Novela do F-X2: visita de Hollande será o último capítulo?
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O que virá primeiro, o fim da novela ou o fim das desculpas?
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A presidente Dilma Rousseff quer pôr um ponto final na novela da compra dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a visita do novo presidente francês, François Hollande, ao Brasil. Os estudos técnicos da Aeronáutica já foram concluídos.
Estimada em US$ 5 bilhões, a licitação é disputada pelos aviões Rafale, da francesa Dassault; F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing; Gripen NG, do sueco Saab. Hollande chegará ao Brasil para a Rio+20 no próximo dia 20 e deve esclarecer a proposta final e as novas condições da França durante encontro reservado com Dilma.
A propósito da situação da FAB, a Aeronáutica teve que deslocar, de Boa Vista para a Base Aérea de Santa Cruz, na capital fluminense, as esquadrilhas de F-5M (alta performance) e Super Tucano (baixa performance) que guarnecerão o espaço aéreo da Rio+20, em um raio de 50 quilômetros em torno do Rio Centro, em Jacarepaguá. O grupo empregará também quatro caças AMX, dois F-5 Tiger e os aviões radares da própria base.*
FONTE: Correio Braziliense (texto de Luiz Carlos Azedo), via Notimp
*NOTA DO EDITOR: o título e o subtítulo são nossos, e brincam com a chamada da matéria original, “Fim da Novela”, e com o tema de outras matérias que já publicamos (veja links a seguir). Mas vale fazer alguns reparos a “equívocos” do último parágrafo da matéria do jornal, que marcamos com asterisco. Nenhum esquadrão (ou “esquadrilha”, como diz o texto da matéria) de F-5M tem Boa Vista como base principal. A unidade baseada em Boa Vista é o 1º/3º Grupo de Aviação, o esquadrão Escorpião, equipado com o A-29 Super Tucano. E, falando em F-5M, os caças operam no próprio Rio de Janeiro, na Base Aérea de Santa Cruz – e pudemos fotografá-los realizando treinamentos na semana passada, quando visitamos a base e captamos imagens que em breve vão ilustrar matérias exclusivas aqui no Poder Aéreo. Já os “aviões radares”, no caso os E-99, são baseados em Anápolis, em Goiás, mas frequentemente operam desdobrados em outras bases – de fato, também tivemos a oportunidade de vê-los em Santa Cruz, na semana passada.
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