Negociação do Rafale na Índia é retomada após aprovação em investigações

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Com base em resposta do ministro da Defesa da Índia a questionamentos de parlamentar indiano, jornal Hindustan Times afirmou em chamada que ‘o caminho está livre para o acordo do Rafale’ – Jornal  Indian Express afirma que negociações sobre o preço final foram reiniciadas

Nesta quarta-feira, 11 de julho, o jornal indiano “Hindustan Times” informou que o processo indiano de adquirir 126 aeronaves de combate multitarefa de porte médio (MMRCA) está chegando a um final, com o ministro da Defesa da Índia dando sinal verde ao processo de avaliação que levou à seleção do caça francês Rafale. O avião foi escolhido em 31 de janeiro deste ano como o ofertante de menor valor (lowest bidder), com base em seus custos do ciclo de vida e transferência de tecnologia.

O valor total do contrato está estimado em 20 bilhões de dólares, com opções para aquisições adicionais. De acordo com negociações, 18 caças Rafale serão entregues à Índia (direto do fabricante) em 2015, com outros 108 construídos pelos indianos sob colaboração.

Respondendo a uma carta escrita em 27 de fevereiro pelo parlamentar Mysura Reddy (membro do TDP Rajya Sabha) que alegava manipulação do processo de avaliação do MMRCA, o ministro da Defesa AK Antony disse: “As questões levantadas por você foram examinadas por monitores independentes que concluíram que a linha e a metodologia adotadas pelo Comitê de Negociação de Contrato (CNC – Contract Negotiations Committee) na avaliação das propostas comerciais, até o momento, foram justas e apropriadas com as cláusulas do Pedido de Propostas (RFP – Request for Proposals) e do Procedimento de Aquisição de Defesa (Defence Procurement Procedure), de 2006.”

Como noticiado pelo jornal, Reddy havia escrito a Antony dizendo: “A alegada manipulação do processo de avaliação que levou à escolha do Rafale, que resultou na decisão de adquirir 126 MMRCA, levantou sérias apreensões não apenas pelo país, mas também pelo mundo. Se uma desisão correta não for tomada, a credibilidade do país estará em jogo.” Dois dias depois, Antony ordenou um inquérito para investigar todos os pontos levantados por Reddy.

Falando com o Hindustan Times após receber em Hyderabad a resposta final de Antony, na segunda-feira à tarde, Reddy disse que não estava satisfeito com a resposta.  “Eu vou esperar pelo relatório após o ministro da Defesa ter examinado as recomendações finalizadas do CNC, como prometido pelo ministro da Defesa”, disse Reddy.

Negociações do contrato com a fabricante Dassault foram reiniciadas, segundo fontes do jornal Indian Express

A respeito do mesmo assunto, o jornal “Indian Express” informou que o acordo para compra de 126 caças, que havia parado após reclamações de irregularidades, está de volta ao seu caminho, com as negociações do contrato sendo reiniciadas após monitores independentes terem aprovado os procedimentos de seleção do caça francês Rafale.

Os três monitores independentes que analisaram o caso foram designados pela Comissão Central de Vigilância (Central Vigilance Commission – CVC) e incluiu ex-burocratas dos ministérios das Finanças e Defesa.

Segundo fontes não reveladas pelo jornal, “o Comitê de Negociação do Contrato (CNC) retomou suas conversações com a empresa francesa Dassault para chegar ao preço final neste mês”.

FONTES: Hindustan Times e Indian Express (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

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edcreek

OLá,

Ai está, para quem duvidava…

Abraços,

Luis

Se os indianos o querem, isso é problema deles. Mas nem por isso precisa vir para a FAB também. Caro de comprar, manter e operar.

edcreek

OLá,

EU QUERO ele para FAB, barato de operar em comprar e o caça que no ecsiste, e que só paises pequenos compram….

Abraços,

Daglian

edcreek,

E daí que só países pequenos compraram até agora? Qual a diferença que isso faz? Eu quero caça bom e que não tenha custos estratosféricos para o Brasil, não me interessa quem mais comprou ele, a não ser que isso nos afete.

Não entendi muito bem sua frase, mas creio que disse que o Gripen é barato de operar e comprar porque, desculpe-me, o Rafale DEFINITIVAMENTE não o é.

Luis

Você quer, eu e a FAB não!

A Suíça acabou de comprá-lo, fora as versões anteriores para outros países. E o Rafale, que ainda não desencalhou? Na Índia está a passos de tartaruga o MMRCA.

edcreek

OLá,

KKKK, se vc considera o pedido de meia duzia de caças da Suiça relevante, não há motivos para continuar a discussão…..

Rafale já….

Abraços,

Luis

Não são meia dúzia, são 22. Não é muito, mas juntando com os outros já vendidos e alugados para outras nações, se torna uma quantidade considerável. De grão em grão a galinha enche o papo. Já o Rafail não vende nem aluga, pois não vale o que custa. Só existe por burrice da França, que saiu do projeto do Eurofighter, porque queria mandar mais do que todo mundo. Este tem 6 nações o utilizando, o MMRCA terá o processo de escolha revisado. Continua no 0.