Para as pretensões da RAAF, o F-35 é só o começo do futuro
Pelo menos é o que parecem dizer os “papéis de parede” disponibilizados no site da Real Força Aérea Australiana (RAAF). Os australianos, que mal terminaram de receber seus novíssimos Super Hornets, e hoje aguardam na fila do F-35 em meio a várias polêmicas sobre o atraso desse caça de quinta geração, mostam a pretensão de conquistar o domínio do espaço.
Um pequeno pulo para o canguru do cocar da RAAF, mas um grande salto para todos os seus pilotos. “Ao infinito e além!”
Pelo segundo poster, a RAAF já está aguardando a chegada da 6ª geração. 🙂
Isso sim é pensar no futuro…hehehe. Mas eles estão certos….
[]’s
Enquanto para o pessoal do Cangurú Perneta o Futuro já é realidade (F-35), para o pessoal do Avestruz que Fuma o futuro é uma incógnita: seria o F-5 +/- ou seria o Mirage-/- o grande eleito?
Aproveitando o gancho do F-35… gostaria de saber: qual a função nessa aeronave das duas aberturas superiores, utilizadas nos pousos e decolagens curto/vertical? Óbvio que uma é do “fan” vertical… e a outra?
Eu tenho um livrinho da série Guia das Armas de Guerra, o Aviões do Futuro. Editado no começo dos anos 80, ele acertou praticamente tudo o que viria a acontecer até agora, e descreveu bem o que acabou se tornando o F-22. No dos trechos do livro, o autor diz que o ATF (o nome do programa que gerou o F-22) “será provavelmente a última aeronave de caça da USAF a permanecer sempre dentro da atmosfera”. Será que um dos requerimentos da USAF para um substitutos do Raptor incluirá voos suborbitais? Para quem não é da área fica difícil imaginar… Read more »
@Marcos
É uma entrada de ar auxiliar para o motor principal.
Clésio Luiz:
Imaginei que fosse algo assim. O que estranhei é que a abertura traseira abre em duas e a frontal mais se parece com uma, sei lá, tampa. Julgo que seja alguma maneira de evitar a reingestão de gases.
O Yak-141, pai do F-35, se não o próprio, também era assim. Digo o próprio porque após o colapso da União Soviética, a Lockheed Martin “financiou” alguns trabalhos da Yakolev.
Aliás, a teoria da “furtividade” das aeroanves americanas foi baseada em um trabalho de um físico russo.
O grande problema dessa aeronave é seu incerto custo unitário.
A própria USAF estima que o custo de manutenção dessa geringonça será 50% maior que as atuais aeronaves.
Realmente, o Yak-141 pode ser chamado de “Pai do F-35”. Aos olhos do leigo, isso é uma afronta, mas uma analise nas soluções de projeto mostra que o F-35 é um Yakovlev “furtilizado”. A solução da articulação da turbina chega a ser cômica de tão idêntica que é. Essa é a oportunidade do pessoal da Lockheed, até então conhecida como uma empresa de projetos inovadores, usar a frase “requerimentos semelhantes levam à soluções comuns” ou algo do tipo, geralmente empregado por suas contrapartes russas. Isso é comum no mundo a aviação, como por exemplo o projeto do North American A-5… Read more »
Marcos disse:
2 de dezembro de 2011 às 20:12
“Aliás, a teoria da “furtividade” das aeroanves americanas foi baseada em um trabalho de um físico russo.”
Prezado a reflexão, deflexão e absorção de ondas de radar foi estudada e tremendamente desenvolvida em grande parte pelo III Reich, durante a SGM. Russos, americanos e ingleses (estes até mais avançados que ambos, pois também tinham suas próprias pesquisas avançadas) tiveram acesso a tais estudos, e apenas os desenvolveram.
Mas passar do papel à prática operacional, só os americanos. E isso até hoje, diga-se de passagem.
Saudações.
Devaneios, lembrei de um documentário do Discovery em que no inicio os Ianques queriam invadir a URSS, enviando soldados dentro de misseis balísticos.
Pyotr Yakovlevich Ufimtsev é o nome do cientista soviético que publicou uma pesquisa sobre difração de ondas de rádio, que ajudou a corrigir os problemas num programa de computador que a Lockheed estava utilizando no projeto Have Blue, que deu origem ao F-117.
