F-X2: desaceleração econômica adia plano de compra de caças

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De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, a situação econômica está menos favorável do que o esperado e exige cuidado

O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, afirmou que a desaceleração econômica tem atrasado a decisão do governo de adquirir uma nova geração de jatos de combate. “O projeto não está sendo abandonado. Haverá uma decisão no tempo certo. Mas, hoje, eu prefiro não dar uma data”, comentou o ministro em uma entrevista para a Dow Jones. “A situação econômica está menos favorável do que o esperado e naturalmente exige cuidado”, acrescentou.

Três competidores internacionais estão na disputa para fornecer os caças para o Brasil: a sueca Saab, com o modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, com seu F/A-18 Super Hornet; e a francesa Dassault Aviation, com o Rafale.

O governo brasileiro enviou uma carta para essas empresas em junho, pedindo que suas propostas fossem estendidas até dezembro. Segundo o governo, essa é uma prática comum, que ocorre a cada seis meses quando não há uma decisão. “Eu não estou em conversações com nenhuma companhia no momento, o que não exclui a possibilidade de eu receber alguém aqui”, comentou Amorim em seu escritório em Brasília.

“Hoje, eu não diria que nenhuma companhia é favorita. A questão mais importante é quando nós vamos fazê-lo e, então, analisaremos novamente as propostas”, explicou o ministro. “Existe a necessidade de nos reequiparmos, mais isso precisa ser resolvido de acordo com as possibilidades do país”.

Ele disse ainda que preço, qualidade e transferência de tecnologia são os três principais elementos, “mas o peso específico que será dado a cada um deles é algo que eu ainda não tive a chance de discutir profundamente”.

Amorim afirmou ainda que quer elevar o orçamento da Defesa para 2% do PIB, o que traria o Brasil para mais perto dos níveis observados em países como China, Rússia e Índia. “Esse é meu objetivo. Não é um programa de governo aprovado. É algo que eu considero razoável de ser atingido”. Segundo o ministro, os gastos com defesa podem ser uma maneira eficiente de criar e manter empregos durante a atual desaceleração econômica, além de fornecer incentivos para avanços tecnológicos. As informações são da Dow Jones.

FONTE: Estadão

NOTA DO EDITOR 1: a não ser que haja um engano de transcrição ou tradução, ficou a dúvida do que exatamente quer dizer esta frase com duas negativas: “Hoje, eu não diria que nenhuma companhia é favorita”. Se não diria que nenhuma é favorita, diria então que uma é favorita? Ou diria que nenhuma é favorita? Na versão em inglês da Dow Jones (clique aqui para acessar) a frase é “Today, I wouldn’t say any company is favorite”. De qualquer forma, uma hipótese interpretativa é que, quanto mais negativas há numa frase, menos certo é o assunto da qual ela trata. Ou, em outras palavras, ao invés de caças, a perspectiva é que venham mais desculpas, como vem sendo o caso há algum tempo.

NOTA DO EDITOR 2: apesar da notícia não ter mudado muito em relação a outras divulgadas anteriormente tratando do assunto (o mais significativo é que, ao invés de arriscar uma data, a postura agora é nem falar em data), achamos por bem mudar um pouquinho a charge. Agora, ela indica que talvez o fim do Mundo esteja um pouco mais perto do que o fim do F-X2. Quem adquiriu a revista Forças de Defesa número 2 já conhece o fim da história da qual o quadrinho acima faz parte. Mas para quem não adquiriu (e não adianta mais tentar, pois o número 2 esgotou), segue abaixo a HQ, por inteiro.

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