Coletiva da escolha do Gripen na Suíça: avaliação que vazou era da versão C/D

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Afirmação é do chefe do Departamento de Defesa da Suíça, que destacou também que os relatórios vazados eram apenas parte de uma avaliação global que prosseguiu nos anos seguintes – parlamentares da comissão que analisa a escolha ainda querem mais explicações detalhadas, na semana que vem

O canal de TV suíço “Schweizer Fernsehen” (SF) disponibilizou os vídeos e algumas transcrições da coletiva de imprensa realizada há pouco, na qual o chefe do Departamento de Defesa, Ueli Maurer, deu explicações sobre a escolha do Gripen na concorrência suíça para substituição parcial dos caças F-5. A coletiva foi realizada após a grande repercussão de relatórios de avaliação vazados, nos quais o caça escolhido não teria atingido os requisitos de desempenho da Força Aérea Suíça, ficando atrás dos outros dois competidores (o Rafale da francesa Dassault e o Typhoon do consórcio Eurofighter) e também dos atuais F/A-18 Hornet suíços.

Maurer estava acompanhado do comandante do Exército, Andre Blattmann, da Força Aérea, Markus Gygax, e do chefe da Armasuisse, Dominique Andrey Ulrich Appenzeller, que também deram declarações à imprensa. O Poder Aéreo acompanhou toda a transmissão  e providenciou ao mesmo tempo a tradução dos pontos mais destacados, junto a colaboradores fluentes em alemão, aos quais agradecemos a ajuda. Seguem os destaques da coletiva.

Maurer admitiu que tinha conhecimento do relatório e que, na sua declaração do dia anterior, enganou-se por imaginar que se tratava de algo novo. Porém, deixou claro na coletiva que o relatório vazado refere-se a uma avaliação inicial, de 2008, que é só parte da avaliação. A respeito disso, o trecho abaixo é o que mereceu mais destaque da SFTV entre as partes disponibilizadas da coletiva:

De acordo com o chefe do Departamento de Defesa Ueli Maurer, as marcas ruins do Gripen referem-se ao modelo mais antigo, o C/D. A Suíça pretende adquirir o novo modelo E/F, segundo Maurer. O relatório que foi publicado no jornal SonntagsZeitung foi originado em 2008. Nesse meio tempo, porém, o novo modelo do Gripen E/F se apresentou. Ainda será calculado o quanto o desenvolvimento do avião será impactado. A questão chave, para Maurer, “é o potencial de desenvolvimento para os próximos 30 anos.”

Maurer disse que há vários “nice-to-haves”, ou características que poderiam ser interessantes de se ter na aeronave, mas que nenhuma delas está relacionada ao cumprimento das especificações militares. Ele disse que o Gripen satisfaz os requerimentos técnicos, pois, na avaliação global, atingiu o nível de “satisfatório”, independentemente de considerações financeiras. Maurer chamou de “maliciosas” as alegações que estão saindo na imprensa sobre os números dessa avaliação vazada terem sido alterados durante o processo, e acrescentou que o relatório de avaliação publicado no domingo é apenas uma parte da avaliação global – uma investigação vai procurar responder como esses dados secretos vazaram. Ele também vê como normal toda a discussão levantada sobre o assunto, pois compras de areonaves são um jogo que envolve dinheiro e prestígio.

Também foi dito que algumas pessoas podem preferir “uma Ferrari a um Volkswagen”, e sobre isso, Maurer esclareceu: “Nós criamos as especificações militares. E a avaliação serve para encontrar uma aeronave que corresponda a elas. Não era sobre encontrar o melhor ou o mais rápido avião.”

A frase a seguir foi creditada a Gygax, comandante da Força Aérea, embora possa haver um equívoco da SFTV, pois parte de seu nome foi confundido com o do chefe da Armasuisse (Ulrich): “O Gripen, em comparação com o F/A-18, é o futuro.” Gygax esclareceu que a Força Aérea esteve por trás de toda a decisão pelo Gripen, e também que, desde 2009, já é ponto pacífico que o caça é adequado para a missão de policiamento aéreo. Isso é resultado dos dados totais que vieram de vários sub-relatórios.

