HAL assina contrato para desenvolvimento do MTA

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A Hindustan Aeronautics assinou no último dia 28 de maio um contrato com setor de aeronaves de transporte da United Aircraft Corporation (UAC-TA) e com a JV-Multirole Transport Aircraft (MTAL) para o desenvolvimento do projeto da aeronave de transporte multitarefa (MTA).

A HAL já tem experiência com a fabricação de aviões de transporte militar como o Avro HS-748 e o Dornier Do-228. Um total de 89 Avros foi fabricado, tendo sido entregues entre 1964 e 1984. A HAL também realizou uma série de modernizações destas aeronaves, sendo responsável pela manutenção da frota.

Um total de 116 Dorniers foram produzidos desde 1984 até março de 2012. Dois deles foram exportados para as Ilhas Maurício. A HAL também assumiu a fabricação de conjuntos estruturais do Do-228 para RUAG Aerospace da Alemanha e já forneceu oito conjuntos até agora. A exportação de uma aeronave Do-228 para Seychelles está em andamento.

A HAL realizará o desenvolvimento do projeto de sua responsabilidade no programa MTA no seu centro de pesquisa localizado em Bangalore, enquanto sua divisão de Aeronaves de Transporte (TAD) em Kanpur vai fabricar os protótipos e, posteriormente, a produção em série da aeronave.

Os governos da Índia e da Rússia já haviam assinado um Acordo Inter-Governamental para articular a concepção, o desenvolvimento e a produção do MTA em regime de partilha 50/50 e decidiu formar uma joint venture entre a HAL, a UAC-TA e a Rosoboronexport para executar o projeto.

O objetivo principal é alcançar a auto-suficiência em design e desenvolvimento e produção de aeronaves desse porte e também para gerir o programa com a colaboração internacional e grande número de fornecedores globais.

A aeronave será projetada para os papéis de carga/transporte de tropas, suprimento aéreo, incluindo Low Altitude Parachute Extraction System (LAPES).

A aeronave será da classe de 15 a 20 toneladas, e deverá atender a uma encomenda russa de 100 aeronaves, além de outras 45 aeronaves para o IAF e 60 para os países terceiros, num total de 205 pedidos.

A concepção do projeto preliminar do MTA será iniciada imediatamente após a assinatura do contrato com o acompanhamento de projeto preliminar na qual as discussões tripartidas foram concluídas.

FONTE: Hindustan Aeronautics Ltd

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo

NOTA DO EDITOR: esta será uma aeronave da mesma faixa de mercado do futuro KC-390 e já nasce com muito mais encomendas.

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Corsario137

Pois é Poggio mas temos que poderar algumas coisas:

1. A Índia e a Rússia são, por si só, grandes consumidores. Não dá pra competir FAB x IAF em número de unidades. Nisso eles levam uma vantagem natural.

2. Esses outros 60 são uma expectativa, nada certo.

3. No mercado mundial, o que irão preferir? Uma aeronave Embraer, com a qualidade e o pós-venda que oferecemos ou uma hindu-russa? Torcidas a parte, acho o produto da Embraer muito mais vendável.

asbueno

Corsário137:

Não se esqueça do fator C-130 J “downgraded”.

A aeronave brasileira deverá ter melhor desempenho do que o C-130 e terá pós-venda melhor do que a aeronave hindu-russa.

O preço será outra variável importante, claro, mas que ainda não é paupável no caso dos jatos.

Some a tudo isso o fator “P”, de política.

Giordani RS

Percebam que é mais um projeto focando o grande defeito do C-130, ou seja, seu compartimento de carga por causa das asas…

Observador

Senhores, O perigo mesmo vem do C-130 J. Este que é o concorrente do KC-390. Isto porque a HAL é uma empresa muito boa. Em montar os projetos e produtos dos outros. No Tejas, apanhou mais que boi ladrão. O caça leve já está atrasado bem uns dez anos e talvez a versão naval prevista nunca venha a ser construída. As (poucas) vendas do Do-228 já mostraram como será: ninguém com recursos e outras opções vai comprar o aparelho, para depois ficar penando na mão de fornecedores russos, alguns de fundo de quintal. Com base em tal experiência, eu acho… Read more »

Edgar

Acho que a chave do sucesso do KC-390 no mercado mundial seria a associação com a Boeing, independentemente do mercado americano, a Boeing passaria a dispor, em parceria, de um produto que viria a fazer frente à sua maior concorrente na aviação militar.

asbueno

Edgar, o Mauricio que não nos leia, mas poderia ser uma associação benéfica. Porém talvez apenas para a EMB. Para ser benéfica para a Boeing, o KC 390 deveria ser enxergado como o substituto do C 130 nos Estados Unidos. Se houvesse essa possibilidade então o caminho para a Boeing abraçar o KC 390 estaria iniciado. Além da qualidade do produto, questão política aliada a interesses comerciais é a chave. Como o tempo está andando e nada parece ocorrer nesse sentido, então a EMB terá que trilhar seu caminho “só”. Se o KC 390 apresentar custo competitivo e desempenho idem,… Read more »

asbueno

Li no Defesanet que o MTA estará na faixa de 15-20 t de carga enquanto o KC entre 20-25 t (23 t). Difícil afirmar, mas essa tonelagem “a mais” por parte do brasileiro não poderia ser uma variável favorável?