A tentativa anterior da Lockheed com furtividade foi o SR-71, mas acabou não dando em nada, pois o rápido progresso dos radares na década de 60 acabou cancelando os ganhos que o desenho do Blackbird proporcionava.
Parafraseando Albert Einstein “Sucesso e genialidade, são 10 por cento de inspiração e 90 por cento de transpiração”.
O Sr. Yakovlevich foi muito inspirador.
Já não vai prestar por que um cientista Russo tem um dedinho no meio os americanos do Blog vão se remoer de raiva, tudo que e russo não presta se esqueceram.
Uitinã, Não é essa a questão . A questão é que os russos do blog superestimam qualquer fato envolvendo a participação da pátria mãe Rússia. Por exemplo, o YAK 141 por conta do seu escape articulado passa a ser o “Pai”do F-35B. Os americanos em um programa da Discovery sobre o desenvolvimento da tecnologia stealth citaram o trabalho do cientista russo, para lhe fazer justiça na medida certa. Pronto! Isso bastou para os russos do blog (e de outros blogs) criar a versão que reina absoluta entre os eles. Ora! Para se criar a tecnologia stealth os engenheiros leram esse… Read more »
“Se os russos do blog se apegassem a fatos concretos, que existem muitos dada a qualidade da tecnologia e da capacidade militar russa, e não a fatos forjados ou superestimados, teriam mais credibilidade.” Mestre Bosco, Uma afirmação contundente & verdadeira. Os Russos desenvolveram uma série de sistemas de armas adequados às suas necessidades (que são bem particulares) com incrível criatividade e pragmatismo. Sim, eles foram e são capazes de reunir dois conceitos que aparentemente não ‘casariam’: CRIATIVIDADE & PRAGMATISMO. Por vezes encontro o velho ‘supertrunfo’ querendo comparar o MiG-31 a outros caças ocidentais e muitos apaixonados esquecem a verdadeira e… Read more »
O Yak-141 é chamado de “Pai” simplesmente porque quase todas as suas características foram adotadas pela Lockheed para o seu candidato ao programa JSF. Veja o candidato da Boeing por exemplo, praticamente não tem nada em comum com o projeto soviético.
Isso não é superestimar os projetos soviéticos, mas simplesmente a constatação dos fatos. O projeto do F-35 é fortemente inspirado no jato soviético. É inferior a este? Não, muito pelo contrário. A Lockheed pegou um transportador de maços de cigarro e o transformou num avião de guerra.
Mudando de pato pra ganso, não vejo como caças um dia operarem fora da atmosfera, ou seja, em órbita. Poderá até existir veículos aeroespaciais armados com funções militares, mas não serão caças. Do mesmo modo que os caças a hélice e motores convencionais não fazem parte da classificação, essas hipotéticas naves militares do futuro também não serão à rigor, caças, e não faram parte da classificação de gerações. Os caças “sempre” irão operar dentro da atmosfera, utilizando a sustentação aerodinâmica e motores aspirados, mesmo que seja na alta atmosfera e em velocidades hipersônicas. Deverá haver uma certa quantidade de naves… Read more »
Caro Bosco, Também fico intrigado quando ouço/leio essa coisa de caça sub-orbital porque penso logo no consumo de combustível de uma missão destas e, por outro lado, a tecnologia atual de motores está cada vez mais avançada porém ainda em um paradigma de vôo na atmosfera, ou seja, não houve nenhuma grande evolução na área de propulsão para imaginarmos caças no espaço sem uma grande perda de combustível. Mas e o vôo hiopersônico? Vá lá, mas ainda sim precisa-se do elemento oxigênio para funcionar correto? Sendo assim o vôo continua na atmosfera, visto que no vácuo o sramjet não é… Read more »
Mas bombardeiros hipersônicos, aeronaves civis hipersônicas e veículos orbitais de estágio único reutilizáveis são subprodutos da tecnologia de propulsão hipersônica (scramjet, etc) previstos hoje. Com certeza, a partir que existir um jeito “fácil” de colocar uma aeronave em órbita com certeza irão achar alguma forma de armá-la. Diferente dos veículos sub-orbitais (e não “semi” como havia dito), como você bem me corrigiu, um orbital terá que levar consigo alguma fração de comburente para poder chegar e manobrar no espaço e poder voltar para a atmosfera. Há motores híbridos que poderão trabalhar no vácuo usando esse comburente armazenado a há projetos… Read more »
Pois é Bosco, de qualquer forma o hipotético caça seria um “treco” enorme pra comportar um motor hibrido desses + armamento. Não concebo toda essa tecnologia cabendo em um vetor do porte de um F22 por exemplo. A verdade é que nos idos de 2000, parecia que por volta de 2010/2015 os F15,16,18 e Su30/35/37 já teriam virado peça de museu nas “principais” forças aéreas do mundo. Entraremos em breve em 2012 e essa “mudança de geração” de 4a pra 5a está cada vez mais distante. O F35 não entra em cena antes de 2014 e deverá estar totalmente entregue… Read more »
Senhores, acho que a visão de futuro de caças hipersônicos sub-orbitais assumia um mundo com super-potências usando todos os meios possíveis para se enfrentar. Um cenário realmente dos anos 80. Para as ameaças de hoje, eu diria que o futuro caminha para aviões menores, de baixo custo, furtivos, autônomos ou semi-autônomos, e trabalhando em rede. Como não terão tripulação, acho também que terão muito pouca semelhança com os aviões que temos hoje. Comparando com a área de informática, a imagem que se tinha dos computadores do futuro era a do gigante HAL (de 2001). Enquanto hoje na verdade temos o… Read more »
Quanto ao caca suborbital, nao podemos esquecer do super secreto, Projeto Aurora (TR-3B).