O comandante Gygax  também afirmou que o Gripen cumpre outros requerimentos da Força Aérea, como, por exemplo, o reconhecimento aéreo. Disse também que a aeronave já foi comprovada por vários países europeus, como a Hungria, em missões de policiamento aéreo. Disse que o caça sueco é uma aeronave na medida para o futuro, que poderá ser equipada com novas armas e novos equipamentos, para servir pelos próximos 30 anos.

A respeito escolha, o chefe do Departamento de Defesa disse que, pela primeira vez, não foram as Forças Armadas que selecionaram sozinhas um caça, mas o Conselho Federal. Este decidiu que não apenas as considerações militares mas também as políticas devem ser levadas em conta na compra de um caça, e acrescentou: “O Gripen oferece o melhor valor pelo dinheiro.”

O comandante do Exército, Andre Blattman, acrescentou que “a liderança das Forças Armadas está unida em relação ao Gripen. A decisão pelo Gripen segue a tradição suíça. Nós não gastamos mais dinheiro do que temos”. Ele também disse que o exército quer uma solução justa, e nunca diria sim se não soubesse que as exigências seriam satisfeitas. Já o chefe da Armasuisse, Dominique Andrey Ulrich Appenzeller, deixou claro que “todos os três candidatos foram considerados adequados para as Forças Armadas Suíças“. Maurer aproveitou para também destacar que as aeronaves continuariam evoluindo, e que isso foi sempre considerado na avaliação: “Toda aeronave prossegue no seu desenvolvimento, e com o Gripen não seria diferente. O Gripen não é um novo projeto, mas um caça existente que está sendo desenvolvido continuamente.”

A respeito de ofertas de outros competidores, no caso, da Dassault, Maurer disse que “até o momento não recebemos nenhuma oferta. A única coisa que temos é uma cópia de uma carta ao presidente da SIK (Sicherheitskommission – comissão de segurança).

Sobre os próximos passos, Maurer disse que até maio o processo deverá ter passado pela atenção Federal, e em seguida pelo Parlamento. Em junho, com o Conselho Federal presente, deverá ser feita a assinatura que permitirá a compra do caça. O acordo definitivo de compra, junto à Suécia, somente será possível após todo o processo político ter sido completado, o que pode incluir um referendo popular.

Repercussão entre os parlamentares suíços e a Comissão de Segurança (segundo o jornal Basler Zeitung):

A Comissão de Segurança do parlamento (Sicherheitskommission) deverá convidar na semana que vem o chefe do Departamento de Defesa,  Ueli Maurer, para falar frente à Comissão. O objetivo é esclarecer como se chegou à escolha do Gripen, saber quem fez o que em cada momento.

Os parlamentares também querem saber mais detalhes sobre a relevância dos relatórios que geraram a controvérsia, para saber em que extensão eles foram incluídos na avaliação. Isso porque, nos relatórios publicados no domingo, a versão mais nova do caça é citada, e não apenas a avaliação do modelo C/D, como disse Maurer. O parlamentar Thomas Hurter, presidente do subcomitê da Comissão de Segurança, não quis dar opinião, mas o presidente do Conselho dos Estados, Hans Hess, espera que em breve todas as dúvidas restantes sejam solucionadas.

O jornal também publicou análise sobre as declarações dadas na coletiva de imprensa e sobre os fatos recentes (destacando que foi o próprio Basler Zeitung que publicou o relatório vazado, em novembro, o que foi apenas repetido pelo jornal SonntagsZeitung no domingo. A análise, em resumo, conclui que o estardalhaço a respeito dos relatórios de avaliação do novo caça mostram uma coisa: muitas pessoas têm interesses nesse contrato. Segundo o parlamentar Christophe Darbellay, “já existem muitas pessoas interessadas em que a compra dos jatos seja cancelada. ” Isso porque outras pastas deverão ter suas verbas reduzidas para que a Defesa adquira os caças. O jornal também destaca que, três meses atrás, Maurer disse que os dados vazados não se relacionavam ao “filé” da avaliação, mas todo o impacto da nova publicação dos mesmos, hoje, mostra que essa afirmação anterior não era exatamente verdadeira.

