Saab e Akaer ampliam transferência tecnológica
O programa de transferência de tecnologia na área de aeroestruturas do caça supersônico Gripen, para a brasileira Akaer, entrou em uma nova fase com a finalização do desenho da fuselagem traseira da aeronave e o inicio da sua produção. A Akaer é a primeira empresa brasileira a participar do desenvolvimento de um caça supersônico de quinta geração.
Um grupo de cinco engenheiros da Akaer vai este mês para a Suécia, para acompanhar a produção das peças desenvolvidas no Brasil e definir o planejamento da próxima fase, envolvendo o projeto da fuselagem central do Gripen.
A Akaer também é responsável pelo projeto das asas do caça, que serão fabricados em material composto. Em 2009 a Akaer foi contratada pela sueca Saab para desenvolver partes do Gripen, a nova versão do caça, que está sendo oferecida para a Força Aérea Brasileira (FAB), na concorrência F-X2. A disputa envolve a Boeing, dos Estados Unidos, e Dassault, da França.
O acordo entre a Akaer e a Saab prevê que 80% da estrutura do novo caça seja feita pela brasileira, independente do resultado da concorrência do F-X2. Segundo a Saab, a Akaer também irá fornecer parte da estrutura dos 22 Gripen NG que estão sendo adquiridos pela Força Aérea da Suíça e do lote de 40 a 60 aeronaves do modelo já anunciados pela Força Aérea Sueca.
“Se o Gripen for selecionado pelo governo brasileiro, parte da produção ficará no Brasil. A Akaer, no entanto, já foi selecionada pela Saab como uma das fornecedoras principais do caça, capacitando a empresa para atender a todos os pedidos de compra do Gripen no mundo”, diz o assessor de marketing da Akaer, Kenzo Takatori.
Nos últimos três anos, segundo Takatori, mais de 50 engenheiros suecos estiveram em São José dos Campos para trabalhar em conjunto com os engenheiros da Akaer no projeto das aeroestruturas do Gripen. Atualmente, quatro engenheiros suecos residem em São José, por conta do projeto de transferência de tecnologia.
Em maio, a Saab anunciou a aquisição de 15% da Akaer. A operação, conhecida como empréstimo conversível em ações, prevê um limite de participação da Saab na Akaer de até 40%. O acordo, segundo o presidente da Akaer, Cesar Augusto da Silva, faz parte da estratégia de transformar a brasileira em uma companhia integradora de estruturas aeronáuticas, tornando-a mais competitiva a nível global.
FONTE: Valor Econômico (reportagem de Virgínia Silveira), via Notimp
IMAGENS: Departamento de Defesa da Suíça e Akaer
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Agora o Gripen NG é caça de 5ª geração ??? T´bom…
Novidade esta…
A reporttagem está um pouco confusa, pelo que entendo, a AKAER ajuda os engenheiros projetistas suecos e faz o trabalho pesado de finalização de projeto das peças que os engenheiros delegam aos brasileiros.
Mais para o final passa-se a insinuação que a Akaer VAI OU PODE fabricar no Brasil as peças para o Gripen que ajuda a projetar…
Aí vai o caco SAAB FX-2 do press release…
A reportagem comete equívoco quando diz que o Gripen E/F é um caça de 5a geração. Acho que caberia uma ressalva do Aéreo.
Excetuado isso, são excelentes notícias para o Brasil. Pela primeira vez desde as derivas do F-5E (década de 80) estamos recebendo conhecimento e tecnologia para construção de fuselagens de aeronaves de alta performance, em material composto. E isso independente do FX2.
Isso é transferência de conhecimento de verdade. Sem devaneios lulo-sarkozísticos de “ToT irrestrita”.
Parabéns à Akaer e a SAAB.
Vader,
Como a matéria original não diz cabalmente que o Gripen E/F é um caça de quinta geração (há uma inferência, mas não uma afirmação), creio que não cabe ressalva ou nota do editor.
Mesmo porque isso ia chamar a atenção do debate para esse possível erro e só (como já está chamando sem nota mesmo).
Se a reportagem original errou ou soube de algo que ninguém mais sabe, isso é um mero detalhe dentro do universo das demais informações trazidas pelo clipping em questão.
Gilberto, segundo a própria Akaer, como participante de um consórcio:
“A Saab contratou a Akaer para participar no desenvolvimento do Gripen NG. Por este contrato a Akaer uniu-se com outras empresas brasileiras no âmbito do consórcio T1. O desenvolvimento e produção envolvem as fuselagens central e traseira e as portas do trem de pouso.”
https://www.akaer.com.br/portugues/
Mesmo que esse FX-2 dê em nada, ao menos a Akaer adquiriu alguma expertise ao detalhar partes da estrutura de um caça de 4.5 geração. Poderia ser mais, mas pelo andar da carruagem o FX-2 caminha para o END de Nevada.
[]’s
Teremos assim uma nova “airframer” tupiniquim.
E a Embraer, vai deixar…
Vai sonhando.
Maurício, minha opinião: Se o objetivo for realmente produzir por si ou assumir responsabilidades maiores por essa produção, integrando o que subcontratados produzirem, de forma a complementar ainda mais os serviços diversos de engenharia que ela já faz para a própria Embraer em vários projetos, não creio que seria questão desta última deixar ou não. Seria, simplesmente, mais um fornecedor de partes para montagem. Seria um concorrente, a meu ver, de outros fornecedores. Alguns projetos da Embraer que a empresa trabalhou / trabalha em engenharia, contratada pela própria Embraer ou por fornecedores desta, segundo informações do próprio site deles: https://www.akaer.com.br/portugues/programas/super-tucano.php… Read more »