdade considerei sim este parâmetro, na medida em que estimei e inclui o peso das armas ar-ar nos cálculos propostos. É obvio que uma aeronave maior vai sentir menos o aumento da carga paga, mas também será penalizada por sua maior massa. Lembrando a comparação acima, onde o Gripe NG (dois drop tanks) teria uma relação de 38,7% e o Rafale C… Read more »
Falou e disse MILord Vader! Vamos pagar pelo mais caro, que ficou em último lugar na avaliação da FAB, a pretexto de obter “transferênfia di tequinúlugia”……viva o “Brasil – PuTênfia!”
Ivan e Justin, Excelente a discussão de vocês. Seria legal se continuassem e aprofundassem. As variáveis são grandes e interessantes de se levar em conta. Ivan, apenas um reparo: Eu acho (repito, acho) que dos pilones externos do Gripen C/D ou dos futuros E/F só três são “molhados”, ou seja, aceitam tanto armas quanto tanques de combustível externos. Os demais, só armas / designadores etc. Não me lembro de ter visto fotos ou esquemas do Gripen com cinco tanques. A maior diferença da nova geração para a atual do Gripen seria (repito, não fui atrás para conferir a questão dos… Read more »
Ivan,
Dei uma rápida busca e achei sim algumas configurações do Gripen de nova geração que mostram cinco pontos “molhados”. Mas não para uso simultâneo, pelo que entendi, pois dois deles seriam os novos adicionados sob a fuselagem (onde antes ficavam as portas do trem de pouso). Assim, creio que o máximo seriam quatro tanques (dois sob as asas e dois sob os novos pontos da fuselagem, pois o central ficaria inviabilizado dessa forma).
Seguem alguns links mostrando isso:
E esse é da versão atual (C/D) com só três pontos “molhados”
http://www.saabgroup.com/Global/Documents%20and%20Images/Air/Gripen/Gripen%20product%20sheet/Gripen_Stores.pdf
Quatro tanques de combustível é pra matar qualquer piloto de tanto voar…
Nunão, Segue abaixo uma visão da parte inferior do Rafale na configuração que apresentei para patrulha aérea de combate: São 6 (seis) mísseis MICA, dos quais 4 (quatro) podem ser substituídos a partir de 2018 por Meteor, de maior alcance, somados a 3 (três) tanques externos supersônicos de 330 galões ou 1.250 litros. O Rafale possue 5 (cinco) pontos molhados, sendo que até 3 (três) deles, os que aparecem na foto, podem levar os tanques “baleia” de 2.000 litros, mas estes são subsônicos, de acordo com as info que encontrei. Em tempo. Com os 3 (três) tanques externos indicados o… Read more »
O diagrama dos pontos externos do Rafale:
Nunão, Segue abaixo um desenho que encontrei indicando que vc tem razão, são realmente 5 (cinco) pontos molhados no Gripen NG, mas seria apenas para dar mais flexibilidade ao operador, tendo em vista que sob a fuselagem do pequeno guerreiro nórdico não caberia 3 (três) tanques externos ao mesmo tempo. Pelo que encontrei na net o Gripen E poderá usar os tanques supersônicos de 300 galões ou 1.150 litros em até 4 (quatro) pilones ao mesmo tempo, ou ainda um par de tanques subsônicos de 450 galões ou 1.700 litros para traslado. Ainda não sei se usando um tanque ventral… Read more »
De fato, Ivan, é o que dá pra concluir pelas imagens que você colocou e eu também coloquei. Mas, normalmente, essas configurações repletas de tanques e armas servem muito mais para propaganda do que para operações reais (tirando algumas exceções de ataques a distâncias realmente grandes onde boa parte do trajeto precisa ser feito sem REVO). Mesmo nos ataques sobre a Líbia, vindo do continente europeu ou ilhas britânicas, os caças eram vistos com menos tanques e armas do que o máximo, porque os reabastecedores praticamente os acompanhavam no trajeto. Falando principalmente de Tornado, Mirage 2000 e, obviamente, do Rafale,… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini disse: 5 de novembro de 2012 às 15:01 Ivan e Justin, Excelente a discussão de vocês. Seria legal se continuassem e aprofundassem. As variáveis são grandes e interessantes de se levar em conta. Nunão, boa noite. Como você disse, as variáveis são muitas e podemos encontrar várias fórmulas de alcance para aviões a jato, nas quais entra a variável peso. Grosso modo, mantidas constantes outras variáveis como velocidade, altitude, o consumo é diretamente proporcional ao peso. Isso também quer dizer que o alcance será inversamente proporcional ao peso. Assim, a mesma carga externa citada pelo Ivan… Read more »
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