Primeiro C-95 Bandeirante modernizado é entregue no Rio de Janeiro
Equipamento de base da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB), o primeiro C-95 Bandeirante modernizado foi entregue nesta semana (8/12), no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF). O destino dessa primeira aeronave modernizada, o FAB 2332, é o Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA), sediado no Rio de Janeiro.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, o Comandante Geral de Operações Aéreas, Tenente Brigadeiro do Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier, o Comandante Geral de Apoio, Tenente Brigadeiro do Ar Ricardo Machado Vieira, o Diretor do PAMA-AF, Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Lebeis Pires Filho, e o presidente da AEL, uma das duas empresas contradas para a modernização, Shlomo Erez, participaram do tradicional batismo da aeronave.
A modernização foi possível devido ao trabalho conjunto dos militares do PAMA-AF com a empresa AEL e a Embraer. Em suas palavras, o Diretor do PAMA-AF traduziu o sentimento como “orgulho e felicidade”. “As expectativas são imensas, o trabalho interminável e a vontade de vencer as próximas etapas desse desafio continua sendo a força motriz do nosso entusiasmo e motivação”, afirmou o Brigadeiro Lebeis.
A modernização ocorreu em três fases. Inicialmente, a Empresa AEL substituiu o obsoleto sistema de navegação e comunicação por outro mais completo e moderno com a concepção digital, apresentada nos Multifunction Displays. Na segunda fase a Embraer revitalizou a estrutura da aeronave, proveu melhorias no sistema de refrigeração, além de substituir alguns equipamentos essenciais nos sistemas mecânico e hidráulico. Finalmente, a aeronave recebeu melhorias na forração interna e a nova pintura. Esta modernização associada ao correto gerenciamento do programa garantirão a operação por mais 20 anos na FAB.
A performance da aeronave não foi modificada, isto é, a capacidade de transporte permanece inalterada. Porém, o gerenciamento das informações passa a ser feito de maneira mais lógica e acessível. “O projeto de modernização do Bandeirante surgiu da necessidade de atualizar o equipamento, que data de meados da década de 70. A solução foi revitalizar os equipamentos de navegação e comunicação”, afirmou o Coronel Aviador Luiz Amedeo Iozzi da Silva, Diretor Técnico do PAMA -AF.
“O Glass Cockpit muda ao conceito do C-95, é a tecnologia mais avançada que existe em termos de navegação na aviação de transporte na FAB, e vai permitir uma transição fácil dos pilotos para outras aeronaves que utilizam esse sistema, como o C-130 Hércules, Orion P-3, Amazonas C-105 e Condor C-99”, avaliou o Tenente-Coronel Aviador Paulo César Guerreiro Lima, coordenador do projeto.
Na avaliação do vice-presidente da AEL, Vitor Neves, o maior desafio do projeto foi o desenvolvimento do software operacional. “Este projeto permitiu um grande salto em termos de know how; poucas empresas têm o conhecimento para integrar sistemas de aeronave”, observou Neves. Cerca de 30 pessoas da AEL trabalham nas dependências do PAMA-AF no projeto de modernização do C-95.
Paralelamente ao trabalho nas aeronaves, os tripulantes dos Esquadrões que voam o C-95 estão sendo capacitados para operar o novo sistema. Os aviadores do 3º ETA e do 5º ETA (Canoas-RS) já passaram pelo curso e os próximos serão os militares do 4º ETA (Guarulhos-SP) e do 2º ETA (Recife-PE).
Atualmente, outras cinco aeronaves estão sendo modernizadas no PAMA-AF. Até 2015, 50 aeronaves, entre os C-95 A/B/C e o P-95B Bandeirante Patrulha, passarão pela modernização.
FONTE: Agência Força Aérea/III COMAR
Galante!
Só para tirar uma dúvida; o 3° ETA e o 5° ETA não estariam equipados com o C-97 Brasília?? Ou eles operam os dois modelos??
Pelo que me consta, somente o 1° ETA Belém/PA, o 2° ETA Recife/PE e o 4° ETA Guarulhos/SP estariam equipados com o C-95…….mas não tenho 100% de certeza!!
Taí uma coisa que eu não sabia: o apelido do C-99 na FAB é Condor.
Não é função da FAB, arrumar serviço p/ a Elbit, ops…digo, AEL.
Uma solução COTS, baseada nos glass-cockpits dos ERJ ou dos Phenoms, seria mto mais custo-efetiva.
Pois a base instalada da Elbit, no segmento civil é pequena.
Mauricio R.
É que a FAB já usa AEL em outras aeronaves: Super-Tucano; F-5; AMX.
O que se estranha é que se de um lado a FAB usa AEL/Elbit, o governo brasileiro/Embraer não conseguiram vender Super-Tucanos para Israel.
Tá certo que Israel e os EUA são alí… óóóó… juntinhos, mas que poderia/deveria sobrar uma quirelinha para nós, poderia/deveria. Mas fazer o quê se o Marolinha apoiou tudo quanto é ditadura mequtrefe contra Israel.
Marcos,
Não tem Elbit/AEL nem nos C-130 e menos ainda nos C-295 e os israelenses nem aí p/ o ST estavam, pois compraram T-6.
E o Bandeirante não é uma aeronave de combate, mas uma aeronave civíl militarizada, aonde o uso de soluções derivadas de uma base instalada de mais de 1.000 aeronaves, tem atrativos técnicos e finaceiros importantes.
Bom… o jeito foi modernizar os C-95… já que depois daquela briga toda para tentarem, não sei quem, venderem ou os Casa ou Antonov, aeronaves projetadas anteriorente aos Bandeirantes, não teria outra alternativa.
A relação custo/benefício deve ter valido a pena.
Mas estou curioso quanto a modernização dos Bandeirulhas. Li em uma publicação que estão avaliando um radar AESA para equipá-lo e se permancerá exlusivamente como patrulha/esclarecimento marítmo ou se poderá desdobrar suas atribuições.
Tanto o Aviocar qnto o “Cash”, tem algo mto útil, que faltau ao Bandeirante:
Porta de carga traseira, c/ rampa, no caso do ac espanhol.
Trabalho muito bem feito, mas essa pintura é uma tortura.
Ainda vai dar um bom caldo esses Bandecos.
Abs.