Modernização dos F-5 da FAB: mais onze radares Grifo contratados

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Selex Galileo informa sobre contrato para fornecer mais onze radares Grifo à FAB

Na segunda-feira, 4 de julho, a Selex Galileo divulgou nota informando sobre o recebimento de contrato para fornecer mais onze radares Grifo F/BR à Força Aérea Brasileira, destinados à modernização de aeronave F-5. O contrato foi assinado com a Aeroeletronica International Ltd de Israel, que faz parte da ELBIT Systems Ltd.

Segundo a empresa, a FAB vem utilizando o radar em seus F-5 durante os últimos 10 anos, conferindo maior capacidade de consciência situacional e de ataque a seus pilotos. O radar Grifo já vendeu mais de 450 unidades em todas as suas versões, estando em uso em Forças Aéreas de Singapura, Brasil, República Tcheca, Paquistão e Coreia do Sul.

Ainda segundo a Selex Galileo, o Grifo é um radar multimodo de controle de tiro desenvolvido como uma solução ideal para ser “retrofitado” em aeronaves F-5, e passa por um processo contínuo de inserção de tecnologias e capacidades para manter-se como referência em desempenho. Além dos modos ar-ar e ar-superfície, o radar oferece modos para apoioà navegação e uma suíte de funções para combater ameaças eletrônicas, e agora inclui modos para busca e identificação de alvos com alta resolução de imagem, ampliando sua competitividade no mercado.

Segundo Oscar Bosco, responsável pela área de radar e sistemas de mira avançados para as atividades italianas da empresa, o planejamento (road map) para a evolução do radar já foi traçado: “A próxima fase será o Grifo-E, uma versão com escaneamento ativo (AESA). O Grifo E será disponibilizado juntamente com o portfólio da Selex Galileo de radares AESA para satisfazer a requerimentos de aeronaves novas ou retrofitadas de treinamento, ataque leve e de caça.”

Ainda sobre o Grifo, a empresa que pertence ao grupo Finmeccanica informa algumas outras características: trata-se de um radar pulso Doppler multimodo que opera na banda X, com arquitetura modular e número configurável das chamadas Line Replaceable Units – LRU (basicamente módulos que podem ser substituídos de maneira fácil) o que permite sua integração em modernas suítes aviônicas, com inteface com comandos HOTAS (mãos no manche e na manete). As mais de 450 unidades vendidas da família Grifo de radares aeroembarcados já acumularam mais de 100.000 horas de voo.

FONTE / FOTO DE BAIXO: Selex Galileo – Finmeccanica

NOTA DO EDITOR: para matérias anteriores relacionadas à modernização dos F-5 da FAB e das 11 células compradas da Jordânia, assim como assuntos correlatos, clique nos links abaixo:

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Roberto F Santana

Que outros caças usam esse radar?

edcreek

Olá,

Aguem sabe qual foi o custo dos radares?

Abraços,

Mauricio R.

Provalvelmente seriam estes:

“…em uso em Forças Aéreas de Singapura (F-5), Brasil (F-5), República Tcheca (L-159/ALCA), Paquistão (Mirage) e Coreia do Sul (F-5).”

Como o T/F/A-50 não pode ter aviônicos mais capazes que aqueles instalados nos F-16 da RoKAF, o ac coreano usa ou usará o Elta EL-2032.
Os paquistaneses já andaram tecendo publicamente, mta loa a aviônica chinesa de seus JF-17, então o radar italiano não deve estar sendo usado neste ac.

Mauricio R.

Olhem p/ este F-5EM, não é o hangar do PAMAER-SP no Campo de Marte???
Se a força tem instalações, mão de obra e o expertise necessário nesta aeronave, a Elbit a tecnologia p/ reforma-las, o que raios então faz a Embraer nesse projeto???
Deveriam manda-la cuidar de seus ERJ’s, pois em breve os MRJ, SuperJets, ARJ-21 e os C Series, estarão ao redor concorrendo no mercado.

Vader

Maurício, esse hangar é o do PAMA, mas acho que essa aeronave da foto não é um dos “jordanianos”.

De mais a mais, nada impede que tais aeronaves sejam desmontadas pela FAB para envio a Gavião Peixoto.

Abs.

Nick

Essa notícia é um perigo.

Saber que existe um road map para um antena AESA nos Grifo… Pode significar a modernização da modernização do F-5EM, que passariam a ser os F-5E-M&Ms, com direito a reconstrução da fuselagem para aguentar mais 4.000 horas.

o.0

[]’s

Antonio M

Esta foto é possivelmente de outra reportagem do blog onde um F5M está recebendo um grande revisão geral. Trata-se do F5m pois é possível notar que o lugar do outro canhão de 20mm está ocupado por outros dispositivos eletrônicos.

Antonio M

Nick disse:
5 de julho de 2011 às 12:38

E não será mais F5M, voltará a ser desiginado F5E mas, o E de Eternizado …..

Giordani RS

Esse é o mega-master-fudencio radar matador de Rafaele, F-15 e F-16!!!

Mussum era o cara! Para o GF e a FAB é só no F(orevis)-5!!!!

