Os F-5 da Jordânia, agora na FAB
A Real Força Aérea da Jordânia recebeu um total de 61 Northrop F-5E Tiger II e outros 12 F-5F bipostos entre 1975 e 1980. Onze deles foram adquiridos usados pela FAB para recompor sua frota, sendo 8 monopostos e 3 bipostos. Todos podem ser vistos nas fotos desta matéria, tirada no PAMA-SP durante o último “Domingo Aéreo”, em 25 de outubro de 2009.
Na foto acima, por exemplo, está um dos primeiros biplaces adquiridos pela Jordânia em 1975. Trata-se do F-5F “642”. No primeiro lote vieram 2 F-5F e 40 F-5E. A título de comparação, esse primeiro lote da Jordânia já foi equivalente à encomenda total da FAB, que também compreendia 42 aeronaves: 36 modelos E e seis modelos B – o modelo F ainda não estava disponível quando da encomenda brasileira.
Grosso modo, pode-se dizer que as aeronaves que possuem matrícula jordaniana com três dígitos pertencem ao primeiro lote, e as que possuem quatro dígitos são dos lotes seguintes.
Se você não conhece a grafia árabe (assim como nós) não tem problema. Estamos disponibilizando uma tabela de conversão (abaixo), para que você possa identificar a matrícula original das aeronaves jordanianas que estão no PAMA-SP (clique nas fotos para ampliar).
Quanto aos indicativos na FAB, os F-5E ex-jordanianos receberão as matrículas 4878 a 4886 e os F-5F as matrículas 4810, 4811 e 4812. Já é possível ver na maioria das aeronaves das fotos a futura matrícula. Nas derivas, existe um papel envolto por plástico indicando o número.
Dentre os F-5 que estão no PAMA-SP, pode-se ver na deriva de um modelo F em que a pintura foi retirada, as indicações de reparos / substituições necessárias.
Percebe-se a retirada das asas e profundores, assim como praticamente todos os equipamentos (trem de pouso, turbinas, assento ejetável, painel, cablagens, sistema hidráulico, radar, canhões etc), que assim podem sofrer revisão (ou serem substituídos) em outras dependências do PAMA-SP e demais organizações envolvidas com a manutenção dos equipamentos da aeronave. A estrutura e revestimento da fuselagem, asas etc passa por inspeções que incluem “radiografias”, para detectar fadiga e corrosão, e tomar as medidas necessárias.
FOTOS: Poder Aéreo (Poggio e Nunão)