Adeus ao Xavante? Ainda não
Como pôde ser visto no Domingo Aéreo 2011 da AFA, o AT-26 continua na ativa naquela que deverá ser a sua última unidade na FAB, o IPEV (Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo), conhecido até pouco tempo pela sigla GEEV.
O IPEV, sediado em São José dos Campos é dedicado à pesquisa, desenvolvimento e certificação de produtos aeronáuticos, e há muito tempo utiliza o Xavante em atividade. O AT-26 é utilizado no Curso de Ensaios em Voo de asa fixa, podendo-se ver o conjunto de antenas no nariz da aeronave, para medição de parâmetros diversos de voo.
O AT-26 do IPEV foi a primeira aeronave a jato a pousar no domingo, chegando por volta das 9h e chamando a atenção de todos pelos seus rasantes ao som inconfundível de seu motor turbojato Rolls Royce Viper. A decolagem deu-se por volta das 15h, sob o sol forte da tarde.
Saudades da canção das Vipers por aqui, mas foi por um excelente motivo. A “padronização” de simbologia e a otimização de linha logistica referente a eletronica embarcada, o que resulta em diminuição de custo quanto a treinamento e logistica.
Lembrar também as mais variadas gerações formadas por essa aeronave que chegou a ser nossa ponta de lança e operando no 1GAvCa e 1GDA, em epocas contextualizadas com os devidos momentos de equipagens e doutrinas da força.
Bom rever o Guerreiro Alado
Bela aeronave.
Toda semana posso observar uma espetada em uma praça de Pompéia (Interior de SP), cidade natal do Brigadeiro Saito.
Difícil imaginar que terá um substituto equivalente: propulsão a jato e quantidade.
Se fosse viável sua modernização poderiamos ter mantido, sei lá, umas 3 dúzias deles.
Abraços.
Eu creio que ‘bobeamos’ com o xavante. Como foi fabricado aqui, acho que seria mais fácil sua revitalização transformando-o em um MB339 ou melhor. Li recentemente uma notícia que a África do Sul teriam recomprado os Impala da FAB e para recolocá-los em operação, não para canabalizá-los. O que mostra o valor dessa aeronave. Ainda por aqui, em um dos Xavantes até sonda de reabastecimento foi colocada. Mais turbina requalificada chegando em torno dos 2000kg de empuxo ou pouco mais, reforços estruturais, nova eletrônica que poderia ser igual ao do A29, poderíamos tem mais ou menos juntamente com os AMX… Read more »
Antonio, foi isso o que eu pensei.
O fato de os sul-africanos haverem recomprado os Impalas, que operaram na FAB, indica somente a serventia desta aeronave, em atender a alguma necessidade da SAAF, a disponibilidade de peças e a existência de infra-estrutura p/ apoia-la. A “bobeira” não foi descontinuarmos o desenvolvimento do Xavante, afinal o sucesso de vendas do T-27, justificava seguir a tendência. Mas foi a linha de treinamento “ditar” a padronização, do equipamento da linha de frente operacional. No planeta inteiro a linha de treinamento mimetiza a linha de frente operacional, somente aqui no Brasil, por obra e graça da aviônica Elbit do AT-29, é… Read more »
Mauricio R. disse: 11 de agosto de 2011 às 15:58 Caro Maurício, Se olharmos um pouco para trás, por volta de 200 aeronaves modernas de ataque a FAB teve já as teve e manteve quando do recebimento dos F5, Xavantes e AMX. Atualmente com os A29 que são por volta de 99 poderiamos ter as 300 aeronaves ou mais se mantida um política industrial permanente de fabricação e modernização mas, como não temos nada disso, tudo padece pois equipamento atualizado é mais fácil e barato de se manter. Enquanto nossa economia for tão dependente de politicagem, de manobras para se… Read more »