FONTE / IMAGENS: SFTV (trechos compilados e traduzidos do alemão pelo Poder Aéreo, com a ajuda de colaboradores)

FOTO DE BAIXO: Saab

NOTA DO EDITOR: matéria atualizado às 17h30 com mais trechos da coletiva disponibilizados pelo jornal Basler Zeitung.

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Marcos

“Nós não gastamos mais dinheiro do que temos”

Bem se vê que ele não mora no Brasil, India, Paquistão, Grécia…

Giordani RS

“…Nesse meio tempo, porém, o novo modelo do Gripen E/F se apresentou. Ainda será calculado o quanto o desenvolvimento do avião será impactado.”

Sem comentários. Dou-me por satisfeito. Gripen F-20! Fico mui feliz, sempre fui fãzaço do F-20!

Grifo

Senhores, já que o ministro Celso Amorim não seguiu a sugestão do Galante e foi a Suíça, alguém por favor envie o vídeo para ele ver como as coisas funcionam em um país sério.

Marcos

Os rafaletes não apareceram por aqui para fazer qualquer comentário.

Aproveitando o gancho:

O Celso Amorim poderia ter ido à Suiça também.

Rogério

“O acordo definitivo de compra, junto à Suécia, somente será possível após todo o processo político ter sido completado, o que pode incluir um referendo popular.”

E democracia direta, será que um dia veremos isso aqui? rsss

Justin Case

Amigos, Não se poderia esperar outra atitude vinda de quem teve acesso a todas as informações e foi responsável pela decisão. O evento foi uma oportunidade para que eles justificassem os motivos da escolha do Gripen. Certamente havia muitos outros, notadamente na área operacional, com razões de sobra para preferir o Rafale ou o Typhoon. Mas, uma vez tomada a decisão, todos do EXECUTIVO se alinharam para defendê-la e vão continuar assim até que a solução seja implementada. É o jeito suíço de ser. Será que no Brasil todos (incluindo o MD e a FAB) iriam também defender a decisão… Read more »

edcreek

Olá,

Então tá o Gripen foi considerado “satisfatorio”, kkkkk, piada mesmo caça pequeno(assim como o NG), pais sem expressão, numero de caças comprados irrisorios. É tentar tampar o sol com a peneira….Vc finje que tem um caça e eu finjo que te ataco….

Esse é o NG….

Abraços,

Nick

Pelo jeito as duas tentativas de “melação” dos franceses falharam 🙂

E não porque eles ficarem tristes. Índia por si só garante a sobrevida da Ferrari. digo, Rafale .

[]’s

Guilherme Poggio

Logo, logo vão aparecer notícias na mídia nacional sobre o assunto tendo como base o post acima.

Obviamente eles NÃO vão citar o Poder Aéreo como fonte.

Marcelo

Nick, vou discordar de você. Como você sabe que as tentivas de melação “são francesas”? Dizer isso é no mínimo leviano…no mais, estou achando essa bagunça toda nesse páis “exemplar” (para alguns) que é a Suíça. Vamos ver: vazamento de relatório, escolha de um caça que nem existe para ser avaliado, etc… Lembrando que esse país exemplar recebeu o ouro nazista, removido dos pertences e até dos dentes dos judeus…não existe lugar perfeito, utopia, não! Para finalizar, o Gripen é ótimo para “air policing” que é o que a Suiça precisa. Nunca vão atacar a Libia, iraque , Siria, Irã,… Read more »

Nick

Caro Edcreek, Suiça, país sem expressão? Menos, menos. Pode ser um país pequeno em extensão territorial, mas em termos de cultura, desenvolvimento e qualidade de vida nem é bom comparar com o Brasil. Caro Marcelo, Nessa matéria mostra a 1ª tentativa : http://www.aereo.jor.br/2012/01/29/gripen-para-a-suica-depois-da-guerra-dos-cacas-a-guerra-das-cartas/ Um “ReBafo” é típico da Dassault. Aqui também aconteceu em 07/09/2009, obrigando o ex-MD fanfarrão Jobin reabrir as ofertas tanto para a Boeing como para a SAAB. E sobre o vazamento realmente não dá para saber de onde veio, mas as autoridades suiças estão investigando. O mais interessante é que vazaram um relatório que foi reatualizado duas… Read more »

