Atrasos do F-35 ampliarão custos de manutenção dos Hornets da Austrália
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O alerta, publicado no jornal ‘The Australian’, é do Escritório Nacional de Auditoria do país
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Segundo notícia publicada no jornal “The Australian” nesta quinta-feira, 27 de setembro, a decisão do Governo Australiano de adiar por dois anos a aquisição de 12 caças F-35 fará com que disparem os custos de manutenção da atual frota de F/A-18 A/B Hornet do país.
As informações constam de relatório divulgado pelo Escritório Nacional de Auditoria da Austrália. Segundo o relatório, “a extensão da data planejada de baixa da frota (de Hornet) para além de 2020 vai requerer que a frota passe por um regime maior e consequentemente mais custoso de inspeções de segurança, além de programa de modificações estruturais e atualização das capacidades.”
A auditoria alertou que os gastos para manter a frota de 71 aeronaves, cujo primeiro exemplar entrou em serviço no final da década de 1980, aumentou de 118 para 170 milhões de dólares por ano. Os reparos da estrutura devido a corrosão também aumentaram significativamente. O jornal cita números desse gasto, creditados à auditoria, chegando a 1,36 bilhões em 2011. A recomendação é “uma moderada redução na taxa na qual os F/A-18A/B estão acumulando fadiga estrutural.”
Em relação ao F-35, um relatório separado sobre o programa destacou que iniciativas recentes para melhorar o desempenho começaram a mostrar resultados. A Força Aérea Real Australiana (RAAF) pretende adquirir 100 exemplares desse caça furtivo de quinta geração, a um custo de 13,21 bilhões de dólares.
Os dois primeiros F-35 têm entrega programada para 2014, mas em maio o Governo Australiano anunciou um atraso de dois anos para adquirir os próximos 12 exemplares do lote inicial de 14 jatos F-35.
FONTE: The Australian (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
IMAGENS: Ministério da Defesa da Austrália e RAAF
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O Brasil tem um PIB de US$ 2,5 trillhões. A Australia tem um PIB de US$ 1,4 trilhão. O Brasil vem postergando a definição de que caça vai comprar por 10 longos anos. A Australia já definiu o que vai comprar. O Brasil tem intenção de adquirir um lote de 36 caças. A Australia está com contrato assinado par aquisição de 100 caças. O Brasil tem como vetores principais 48 F-5 adquiridos na década de 80, já comprados com meia vida. A Australia opera 76 F-18, adquiridos na década de 80, todos novos. O Brasil não sabe o que quer.… Read more »
“Marcos em 27/09/2012 as 13:54 O Brasil tem como vetores principais 48 F-5 adquiridos na década de 80, já comprados com meia vida. Marcos, A bem da verdade, são menos de 48 (creio que são 46, sendo 3 deles bipostos) e mais ou menos metade dessa frota é remanescente de um lote de 36 adquiridos novinhos de fábrica, recebidos em meados dos anos 70. Os usados vieram no finalzinho dos anos 80. Sem falar nos 11 jordanianos, mais recentes porém ainda em revisão, e que ainda não entram na conta. Não que isso mude muita coisa no teor do que… Read more »
Sim, ia esquecendo: a Australia, apesar de ter um mar territorial muito maior que o nosso e muito mais crítico, não vai comprar submarino nuclear.
Como eu disse antes: tem algo errado com esse país.
Off topic:
“Dilma se reúne por nova política para indústria de automóveis”
Muito ingenuamente achei que nossa grande a amada Presidente iria reduzir os impostos sobre automóveis, equiparando os preços dos nossos com o daqueles moradores mais ao Norte, aqueles malvados, imperialistas e que querem dominar o Mundo, mas não, ela vai se reunir para aumentar mais um pouquinho os impostos.
Há algo errado, muito errado, com esse país.
Sim Marcos, há algo muito errado.
Mas não é de hoje. E nem de ontem. Mas quase de sempre.
A cultura da população não ajuda, a máfia política menos ainda. A economia atrapalhou durante muito tempo, mas menos agora. Há a questão política, onde é preciso agradar gregos, troianos, romanos, judeus e bárbaros. E isso somente é feito com torneiras de $$$ bem abertas. Por fim, há o “eu prefiro isso” com base em ideologia e/ou “questões comerciais”.
O fato é que há “algos” errados. E esses erros ocorrem em cascata, ou melhor, exponencialmente.
