Departamento de Defesa da Suíça discute aquisição do Gripen em duas fases
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Uma possibilidade é receber inicialmente versões C/D, que depois seriam substituídas por modelos E/F do caça sueco
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O jornal suíço Basler Zeitung trouxe, em matéria da última sexta-feira, a informação sobre uma possível aquisição em duas fases do caça sueco Gripen pela Suíça. Trata-se do mesmo jornal que havia publicado matéria sobre relatório vazado com avaliações dos concorrentes ao novo caça suíço, dias antes de ser anunciada a decisão pelo Gripen da Saab em detrimento do Eurofighter Typhoon e do Dassault Rafale.
Segundo o jornal, o Departamento de Defesa, Proteção Civil e Esporte (DDPS) da Suíça está rebatendo críticas internas e externas, que argumentam que o país estaria escolhendo um “caça que só existe no papel”, o que não atenderia ao critério da concorrência de que os caças competidores deveriam ser tipos em operação.
O DDPS discorda dessas críticas. Segundo Silvia Steidle, porta-voz do departamento, “o Gripen E/F é uma versão desenvolvida a partir do Gripen C/D, que está em operação na Suécia. Não há razão para uma ação judicial.”
Ainda assim, segundo o jornal o DDPS vem discutindo, internamente, diferentes formas de adquirir a nova versão do caça com o menor risco possível. Uma das possibilidades examinadas é um tipo de aquisição em duas fases. Seria acordado com a Saab que a Suíça receberia inicalmente as versões C/D do Gripen, e as substituiria pela nova versão E/F quando os novos modelos entrassem em operação na Suécia.
FONTE: Basler Zeitung (Reportagem em alemão. Trecho selecionado, traduzido e adaptado pelo Poder Aéreo)
FOTO: Força Aérea Suíça, via Saab
NOTA DO EDITOR: sobre a possível entrada em operação na Suécia de novos modelos E/F do Gripen, que o final do texto acima faz referência, a matéria “‘O melhor exército do mundo não é o melhor caça do mundo mais alabardas’” traz, entre diversas reportagens selecionadas de jornais suíços e suecos, uma da edição sueca do The Local que trata do assunto. Segundo a reportagem, o comitê de defesa do parlamento sueco defende que a Suécia produza dez aeronaves Gripen das versões E/F, que também vem sendo referidas como “Super-Jas”. A proposta seria levada a comitê no próximo dia 15 para que Governo Sueco decida em 2012 sobre o desenvolvimento desses dez caças de nova geração, no caso da encomenda suíça se encaminhar com sucesso.
Aposto que tem um país ao Sul do Equador que está de olho nessa proposta. Eles entram com um tampão primeiro e depois montam o caça definitivo localmente.
A asa que aparece na foto voando ao lado do gripen é de um caça naval. Qual?
Eu sei que ele foi o primeiro a usar a versão mais potente da F404.
E os suíços já estão usando o AIM-9X.
Pode ser uma alternativa. Poderiam até fazer o leasing de modelos C até os E/F estarem prontos…
[]’s
Provavelmente vão fazer um leasing de C/D suecos usados até a chegada dos E/F novos, se for preciso.
Como deveríamos fazer por aqui e como parece que o Comandante Saito está articulando pelas beiradas.
Aliás, seria ótimo pegar uns 14 C/D usados via leasing para substituir nossos Mirage 2000 em 2013 enquanto esperamos por 36 E/F novos e produzidos aqui a partir de 2016. E, claro, exercer a opção de compra e modernizar os C/D após o final do leasing e entrega de todos os E/F, por volta de 2021.
My two cents.
22 Gripens E/F suíços, 10 a 30 suecos e 36 brasileiros, 58 a 78 aeronaves novas de produção. É pouco, mas é um bom começo e, levando em consideração que o motor GE F-414G tem mais de mil unidades produzidas e o radar e sensores serão os mesmos dos Gripen C/D MLU (com mais de uma centena previstos), é uma boa opção.