Corsario137

Caro Asbueno,

Concordo plenamente. O C-130, mas na versão XJ, deverá ser o nosso grande oponente.

Ao nosso favor estarão as capacidades da aeronave, pensadas para o que o mercado precisa, o nome EMBRAER e nosso pós-venda, com bases de manutenção na América do Norte, Europa e Ásia.

Vejo aí mais um caso de sucesso para nossa empresa verde-amarela.

asbueno

Prezado Corsário, espero que a estória tenha um início e meio feliz e um final distante.

sergiocintra

Eu fico em duvida? O projeto é EMB ou FAB? e a EMB é a executante.
Ou a FAB só fez o “request”?

Bem o que eu quero explicitar é que estamos fazendo escola!

Edgar

Sergio, o projeto é da FAB (COPAC) e a Embraer foi escolhida como empresa responsável por selecionar os fornecedores e desenvolver o projeto, ou seja, não é algo que a Embraer apresentou à FAB e sim a FAB apresentou à Embraer, dada sua necessidade operacional (NOP), a qual, em 2008, foi identificada demanda inicial de 38 aeronaves.

Recomendo a todos, os que apóiam e os que refutam o projeto, a leitura desta apresentação do COPAC:

http://www.aerospacecluster-brasil.com.br/Downloads/III%20Workshop%20KC-390/Copac.pdf

Edgar

Inclusive, nesta apresentação que citei, o HAL MTA já aparece como projeto, ou seja, não é uma nova concorrência para o KC-390.

Mauricio R.

De maneira geral exeto pelas exporádicas vendas de C-17, as únicas aeronaves de transporte militar no mercado, c/ vendas consistentes são o C-295 e o C-130J. Em nota recém publicada no Flightglobal: (http://www.flightglobal.com/news/articles/IN-FOCUS-Embraer-looks-to-make-defence-business-quarter-of-revenue-by-2020-371549/) A própria Embraer projeta vendas de somente 100 unidades ou o equivalente a 15% do mercado. Bem longe das fantasiosas 700 unidades, publicadas em alguns press releases abilolados. Ocorre que nenhum outro projeto de aeronave militar de transporte, atravessa “céus de brigadeiro” no momento. Os americanos devem encerrar a produção do C-17 este ano, a desativação dos C-130E da USAF acaba de ser completada, alguns dos quais… Read more »

ricardo_recife

Mais competição!

Era mais do que obvio que o KC 390 não ficaria sozinho no mercado. Contudo, ainda acredito que o C-130 terá vida longa e mais algumas versões.

Abs,

Ricardo

Mauricio R.

“…o projeto é da FAB (COPAC)…”

Tem certeza???
O projeto sempre foi da Embraer, que pressionou o governo federal de diversas maneiras, inclusive aquelas 4200 demissões; até este capitular e encampa-lo.
A FAB seria mto otária em adotar essa aeronave tão capenga, qndo poderia obter no mercado, outras aeronaves realmente capazes.
E que não seria o C-130J Super Hércules.

Edgar

Mauricio, como a Internet aceita tudo, tanto os meus comentários quanto os seus, a avaliação da “verdade” fica por conta apenas de dados oficiais, como o documento do link que passei, do COPAC. A propósito, sim, tenho certeza que o projeto é da FAB. Agora, se isto é objeto de quaisquer tipo de tráfico de influência oferecido por pessoas tanto do governo quanto da Embraer e da FAB, cabe ao Ministério Público apurar. De qualquer forma, a informação oficial é que o projeto ou, no caso, necessidade operacional e verificação da viabilidade de produção nacional, como visto no documento “Projeto… Read more »

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

Lockheed oferece Super Hércules, c/ alto conteúdo local a SAAF:

“Lockheed Martin is offering its C-130XJ ‘Expandable’ Super Hercules with maximum local content to the South African Air Force (SAAF) to meet its transport and maritime patrol requirements…”

(http://www.defenceweb.co.za/index.php?option=com_content&view=article&id=25900:lockheed-offers-high-local-content-super-hercules-to-saaf&catid=35:Aerospace&Itemid=107)

Mauricio R.