Grifo,
Bem lembrado e boa comparacao entre HAL e IPad.
Se os russos sao tao bons, por que nao foram os primeiros a desenvolver e empregar um stealth em campo de batalha???? Se o trabalho desse tal cientista russo fosse suficiente para desenvolver tal projeto, a Russia teria sido o primeiro pais a apresentar essa novidade ao mundo. E possivelmente o teriam usado para bombardear nuclearmente os EUA. Ja se passaram quase 40 anos desde o desenvolvimento do F-117 e somente agora a Russia esta tentando produzir um aviao stealth. Amigos russofilos vamos ser realistas, Ok??? Os EUA nao fazem propaganda sensacionalista como no caso do PAK-FA e do J-20… Read more »
Creio que a principal vantagem de um “caça” sub-orbital seria chegar rápido a qualquer ponto do globo (cerca de meia hora), permitindo a intervenção rápida e dificultando a defesa do alvo atacado. Além disto, o alcance seria de milhares de quilômetros, muito maior do que qualquer caça e a munição empregada usaria a energia cinética do voo, aumentando seu poder de destruição. Por outro lado, se o, vamos chamar assim, avião voar em uma trajetória balística, haveria o risco de ser confundido com um ICBM, e provocar uma retaliação nuclear através do lançamento de mísseis estratégicos. Ou seja, como bem… Read more »
Agora o impressionante PAK-FA da Sukhoi está aí para dar mais uma prova da incrível criatividade e pragmatismo russo. Prezado Ivan, não sei se você está sendo irônico aqui, mas não vejo nenhuma criatividade em copiar com quase 20 anos de atraso o F-22. O pragmatismo russo é mais lenda do que realidade. Um excelente exemplo é a anedota repetida frequentemente na Internet, que diz que os americanos gastaram milhões para desenvolver uma caneta que escrevesse em gravidade zero, enquanto os russos teriam simplesmente usado um lápis. A história real no entanto é muito mais instrutiva, e mostra como a… Read more »
Senhores, e para quem quiser comprar uma, fica a sugestão – é um bom presente de Natal:
http://www.amazon.com/Fisher-Space-Original-Astronaut-Pen/dp/B0015ZP2AC
Grifo, Minha admiração pela capacidade dos russos é legítima e sincera. A Russia tem características geográficas e sócio-culturais próprias, que demandam soluções difereciadas para suas forças armadas. Estas diferenças passam pela doutrina adotada pelas suas forças armadas, que infelizmente foi também influenciada pelo regime político autoritário de Moscou. O exemplo dos blindados soviéticos/russos é embremático, mas não cabe neste fórum. O PAKFA seria um exemplo mais adequado. ‘Copiar’ algumas características do F-22 Raptor é natural, até por que algumas técnicas serão comuns a todos os futuros caças stealth. Mas há soluções ‘criativas’, como a adoção de diversos radares, inclusive os… Read more »
Caros Colegas,
Dos russos eu não sei, já as RUSSAS são excelentes. Sharapova e Anna Kournikova que o digam 😉
Salve a Rùssia!
Quer melhor prova do pragmatismo russo?
Caro Ivan, não deixa de ser verdade 🙂