ricardo_recife

Suíça país sem expressão: Renda Nominal Per Capita = 67,464 (2001), 5° do mundo – Fonte: Banco Mundial Renda Per Capita por Paridade de Poder de Compra – 46,215 (2010, 8° do mundo – Fonte: Banco Mundial. Índice de Percepções de Corrupção(IPC) – Oitavo menos corrupto do mundo. Fonte: Transparência Internacional. Como falei em um post, a decisão suíça demonstra responsabilidade política, e é isto que as pessoas devem esperar de seus governantes e não “carnavais” e estardalhaço: “a decisão pelo Gripen está na tradição suíça. Nós não gastamos mais dinheiro do que temos”. Perfeito! Outro cala a “boca Batista”… Read more »

ricardo_recife

Parabéns ao site, é o único a falar da coletiva de imprensa e dar a resposta do governo suíço quase que em tempo real.

Será que alguém vai colocar: Deu no Poder Aéreo?

Abs,

Ricardo_Recife.

PS: o dado da renda nominal per capita da Suiça é de 2010 e não 2001.

Marcos

Muitos tem dito que o Gripen NG ainda não existe. Isso não é verdadeiro. O Gripen NG é o Gripen Demo e já conta com milhares de horas de vôo. O que se pode dizer é que a aeronave ainda não entrou em linha de produção seriada.

Outra coisa é dizer que a aeronave é “fraquinha”, “incapaz”, entre outros adjetivos. O Gripen, como qualquer outro, se bem treinado e bem armado é letal. É uma aeronave leve, veloz e altamente manobrável e na qual pode-se agregar vários tipos de armamentos.

edcreek

OLá,

Amigos torcedores do Gripado, acho que não ficou muito claro eu quiz dizer que a Suecia é sem expressão, internacioal.

Mas como vcs levantaram a lebre, a Suiça tambem não tem a minima expressão internacional.

Ambos tem boa econimia e indice sociais, mas relativo ao seu tamanho e não se equiparam aos gigantes mundiais.

Suecia=Sem expressão
Suiça=Sem expressão

Me descupem os Nordicos mas a verdade é essa….

Abraços,

Observador

Esta “estória” fedia mais que um queijo Port Salut desde o início.

Num país democrático e de instituições sérias, um relatório secreto dito crucial é deixado de lado e ninguém abre a boca? Os pilotos e as FAs em geral abrem a boca para criticar, em desrespeito à hierarquia, mas só o fazem DEPOIS da escolha feita?

Como escrevi antes, só um ingênuo para acreditar em uma bobagem destas.

Marcos

Só algumas correções:

Suiça não é um por país nórdico;

E a Suécia, que tem uma população menor que a cidade de São Paulo, tem uma indústria tecnologica altamente desenvolvida.

Se tivessesmos a mesma tecnologia per capita que os suecos, seriamos a maior potência do planeta, deixando para trás, EUA, China, Alemanha, França, Itália, Inglaterra. E ao invés de estarmos discutindo a compra de 36 caças, que serão adquiridos via financiamento por algum banco internacional, estariamos discutindo o desenvolvimento ou não de uma aeronave de 8ª geração.

Nick

Caro Ed,

Entendo, quis dizer que “Geopoliticamente” falando, não tem expressão. Ok, não vou discordar, mas para mim isso é relativo. Hoje, só existem 2 (talvez 3) países de expressão geopolítica, os demais são satélites desses ou são neutros, ou “sem expressão”.

[]’s

Marcelo

inclusive o Brasil. que expressão temos?
mas isso não é motivo para selecionarmos o Gripen: o caça dos “sem expressão” : Suecia, Suiça, Tailandia, Chec Rep, Hungria, Africa do Sul…hehehe

edcreek

OLá, Nick finalmente alguem entendeu o sentido da coisa, e ainda chegou bem perto do numero: 1) EUA 2) Russia 3) Otan(Com enfase em França, Inglaterra, Alemanha e Italia) 4) China Em breve pode colocar na lista a India, o resto é satelite como vc disse… A Suecia está longe de chegar perto de um deles e o que a salvou no passado sempre foi a neutralidade para passar desapercebido… Marcos os numero proporcionais são grandes, mas no fim são pequenos vc querendo ou não tem como comparar com os outros paises Grandes da Europa por exemplo. Sobre nordicos me… Read more »

edcreek

OLá,

Marcelo, nessa eu concordo o Brasil melhorou um pouco, mas ainda estamos engatinhando, veja:

Levamos chute da Bolivia, no caso do gas;
Levamos chute do Paraguai no caso de Itaipu;
Temos invasão de terras na divisa com o Paraguai;
Etc, etc, etc

Como dizia Renato Russo, que pais é esse?