Edgar,

O link p/ a apresentação postada, não aparece como sendo “FAB”, mas de um tal de “AEROCLUSTER-BRASIL”.
Aonde é que diz que essa “entidade” é parte da Força Aérea Brasileira???
E na apresentação, o requisito operacional é apresentado como sendo da FAB, mas essa suposta “verificação da viabilidade de produção nacional”, apresenta-se somente como uma das possibilidades em atender ao ROP EMAER 66.
E convenhamos, que p/ quem acompanha a indústria aeronaútica, os números, sejam 38 ou 60, de maneira alguma justificariam a viabilidade econômica do projeto.
Especialmente c/ aquele monte de exclusões, observadas na página 42.

Edgar

Mauricio, esta apresentação se refere ao evento listado nos links abaixo: http://www.aereo.jor.br/2011/10/28/beneficios-economicos-e-incentivo-as-empresas-nacionais-estao-no-foco-do-projeto-kc-390/ http://www.embraer.com/pt-BR/ImprensaEventos/Press-releases/noticias/Paginas/WORKSHOP-BUSCA-MAIS-EMPRESAS-BRASILEIRAS-PARA-PROGRAMA-KC-390.aspx A “entidade”, a qual você se refere, não é este Aerocluster, e sim o COPAC, autor da apresentação. Este Aerocluster apenas está armazenando o arquivo da apresentação. A “justificativa” apresentada por você em seu comentário se limita apenas ao que poderia ser um fator contrário ao início do projeto, porém, na própria apresentação, são listadas as justificativas (página 9 da apresentação): CMA – Comissão de Monitoramento e Avaliação do PPA » Projeto apresentado ao Plenário da Câmara Técnica de Projetos de Grande Vulto (2009) » Demonstrados os… Read more »

Justin Case

Edgar, muito interessante a apresentação.

Em princípio, dono do projeto é quem paga pelo seu desenvolvimento, na proporção dos recursos investidos.
Como recuperar o investimento? Normalmente, via royalties das vendas efetuadas para terceiros (aqueles que não são os parceiros).
Abraços,

Justin

Justin Case

Ah, um adendo:

Ao contrário de uma empresa privada, o retorno do investimento feito pelo Estado é avaliado em relação ao serviço prestado à sociedade, não em $$$.
Por isso, é até comum o Estado abdicar do recebimento de royalties para aumentar a probabilidade de vendas e, assim, tornar maior e mais duradouro o projeto. Isso traz mais retorno na área social, tecnológica, industrial, impostos…
Mas, se sobrar algum $$$, certamente ninguém vai reclamar…
Abraços,

Justin

Corsario137

“O projeto sempre foi da Embraer, que pressionou o governo federal de diversas maneiras, inclusive aquelas 4200 demissões; até este capitular e encampa-lo.” Pura teoria conspiratória sindical. Os números, que estão disponíveis para qualquer um e que não mentem, mostram como a crise financeira mundial (a do sub-prime) afetou a carteira de pedidos da Embraer. Nada mais nada menos que 1 BILHÃO DE DÓLARES a menos no faturamento da empresa. Diante de tal impacto na produção, bem como da incerteza naquele momento, nada mais óbvio para uma administração séria e profissional do que cortar despesas e investimentos, o que infelizmente… Read more »

Nick

Caro Edgar,

Parabéns por disponibilizar esse material sobre o KC-390, muito bom mesmo.

Na minha visão, os investimentos feitos no KC-390 se justificam. Mesmo que não seja “aquele” sucesso de vendas, o desafio dado à Embraer para projetar, desenvolver e produzir uma aeronave desse porte se justifica, seja pelo aspecto do Know-how, seja pela geração de empregos diretos e indiretos, seja pela movimentação e capacitação de algumas empresas nacionais envolvidas.

E se for um “best-seller”, melhor ainda. 🙂

[]’s

Mauricio R.

“Nada mais nada menos que 1 BILHÃO DE DÓLARES a menos no faturamento da empresa.”

A época das demissões, essa mesma carteira de pedidos da Embraer somava 20 bilhões USD.
Já que vc é tão sabido, p/ justificar tdo o que a Embraer apronta, lembre-se que a Embraer ao entrar no Novo Mercado da BM&F, teve suas participações acionárias pulverizaras, justamante p/ impedir o tipo de ação que defenestrou o Agnelli da Vale.

Mauricio R.

“…se 695 unidades não é um número que justifique o projeto…”

a) Não há nada que garanta, que aquelas 600 e tantas unidades listadas, serão de KC-390.

b) Reparar nas exclusões, que limitam o universo de potenciais usuários da aeronave.

c) O ac da Embraer não terá a USAF, a maior usuária de C-130 no mercado como cliente, um dos mtos países excluídos no gráfico.
Em outras palavras, perdeu uma chancela e tanto, que poderia alavancar um volume maior de vendas.