Soyuz

“Se a força tem instalações, mão de obra e o expertise necessário nesta aeronave, a Elbit a tecnologia p/ reforma-las, o que raios então faz a Embraer nesse projeto???” Mauricio, Quando na ocasião da primeira edição do programa FX, aquela que visava a aquisição de 12 células e que a EMBRAER julgava que a melhor escolha seria o MIRAGE-2000 forçando a SAAB a se associar a VEM, a ROSOBORONEXPORT a se associar a AVIBRAS, a minha tese era de que a FAB poderia escolher o caça que deseja-se e se a EMBRAER não tivesse interesse em monta-lo, estes seriam montados… Read more »

juarezmartinez

A Embraer é ótima montadora de aeronaves regionais, porém é b…..a de ointegradora, quem resolvieu, e contínua resolvendo todos os bugs do Mike é a elbit e quando a coisa aperta, vem a turma de judah, que diga-se de passagem foi quem resolveu os graves probleams de doiscrepâncioa apresentados no inicio do recebimento das aeronaves.
A embraer ´so está no negócio, porque se não estivesse, o negócio($$$) não saia. O resto éconversa para boi dormir.

Grande abraço

Justin Case

Amigos, Creio que a Embraer seja uma excelente integradora de aviões da geração atual. Nunca tendo tratado com aviões (muito) usados, principalmente de outro fabricante, certamente apanhou muito para instalar os kits com a qualidade por ela mesmo requerida. O fato de os aviões terem sido projetados e fabricados nas décadas 1960/1970 também deve ter atrapalhado o trabalho de modernização. A precisão original, tanto do projeto como da fabricação, era muito inferior ao que a Embraer está acostumada a trabalhar. Essa despadronização é problema crítico em qualquer linha de montagem. No projeto do F-5M toda a responsabilidade TÉCNICA pela integração… Read more »

Baschera

Justin,

Boa noite….. desculpe, mas como integradora, a EMB, nós não sabemos a metade da missa…..

Se o Juarez falou que é uma bos… pode apostar que ele sabe o que está dizendo !

Não fossem os israelenses, os F-EM ainda estariam sendo “modernizados”…..

Sds.

Justin Case

Baschera, boa noite.

Acho que ninguém consegue saber a missa inteira (nem o Juarez).
Os F-5EM ainda estão sendo modernizados, pelo que eu soube.
Mas não é problema de integração, senão os outros não teriam sido recebidos.
Abraço,

Justin

juarezmartinez

Errado Justoin!

É probema sim de integração, todo mundo sabe que estavam querendo empurrar as aeronaves cheias de discrepâncias e a FAB bateu pé e não recebeu, após a solução destes probelmas, durante o inicio de operação foram aparecendo mais problemas, que ninguém dentro da Embraer conseguiu resolver, quem resolveu foram os Israelenses.
A propósito Justin, qual o avião de geração atual que foi modernizado e integrado pela Embraer?

Grande abraço

Baschera

Justin, Sabemos que fazer integração de componentes distíntos do fabricante original e softwares novos, em aeronaves militares, demanda tempo e paciência. Concordo que não sabemos muito acerca do assunto, mas veja o exemplo dos A-1 que estão lá na EMB…. mal começaram o trabalho e os testes…. então o que se diz é que o expertise da EMB realmente não é de ser uma “modernizadora” de aviões militares. Penso que são muito bons em usar seu expertise para pesquisar, criar e desenvolver soluções, mas em empreendimentos novos, como o KC-390, por exemplo. O que eu soube, é que pensaram e… Read more »

Baschera

Melhor do que eu respondi, o Juarez o fez agora, explicando, sucintamente, alguns pormenores…..

Sds.

Justin Case

Baschera disse:
5 de julho de 2011 às 21:11

Baschera,

Concordo plenamente com esse seu comentário.
Mas lembre que a Embraer já aprendeu muito com o F-5BR. Pelo menos é o que todos esperamos.
Acho que pouquíssimos erros serão repetidos no A-1 e no A-4. Surgirão alguns outros, certamente.
Abraço,

Justin

Baschera

Justin,

Concordo, mas no caso dos AMX (A-1) suponho que será mais fácil, por este motivo eu não os citei junto com os A-4 da MB.

Os AMX são cria da casa….. espero por este motivo que seja mais rápido e menos problemático.

SDs.

Baschera

Errata: onde citei: “….mas veja o exemplo dos A-1 que estão lá na EMB…” favor substituír por : A-4 (AF-1 da MB).

Sds.

juarezmartinez

Nos A 4 eles um problema bem sério de corrosão de longarina dorsa para resolverl, sem gabaritos não vai ser nada fácil e vão ter gastarum bom $$$$, penso que vão buscar subsidio na IAI que tem bastante esperiência com estes aviões.

Grande abraço

Mauricio R.

A experiência da Embraer se limita aos ERJ e ao ST, aeronaves cuja tecnologia desenvolveu, nem do próprio A-1/AMX manjam tdo isso. A participação da Embraer no A-1/AMX, foi enxertada no que era basicamente a divisão de trabalho, entre a Aer Macchi e a Aeritalia. No mto conheceram o know how das partes que foram produzidas aqui, mas do restante não, nem conheceram o know why do projeto completo. Qnto ao update de F-5, somente aprenderão a fazer o próximo melhor que o anterior, nada mais, a excelência em design aeronáutico avançou pelo menos 2 gerações; desde que o ac… Read more »

Mauricio R.

Erratas:

Aonde se lêem:

1-) “…economicamente masi acessível.”

2-) “…célula ao lnogo de…”

Leiam-se:

1-) “…economicamente mais acessível.”

2-) “…célula ao longo de…”

Desculpem-me, é o sono.

Wagner

MILHOES para modernizar e fica tudo parado por falta de grana para voar e os pilotos jogando baralho nas bases…