Arriar as calças para esses paises? nunca vamos ser um pais serio!!!
Sobre corrupção me abstenho, esse assunto me da nausea….

Abraços,

Almeida

País sério é outra coisa. Quem dera se prestasse contas assim por aqui.

Marcelo

Oi Nunão.
Nessa concorrência acho que o Gripen é perfeito. Para “polícia aérea” não precisa carregar muito armamento (2 mísseis de curto alcance bastam), o alcance também é perfeito, pois se não me engano a Suiça deve ser menor que a Suecia, não precisa de nenhum sistema de guerra eletrônica, como o Spectra do Rafale. Eu achei estranho foi a Áustria, que tem a mesma necessidade da Suiça, ter escolhido o Eurofighter Typhoon, uma escolha totalmente super estimada! Para o Brasil, prefiro o Rafale e se não der, o Super Hornet. LIFT NG não!

Giordani RS

“ricardo_recife disse: 14 de fevereiro de 2012 às 13:58 Suíça país sem expressão: Renda Nominal Per Capita = 67,464 (2001), 5° do mundo – Fonte: Banco Mundial Renda Per Capita por Paridade de Poder de Compra – 46,215 (2010, 8° do mundo – Fonte: Banco Mundial. Índice de Percepções de Corrupção(IPC) – Oitavo menos corrupto do mundo. Fonte: Transparência Internacional.” Esqueceu de anotar que os bancos suíços (via UBS) estão lotados de contas nazistas…que estão lotados de dinheiro oriundos da áfrica…da ásia…dos staites (até o maluf tem conta lá!)…que estão lotados de dinheiro sujo, dinheiro que na sua grande maioria… Read more »

Nick

Caro Edcreek,

Sobre sua lista de países com “expressão”, eu diria que a OTAN(e seus componentes) são satélites/aliados dos EUA. Suécia apesar de “neutro” considero parte do “ocidente” também. E essa neutralidade gerou uma capacidade ímpar. Um país “pequeno” capaz de desenvolver uma vasta gamas de sistemas de defesa, de submarinos a caças.

Hoje acredito que exista na verdade “blocos geopolíticos”. O “ocidente” (EUA/Europa/Oriente capitalista/Israel/Austrália…), o “oriente comunista”(China/Coréia do Norte/Vietnam/ ), o “islâmico terrorista”(Iran/grupos patrocinados pelo Iran + Venezuela :)) e o “terceiro mundo” (todo o que sobrou). Estamos no “terceiro mundo”. 🙂

[]’s

Almeida

Incrível como tanta gente ainda acha que a pequena diferença de performance entre um Gripen e um Rafale justifica a disparidade enorme de custos ou ainda que esta diferença seja superior às diferenças de doutrina, treinamento, armamento e operação. Características essas que seriam seriamente prejudicadas caso pilotos não possam voar e treinar a contento.

Aprendam de uma vez: mais valem 3 Gripen vesus 2 Rafale, mais vale um piloto com 160h de treinamento por ano voando um Gripen do que um piloto que treina vez em quando voando um Rafale, mais vale avião no ar do que no solo.

Justin Case

Amigos, boa tarde. Sobre as diferenças de posturas nos países. Na Suíça: – Força Aérea: Segundo os requisitos, Rafale e Typhoon atendem. – Governo: Vamos comprar Gripen assim mesmo, porque o dinheiro está curto. – Força Aérea: Está bem, vamos em frente. Na Índia: – Força Aérea: Esses são os requisitos. Só Rafale e Typhoon atendem. – Governo: Escolho o de menor custo entre os dois. – Força Aérea: OK. No Brasil: – Força Aérea (após tentar obter o F-X há vinte anos): Todos atendem aos requisitos mínimos, mas o Gripen é mais barato. – Governo: Vamos escolher o Rafale,… Read more »

