Primeiro reabastecimento em voo dos caças Gripen da República Tcheca
Dois pilotos de Jas-39 Gripen da República Tcheca treinaram reabastecimento em voo pela primeira vez, na última terça-feira, 28 de janeiro. Os voos de treinamento foram realizados na Suécia, utilizando como aeronave reabastecedora um C-130. Segundo o comandante da Força Aérea da República Tcheca, Vlastimil Verner, esse é mais um passo para a cooperação completa com outros países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Após as aulas teóricas realizadas na segunda-feira, a parte prática foi feita com a presença de um instrutor sueco na versão biposta da aeronave. A primeira missão durou duas horas, com sete contatos com a sonda, os primeiros “a seco”, os três últimos com transferência de combustível (total de 3.000 libras transferidas). Os últimos contatos foram feitos pelo aluno, sem a ajuda do instrutor.
Para esta quarta-feira, está programado que os dois pilotos Tchecos cumpram a missão sozinhos, pilotando caças monopostos.
A República Tcheca opera 14 caças Gripen, em um contrato de leasing inicialmente válido até 2015, e que vem sendo negociado para continuar após esse prazo. Os pilotos Tchecos já realizaram desdobramentos para proteger o espaço aéreo dos países Bálticos, no rodízio promovido pelas forças aéreas da OTAN, mas ainda não fizeram missões em operações de aliança.
FONTES / FOTOS: Prague Daily Monitor (com informações da Czech News Agency – ČTK) e Ministério da Defesa da República Tcheca
desde quando os tchecos operam o Gripen mesmo? e só agora fizeram um REVO?
bom, considerando o tamanho da tchequia, acho que nem precisariam, mesmo com o Gripenito, mas esperar tanto tempo para treinar isso parece estranho.
Marcelo, Os Tchecos receberam seus caças Gripen entre abril e agosto de 2005, segundo um material impresso que tenho aqui a respeito. Os treinamentos na aeronave começaram antes, na Suécia, em 2004, mesmo ano da assinatura do acordo formal referente às aeronaves. E 2005 foi justamente o ano em que a Suécia começou a fazer os testes voo do sistema de reabastecimento do Gripen, que vinha sendo estudado desde 2000, com planos para ser declarado operacional em 2006 (no caso, o interesse maior era também o próprio C-130 deles servir como demonstrador dessa capacidade). http://www.saabgroup.com/en/About-Saab/Newsroom/Press-releases–News/2005—11/Saab-and-FMV-air-to-air-test-trials-with-Swedish-tanker/ Assim, talvez (suposição minha) os… Read more »
Se eu não me engano, na primeira concorrência do F-X essa sonda do gripen, montada sobre a entrada de ar, não foi vista com bons olhos pelo pessoal da FAB. Vamos ver se a Saab vai reposicionar a sonda no NG.
Clésio, Minha opinião estritamente pessoal sobre a posição dessa sonda também não é das mais favoráveis. Porém, não me lembro de ler nada específico sobre a FAB não ter gostado da posição, apenas lembro de ver a opinião de uma revista a respeito, quando as primeiras fotos de testes de reabastecimento foram divulgadas. Não me lembro se a revista falava especificamente da opinião da FAB ou da opinião própria. Mas não creio que a Saab vá reposicioná-la. Aparentemente, está funcionando e, pelo que mostra a matéria (e outras que já li) não deve estar sendo nenhum problema incontornável reabastecer com… Read more »
Existe um bom número de caças com esse posicionamento de sonda, mas todos eles são retrofits. O F-4, por exemplo, tinha duas configurações, uma retrátil e uma permanente, esta eu acredito ser obra de alguma empresa israelense. Já vi também os derivados do Mirage III com uma sonda fixa, também adaptada sobre a entrada de ar. Até o F-16 ganhou uma sonda dessas “sobre o ombro” feita pela Lockheed, adaptada a partir do CFT direito. O que incomoda nessas sondas é que não deve ser nada fácil acertar a cesta com elas, já que você não tem muita noção do… Read more »
“…não foi vista com bons olhos pelo pessoal da FAB.”
Serviçinho de porco, 2 metidos a sabido da FAB, sem executar qualquer teste e avaliação, só no olhometro; inventaram esse factóide.
Sem sequer conhecerem e analisarem, tda a campanha de ensaio e homologação, executada na Grã Bretanha pela BAe.
Clésio e Maurício, Encontrei sem dificuldade (só tive que olhar os exemplares de 2005, justamente o ano dos testes de voo) a revista com a crítica à posição da sonda. É uma ASAS de dezembro 2005 / janeiro 2006. Matéria de meia página na seção de noticiário, ela mesmo contextualizada na “ressaca” do fim do programa F-X, sem vencedores, e sendo descrita como um dos detalhes inusitados dos concorrentes, vindo à tona devido ao fim do F-X. Diz que oficiais da FAB foram surpreendidos com a posição da sonda, considerada uma posição tremendamente arriscada, que para esses militares “veteranos da… Read more »
Seria interessante um gráfico comparando os tempos de treinamento entre as duas posições de sonda: a frontal e a de ombro. Acho que nem é preciso pensar muito sobre quem tem o menor tempo de aprendizado.
Sou apenas um entusiasta, mas não gosto da posição da sonda ‘no ombro’ dos caças, como o Gripen C/D e o F-16 IN Viper. Mas com tudo tem um lado ruim e um lado bom, se por um lado deve exigir mais atenção do piloto durante o REVO, durante o restante do vôo fica em uma posição discreta, sem aumentar o RCS da aeronave. Também não gosto da posição da sonda fixa ‘frontal’ no nariz de caças como o Rafale, Mirage 2000, F-5M e AMX. Se aparentemente simplifica a abordagem do piloto para o REVO, por outro cria uma fonte… Read more »
Nunão,
Não sei se foi aqui no blog ou no Orkut, mas circulou um papo que o comprimento da mangueira nos casulos de nossos reabatecedores seria um tanto curto, deixando a cesta exposta ao remuo da asa do KC-137.
Então essa cesta ficaria exposta a corrente de ar, chicoteando descontrolada, ao invés de ter um comportamento neutro.
Daí a desconfiança dos caçadores da FAB, qnto a posição da sonda no Gripen.
Ivan, existe também a opção da sonda ser semi escamoteável, como nos Harrier II (AV-8B), pois não havia espaço dentro, mas fizeram uma protuberância para fora “para caber” a sonda.
Abraços.
Marcelo Reeves,
Bem lembrado.
Para uma aeronave que não tinha previsão no projeto original para realizar REVO é uma solução aceitável.
No caso do Harrier que tem um enorme RCS uma protuberância a mais não deve fazer muita diferença.
Sds,
Ivan.