AESA da Northrop visa modernização do F-16, mas também mira nos F-15 e F-18
–
Antena AESA do APG-81 do F-35, combinada com equipamentos do SABR desenvolvido para modernizações do F-16, poderá ser oferecida para modernizar F-15 e F-18, que comportam radares mais poderosos
–
Segundo matéria da Aviation Week, a Northrop Grumman está mirando o mercado de modernização de versões mais antigas do F-15 e F-18 com radares de varredura eletrônica ativa (AESA).
Em maio deste ano, a empresa testou uma combinação dos radares AESA que desenvolve para os caças Lockheed Martin F-16 e F-35. O teste foi realizado num BAC One-Eleven que serve de plataforma aérea de provas, e mostrou que a antena de alta performance desenvolvida para o radar APG-81 do F-35 poderia ser combinada com os equipamentos de recepção / amplificação / processamento de custo mais acessível do modelo SABR (Scalable Agile Beam Radar) que a empresa desenvolve para modernizações do F-16.
O SABR visa substituir os APG-66 e 68 de varredura mecânica que equipam os F-16, sem necessidade de modificar o nariz das aeronaves, operando com a capacidade de refrigeração a ar já existente e a custos compatíveis com o mercado de modernizações.
Porém, caças como o F-15 e o F/A-18 poder receber radares maiores e mais poderosos, como o APG-81 refrigerado a líquido. A combinação dos equipamentos do SABR com a antena do APG-81 poderia ser oferecida para a modernização desses dois modelos, apesar da concorrente Raytheon já fornecer radares AESA para ambas as aeronaves.
Segundo o Pat Antkowiak, vice-presidente diretor geral da divisão de tecnologia e conceitos avançados da Northrop Grumman, os testes de maio mostraram que o alto desempenho da antena do APG-81, combinado com os componentes acessíveis do SABR (a caixa única que une receptor, amplificador – exciter – e processador, sob a sigla REP) foram bem-sucedidos. A integração à plataforma de testes foi completada e colocada para voar em questão de semanas, segundo o executivo.
Ele acrescentou que a arquitetura mais aberta do SABR REP (ao passo que o APG-81 usa hardware e software proprietários) “destrava a inserção de novas tecnologias e abre o mercado para plataformas mais antigas (legacy).” Essa combinação pode ser oferecida tanto para o mercado doméstico quanto internacional, completou Antkowiak.
A USAF (Força Aérea dos EUA) tem planos para modernizar os aviônicos de combate e estender a vida útil de aproximadamente 300 caças F-16C/D Block 40/42 e 50/52, como resposta aos atrasos para desenvolver e colocar em operação o F-35.
Essa modernização, cujo contratante principal será a Lockheed Martin, incluirá um novo radar AESA. Porém, este ainda deverá ser escolhido pela USAF por meio de uma competição entre a Northrop e a Raytheon – esta última disputando com o seu RACR (Raytheon Advanced Capability Radar). As empresas ainda aguardam a emissão do pedido de propostas (RFP) .
Além do mercado do F-16, há também aproximadamente 100 caças F/A-18E/F Super Hornet Block I da Marinha dos EUA (USN), que são candidatos a receber uma modernização nos radares. Outros candidatos são os caças F/A-18 Hornet operando domesticamente ou em forças aéreas de outros países.
A USAF já está modernizando seus caças F-15E e alguns F-15C com radares AESA da Raytheon, mas aeronaves mais antigas e caças F-15 operados por outros países também são candidatos a modernizações de radar.
FONTE: Aviation Week (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: USAF
VEJA TAMBÉM:
- USAF quer modernizar 350 caças F-16 por 2,8 bilhões de dólares
- Raytheon discute venda de radar AESA com dois países operadores de F-16
- Toma lá, dá cá: APG-79 AESA nos Super Hornets libera APG-73 para Hornets
- Novo radar APG-63(V)3 AESA instalado e testado no F-15C
- Modernização do radar do F-15E ganha nome: AN/APG-82(v)1
- F-16 com radar AESA da NCG cumpre voos de demonstração
- Modernização dos F-16 de Taiwan, apesar de assinada, continua controversa
- AESA para os F-16 de Taiwan: contrato deverá sair em julho
- Caças F-16 de Taiwan deverão ser modernizados por 5,3 bilhões de dólares
- F-16 para Taiwan: nada de novo ou tudo de novo?
- Captor E do Typhoon: colocando a discussão sob um novo ângulo
- Como anda o desenvolvimento do radar RBE2 AESA do Rafale
- Mais imagens do radar Raven ES-05 AESA no Gripen NG…
O Block I do Super Hornet não pode receber o radar AESA que equipa o Block II, daí a necessidade de usar outro radar.
O mercado de modernizações para aeronaves leves, como o F-5 e o MiG-21 foi muito importante nos anos 90. Agora caças pesados começam a se candidatar para receber radares AESA, vai ser um mercado muito lucrativo, visto que as plataformas em si são caras (F-15, F-18) e os operadores tem dinheiro para gastar, ao contrários dos países de terceiro mundo que operavam F-5 e MiG-21.
Caro Clésio: porque não?
A estrutura frontal (do cockpit para a frente) é diferente entre os dois Blocks, e é um requerimento para instalar e operar o APG-79. Pode-se dizer que, do Block II em diante, não sobrou nada do Hornet antigo.
Mais detalhes sobre radares dos F/A-18 Hornet e Super Hornet nas matérias:
http://www.aereo.jor.br/2012/07/11/toma-la-da-ca-apg-79-aesa-nos-super-hornets-libera-apg-73-para-hornets/
http://www.aereo.jor.br/2012/05/17/fumaca-60-anos-conheca-os-super-hornets-que-vieram-ao-brasil/
Cruzes o velho Hornet com AESA novo…
As chances da MB acabar operando com um Hornet Legacy modernizado aumentaram um bocado…
Eu passo ainda prefiro o Rafale…
Os primeiros F/A-18 Hornet foram equipados com o, na época (requisitos de 1977), revolucionário radar doppler Hughes AN /APG-65 de avançadas características nunca antes incorporadas em um avião tático.
Primeiro radar composto de módulos WRA conjuntos substituíveis de armas /intercambiáveis) e colocado sobre trilhos na fuselagem frontal. Pesava apenas 154 Kgs (sem suporte) e seu volume (exceto a antena) é de 0,127m3.
O processador de dados do computador armazenava instruções em disquete (lembram-se ??) de 256K (16-bit)…..
Sds.