Ivan

Marcos disse: 14 de fevereiro de 2012 às 14:59 Marcos, Este é o ponto. A Suécia tem pouco significado geopolíticio, portanto pouco pode nos atrapalhar na nossa caminhada. Por outro lado a Suécia tem uma respeitável indústria bélica, bem como tecnologia em várias áreas de interesse nacional, inclusive energia. Só temos a ganhar com uma parceria com a Suécia, pois eles tem muito a nos oferecer em termos de conhecimento e pouco a nos impor em termos de decisões de política internacional. É sempre bom lembrar quem tem atrapalhado as tentativas de avanço no comércio de produtos da agro-pecuária brasileira… Read more »

Ivan

Justeau Cas, A Índia tem um caça leve indígena, pouco menor que o Gripen NG, chamado HAL Tejas, que demandou cerca de duas décadas de trabalho. O Gripen (qualquer versão) nunca teria chance por lá, pois sendo mais bem resolvido que o Tejas, certamente iria matar o projeto LCA deles, que é estrategicamente importante para a defesa e o desenvolvimento da indústria aeronáutica hindu. O Brasil não tem um programa LCA (Light Combat Aircraft). O Gripen NG, como foi proposto pelos suecos, é a grande oportunidade de ter um caça fabricado no Brasil, com ítens sensíveis de propriedade nacional, além… Read more »

Almeida

Justin, essa foi a melhor de todas!

Quer dizer que séria mesmo foi a decisão dos indianos e não dos suíços? E que nosso GF sabe mais sobre aviação de combate do que a FAB?

Isso demonstra, claramente, o quanto a torcida super trunfo pelo Rafale move a opinião de seus defensores por aqui. Vocês querem o Rafale na FAB porque o acham mais bonito ou porque odeiam os norte americanos e só. Que se dane a FAB, seus pilotos e os contribuintes brasileiros.

Marcos

A questão chave, para Maurer, “é o potencial de desenvolvimento para os próximos 30 anos.”

Acredito que ele esteja se referindo não só a aeronave, mas a uma participação da Suiça nesse desenvolvimento.

Marcos

“Nós criamos as especificações militares. E a avaliação serve para encontrar uma aeronave que corresponda a elas. Não era sobre encontrar o melhor ou o mais rápido avião.”

Essa matou a pau!!!!

Guilherme Poggio

“Nós criamos as especificações militares. E a avaliação serve para encontrar uma aeronave que corresponda a elas. Não era sobre encontrar o melhor ou o mais rápido avião.”

Aqui no Brasil é a mesma coisa. Com a palavra a COPAC.

Nick

Caro Justin, Só algumas observações: Sobre a Suiça: O diálogo se baseia no relatório desatualizado, portanto não existiu. Sobre o Brasil: No Brasil: – FX-1: Governo:Vamos acabar com a fome no Brasil, que se lasque a FAB. – FX-2: Governo: Queremos qualquer caça desde que seja Francês. Não interessa se é mais caro de adquirir e operar, não interessa se ano após ano, contigenciamos as verbas de custeio deixando mesmo os F-5E no chão. Queremos Ferrar,i quer dizer Rafale e acabou. FAB: Fazer o que, apontamos de maneira racional a melhor escolha mas que seja o que o Governo quer.… Read more »

Marcos

Brasil

opção pelo Rafale
custo unitário (segundo a mídia): US$130 mi
custo total (76 aeronaves): US$10,0 bi

opção pelo F-18
custo unitário: US$100 mi
custo total: US$ US$ 7,6 bi

opção pelo Gripen
custo unitário: US$ 75 mi
custo total: US$ 5,7 bi

de onde tirei 76 unidades: 12 M.2000 + 60 F-5 + 4 reservas

Marcos

No caso acima, a diferença entre Rafale e Gripen é de: US$4,3 bi.

Esse valor seria suficiente para compor o restante dos vetores que a FAB necessita: aeronaves de treinamento elementares/avançadas e jatos de treinamento e ainda sobra dinheiro.

