O principal vetor de defesa aérea da FAB é o F-5M (Mike), que é o famoso Northrop F-5E Tiger II modernizado pela Embraer, com aviônicos israelenses da Elbit. O F-5E ganhou uma sobrevida depois da modernização, mas ainda tem sérias limitações, como o pequeno raio de ação com carga bélica e a velocidade máxima de apenas Mach 1.6. A vantagem dos F-5M reside no seu novo radar e na sua capacidade de engajamento BVR, além do alcance visual, proporcionada pelos mísseis Rafael Derby.
A Base Aérea de Anápolis, no centro do país, criada na década de 1970 para a defesa de Brasília, abriga atualmente uma dúzia de caças Mirage 2000C, adquiridos de segunda mão da França. Com tecnologia da década de 80, a vantagem dos Mirage 2000 sobre os F-5M está na velocidade de Mach 2 e na alta performance em combate, similar a do F-16A. Os Mirage são deslocados para outras bases em exercícios da FAB e também têm, como os F-5M, capacidade de reabastecimento em vôo (aliás, uma das grandes limitações da FAB é o pequeno número de aviões-tanque, outro problema que precisa ser resolvido).
Os aviões de ataque A-1 (AMX), que começam a passar por um programa de modernização semelhante ao F-5BR, podem exercer uma função de defesa aérea marginal, em teatros de baixas ameaças, mas sua capacidade de combate aéreo é apenas para auto-defesa.
Restam os A-29 Super Tucano, que são os vetores de defesa aérea na fronteira amazônica, contra vôos ilícitos feitos por pequenas aeronaves.
O Programa F-X2 é vital para que a FAB possa alcançar um novo patamar de credibilidade na defesa do espaço aéreo brasileiro, já que países vizinhos estão se reequipando com vetores muito mais capazes que os nossos, tanto em raio de ação, quanto em capacidade de combate.
Felizmente, uma grande vantagem da FAB diante dos avanços de forças aéreas vizinhas, ainda continua sendo sua capacidade de alerta aéreo e controle (AWACS), proporcionada pelos Embraer R-99A.
FONTE: www.milavia.net