Edgar

Como disse em meu comentário, coincidentemente após este trecho citado por você, a respeito de quantidades, “creio que só a venda de C-130 desde seu conceito até hoje (acima de 2.000), determinaria, de acordo com seu argumento, o sucesso ou fracasso do projeto”. Além do mais, acredito que nem assim você consideraria o projeto um sucesso, mas enfim, é apenas uma opinião. Como bem disse o Nick no comentário anterior e as justificativas que eu já postei, o projeto se justifica. E se a FAB, que constatou a Necessidade Operacional, verificou as opções de mercado (como constatado na apresentação) e… Read more »

Mauricio R.

E finalmente, sem quere ser mais chato, do que de costume:

“Market share estimado: 300 aeronaves exportadas (US$ 22,5 bilhões em 20 anos)”

O C-130J Super Hércules, já chegou lá e nem precisou desses 20 anos!!!

Mauricio R.

E eu ao contrário de vossa senhoria, como cidadão pagante de imposto tenho bastante conhecimento p/ questionar quais os reais motivos, de se bancar a capacitação de uma única empresa privada, em detrimento de tdo um setor indústrial.
Se esta empresa deseja tanto ser algo de expressão no mercado, que reinvista seus imensos lucros em sua atividade fim.

#embraerforadofx2

É bom p/ a FAB e melhor ainda p/ o Brasil!!!

Edgar

Mauricio, creio que, na verdade, seu questionamento não se dê a respeito do desenvolvimento da Embraer e do “sucateamento” de “tdo um setor indústrial”, a menos que o setor industrial ao qual você esteja se referindo esteja baseado no estado da Georgia – EUA, uma vez que, em sua opinião, a FAB deveria optar pelos C-130J como substitutos aos C-130 atuais, capacitando toda uma equipe de engenheiros e técnicos brasileiros, gerando empregos no Brasil e ajudando no crescimento da indústria brasileira… Agora, é importante salientar que o questionamento que vossa senhoria deve fazer é com o Comando da FAB e… Read more »

Corsario137

Caro Maurício R. Obrigado pela parte que me toca. Sim, a Embraer é a empresa nacional de grande porte com o capital mais pulverizado que existe. No entanto, além do governo brasileiro ser um dos grandes acionistas através da Previ e do BNDESPAR (sendo o segundo o maior credor da empresa), este possui as poderosas “Golden Share” que dão ao/a presidente da república a capacidade de intervir em qualquer assunto da empresa, em especial, nos que são considerados “temas de relevância” nacional. E sim, a carteira de pedidos da Embraer à época era muito superior ao 1 bilhão de dólares… Read more »

sergiocintra

Edgar Realmente é uma apresentação do Copac, assim como as definições das necessidades, segundo a experiência -não pouca- dos seus. Mas há outros “estudos”, não só com eles. Obrigado pelo endereço! Mas a minha duvida é quanto ao projeto de execução. Muito lá atrás, conhecemos o projeto do “Amazonas” da Embraer, que embora no projeto inicial era um quadrimotor. Muito, mas muito se assemelha ao 235 hoje. É quanto a isso que me refiro, a Embraer fez o seu papel, mas a FAB não se interessou. Ficou no projeto e acabamos por comprar de um fornecedor externo quase a mesma… Read more »

Mauricio R.

O “outro” Amazonas, seria concorrência ao DHC-7 canadense.
Uma idéia interessante, que sequer percebida pela FAB não pode ser aproveitada, pois a força já se encontrava equipada ou em vias de receber o Albatross, o Avro e o Buffalo.
Teria sido um “quebra-galhos” melhor que o “Bandeirulha”, qndo este foi concebido p/ substituir aos “Neptune”.
Interessante tb é a aparente falta de interesse, pelo mercado civil, aonde poderia ter ocupado algum espaço entre os F-27, Viscount, Dart Herald, YS-11 Samurai, DC-7, DC-6 e DC-4 daquela época.

HRotor

Ainda acho que apresentar um projeto como substituto do C-130 é muita pretensão, seja qual for o fabricante. Desde 1954, são mais de 40 versões do Hercules, em mais de 50 países, o mais longo ciclo de produção de aeronaves militares da história. Sempre aparece um “concorrente”, americano, japonês, indiano, russo, vários já citados acima pelos colegas, ainda não desbancaram o “gordo”… O C-390 pode até se constituir em um bom avião, pode até ter alguns ganhos operacionais e menores custos, mas o fato de ser jato, ao invés de turbo-hélice como o C-130, já o coloca em uma categoria… Read more »

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto.

Pois é sobre um outro ac de transporte.

Agora vai, mesmo??? De novo??? Novamente??? Mais uma vez???

Os russos pretendem adquirir 60 An-70.

(http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/135594/russia-to-buy-60-an_70-transports.html)