Justin Case

Amigos,

O Ministro Maurer, assim como as demais autoridades que o acompanharam, cumpriram exatamente o seu papel, conforme a expectativa.
– Ninguém esperava que fossem renegar a decisão por eles mesmo tomadas.
– Ninguém esperava que fossem mentir, mas que certamente escolheriam os pontos favoráveis e omitiriam os desfavoráveis. Foi o que ocorreu.
Isso não quer dizer que o Gripen NG é (será?) a maravilha do mundo moderno.

Abraço,

Justin

Marcos

“Circulam várias notícias … de que eles (austriacos) não estão dando conta do custo de operação (dos Eurofighter)”. Os custos operacionais dos Eeurofighter são similares aos da Rafale. Mas na maior potência ocidental, um relatório que levou três anos para ficar pronto, envolvendo, pilotos, engenheiros, analistas, consulta à empresas, levou em consideração análises futuras, absorção de novas tecnologias, entre outros, simplesmente foi jogado na lata do lixo. Dai apareceu um ex-juiz, um ex-sindicalista que não entende de nada, não sabe de nada e ainda outro ex-sindicalista metido a piloto de caça, cada um puxando para um lado, querendo decidir a… Read more »

Luiz Padilha

Caramba, e olhe que a decisão é de um caça de outro país.
O PA coloca as infos em primeiríssima mão, e tem gente discutindo FX2, se o NG é bom ou não.

Gente, os caras compraram e pronto. Se será bom ou não, é problema deles.

O nosso problema é o nosso governo que não desce de cima do muro nunca.

Para o Brasil qualquer caça do FX2 serve, até porque, quem nunca comeu melado, certamente irá se lambuzar. E muito!

Portanto, vamos dar os parabéns aos editores que correram atrás para trazer a vocês, essas noticias rapidinho. OK?

Guilherme Poggio

A grande lição disso tudo para o Brasil é a seguinte: indenpendente da escolha do caça A, B ou C, o governo veio à público e apresentou suas justificativas.

Aqui no Brasil tivemos o anúncio, pelo presidente, de um eventual vencedor sem ao menos o relatório da COPAC estar pronto. Tivemos um ministro defendendo a escolha de “A” sendo que ele deveria ser a pessoa mais isenta em todo o processo. E por aí vai.

Vader

Case closed.

Chora rafalechada,kkkkkk…

Mauricio R.

O Amorim visitar a Suiça???
De jeito e maneira, prá que, não tem nada p/ ele aprender, lá.
Ele iria fazer o que??? Aprender como NÃO se escolhe Le Jaca???
Iria pedir p/ ver o processo que defenestrou Le Jaca, do lado mais alto dos Alpes???
Nem pensar!!!
Não tem o menor cabimento.
No mais:

Tomou, Dassault!!!

Almeida

Justin Case, ainda espero uma resposta sua sobre a questão colocada por mim.

Você realmente acha que a concorrência na Índia foi mais idônea que a concorrência na Suíça, como afirmado em um comentário seu mais acima? Por que?

juarezmartinez

# ustin Case disse: 14 de fevereiro de 2012 às 16:23 Amigos, boa tarde. Sobre as diferenças de posturas nos países. Na Suíça: – Força Aérea: Segundo os requisitos, Rafale e Typhoon atendem. – Governo: Vamos comprar Gripen assim mesmo, porque o dinheiro está curto. – Força Aérea: Está bem, vamos em frente. Na Índia: – Força Aérea: Esses são os requisitos. Só Rafale e Typhoon atendem. – Governo: Escolho o de menor custo entre os dois. – Força Aérea: OK. No Brasil: – Força Aérea (após tentar obter o F-X há vinte anos): Todos atendem aos requisitos mínimos, mas… Read more »

Baschera

Modo verdade verdadeira ligado.

Na Suíça: A decisão pelo Gripen segue a tradição suíça. Nós não gastamos mais dinheiro do que temos”.

No Brasil: A não decisão ou embromation segue a tradição brasileira. Nós gastamos mais do que temos, pedimos emprestado, pagamos os juros pró rata temporis mais altos da Via Láctea, desviamos metade das verbas para outros “fins”…. e por fim… compramos um usado mesmo ou tampax…..

Modo verdade verdadeira desligado.

Sds.

