Chuck Yeager voa supersônico mais uma vez, 65 anos depois, agora num F-15D
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Aos 89 anos, primeiro ‘homem supersônico’ quebra a barreira do som novamente
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Você talvez não saiba, mas um homem chamado Chuck Yeager foi o primeiro “homem supersônico” do mundo, quando, quebrou a barreira do som com um avião Bell X-1 em 14 de outubro de 1947. Para comemorar o aniversário de 65 anos de seu feito, a Força Aérea dos Estados Unidos convidou o ex-piloto (agora com 89 anos) para um novo voo, em 14 de outubro de 2012.
Desta vez, ele não foi como piloto, mas sim como acompanhante de um outro capitão da Força Aérea. A bordo de um caça a jato F-15D, Chuck Yeager relembrou a sensação de voar a mais de 1.225 quilômetros por hora. Ao site da Força Aérea Norte-Americana, Yeager disse que estava muito feliz, pois o modelo escolhido é o seu favorito há muitos anos (nota do editor: outra aeronave que Chuck Yeager rendeu um grande elogio foi o F-20 Tigershark – veja no segundo link ao final da matéria).
Certamente, após todo o processo, Chuck Yeager reafirma seu posto como um dos maiores heróis da aviação. Afinal de contas, não é todo mundo que pode quebrar a barreira do som aos 89 anos – sendo também o primeiro homem a ter realizado tal feito.
No posto dianteiro do caça, estava o capitão David Vincent, piloto do 65º Esquadrão “Aggressor”, que voou o F-15D Eagle até uma altitude de 45.000 pés sobre a Base Aérea de Edwards, na Califórnia. E, às 10h24 da manhã, voou supersônico exatamente no mesmo horário e local de 65 anos atrás.
O capitão Vincent disse que “foi o maior momento da minha vida até hoje. É como estar com Cristóvão Colombo quando ele descobriu o novo mundo ou estar com Orville e Wilbur Wright no primeiro voo.”
Chuck Yeager se alistou na Força Aérea do Exército dos EUA em 12 de setembro de 1941, sendo depois aceito para o treinamento de voo no programa de sargentos-pilotos. Na Segunda Guerra Mundial, tornou-se “ás num só dia”, derrubando cinco aeronaves inimigas numa só missão sobre a Europa. Yeager disse: “O que sou, eu devo à Força Aérea. Eles pegaram um garoto de 18 anos de West Virginia e transformaram-no naquilo que eu sou hoje.”
FONTES: USAF (também fotos e vídeo) e Tecmundo
Colaboraram: Ozawa e Roberto Santana
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Much better now!
Na Oshkosh 2011, Chuck Yeager passou uma hora sentado na asa de seu reluzente P-51, sob sol escaldante, com dezenas de pessoas ao redor.
Com lucidez incrível e humildade ímpar, encantou a todos com emocionantes passagens de sua vida de Aviador.
Um verdadeiro presente para quem estava lá…
Esses Aces II, que são os assentos padrão da USAF, têm uma peculiaridade que os diferem dos Martin Baker e do assento russo.Os pilotos já ficam vestidos com todo o aparato de cintos e afivelamento típico do paraquedas comum, sendo que este fica alojado no assento.Quando o piloto se acomoda na cabine basta afivelar o cinto comum no ventre e os dois pontos no ombro.No Martin Baker tudo fica no assento, e o piloto tendo que afivelar o cinto comum e um ponto único no ventre. Ambos os assentos têm soluções bem simples. O F-15, junto com com o F-14… Read more »
Há um filme conhecido, que conta o início das aventuras de Yeager e do programa espacial americano: Os Eleitos.
Filme muito bem feito.
Emocionante momento. Lindo vídeo. E o “Eagle” é fascinante !
Eu tinha ou ainda tenho, teria que abrir minhas caixas de revistas e procurar, uma revista National Geografic dos anos 60….que “peguei emprestado” na biblioteca do colégio no final dos anos 70, com a pioneira cobertura e lindas fotos do primeiro voo do Bell X-1….
Se achar e for possível escanear coloco aqui no P. Aéreo.
Sds.
Roberto F Santana, acho que o F-111 já tinha tailerons…
Prezado HRotor,
Desculpe, eu havia me esquecido do F-111.
Junto com o F-111, mas de outra nacionalidade, veio o TSR-2 britânico, este um taileron “puro”, creio eu, pois nem mesmo usava ailerons ou spoilers para auxílio de rolagem.
E claro, não devemos esquecer o X-15. que também só tinha os tailerons para o giro em torno do eixo longitudinal.
“…Chuck Yeager foi o primeiro “homem supersônico” do mundo…”
Welch beg to differ 🙂
Existem dois Chucks que são F…!!!!!
Um é esse aí, esse tal de Yeager…e o outro? O Norris né! Hehe 🙂
Parabéns chefe! 🙂
Curiosidade¹: Chalmers “Slick” Goodlin, aquele que pediu US$150 mil para quebrar a barreira jamais voou supersônico.
Curiosidade²: No F-15 os estabilizadores horizontais só se tornam tailerons acima de Mach 1.
Curiosidade³: Romper a A Barreira do Som entrou para a história no mesmo dia. Primeiro com o Chuck, depois com o Félix. Fascinante!
Errata: Leia-se “National Geographic”…..
Esta foto (link abaixo) não é da revista que citei, mas outra do arquivo do Smithsonian Institution e mostra o Cap. Yeager na cabine do Bell X-1, mas já em 1948, quase um ano após ter quebrado a barreira do som,
Sds.
Amigos, sugiram que leiam “Voando nas Alturas” que trata justamente da vida de Chuck Yeager. Vale a pena ler.
De fato, Milton. O livro é excelente.
Gosto especialmente da época em que ele comanda um esquadrão de Sabres na Europa, já na década de 60, e se diverte “atacando” outras unidades às vezes melhor equipadas.
Nunão, o livro é realmente incrível. Guardo com carinho meu exemplar surrado, que já li e reli umas dezenas de vezes. Acho muito boa a parte em que ele descreve sua participação na segunda guerra. Pena que o livro não é mais editado em português. Tem na Amazon a $4,36. Outra boa pedida é o site pessoal dele, muito bem feito, com fotos incríveis.
Abraço
Apollo, minha edição em português também já está com a capa mais enrugada do que a cara do Chuck Yeager, mas ao menos as páginas estão se mantendo bem juntas.
“…ou estar com Orville e Wilbur Wright no primeiro voo.”
Não posso ler e ficar calado: primeiro vôo catapultado e sempre sob suspeita!
Será que já ninguém mais contesta em favor do Santos=Dumont?
Aldo, não entendi o “ninguém mais contesta”.
Por que ele, oficial da USAF, provavelmente educado desde criança sobre o voo dos Wright, iria dizer outra coisa ou contestar em favor de Santos Dumont??
Salve!
Não critiquei o Chuck Yeagar, pois é bem verdade o que apontastes.
Questionei foi a falta de manifestação dos colegas de postagem que, pelo silêncio -que gera consequencia!- acabam por convalidar o que ele disse; ele falou sob a ótica dele, norte-americano enquanto eu falei sob a minha ótica, brasileiro.
Abração.