Não deixa de ser engraçado que, mesmo antes de entrar em operação, o F-35 já está aumentando os custos de manutenção do operador, mesmo que de maneira indireta. Imagine quando estiverem operacionais…
Sensacionalismo barato heim.
No mais, parabéns aos australianos que estão fazendo a lição de casa:
Renovação e potencializando sua frota de caças.
[]’s
Barato, não.
Caro!
Clésio Luiz disse:
27 de setembro de 2012 às 16:18
“Não deixa de ser engraçado que, mesmo antes de entrar em operação, o F-35 já está aumentando os custos de manutenção do operador, mesmo que de maneira indireta. Imagine quando estiverem operacionais…”
Pelo contrário prezado Clésio. Quando estiverem plenamente operacionais os gastos diminuirão consideravelmente, aliás como a própria reportagem dá a entender.
Sds.
O custo de hora de voo do F-35 será maior do que o legacy Hornet. Será maior que o Super Hornet para a USN então imagine para a Austrália. Nesse país o SH mostrou-se bem caro de operar, acima dos 20 mil dólares, uns 70% a mais que o Hornetinho, mas pode-se dar um desconto por causa da frota ser bem menor. A última estimativa que vi para o F-35, dada por oficial americano (acho que da USN) não sei qual para qual versão, foi de 38 mil dólares. E isso para um operador americano, com centenas de unidades. É… Read more »
Clésio Luiz disse: 28 de setembro de 2012 às 8:15 Com certeza no curto prazo será maior do que o SH, pois se trata de um sistema completamente novo, e de 5a geração “+” . Mas penso eu que o cálculo a ser feito deve levar em conta a operação ao longo da vida útil da aeronave. Nesse sentido, observo que o F-35 será largamente comercializado, e largamente utilizado por várias forças ao redor do globo e em várias versões (com alta comunalidade entre si), além de ser monomotor, o que decerto contribuirá para reduzir seus custos a algo próximo… Read more »
Se hoje o F-16 é considerado barato, não é porque seus custos caíram de forma drástica. As outras opções de mercado é que são muito mais caras que ele. O F-15, por exemplo, acabou saindo bem mais caro de operar que o F-4, então a USAF ficou muito feliz que o F-16 tenha sido uma aeronave boa o suficiente para substituir o F-4 em boa parte de suas funções. O F-14 atingiu patamares de custo só vistos em bombardeiros. E o F/A-18, por ser maior, sempre foi mais caro de operar. Na Europa, só o Mirage-2000 podia ameaçar, mas sem… Read more »
Clésio Luiz disse: 28 de setembro de 2012 às 13:27 Clésio, os custos obviamente não “caem”, até por conta da inflação; mas é evidente que quando lançado o F-16 tinha uma hora de vôo caríssima para os padrões da época, sendo esta hoje, 30 anos empós, e 4.426 unidades produzidas, mais barata que seus concorrentes, mas tendo perdido bastante pouco de suas capacidades de combate frente à concorrência que foi surgindo no período. Aliás, essa é até uma conclusão que se extrai da lógica. E olha que ele teoricamente “só” substituiria o F-5… Só nos EUA o F-35 substituirá A-10,… Read more »
O custo de manutenção do F-16 podia até ser maior que o do F-104, mas era muito menor que o F-4, que compunha o grosso das unidades de combate da USAF na época. No caso dos EUA existe alguma vantagem em operar o F-35. O Harrier mesmo custa uma fortuna para manter, mas para outros países que operam aeronaves de menor porte que o F-35, haverá aumento de custos. E não tem a menor possibilidade de ele ter um custo de manutenção comparável ao F-16, mesmo se ignorarmos a quantidade de Vipers produzidos. Peso custa dinheiro, não há como fugir… Read more »
Clésio Luiz disse: 28 de setembro de 2012 às 18:40 “E não tem a menor possibilidade de ele ter um custo de manutenção comparável ao F-16” Você mesmo deu a resposta caro Clésio: “O custo de manutenção do F-16 podia até ser maior que o do F-104”. Gerações diferentes, capacidades maiores, preços diferentes. Claro que o F-16 custa menos que o F-35. Mas também tem muito menores capacidades. Como o F-104 e o F-5 tinham em relação a ele, F-16. O que estou tentando dizer a três comentários é que, ao longo de 30 ou mais anos de operação, o… Read more »