Baschera

Guilherme Poggio disse:
14 de fevereiro de 2012 às 13:02

“Obviamente eles NÃO vão citar o Poder Aéreo como fonte.”

Não se preocupe Poggio…. os que realmente interessa…. saberão….. e já me foi dito, muitos comandantes lêem a Trilogia diariamente…. em alguns casos, seus assessores até imprimem e mandam como memorandum….

Sds.

ricardo_recife

“Guilherme Poggio disse: 14 de fevereiro de 2012 às 13:02 Logo, logo vão aparecer notícias na mídia nacional sobre o assunto tendo como base o post acima. Obviamente eles NÃO vão citar o Poder Aéreo como fonte”. Por isto eu perguntei se iam colocar “Deu no Poder Aéreo.” Já fui ver, e nada. Estão divulgando, mas nenhuma citação a fonte original Os suíços colocaram um fato que muitos querem negar, a compra de um caça é um pacote completo (desempenho, logística, treinamento, manutenção, custos de aquisição, upgrade, etc..) e não uma música de uma nota só. Os militares suíços estabeleceram… Read more »

Mauricio R.

A entrevista coletiva esvazia a oferta por fora do processo, apresentada pela Dassault diretamente ao Parlamento e cala o denuncismo que havia se instalando, através dos diversos “relatórios” vazados.
Fim!!!
A decisão se dará nos termos da concorrência, levada a cabo pelo departamento de defesa e pela força aérea.
Simples, direto e cristalino.

Corsario137

Olha, esse post rendeu hein kkkk… 1. Bem, esse negócio de ficar esculachando ( <– não é palavrão hein) o país A ou B é de uma deselegância tremenda. 2. Gente! Estamos chegando no absurdo de falar: bem feito, o "meu produto" é tão bom que o Governo X não o merece. Por favor né? 3. Cuidado com os adjetivos e objetos diretos kkkk…tem cada barbaridade escrita… E o mais importante: PODER AÉREO MANDOU MUITO BEM. Hoje eu não sabia se eu trabalhava ou se eu lia o site. Não é puxar o saco não, é reconhecer o mérito. Foi… Read more »

Justin Case

Almeida disse: 14 de fevereiro de 2012 às 20:29 “Justin Case, ainda espero uma resposta sua sobre a questão colocada por mim. Você realmente acha que a concorrência na Índia foi mais idônea que a concorrência na Suíça, como afirmado em um comentário seu mais acima? Por que?” Almeida, Desculpe a demora na resposta. Não disse que a concorrência da Suíça foi inidônea. O órgão responsável por avaliar as aeronaves e seu desempenho perante o requisito aprovado fez seu trabalho muito bem e emitiu o relatório. O Governo suíço, também responsável por sua parte, fez o que lhe cabe. Escolheu… Read more »

DrCockroach

Agora vamos esperar que as trollagens, mesmo as educadamente postas com relacao ao relatorio vazado, acabem. Novamente, o Comandante, O Chefe da Armasuisse (independente/licitacoes) e o MinDef defendem, com propriedade, a escolha. Nao parece ser o caso daqui, onde um Ex-MinDef, que jantou no Chateau de um fornecedor quase de forma oculta (tentou), disse em audiencia no Congresso, SEM levar o Comandante, que ele, Saito, preferia o Rafale tb… Alias, depois de pedir/mandar ele assinar um relatorio feito pelo “General-Voador” de ocasiao, que o rafale era a unica alternativa; assinar p/ dar ciencia do doc e assinar corroborando o documento… Read more »

Justin Case

Dr. Cucaracho, boa noite. Tanto o Governo como a FAB têm o conhecimento dos fatos concretos, das ofertas, dos compromissos assumidos, das necessidades e interesses maiores da Nação. Só falta decidir essa equação complexa. Embora devamos parabenizar os editores e os comentaristas do Blog pelo seu interesse, OS DECISORES NÃO PRECISAM CONHECER OU SEGUIR QUALQUER OPINIÃO AQUI EMITIDA, pois ela é formulada com base em dados pouco confiáveis, para não dizer em boatos. Acho que falta pouco para decidir. O receio das inevitáveis consequências políticas (internas e externas) de uma decisão como essa deve estar prejudicando. Essa interminável espera pelo… Read more »