Poggio, é o F/A-18 C (ou D) da Força Aérea Suíça. Mas ele não opera no mar hehehe…
Nós e nossos sonhos “aquisitórios”… Caro Poggio, eu gostaria de acreditar mas a FAB deve estar mais de olho nos F-5 suiços do que nos Gripen C/D. Segundo o jornal “Valor” de ontem, se a taxa de juros continuar nesse patamar de queda durante os próximos 365 dias, faríamos uma econômia de aproximadamente 33 bilhões só no pagamento de juros da dívida. Ou seja, dinheiro a gente tem. A FAB sabe o que quer. Mas ninguém se pronuncia e quem bate mesmo o martelo é o Führer, quer dizer, a Dilma. Entonces o que podemos fazer é torcer. Acho até… Read more »
Corsario 137, “Entonces o que podemos fazer é torcer. Acho até que o “Poder Aéreo” deveria promover uma festa comemorativa quando fosse anunciado o vencedor do FX – óbvio se o vencedor não for a jaca” De minha parte, é com sinceridade que digo que vou ficar feliz independentemente do vencedor, desde que ele seja realmente anunciado e o contrato etc tenha andamento e que se faça todo o possível para que o selecionado represente uma nova era para a aviação de caça da FAB. Em setembro de 2009 tive essa sensação de felicidade, embora a duração tenha sido bem… Read more »
“Segundo a reportagem, o comitê de defesa do parlamento sueco defende que a Suécia produza dez aeronaves Gripen das versões E/F, que também vem sendo referidas como “Super-Jas”.” No meu entendimento a Flygvapnet precisará do Gripen E/F dentro de alguns poucos anos, apesar da frota relativamente nova de aeronaves C/D e do fim da Guerra Fria a cerca de 20 anos. Talvez seja possível fazer um upgrade nos Gripen estocados, em particular nas versões A e B mais antigas, mas seria limitado aos aviônicos, radar AESA e sensores óticos. Isto se não houver limitações impostas pela maior necessidade de refrigeração… Read more »
Ivan disse: 4 de dezembro de 2011 às 15:40 “Mas os Gripen atuais (A, B, C e D) não podem ‘adaptar’ o novo motor da General Eletric com maior empuxo, o F-414” Grande Ivan, como eu já disse anteriormente, o F-414 e o F-404 tem exatamente as mesmas dimensões, com a F-414 pesando setenta quilos a mais e entregando 4.200 libras/força a mais de empuxo máximo. Claro que não é só isso que determina a possibilidade de um novo motor numa aeronave. Dado que um caça a jato é construído em torno de seu motor, e não o revés, mudar… Read more »
A questão é pra que você vai trocar o motor atual por um muito mais potente. Se é para melhorar o desempenho em algumas faixas do envelope de voo, proporcionar supercruise em voo niveldo etc, pode não ser necessário reforçar muito a estrutura. Se é para permitir maior manobrabilidade e carga g, muitas vezes isso obriga a reforçar a estrutura nas asas e até na fuselagem, o que não é tão simples. E se é para aumentar a carga de armas e tanques externos que ele pode levar, aí dificilmente se pode fugir de reforçar as asas e a fuselagem.… Read more »
Nunão, kkkkk…ri muito! Mas sim, o compromisso então fica assim: 1° Lugar – Se o Super Hornet ganhar eu pago a bebida e dou uma garrafa de Whisky BOM pra cada editor: Você, Poggio e Galante. 2° Lugar – Se o Gripen ganhar eu pago a bebida com gosto! 3° Lugar – Se o Rafale ganhar eu pago 50%. Afinal a FAB enfim terá finalmente um vetor, mas ele vai custar tão caro que é capaz de aumentarem a alíquota do meu imposto de renda! Daí tem que sobrar algum e não poderei gastar tudo em cachaça. Boeing, fazendo lobby… Read more »
O conterrâneo disse:
“… Ir de São Peterbsburgo a Estocolmo, depois até Copenhagen, voltando por Kaliningrado.”
E haja MAPA na cabeça…
Abraços