Pilotos do Super Tucano da FAC não foram baleados, segundo IML colombiano

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Os corpos do piloto e do copiloto do Supertucano da Força Aérea da Colômbia que a guerrilha das Farc afirma ter derrubado na quarta-feira (11) não apresentam impactos de bala ou estilhaços de explosão, informaram médicos legistas nesta sexta-feira (13).

“A necropsia constatou morte por politraumatismo severo, descartando feridas por projétil de arma de fogo”, revela a nota do Instituto de Medicina Legal entregue à imprensa.

O diretor do Instituto, Carlos Eduardo Valdés, disse em entrevista coletiva que os corpos “não têm ferimentos de bala ou estilhaços de explosivos”. “Se descarta totalmente lesões produzidas por projetil de arma de fogo. A causa da morte é politraumatismo severo”.

O relatório apoia a versão do governo de que o Supertucano da Embraer caiu por problemas técnicos e não por fogo da guerrilha, quando realizava missão de combate na região montanhosa do departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia.

Na quinta-feira (12), as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram ter derrubado o Supertucano, ao mostrar a um grupo de jornalistas os restos do avião ao lado do corpo do copiloto, que delegados da Cruz Vermelha foram buscar na zona de Jambaló, norte do departamento de Cauca.

O corpo do piloto foi encontrado em um local próximo pelos bombeiros, que também o entregaram aos delegados da Cruz Vermelha.

FONTES / FOTOS: AFP e Reuters, via UOL

Colaboraram: Optimus e Ci-Pin-Ha

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Clésio Luiz

pela foto me parece ser um morro. Se tinha mau tempo na hora do incidente, ele pode simplesmente ter se chocado com o morro. Mas mesmo assim, espanta a falta de vestígios de fogo, como se a aeronave tivesse caído por falta de combustível.

Guilherme Poggio

Caro Clésio Luiz, concordo plenamente.

Colisão com o morro é uma provável causa do acidente.

Falta de combustível poderia levar o piloto a executar um pouso planado no vale logo abaixo ou mesmo ejetar-se em condições totalmente favoráveis.

Marcos

Essa é uma boa hipótese, Clésio Luiz, a de que a aeronave tenha colidido com o morro em condições de mau tempo.

Mas gostaria de saber também o que provocou a queda do SP em Campo Grande e em Porto Velho.

Roberto F Santana

A queda parece ter sido vertical, aviões quando em voo sem referência visual e se chocam com relevo geralmente se espatifam lançando destroços por área. O Super Tucano, novo, com recente carreira, vem construindo um péssimo curriculo.Vários já caíram, se continuar assim, entrará na fila dos F-100, F-104, Learjets e outros temperamentais da aviação. Um avião com praticamente o mesmo peso, a mesma potência e a mesma área de asa de um P-51 Mustang, não pode ficar circulando em pequenos “boxes” a procura de guerrilheiros embrenhados na mata. As missões COIN são extremamente perigosas, o menor descuido o estol acontece… Read more »

Optimus

A ausência de marcas de explosão realmente aponta pane seca, onde o piloto tentou o pouso planado, mas devido ao mal tempo de repente (do nada) aparece uma montanha na frente, sendo que nem ouve tempo de reação por parte do piloto e (nada mais que uma) tentativa de ejeção por parte do outro oficial…

Clésio Luiz

Interessante os pontos levantados pelo Roberto. Pode muito bem ter sido uma estolada na hora errada, perto de um morro. Muitos objetos pessoais dos pilotos também demonstra falhas que a FAC tem que corrigir. Quanto a comparação com o Mustang, só um detalhe: o aerofólio deste foi um dos primeiros a empregar “fluxo laminar”. Por causa disso o P-51 não era muito fan de velocidades baixas, ao contrario, por exemplo, do Spitfire ou de um F4U Corsair. Mas o Tucano, cuja asa o Super toma emprestada, goza de 30 anos de avanço no campo de aerofólios. Hoje é possível fazer… Read more »

Mauricio R.

E se as FARC, realmente abateram o ST???
O artigo referenciado no link abaixo, explica as possíveis consequências da ação:

(http://www.insightcrime.org/insight-latest-news/item/2894-did-the-farc-shoot-down-colombian-war-plane)